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O MURO E SUAS METAMORFOSES NA CIDADE DE GOIÂNIA

SARA CARMO CONCEIÇÃO¹


1. Pontifícia Universidade Católica de Goiás - Escola de Artes e Arquitetura/ Curso de Arquitetura e
Urbanismo/ Núcleo de Pesquisa do Edifício e da Cidade – Projeto de pesquisa Cidades Planejadas entre o
Efeito Genérico e a Permanência.
sara_carmo@hotmail.com

PEDRO HENRIQUE MÁXIMO PEREIRA²


2. Universidade Estadual de Goiás/ Campus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas, Henrique
Santillo/ Curso de Arquitetura e Urbanismo; Pontifícia Universidade Católica de Goiás - Escola de Artes e
Arquitetura/ Curso de Arquitetura e Urbanismo/ Núcleo de Pesquisa do Edifício e da Cidade – Projeto de
pesquisa Cidades Planejadas entre o Efeito Genérico e a Permanência.
arqurbarv.phmp@gmail.com

Ainda que de forma espontânea e não planejada, o muro tornou-se um personagem comum às
cidades. Inserido na contemporaneidade e sofrendo seus efeitos juntamente de toda a malha
urbana, seu papel se distancia, cada vez mais, de um posto de coadjuvante para assumir novos
significados e novas relações com os demais personagens urbanos – os habitantes, os carros, a
vegetação etc. Assim, tomando Goiânia como um laboratório, o presente trabalho toma as
fisionomias diferenciadas assumidas pelos muros da urbe como verdadeiras metamorfoses
oriundas de um muro-ancestral. Em razão dos diversos exemplares colhidos e analisados, foram
estabelecidas cinco tipologias de muros: 1) o muro-verde, como uma opção de suporte à vegetação
paisagística - fruto do movimento de verticalização das cidades e seus elementos, do qual Goiânia
tem sido refém – 2) o muro-tela, um suporte à arte transgressora, como o stencil, o graffiti, o pixo
e lambes, como verdadeiros produtos da subjetividade e do imaginário de uma contracultura
marginalizada, 3) o muro-proteção, oriundo de um processo de segregação espacial que ocasiona
recortes do tecido urbano, erguendo verdadeiros “enclaves fortificados” na capital e se
disseminando rapidamente com a proliferação dos condomínios (tanto verticais quanto
horizontais) e de visões egocêntricas do espaço urbano, tomando-o para si como um patrimônio
privado de uso exclusivo dos “proprietários do espaço”, 4) o muro-transfer, delimitador de um
recorte espaço-temporal, sendo o perímetro dos não-lugares da cidade, e, por último, 5) o muro-
contenção, construído como limites das “instituições de sequestro” – qualquer lugar edificado a
fim de restringir a liberdade de quem o povoa. Tais exemplares foram colhidos a partir de
mapeamentos e registros fotográficos (térreos e aéreos) em Goiânia a fim de categoriza-los em
tipologias, catalogá-las e promover o debate acerca de seus impactos na capital e, quiçá, na psiqué
do cidadão goianiense. No entanto, a capital se torna apenas um ponto inicial da elaboração das
tipologias; uma espécie de “discussão-mãe” à possíveis novas tipologias a serem observadas em
diferentes contextos urbanos, seus condicionantes, catalisadores, agentes dificultadores etc., e o
saldo das tipologias à cidade (se benéficas, se maléficas, ou se uma polarização bom-ruim não é
aplicável ao fenômeno em si). Assim, buscou-se, como um resultado final da pesquisa, a
fomentação de discussões acerca dos papéis assumidos pelos muros em diferentes contextos
urbanos de Goiânia, a partir de registros da ocorrência de tais tipologias ao longo da malha urbana
da cidade, principalmente na Vila Itatiaia, Setor Sul, Jardins Florença, Alphaville e Setor
Universitário – bairros com diferentes características morfológicas, sócio-políticas e históricas
nas quais há presença consolidada de uma ou mais tipologias apresentadas – além de registros
soltos feitos em demais bairros à fim de cederem uma complementação e um maior embasamento
das pertinências das tipologias em toda a cidade. Através de tais registros é permitido que o
panorama geral disposto seja ponto de partida de discussões futuras sobre as metamorfoses
assumidas pelos muros, suas divergências, convergências e impactos na vida dos personagens
urbanos em Goiânia e em demais contextos urbanos.

Palavras-chave: muro, Goiânia, segregação.


{TRABALHO REALIZADO MEDIANTE CONCESSÃO DE BOLSA DO PROGRAMA
INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – BIC/PUC GOIÁS - BOLSA
INTERNA DA PUC GOIÁS}

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