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A MAGIA DOS ORIXÁS – FUNDAMENTOS DE ÌYÀWÓ
A iniciação no Candomblé é um processo extremamente complexo e
lento, além de ser um assunto com muitas restrições para ser discutido
publicamente. Portanto, vamos nos ater às mais básicas informações,
deixando bastante claro que o descrito aqui não é uma regra geral, pois na
maioria dos casos, cada nação (segmento da religião), cada família (grupo
de pessoas ligadas através de um mesmo elo ancestral) e cada casa de
Candomblé (grupo pertencente especificamente a uma casa) tem rituais
específicos. Diversos são os caminhos (motivos) que levam uma pessoa a
ser iniciada. É praticamente impossível relacionar todos caminhos, já que
eles podem ser diretamente proporcionais ao número de pessoas
iniciadas até hoje. "Ou você chega aos Òrisá pelo amor, ou pela dor". Em
outras palavras, há pessoas que têm que ser iniciadas, outras o são
simplesmente porque assim quiseram e os Òrisá concordaram, ou seja,
estas últimas poderiam esperar o tempo que os Òrisá julgassem
necessário para serem iniciadas - o que poderia significar uma vida inteira,
mas preferiram fazê-lo simplesmente porque amavam a religião. E se há
um componente que é desejável para um seguidor ser iniciado, este
ingrediente é o amor, o qual teórica e automaticamente conduz à
dedicação. Assim como há muitas variações associadas à própria palavra
que identifica a Religião dos Òrisá no Brasil - Candomblé, há também
diversos tipos de iniciação. Estes tipos classificam-se, basicamente, em
iniciação de adosù e de não adosù. Apenas para exemplificar, há dois
conhecidos exemplos de iniciados que podem ser classificados como "não
adosù": os Ogán (homens) e as Ëkëdi (mulheres), também chamadas
Ajòyè. Nestes dois casos, o(a) seguidor(a) é escolhido por um Òrisá
manifestado durante uma cerimônia de Candomblé e, após um dado
período, é confirmado(a). Os iniciados "não adosù", ao contrário dos
adosù, não podem iniciar outras pessoas e têm suas obrigações/tarefas
muito bem delimitadas dentro do lado brasileiro da religião, que tem
como filosofia o princípio de que não é
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possível dar a ninguém aquilo que não recebemos, ou seja, aquilo que não
temos para dar.
Tudo, exatamente tudo, dentro de uma casa de Candomblé deve ser feito
com a autorização ou sob o comando da Ìyálórìsà ou Bàbálórìsà que, como
já mencionado, foi iniciado(a) na condição de adosù.
Definida a data, que muito tem a ver com o Òrisá do futuro iniciado, com
as determinações do Òrisá dono da casa e outras tantas implicações, o
abíyàn apresenta-se, pela última vez nesta condição em toda sua
existência, diante da Ìyálórìsà. A partir deste momento, ele deu início a
um processo que durará SETE anos na esmagadora maioria das nações,
famílias e casas.
A iniciação é algo muito particular de cada Orixá, por isto cada ìyàwó tem
seus próprios rituais. Porém, o básico é feito em todos. Este "básico"
consiste na raspagem da cabeça e na abertura de incisões (através de
métodos compatíveis com cada Orixá) em diversas partes do corpo da
ìyàwó. Estas incisões (gbéré) têm o principal objetivo de inserir o àsè - um
preparado que determinará a ancestralidade da ìyàwó.
Entre estas incisões está a principal de todas - o Osù, que é feita ao alto da
cabeça e que o iniciado portará enquanto estiver no àiyé (espaço ocupado
fisicamente pelos seres viventes). A Ìyálàlàsë transfere e planta o àsë na
noviça por intermédio de um ciclo ritual que culmina quando, no centro
da cabeça da ìyàwó, ela coloca e consagra o Osù.
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Durante esta fase da iniciação, tudo é feito sob a luz de vela (quando o
Orixá da ìyàwó não exige outro tipo primitivo de iluminação), ao som de
cantigas específicas para o momento e diante das poucas pessoas
autorizadas pelo Orixá. Feito isto, será dado início aos sacrifícios animais
pedidos pelo Orixá da ìyàwó. Ao contrário do que se pensa, segundo a
tradição Kétu, animais não são sacrificados sobre a ìyàwó, pois se acredita
que o calor do sofrimento causado pela morte do animal não deve atingir
o iniciado. Há métodos específicos e pessoas especialmente
determinadas para que não seja estabelecido um elo entre o sofrimento
físico do animal sacrificado e a pessoa diretamente envolvida no ritual,
exceto no que diz respeito a alguns poucos animais. Um a um, as ìyàwó
são submetidas ao processo de iniciação, que pode durar horas que
parecem nunca acabar, dependendo do tamanho do barco - grupo de
iniciados.
Mas isto não significa que eles estarão livres dos èwos ! Talvez eles sejam
liberados para comer com talheres em um almoço de negócios, mas isto
poderá ser o máximo permitido, pois dormir no chão sobre a ëní e as rezas
antes das refeições que não sejam exigidas pela vida profissional
continuarão sendo algumas poucas das suas muitas obrigações para com
os Òrisá. Alguns èwos, dependendo do Òrisá, da casa, da família, etc., não
estarão limitados somente ao período do Kele, ou seja, deverão ser
respeitados por toda vida do iniciado.
Como ensinado pela Ojubona, enquanto eles forem ìyàwó, eles jamais
poderão sentar no mesmo nível que os irmãos mais velhos, nem olhar
diretamente em seus olhos. É a hierarquia intrínseca ao Candomblé (ou
seria à cultura Yorúbà?) se mostrando: um irmão mais novo não deve
nunca ficar acima (fisicamente) de um irmão mais velho. Ao contrário das
demais culturas, o “olho nos olhos” só funciona para pessoas do mesmo
nível hierárquico, os que estão abaixo devem sempre olhar para o chão.
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Esta educação inicial mostrará quem é a pessoa para o resto de sua vida
dentro da religião.
Depois precisará cumprir com suas obrigações aos três anos (ödún kýtà).
Há casas onde também são cumpridas obrigações no quinto ano.
Finalmente, vem às obrigações que são a confirmação final da iniciação e
que são feitas aos sete anos (ödún Ijê), quando então a ìyàwó se tornará
um Egbome (mais velho) através de uma cerimônia pública, onde poderá
receber o conjunto de símbolos da maioridade, comumente chamado de
Deká.
O Asé
Energia mágica, universal sagrada do orixá. Energia muito forte, mas que
por si só é neutra. Manipulada e dirigida pelo homem através dos orixás e
seus elementos símbolos.
O elemento mais precioso do Ilê é a força que assegura a existência
dinâmica. É transmitido, deve ser mantido e desenvolvido, como toda
força pode aumentar ou diminuir, essa variação está relacionada com a
atividade e conduta ritual.
A conduta está determinada pela escrupulosa observação dos deveres e
obrigações, de cada detentor de axé, para consigo, seu orixá e para com
seu ilê. O desenvolvimento do axé individual e do grupo impulsiona o axé
de ilê.
"O axé dos iniciados está ligado, e diretamente proporcional a sua
conduta ritual - relacionamento com seu orixá; sua comunidade; suas
obrigações e seu babalorixá”.
A força do axé é contida e transmitida através de certos elementos e
substâncias materiais, é transmitido aos seres e objetos, que mantém e
renovam os poderes de realização.
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O axé está contido numa grande variedade de elementos representativos
dos reinos: animal, vegetal e mineral, quer sejam da água - doce ou
salgada - da terra, floresta - mato ou espaço urbano -. Está contido nas
substâncias naturais e essenciais de cada um dos seres animados ou não,
simples ou complexos, que compõem o universo.
Os elementos portadores de axé podem ser agrupados em três categorias:
1) "sangue" vermelho 2) "sangue" branco 3) "sangue" preto
O "sangue" branco:
a) do reino animal: sêmem, saliva, emí (hálito, sopro divino), plasma (em
especial do igbin - espécie de caracol -), inan (velas) b) reino vegetal: favas
(sementes), seiva, sumo, álcool, bebidas brancas extraídas das palmeiras,
yiérosùn (pó claro, extraído do iròsún) ori (espécie de manteiga vegetal),
vegetal, legumes, grãos, frutos, raízes... c) reino mineral: sais, giz, prata,
chumbo, otás (pedras), areia, barro, terra...
O "sangue" preto:
Leva se o Iyawo à meia noite numa encruzilhada, deverá estar vestido com
uma roupa bem velha que não queira mais, leve também um lençol
branco. Chegando na encruzilhada faça um saraye no iyawo com este
frango, peça que ele cuspa no bico do galo, e diga ele mesmo e quem
estiver fazendo o ebó para ele, ”EXÚ MAXÊ MI, OMÓ ELOMIRAN NI OXÊ”,
depois fale em nossa língua mesmo pedindo a Exu que afaste as mazelas
do filho, as doenças, os feitiços e etc... Faça um padê lá na hora com
farinha e dendê e deposite em cima da folha de comigo-ninguém-pode,
acenda a vela ao lado e o charuto chame pelo nome do EXÚ catiço que a
pessoa ou o Pai de Santo tenha devoção e entregue esta oferenda e os
inimigos. Prenda bem as asas com as patas do bicho e comece a copar
com o obé virgem em cima do padê, não separe o ori do corpo, apenas
corte e deixe sangrar, ao terminar o sangue, deixe o frango com o corpo
no chão e o ori em cima do padê, não deixe de barriga pra cima. Abra o
Oti e derrame em volta de tudo fazendo um circulo e deixe a garrafa ali
junto com o obé. O iyawo tem as roupas rasgadas ali mesmo e volta
enrolado no lençol branco. Saia e não olhe para trás, volte por um
caminho diferente do que foi.
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Ao chegar na Roça alguém já deverá estar aguardando para despachar a
rua, entra-se sem falar com ninguém e toma-se um banho de nega-mina,
elevante, folha de bananeira, mangueira, aroeira, peregun e funcho
cozidos, da cabeça aos pés.
Tome um chá bem forte de erva cidreira com bastante açúcar, deverá
então ir dormir, no barracão ainda, com um ojá no ori. OBS: A partir deste
dia não comer mais carne vermelha.
EBÓS – 2 DIA (SEGUNDA)
Este ebó é feito dentro da roça, em frente ao quarto do orisá para o qual o
iyawo será raspado, este ebó tem a finalidade de louvar os ancestrais da
pessoa que por ventura possam ter sido iniciado em outras vidas para
aquele orisá. Ou seja, é um ebó Esà. (ancestral)
Lavar o ronco todo com água limpa e sabão da costa, enxaguar com
omieró de colônia e macaça (folhas de osun). Por peregun e colônia
espalhada pelos 4 cantos do roncó dentro de quartinhões. Neste dia,
ainda não foi preparada a esteira com as folhas, pois esta só é feita após o
ebó de cachoeira e depois do bori.
Amarre o pintinho de leite pela pata direita com um fio longo de palha da
costa, a outra ponta da palha amarra-se na base da quartinha sem água,
acomoda-se no joelho direito segurando com a mão direita e a outra ele
estará segurando uma copa de PEREGUM com 7 folhas apoiada no joelho
esquerdo. O babalorisá toca as costas e o peito do iyawo com a cabaça
grande, bata a cabaça contra a pedra, é dado início ao Apolo: O Babalorisá
bate com o Ovo na testa do Iyàwó pegando-o de surpresa, imediatamente
todos que estão ali
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presentes banham o Iyawo com muita água da cachoeira, o Babalorisá
pega o pintinho, molha, passa sabão da costa e esfrega-o no Iyawo todo
até que ele esteja desfalecido, retira o fio de palha da costa da base da
quartinha e jogue tudo dentro da cabaça, o pintinho, o fio de palha da
costa e o sabão da costa, a cabaça estará acomodada no colo do iyawo
forrado com morim branco por dentro. E dá início a Katulagem: tire dos
pontos principais do Ori do Iyawo: nuca, frente, lado esquerdo, lado
direito e alto da cabeça e deposite dentro da cabaça. Em seguida o
babalorisá dá um banho de ajebó no Iyawo, esfregando em seguida um
acaçá e uma bacia de Ebó, seguido de um novo banho. O Babalorisá dá um
Banho de Aluá, Wají, osun, efun e ervas do santo. O Babalorisá corta a
roupa do Iyawo pelas costas e dá para que a Ojubonã guarde. As bordas
do morim são postas todas para entro da cabaça cobrindo tudo que foi ali
dentro. É enrolado um ojá no orí do Iyawo, este então encherá a
quartinha dele com água da cachoeira. Colocará na cabeça segurando com
a mão direita e na mão esquerda a copa de peregun. O Iyawo será
envolto com lençol branco e posto uma coroa de mariwo na cabeça.
Dá-se algo para que o iyawo coma, e ponha para dormir, não se previne a
ele de nada que vai se fazer depois.
Por volta das 15:30 faça a primeira raspagem do Iyawo. Coloque kele,
xaoro, ikan, mokan, umbigueira, ides e yans (fios de contas). As cantigas
para raspagem e por o Kele encontra-se em uma das paginas dessa
apostila. Em seguida efun. O efun tem que ser realizado até as 18 horas da
tarde. O iyawo não deverá comer nada antes do efun, deverá fazê-lo com
fome. Ponha a roupa branca da primeira saída no iyawo, ponha ele
sentado no apoti, uma folha de peregun nas mãos, que foi tirada daquele
arbusto que trouxe da cachoeira, pinte ele todo com efun, ponha o
ekodidé na cabeça dele preso por uma palha da costa. Dê um pouco de
água da quartinha dele para ele beber. Tudo será feito à luz de velas no
ronco, e a saída no barracão também tudo apagado, só a luz de velas, Exu
deverá ser despachado antes.
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Após o iyawo todo pronto com pintura e acessórios, realize a matança. O
primeiro efun será esse primeiro oro de matança.
Baba efum oni jale Areo orisá Baba efum oni jale Areo orisá
Repete-se esta reza até o fim da pintura.
Kenken Osun omi so oro A ina ina Kenken osun omi so oro A ina ina
Primeira cantiga:
Segunda cantiga:
Orisá kota já gberé Àjá eni Àjá eni Àjá eni Àjá eni Olorun t`o n ìse Kojáàdeo
Àjá eni Àjá eni Àjá eni Àjá eni
Terceira cantiga:
Kenken Osun omi so oro A ina ina Kenken osun omi so oro A ina ina
Seguido da cantiga:
Seguida da Cantiga
Cante umas 3 cantigas para aquele orisá e coloque para dentro. Retirada
do salão:
Ìyàwó nibo l`ònà Ìyàwó nibo l`ònà. Awà nì jé je ìyàwó Nibo l`ònà Ìyàwó
nibo l`ònà Ìyàwó nibo l`ònà Awà nì jé je ìyàwó Nibo l`ònà
O dì gaingan O dì gan o
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O dì gaingan O dì gan o
Para saudar o animal tocando em sua cabeça ( significa que o animal irá
morrer ao invés da pessoa, uma espécie de troca) canta-se:
Ago bó ni je Alá foríkan Alá foríkan gbogbo o Ago bó ni je Alá foríkan Alá
foríkan àiyé
Leve-o à direção da bacia que já estará com 3 acaças dentro com água
pronta para receber o ejé e canta-se copando o bicho o seguinte:
Èjè sorò sorò Èjè bálè a kara rò Èjè sorò sorò Èjè bálè a kara rò
Louva-se Ogun o dono do obé: Biri biri loke Ogun a lerio Biri biri loke Ogun
ba rere
Kò si ni dide
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Òtún alágbè Kò sí ni dide Okùn
O santo deixa cair sobre o axé da casa os bichos que estavam nos braços
dele retira-se o ori da boca do orisà e louva-se para aquele orisá
incorporado, todos dançam com ele. Após esta dança o orisà é recolhido
para o ronco onde deverá ser acomodado na eni para que fique por um
tempo com aquele ejé em cima e penas pela qual foi coberto.
Kuen kuen kuen Baba bi a bi etu Kuen kuen kuen Baba bi a bi oro Kuen
kuen kuen Baba bi a bi etu Kuen kuen kuen Baba bi a bi oma A galinha
tendo desfalecido canta-se:
Tempera-se a matança.
No 14° dia será o nome do iyawo, faz-se necessário que ele esteja bem
alimentado, bem descansado e despreocupado, reza-se à tarde e ponha-o
para dormir.
Orisà lábé Orisà lábé Ta ni obé gbére re Ta ni obé gbére re Awá siré ó koru
lagbé
X X
Apague todas as luzes ,ser tudo feito a luz de velas. O iyawo estará vestido
com a roupa que foi cortada pelas costas na cachoeira só que agora essa
roupa está costurada, o Babalorisá terá tirado o kele,os acessórios todo do
corpo, ele é levado até a porta do barracão com esse alguidar cabeça de
boi na cabeça, lá chegando ele deposita o alguidar no chão e a roupa é
rasgada novamente e jogada em cima do carrego , o iyawo corre para
dentro do honkó novamente, que já estará limpo sem nenhum vestígio
das folhas e de tudo que se encontrava antes. O iyawo não poderá sentar
nem deitar enquanto as pessoas que levaram o carrego não voltarem.
Erù pì Erù dan Ta ni s’ebo Re ada Erù pi oo Erù dan Ta ni s’bo re Ada o o
Ita owo Ita Omã Ita riku Gbobo Gberun lé Terminado de por todas as
comidas nas folhas parta o obi e o orobo e divida cada um em 7 pedaços e
ponha nas folhas, concluindo a divisão do obi e orobo sobre as comidas o
Babalorisá vai espargir omitorô (omiekó), aluá e moscatel sobre tudo,
quando então dá-se inicio ao ritual com o Iyawo, ele bem abaixado pega
cada folha no chão enquanto o ajudante do Babalorisá vai batendo com o
atori de mamona nas costas do Iyawo até que ele chegue na porta onde
está o cesto e deposite ali a trouxinha de mamona e o ajudante põe o talo
referente aquela folha ali no cesto também. O Iyawo retorna e pega a
segunda folha, e vai se repetindo até a última. Durante esse processo de
pegar a folha o Babalorisá cantará o seguinte:
Dê algo para ele comer, para que ele não ficar entediado conte todos os
dias algumas lendas sobre o orisá dele ou de outros também. Repete esse
ritual de efum durante os seis dias, o sétimo será a saída do iyawo, e só
será feita com a presença do publico.