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Slides utilizados na disciplina “A Psicologia Histórico-Cultural e a Compreensão do

Fenômeno Educativo"
Profª. Elizabeth dos Santos Braga
Faculdade de Educação
Universidade de São Paulo
2º semestre de 2013

MEDIAÇÃO E INTERNALIZAÇÃO
ABORDAGEM HISTÓRICO-CULTURAL

MEDIAÇÃO

 “Mediação, em termos genéricos, é o processo de intervenção de um elemento


intermediário numa relação; a relação deixa, então, de ser direta e passa a ser
mediada por esse elemento.”
 “Vygotsky trabalha, então, com a noção de que a relação do homem com o mundo
não é uma relação direta, mas, fundamentalmente, uma relação mediada.” (Oliveira,
1993, p. 26-27)
 “Segundo a abordagem histórico-cultural, a relação entre homem e meio é sempre
mediada por produtos culturais humanos, como o instrumento e o signo, e pelo ‘outro’.”
(Fontana e Cruz, 1997, p. 58)

Funções Psicológicas Relações Sociais

 “O desenvolvimento psíquico é o resultado da ação da sociedade sobre os


indivíduos para integrá-los na complexa rede de relações sociais e culturais que
constituem uma formação social. As funções psicológicas são efeito/causa da atividade
social dos homens, resultado de um processo histórico de organização da atividade
social. Para tornar-se um ser ‘humano’, a criança terá de ‘reconstituir’ nela (não
simplesmente reproduzir) o que já é aquisição da espécie. Isso supõe processos de
inter-ação e inter-comunicação sociais que só são possíveis graças a sistemas de
mediação altamente complexos, produzidos socialmente.” (Pino, 1991, p. 34-35)

INSTRUMENTO E SIGNO

 Meios auxiliares
 Signo análogo ao instrumento função mediadora
 Instrumento técnico transformação e domínio da natureza
 Signo dimensão psicológica, controle e domínio do comportamento, da própria
atividade

USO DE INSTRUMENTOS

 O homem, através do trabalho, transforma o meio e produz cultura.


 No trabalho, desenvolvem-se a atividade coletiva e a criação e a utilização de
instrumentos.
 O processo de trabalho (transformação da natureza) é o processo privilegiado nas
relações homem/mundo (Marx e Engels).
 Uso de instrumentos pelos animais homem os animais não produzem
instrumentos deliberadamente, com objetivos específicos, não os guardam para uso
futuro, não transmitem sua função a outros membros do grupo social, não produzem
cultura nem história.
 Instrumento usado pelo homem = objeto social e mediador da relação entre o
indivíduo e o mundo; objeto fabricado pelo homem para realizar sua atividade
produtiva.

Desenvolvimento Humano Trabalho Social

 “[...] a essência humana não é uma abstração inerente ao indivíduo singular. Em


sua realidade, é o conjunto das relações sociais.” (Tese VI sobre Feuerbach, Marx e
Engels, 1993, p. 13)
 “O trabalho é antes de tudo um ato que se passa entre o homem e a natureza.
Diante da natureza, o homem desempenha o papel de uma força natural. Ele põe em
movimento as forças de que seu corpo está dotado, braços e pernas, cabeça e mãos a
fim de assemelhar-se aos materiais e conferir-lhes uma forma útil para a sua vida, ao
mesmo tempo que por esse movimento age sobre a natureza externa e a modifica,
modifica sua própria natureza e desenvolve as faculdades adormecidas nela (Marx,
1977 apud Pino, 1991, p. 35).

INSTRUMENTO DE TRABALHO

 “Na perspectiva marxiana, a atividade do trabalho implica, portanto, uma dupla


produção: a dos objetos culturais e a do ser humano do homem.” (Pino, 1991, p. 35)
 “O meio de trabalho é uma coisa ou um conjunto de coisas que o homem interpõe
entre ele e o objeto de seu trabalho como condutores de sua ação... O uso e a criação
de meios de trabalho, embora estes já existam em germe em algumas espécies
animais, caracterizam de forma eminente o trabalho humano” (Marx, 1972 apud Pino,
1991, p. 35)
 “A função do instrumento é servir como um condutor da influência humana sobre o
objeto da atividade; ele é orientado externamente; deve necessariamente levar a
mudanças nos objetos. Constitui um meio pelo qual a atividade humana externa é
dirigida para o controle e domínio da natureza.” (Vygotsky, 1991, p. 62)

USO DE SIGNOS

 “Tudo o que é utilizado pelo homem para representar, evocar ou tornar presentes o
que está ausente constitui um signo: a palavra, o desenho, os símbolos [...], etc.”
(Fontana e Cruz, 1997, p. 59)
 A utilização de signos e instrumentos não se limita à experiência pessoal de cada
indivíduo, mas refere-se à incorporação da experiência anterior de um determinado
grupo cultural.
 Ao longo da história da espécie humana, as representações da realidade foram
organizadas em sistemas simbólicos, isto é, os signos são compartilhados pelo
conjunto de membros do grupo social, permitindo a comunicação, a interação e a
organização do real. (Oliveira, 1993)
 A linguagem é o sistema simbólico básico de todos os grupos humanos e o mais
importante. Os significados das palavras são um produto da história e da relação entre
os homens.
Concepção de signo e linguagem

 “O signo, por outro lado, não modifica em nada o objeto da operação psicológica.
Constitui um meio da atividade interna dirigida para o controle do próprio indivíduo; o
signo é orientado internamente.” (Vygotsky, 1991, p. 62)
 “Não devemos esperar encontrar muitas semelhanças entre os instrumentos e
aqueles meios de adaptação que chamamos signos. E, mais ainda, além dos aspectos
similares e comuns partilhados pelos dois tipos de atividade, vemos diferenças
fundamentais.” (Vygotsky, 1991, p. 60)
 “Essas atividades são tão diferentes uma da outra, que a natureza dos meios por
elas utilizados não pode ser a mesma.” (Vygotsky, 1991, p. 62)
 “Do nosso ponto de vista, as elaborações de Vygotsky vão além da questão
instrumental. Anunciam outras possibilidades de se conceber a linguagem, o que traz
para o centro das discussões a questão do seu caráter constitutivo.” (Smolka, 1995, p.
12)
 “[...] consideramos importante retomar e discutir os pressupostos de natureza
marxista que, ao nosso ver, melhor sustentam a proposição da linguagem como
instrumento, atribuindo, no entanto, especial destaque ao processo de significação, ou
seja, ao processo de produção de signos e sentidos, a partir mesmo do dialético
movimento produção/ produto. Parece ser este movimento dialético de produção de
significação que, incluindo o aspecto instrumental, possibilita transcendê-lo” (Smolka,
1995, p. 13)

INTERNALIZAÇÃO

 “Uma operação que inicialmente representa uma atividade externa é reconstruída


e começa a ocorrer internamente.”
 LEI GENÉTICA DO DESENVOLVIMENTO CULTURAL
“Todas as funções no desenvolvimento da criança aparecem duas vezes: primeiro, no
nível social, e, depois, no nível individual; primeiro, entre pessoas (interpsicológica), e,
depois, no interior da criança (intrapsicológica).” (Vygotsky, 1991, p. 64)
 “Para nós, falar sobre processo externo significa falar social. Qualquer função
psicológica superior foi externa - significa que ela foi social; antes de se tornar função,
ela foi uma relação social entre duas pessoas.” (Vigotski, 2000, p. 24)

“Individualização de funções sociais”

 “O desenvolvimento segue não para a socialização, mas para a individualização


de funções sociais (transformação das relações sociais em funções psicológicas [...]).
Toda a psicologia do coletivo no desenvolvimento infantil está sob nova luz: geralmente
perguntam, como esta ou aquela criança se comporta no coletivo. Nós perguntamos:
como o coletivo cria nesta ou aquela criança as funções superiores? Antes era
pressuposto: a função existe no indivíduo em forma pronta, semi-pronta, ou
embrionária - no coletivo ela exercita-se, desenvolve-se, torna-se mais complexa,
eleva-se, enriquece-se, freia-se, oprime-se, etc. Agora: função primeiro constrói-se no
coletivo em forma de relação entre as crianças, - depois constitui-se como função
psicológica da personalidade.” (Vigotski, 2000, p. 28-29)
Referências bibliográficas:

FONTANA, R.; CRUZ, N. Psicologia e trabalho pedagógico. São Paulo : Atual, 1997.
MARX, K. ENGELS, F. A ideologia alemã (Feuerbach). Tradução de J. C. Bruni; M. A.
Nogueira. 3. ed. São Paulo : Ciências Humanas, 1982.
OLIVEIRA, M. K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento - um processo sócio-histórico.
4. ed. São Paulo : Scipione, 1993.
PINO, A. O conceito de mediação semiótica em Vygotsky e seu papel na explicação do
psiquismo humano. Cadernos CEDES. Campinas : Papirus, nº 24, p. 32-43, 1991.
SMOLKA, A. L. A concepção de linguagem como instrumento: um questionamento sobre
práticas discursivas e educação formal In Temas em Psicologia. Ribeirão Preto, n.º 2, p. 11-
21, 1995.
VIGOTSKI, L. S. Manuscrito de 1929. Educação e Sociedade. Ano XXI, n.º 71, p. 21-44,
jul. 2000.
VYGOTSKY, L. S. Internalização das funções psicológicas superiores. In: A formação
social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. Orgs. M. Cole
et al. Trad. J. Cipolla Neto. 4. ed. São Paulo : Martins Fontes, 1991.

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