520/02
O pregão é uma modalidade licitatória instituída depois e fora do contexto da Lei 8.666/93. Ele
veio com o objetivo de acelerar o procedimento de contratação de certos objetos, chamados de
bens e serviços comuns.
Art. 1º , Parágrafo único. (Lei 10.520/02) – Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins
e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser
objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
» Bens e serviços comuns são padronizados, ou seja, ausência de variação das características
do objeto a ser selecionado. São comuns, o bem ou serviço, quando suas qualidades e atributos
são pré-determinados, com características invariáveis ou sujeitas a diferenças mínimas e
irrelevantes.
Valor do objeto:
Tipo de licitação:
Art. 4º, X – para julgamento e classificação das propostas, será adotado o critério de menor
preço, observados os prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e
parâmetros mínimos de desempenho e qualidade definidos no edital;
Como funciona:
O pregão é realizado mediante propostas de lances em sessão pública. O autor da oferta de valor
mais baixo e os das ofertas com preços superiores de até 10% poderão fazer novos lances
verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor, sempre por critério de menor preço. Não
havendo no mínimo três propostas com valores superiores à mais vantajosa em até 10%, aplica-
se a regra do inciso IX, onde poderão ofertar lances os três licitantes que apresentarem as
propostas com o valor superior ao da mais vantajosa. Neste último caso a competição na fase de
lances se restringirá ao número de quatro licitantes.
Art. 4º, VIII – no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com
preços até 10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e
sucessivos, até a proclamação do vencedor;
Art. 4º, IX – não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no inciso
anterior, poderão os autores das melhores propostas, até o máximo de 3 (três),
oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços
oferecidos;
Após a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, o pregoeiro abrirá o invólucro contento os
documentos de habilitação do licitante que, até então, classificado como a proposta mais
vantajosa, para verificação do atendimento das condições fixadas no edital.
Na habilitação vai ser verificado se o licitante está em situação regular perante a Fazenda
Nacional, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e as
Fazendas Estaduais e Municipais, quando for o caso, com a comprovação de que atende às
exigências do edital quanto à habilitação jurídica e qualificação técnica e econômico-financeira.
Verificado o atendimento das exigências fixadas no edital, o licitante será declarado vencedor.
E se o licitante não atender às exigências habilitatórias ou sua proposta não for aceitável?
Recursos:
#IMPORTANTE No pregão, o recurso só pode ser interposto ao final do certame, mesmo que
seja para discutir ato inicial do processo.
Havendo a interposição de recursos, primeiro estes serão julgados para, depois, a autoridade
competente proceder à adjudicação do objeto da licitação ao vencedor.
Homologada a licitação pela autoridade competente, o ajudicatário será convocado para assinar o
contrato no prazo definido no edital (via de regra 60 dias).
Vedações no pregão:
– garantia de proposta.
PREGÃO ELETRÔNICO
Art. 4o (Decreto Federal 5.450/05) – Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns
será obrigatória a modalidade pregão, sendo preferencial a utilização da sua forma
eletrônica.
§ 1o O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de comprovada
inviabilidade, a ser justificada pela autoridade competente.
Inaplicabilidade do Pregão Eletrônico:
Art. 6o (Decreto Federal 5.450/05)- A licitação na modalidade de pregão, na forma eletrônica, não
se aplica às contratações de obras de engenharia, bem como às locações
imobiliárias e alienações em geral.
O sistema do pregão foi desenvolvido para dar maior agilidade às compras da administração
pública, se desenvolve basicamente de forma eletrônica, pela internet.
- O pregão é utilizado para a compra de bens e serviços comuns que são, segundo a lei, aqueles
cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por
meio de especificações usuais do mercado.
- É facultado usar bolsas de participação de mercadorias de apoio técnico e operacional aos órgãos
e entidades, utilizando-se a tecnologia da informação.
- Essas bolsas são os sites que devem ser organizados sob forma de sociedade civil sem fins
lucrativos.
1. Fase preparatória
- A definição do objeto deve ser clara e precisa e não pode conter especificações excessivas,
irrelevantes ou desnecessárias que limitem a competição.
- Dos autos do procedimento, devem constar as justificativas das definições, bem como os
indispensáveis elementos técnicos, o orçamento que é elaborado pelo órgão ou entidade promotora
da licitação dos bens ou serviços a serem licitados.
- A autoridade competente deve designar, dentre os servidores que devem ser preferencialmente
pertencentes ao quadro permanente, um pregoeiro e uma respectiva equipe de apoio, esses têm
as atribuições de receber as propostas e os lances, analisar a aceitabilidade e a classificação, bem
como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor.
- No âmbito do Ministério da Defesa, essas funções de pregoeiro e tal PODEM ser desempenhadas
pelos militares.
2. Fase externa
- A fase externa do pregão é iniciada com a convocação dos interessados.
- A convocação dos interessados é feita através de publicação de aviso em diário oficial, ou,
não existindo, em jornal de grande circulação local, e facultativamente pormeios eletrônicos, e
ainda, conforme o vulto da licitação, em jornal de grande circulação, de acordo com a lei.
- Nesse aviso, devem constar as definições do objeto, a indicação do local e os dias e horários em
que poderá ser lido ou obtido na íntegra.
- Cópias do edital e do respectivo aviso devem ser colocadas à disposição na página do TCU.
- O prazo mínimo para que os interessados possam apresentar suas propostas é de 8 dias da
publicação do aviso, dessa forma eles podem ter tempo de juntar a papelada toda.
- No curso da sessão o que tiver a proposta com o valor mais baixo e os demais que tenham
a oferta de até 10% superior poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a
proclamação do vencedor.
- Não havendo pelo menos 3 ofertas nas condições do 10%, poderão os autores das melhores
propostas, até o máximo de 3 oferecer novos lances verbais e sucessivos.
- O critério principal para o julgamento das propostas é o menor preço, sendo observada a questão
dos prazos máximos para fornecimento, as especificações técnicas e os parâmetros mínimos de
desempenho e qualidade definidos no edital.
- O licitante só poderá contratar com a administração pública se estiver em dia perante à fazenda
nacional, à seguridade social, ao FGTS e às fazendas estaduais e municipais, quando for o caso,
além do que deve comprovar que atende às exigências do edital quanto à habilitação jurídica,
qualificações técnica e econômica financeira.
- O pregoeiro ainda pode dar mais uma tentiada com o vencedor para negociar melhor a
contratação.
- Homologada a licitação pela autoridade competente, o adjudicatário será convocado para assinar
contrato no prazo definido em edital.
3. Vedações
- É vedada a aquisição pelos licitantes como sendo condição para a participação do certame.
- O prazo de validade das propostas é, em regra, de 60 dias, salvo se outro prazo não estiver sido
estabelecido no edital.
Esse prazo diz respeito a quanto tempo o vencedor pode garantir o preço para a administração,
se, por exemplo, ele for chamado após o prazo, no caso ele não seria obrigado a manter o preço
que foi estabelecido quando ganhou a licitação.
- Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, deixar
de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento da
execução de seu objeto, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato,
comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar
com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios e, será descredenciado no Sicaf, ou
nos sistemas de cadastramento de fornecedores, pelo prazo de até 5 anos, sem prejuízo das
multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.
1º Tópico
Dado o sucesso do Pregão no âmbito da ANATEL, o Governo Federal decidiu estender a nova
modalidade para toda a Administração Pública Federal. Optou-se pela via da MEDIDA
PROVISÓRIA, em vez de proceder a uma ampla revisão dos sistemas de compras
governamentais, quando então surgiu a Medida Provisória 2.026/2000. Esta opção pela via da
medida provisória bem como a RESTRIÇÃO de sua aplicabilidade à UNIÃO FEDERAL trouxe
uma série de inconvenientes.
Com o advento da Lei 10.520/2002 (Lei do Pregão), o vício de inconstitucionalidade cogitado pela
doutrina perdeu seu objeto, pois, diferentemente da Medida Provisória 2.026/2000, a Lei do
Pregão estendeu a aplicabilidade do Pregão aos estados, ao Distrito Federal, e aos
municípios.
A publicação da Lei foi em 2002, mas, acreditem, as Bancas Examinadoras insistem em abordar
esse quesito, afirmando que a modalidade pregão é aplicada tão-somente para a União, o que é
inverídico. Então, de olho! Vai que a ESAF decide caminhar pela história!
2º Tópico
O sucesso da utilização do Pregão na esfera federal foi considerado tão grande, a ponto de o
Decreto 5.450/2005 tornar a adoção do pregam obrigatória, na esfera federal, para as
licitações envolvendo a aquisição de bens e serviços comuns, sendo preferencial a utilização
de sua forma eletrônica. Agora sim. Item certo de prova. O candidato deve estar ligado (440
Volts.) e não perder eventual questão.
3º Tópico
O pregão possui âmbito bem delimitado: só pode ser realizado para aquisições de bens e
serviços comuns. Interessante anotar que a utilização do PREGÃO INDEPENDE DO VALOR
ENVOLVIDO, ou seja, diferentemente de algumas modalidades de licitação (tomada de preços e
convite), o Pregão não tem, por enquanto, um “teto”, um valor máximo, logo, sua utilização é
definida pela natureza do objeto a ser licitado: bens e serviços comuns.
Legal, bens e serviços comuns são os padronizados. Então posso licitar obras, serviços de
engenharia e informática mediante pregão? Vejamos.
- Bens e serviços comuns de informática e automação podem ser contratados por pregão.
Segundo o TCU, bens ligados à tecnologia da informação de modo geral são comuns. O não uso
do pregão deve ser devidamente justificado.
4º Tópico
Nos dias atuais, o uso eletrônico é a regra, só podendo ser afastado pelos gestores públicos de
forma motivada. Esse, inclusive, é o teor do Decreto 5.450/2005, o qual determina
o uso preferencial do tipo eletrônico.
5º Tópico
A lista de bens e serviços comuns está prevista no Decreto 3.555, de 2000. Essa lista é
considerada meramente exemplificativa.
6º Tópico
Diferentemente da Lei 8.666/93, o valor da contratação não é critério útil na definição do pregão.
Isto significa dizer que o procedimento desta modalidade pode ser usado para contratações de
qualquer valor.
Quer dizer, a Lei do Pregão não segue o paradigma da Lei 8.666/1993 para as modalidades
comuns, em que um dos fatores decisivos na escolha da modalidade licitatória é o montante de
dispêndios que a Administração assumirá com a contratação.
No pregão não há relação entre o seu procedimento e o valor da futura contratação. Desde
que o objeto licitado se enquadre no conceito de bem e serviço comum, a contratação derivada
de licitação feita nesta modalidade pode envolver qualquer valor.
7º Tópico
Destaca-se ainda o papel da EQUIPE DE APOIO, o qual não se confunde com o papel do
pregoeiro. Ela não tem qualquer competência decisória, tampouco poderes para a
condução das atividades relativas à sessão do pregão. Sua função é prestar o necessário
apoio ao pregoeiro.
Quanto à formação da equipe de apoio, o Decreto 5.450/2005, em seu art. 10, estabelece que
a equipe de apoio deverá ser integrada, em sua maioria, por servidores ocupantes de cargo
efetivo ou emprego da administração pública, pertencentes, PREFERENCIALMENTE, ao quadro
permanente do órgão ou entidade promotora da licitação, ou seja, não se exige que a composição
completa seja de servidores efetivos ou por ocupantes de empregos públicos. E mais: como já
observamos, no âmbito do Ministério da Defesa, a legislação autoriza que militares sejam
pregoeiros ou mesmo integrem a equipe de apoio.
Realmente não nos parece muito lógica a verificação de toda a documentação de habilitação de,
por exemplo, 200 empresas interessadas, sendo que apenas uma delas, de regra, é que de fato
celebrará o contrato com a Administração.
Por partes. Os incs. VIII e IX do art. 4º da Lei do Pregão, ao regular a fase externa do
procedimento, estabelece:
Inc. VIII - no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com
preços até 10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances verbais e
sucessivos, até a proclamação do vencedor;
Exemplo: empresas participantes e respectivos preços - “X” - R$ 100; “Y” - R$ 101; “Z” - R$ 103;
“W” - R$ 110; “H” - R$ 115; “I” - R$120; “J” - R$ 125. Sobre a menor proposta percentual de
10% (100*1,10 = R$ 110), logo, participam da próxima fase: R$ 100, R$101, R$ 103, e R$ 110.
Continua a lei:
Inc. IX - não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no inciso
anterior, poderão os autores das melhores propostas, até o máximo de 3 (três),
oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços oferecidos.
Exemplo: empresas participantes e respectivos preços - “X” - R$ 100; “Y” - R$ 101; “H” - R$ 115;
“I” - R$ 120; “J” - R$ 125. Sobre a menor proposta percentual de 10% (100*1,10 = R$ 110),
logo, participariam da próxima fase: R$ 100 e R$ 101. Mas, como devem existir três na próxima
fase, apesar de R$ 115,00 ultrapassar o limite legal de 10%, fica franqueada sua participação.
13º Tópico
Apenas no final da sessão, e a partir da decisão que indica o vencedor (ou declara fracassado
o procedimento, sendo que, mais à frente, teremos contato com a chamada licitação fracassada),
é que os licitantes poderão manifestar intenção de recorrer, tendo prazo de três
dias corridos [Esaf já inseriu úteis só de maldade] para a apresentação do recurso escrito (inc.
XVIII do art. 4º da Lei 10.520/2002), ou seja, já durante a sessão manifesta o interesse em
recorrer, e em até três dias poderá entregar o recurso.
16º Tópico
A autora Maria Sylvia Zanella Di Pietro ensina que a última fase da licitação de acordo com a
Lei 8.666/93 é a ADJUDICAÇÃO. Já, nos termos da Lei 10.520/2002, que trata do pregão, a
última fase da licitação é a HOMOLOGAÇÃO, havendo, portanto, outra inversão de fase no
Pregão, no qual a HOMOLOGAÇÃO ANTECEDE A ADJUDICAÇÃO.
17º Tópico
A forma eletrônica do pregão não equivale a uma nova e distinta modalidade de licitação.
Trata-se da mesma modalidade licitatória criada e descrita na Lei 10.520/2002, com todas as
exigências, inclusive, com a publicação de edital convocatório. Assim, ao lado do pregão
presencial, convive o pregão eletrônico, o qual, inclusive, possui norma específica para tratar
da matéria no âmbito da União, o Decreto 5.450/2005.
18º Tópico
A Lei 8.666/1993 fixa o prazo de 60 dias para manutenção da proposta pelas empresas
participantes (§3º do art. 64 da LLC). Já a Lei do Pregão dispõe que o prazo será de 60 dias, se
outro não for fixado no Edital. Assim, sem dúvidas: O EDITAL DO PREGÃO PODERÁ FIXAR
OUTRO PRAZO DE VALIDADE DAS PROPOSTAS APRESENTADAS PARA A LICITAÇÃO,
QUE NÃO SEJA DE 60 DIAS.
Este artigo define o que pode ser licitado na modalidade de Pregão na forma eletrônica, deixando
de fora, as alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, (ver Art. 2º
da lei 8666/93).
Art. 2º O pregão, na forma eletrônica, como modalidade de licitação do tipo menor preço,
realizar-se-á quando a disputa pelo fornecimento de bens ou serviços comuns for feita à distância
em sessão pública, por meio de sistema que promova a comunicação pela internet.
Neste Artigo o destaque é para a definição do que se chama de bens e serviços comuns.
Consideram-se bens e serviços comuns, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam
ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais do mercado.
Neste caso poderemos citar as Compras de um modo geral e a prestação de serviços contínuos de Locação ou
cessão de Mão de obra, como serviços de portaria, Vigilância patrimonial, Apoio Administrativos entre outros.
Este artigo trata de modo geral sobre quem deve ser credenciado no sistema eletrônico para participar no
Pregão Eletrônico.
Art. 4º Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a modalidade
pregão, sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica.
Aqui é enfatizado que para aquisição de bens e serviços comuns tem que ser na modalidade PREGÃO, e de
preferencia na forma eletrônica, por exemplo, não se pode licitar um serviço de limpeza e Conservação na
modalidade Concorrência, Tomada de Preços e etc. tem que ser preferencialmente na Modalidade de Pregão
Eletrônico. E no caso de dispensa de licitação, que seja na forma de cotação eletrônica.
Neste artigo são repetido os princípios que consta do Art. 3º da Lei 8666/93 e acrescenta ainda os princípios
da Razoabilidade, Competitividade e proporcionalidade.
Neste Artigo, abre uma brecha para qualquer pessoas (interessado) possa acompanhar o pregão em tempo real
em seu dispositivo eletrônico (desktop, notebook, tablets, smartphone).
Neste artigo são mencionado as obrigações da Autoridade Competente no Processo licitatório do pregão.
Neste artigo são definido as fases preparatória da licitação (pregão), como a elaboração do termo de referência,
a sua aprovação, elaboração do edital e com destaque a definição das exigências de habilitação e a designação
do pregoeiro e sua equipe.
Art. 10. As designações do pregoeiro e da equipe de apoio devem recair nos servidores do órgão
ou entidade promotora da licitação, ou de órgão ou entidade integrante do SISG.
Parece óbvio, mas o legislador quis assegurar que o pregoeiro tem que ser servidor do órgão ou entidade
promotora da licitação ou integrante do SISG.
Aqui são descritas as atividades do pregoeiro e enfatiza que o pregoeiro só pode adjudicar se não houver
recurso no processo licitatório, pois nesse caso quem adjudica é a Autoridade Superior.
Art. 12. Caberá à equipe de apoio, dentre outras atribuições, auxiliar o pregoeiro em todas as
fases do processo licitatório.
Neste artigo é descrito o que o licitante deve fazer e agir para participar das licitações na Modalidade de pregão
Eletrônico.
Art. 14. Para habilitação dos licitantes, será exigida, exclusivamente, a documentação relativa:
Semelhante ao Art. 27 da Lei 8666/93, este artigo exige os documentos de: Habilitação jurídica, Qualificação
Técnica, Qualificação Econômico-financeira, Regularidade Fiscal com a Fazenda Nacional, Seguridade Social
e o Fundo de Garantia, além de Regularidade com a Fazenda Estadual e Municipal (se houver) e o disposto
no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição e no inciso XVIII do art. 78 da Lei no 8.666, de 1993, e ainda
que os documentos descritos nos Incisos I, III, IV, V poderá ser substituído pelo registro no SICAF.
Quando permitido à participação de consórcios, este artigo relaciona as regras para serem atendidas pelas
empresas participantes do consórcio, em destaque, o Inciso V, “a responsabilidade solidária das empresas
consorciadas pelas obrigações do consórcio, nas fases de licitação e durante a vigência do contrato” e o
Inciso VII “constituição e registro do consórcio antes da celebração do contrato“.
Art. 17. A fase externa do pregão, na forma eletrônica, será iniciada com a convocação dos
interessados por meio de publicação de aviso, observados os valores estimados para contratação
e os meios de divulgação a seguir indicados:
Neste artigo o legislador determina as regras de divulgação do Pregão Eletrônico, com destaque para os
Parágrafos 4º: “§4º O prazo fixado para a apresentação das propostas, contado a partir da publicação do
aviso, não será inferior a oito dias úteis” e o parágrafo 5º: “§5º Todos os horários estabelecidos no edital,
no aviso e durante a sessão pública observarão, para todos os efeitos, o horário de Brasília, Distrito Federal,
inclusive para contagem de tempo e registro no sistema eletrônico e na documentação relativa ao certame”.
. Art. 18. Até dois dias úteis antes da data fixada para abertura da sessão pública, qualquer pessoa
poderá impugnar o ato convocatório do pregão, na forma eletrônica.
Qualquer pessoa seja licitante ou não poderá impugnar o edital, se achar que ela contém vícios até dois dias
úteis antes da data de abertura do pregão e o pregoeiro terá até 24 horas para acatar ou não a impugnação.
Art. 19. Os pedidos de esclarecimentos referentes ao processo licitatório deverão ser enviados ao
pregoeiro, até três dias úteis anteriores à data fixada para abertura da sessão pública,
exclusivamente por meio eletrônico via internet, no endereço indicado no edital.
Diferentemente do Art. 12 do Decreto 3.555/2000, (dois dias úteis) aqui o prazo para esclarecimento é de até
03 (três) dias úteis antes da abertura do certame.
Art. 20. Qualquer modificação no edital exige divulgação pelo mesmo instrumento de publicação
em que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,
inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.
Caso a Impugnação (Art. 18) ou o pedido de esclarecimento (Art. 19) afete a formulação da proposta será
exigido à republicação do edital nos mesmos moldes do Art. 17 deste Decreto.
Art. 21. Após a divulgação do edital no endereço eletrônico, os licitantes deverão encaminhar
proposta com a descrição do objeto ofertado e o preço e, se for o caso, o respectivo anexo, até a
data e hora marcadas para abertura da sessão, exclusivamente por meio do sistema eletrônico,
quando, então, encerrar-se-á, automaticamente, a fase de recebimento de propostas.
Aqui o óbvio é dito: após o prazo para registro da proposta, encerra-se a fase de recebimento. Este regulamento
é interpretado de formas diferentes pelos Portais de licitações, no caso do COMPRASNET é até a hora da
abertura da licitação, no caso da Caixa Econômica Federal é até o dia anterior ao da licitação, no Banco do
Brasil e E-Compras.Am é de até 30 minutos antes da abertura da licitação.
Art. 22. A partir do horário previsto no edital, a sessão pública na internet será aberta por
comando do pregoeiro com a utilização de sua chave de acesso e senha.
Art. 23. O sistema ordenará, automaticamente, as propostas classificadas pelo pregoeiro, sendo
que somente estas participarão da fase de lance.
Art. 24. Classificadas as propostas, o pregoeiro dará início à fase competitiva, quando então os
licitantes poderão encaminhar lances exclusivamente por meio do sistema eletrônico.
Diferentemente do Pregão Presencial (Decreto 3.555/2000) todos os licitantes poderão ou não dar lance e os
valores do lance não precisam ser menor do que o melhor preço apenas deve ser menor do que o seu último
lance e ainda o licitante poderá se quiser dar o seu lance no momento em que lhe aprouver.
Destaco neste artigo o parágrafo 7º, que diz: “O sistema eletrônico encaminhará aviso de fechamento iminente
dos lances, após o que transcorrerá período de tempo de até trinta minutos, aleatoriamente determinado,
findo o qual será automaticamente encerrada a recepção de lances“.
É nesta fase que está a principal diferença entre o Pregão Presencial e o Pregão Eletrônico, no Presencial os
licitantes poderão indefinidamente dar lances mínimos e “Matar” por cansaço o seu oponente, já no Eletrônico,
o Sistema é que determina a hora de parar (Tempo Randômico).
Art. 25. Encerrada a etapa de lances, o pregoeiro examinará a proposta classificada em primeiro
lugar quanto à compatibilidade do preço em relação ao estimado para contratação e verificará a
habilitação do licitante conforme disposições do edital.
Nesta etapa o pregoeiro verificará se a documentação do SICAF está “ok” e convocará o licitante para enviar
a proposta e a documentação complementar via fax ou e-mail e no caso de serviços contínuos a planilha de
preços no prazo definido no edital e por fim se o licitante cumprir com todas as determinações do edital, o
pregoeiro fara a declaração de vencedor.
Art. 26. Declarado o vencedor, qualquer licitante poderá, durante a sessão pública, de forma
imediata e motivada, em campo próprio do sistema, manifestar sua intenção de recorrer, quando
lhe será concedido o prazo de três dias para apresentar as razões de recurso, ficando os demais
licitantes, desde logo, intimados para, querendo, apresentarem contrarrazões em igual prazo, que
começará a contar do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos
elementos indispensáveis à defesa dos seus interesses.
Nesta fase destaco o parágrafo 1º, que diz: “§1º A falta de manifestação imediata e motivada do licitante
quanto à intenção de recorrer, nos termos do caput, importará na decadência desse direito, ficando o
pregoeiro autorizado a adjudicar o objeto ao licitante declarado vencedor“, ou seja, se não houver
manifestação do licitante ele não poderá mais entrar com recurso.
Nos primeiros anos de promulgação deste Decreto, os pregoeiros simplesmente não acatavam os pedidos de
intenção de recursos, pois os licitantes não sabiam do teor da proposta e documentação do licitante e
simplesmente “chutava” um razão qualquer e por sua vez o pregoeiro entendia que o licitante queria apenas
procrastinar o processo, porém o Tribunal de Contas da União – TCU através de Acórdãos disciplinou a
matéria, porém ainda hoje ocorre a negação do direito de “intenção de recurso” por alguns pregoeiros.
8.1 Não cabe ao pregoeiro indeferir o direito de licitante recorrer que manifestou sua
intenção no campo próprio do sistema, exceto nos casos de manifestação de intenção
de recurso que não seja imediata ou que não seja motivada. Totalmente incabível que
o pregoeiro recuse a intenção de recurso com análise do mérito da motivação (como
feito pelo pregoeiro), eis que não há recurso ainda para que seja analisado o mérito da
questão. Ao pregoeiro cabe analisar meramente a tempestividade e se foi apresentada
motivação. Se o representante houvesse simplesmente informado “pretendo recorrer”,
caberia a recusa por parte do pregoeiro.
Art. 27. Decididos os recursos e constatada a regularidade dos atos praticados, a autoridade
competente adjudicará o objeto e homologará o procedimento licitatório.
Neste artigo o destaque fica para o Parágrafo 2º, que diz; “§2º Na assinatura do contrato ou da ata de registro
de preços, será exigida a comprovação das condições de habilitação consignadas no edital, as quais deverão
ser mantidas pelo licitante durante a vigência do contrato ou da ata de registro de preços”.
Art. 28. Aquele que, convocado dentro do prazo de validade de sua proposta, não assinar o
contrato ou ata de registro de preços, deixar de entregar documentação exigida no edital,
apresentar documentação falsa, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver
a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo, fizer
declaração falsa ou cometer fraude fiscal, garantido o direito à ampla defesa, ficará impedido de
licitar e de contratar com a União, e será descredenciado no SICAF, pelo prazo de até cinco anos,
sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais cominações legais.
Art. 29. A autoridade competente para aprovação do procedimento licitatório somente poderá
revogá-lo em face de razões de interesse público, por motivo de fato superveniente devidamente
comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo anulá-lo por ilegalidade,
de ofício ou por provocação de qualquer pessoa, mediante ato escrito e fundamentado.
Neste artigo o destaque é que qualquer pessoa mediante ato escrito e fundamentado pode requerer a revogação
do certame, desde que devidamente comprovado.
Neste arquivo o legislador determina o que deve compor todo o processo licitatório desde a fase interna,
externa e os comprovantes das publicações.