ELETROSTÁTICA
1
EQUAÇÕES DE POISSON E LAPLACE
1. Resolver os seguintes problemas do livro Reitz, Milford & Christy, pgs. 79-81:
3.1, 3.2, 3.3, 3.5, 3.7, 3.9, 3.10, 3.11.
φ0 = k cos(3θ), (1)
onde k é uma constante. Encontre o potencial φ dentro e fora da esfera. (Assuma que
não há densidade de carga dentro ou fora da esfera). Para resolver esse problema, você
pode seguir os passos listados abaixo:
(a) expresse o potencial dado pela Eq. (1), em termos de polinômios de Legendre;
(c) a solução geral será dada por uma série em polinômios de Legendre. Os coeficientes
Cl e Dl podem ser obtidos assumindo que o potencial deve ser contı́nuo para todos
os valores de r. Assim, as soluções para pontos internos e externos à esfera devem
ser as mesmas para r = R.
(d) A condição dada no item (c) permite estabelecer uma relação entre Cl e Dl . Para
determinar completamente os coeficientes, notamos que uma função f (θ) pode ser
∑
expressa na forma de série em polinômios de Legendre, f (θ) = Al Pl (cos θ). Os
l
coeficientes Al podem ser obtidos explorando a ortogonalidade dos polinômios de
Legendre:
∫ π
2
Pl (cos θ)Pm (cos θ) sin θ dθ = δlm (2)
0 2l + 1
A expressão será ligeiramente diferente para o caso do potencial por causa da de-
pendência em r. Você deve resolver o potencial para r = R e então calcular os
coeficientes.
2
3. Considere um esfera cortada ao meio, formando dois hemisférios, um submetido a um
potencial φ0 e o outro a um potencial −φ0 . Calcule o potencial gerado por esta configu-
ração. Aqui você irá adotar os mesmos procedimentos que foram feitos para o problema
anterior. A expressão será uma série em polinômios de Legendre e você deve calcular os
coeficientes explicitamente até C6 e D6 .
4. Suponha que duas cascas cilı́ndricas, de raios Ra e Rb (Ra < Rb ), estejam submetidos
aos seguintes potenciais:
φa , para ρ = Ra
φ(ρ, θ, ϕ) =
φb cos 2θ, para ρ = Rb
Para ilustrar a aplicação de Poisson neste caso, vamos selecionar uma junção pn entre
duas metades de uma barra semicondutora que se estende na direção-x. Consideraremos
que o semicondutor é do tipo p para x < 0 e do tipo n para x > 0. O grau de dopagem é
idêntico em ambos os lados da junção. As lacunas do lado esquerdo e os elétrons do lado
direito atravessam a junção até que um estado de equilı́brio ocorra, quando um campo
elétrico da direita para a esquerda é estabelecido. A redistribuição de carga em torno da
junção (em x = 0) é simétrica devido às condições de dopagem. Há inúmeras expressões
para modelar a distribuição de carga em torno da junção. Aqui, vamos usar a expressão
dada pela Eq. (3):
x x
ρ(x) = 2ρ0 tanh (3)
a a
3
onde ρ0 = eNd = eNa é a densidade de carga máxima. Esta densidade depende da
concentração de impurezas doadoras e aceitadoras, cujos valores denotamos por Nd e
Na , respectivamente. O comprimento a é uma distância caracterı́stica da camada de
depleção, região onde ocorre uma variação apreciável da densidade de carga.
(a) Note que longe da junção o semicondutor deve permanecer neutro, então o campo
elétrico deve ser nulo Ex (x → ±∞) → 0. Como a densidade de carga apresenta
uma inversão de sinal da região n para a região p, vamos assumir que o potencial
passa pelo valor nulo exatamente em x = 0. Assim, φ(0) = 0. Com a expressão
(3) e estas condições de contorno, determine a equação para o potencial e o campo
elétrico;
Q
C= . (6)
∆φ