Relatório do trabalho “ IGUALDADE E

DISCRIMINAÇÃO”

A constituição declara que todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza […] art.5º, então por quê falar em discriminação?

Infelizmente a discriminação é histórica e sempre existiu, sendo praticada pelos indivíduos,

pelos governos e pela própria sociedade.
Ao enfrentar o desafio deste tema, para tal preciso inicialmente definir e compreender alguns
termos: preconceito, discriminação e igualdade.

Preconceito, é um julgamento prévio ou pré julgamento de uma pessoa com base em

estereótipos, trata-se de atitudes negativas, desfavoráveis para com um grupo ou seus
componentes individuais.

Discriminação, significa o ato ou efeito de discriminar, discriminar por sua vez refere-se ao
verbo distinguir, diferenciar ou separar.

Igualdade, é a ausência de diferença. A igualdade ocorre quando todas as partes estão nas
mesmas condições, possuem o mesmo valor ou são interpretadas a partir do mesmo ponto de
vista, seja na comparação entre coisas ou pessoas.

A discriminação pode dividir-se em duas subcategorias: directa e indirecta.

Discriminação directa ocorre quando uma pessoa é sujeita a um tratamento

desfavorável comparativamente a outra.

Discriminação indirecta ocorre sempre que um juízo ou prática, aparentemente

neutros, colocam pessoas em situação de desvantagem relativamente a outras pessoas.

 Existem muitos projetos, focados em diferentes tipos de discriminação, como a
discriminação étnico-racial, física, linguística, religiosa, politica, socioeconómica, geracional,
de género, homofobia e a transfobia.

A discriminação defende o principio de igualdade

De facto, a discriminação pode ser compreendida de vários ângulos como atitude de

distinção, exclusão restrição ou preferência violadora da dignidade e da igualdade de
tratamento. Há algum tempo, as discussões acerca das ideias sobre diversidade, desigualdade,

diferença e igualdade vêm ocupando um espaço significativo em certos setores da sociedade,

incluindo aqueles voltados para a área da educação.

Trata-se de uma discussão necessária sempre que se pensa no respeito aos direitos humanos,
na implementação de políticas públicas na sociedade justa e na promoção da cidadania de
todo e qualquer individuo.

Ao longo dos séculos em toda a parte, a opressão exercida por determinados grupos
nacionais étnicos, religiosos ou políticos sobre outros, vistos como inferiores ou inimigos,
representa ao mesmo tempo causa e consequências de genocídios, extriminios, “ limpezas
étnicas”, guerras, situações de domínio, com a consequente e inevitável violação dos direitos
humanos. Superar esta situação é um desafio permanente e fundamental para a comunhão dos
povos e respeito a todos pela simples condição de serem pessoas universalmente
reconhecidas.

A dignidade comum dos seres humanos seve de fundamento para o princípio da igualdade,
seja no aspeto formal seja no aspeto material, se houver qualquer desvio nessa igualdade,
haverá não só a afronta a dignidade da pessoa humana, como também se vê presente uma
discriminação.

A igualdade formal numa justiça simétrica, tratamento igual a todos, tendo em vista que as
pessoas simetricamente iguais devem ser igualmente tratadas, não podendo haver qualquer
forma de distinção.
 Ainda que a construção de uma sociedade livre de preconceito seja tarefa das mais árduas e
complexas ( o que não justifica abrir mão dela), não podemos correr o risco de agir como se o
preconceito fosse mera decorrência da vida em sociedade. Essa visão equivocada “naturaliza”
a discriminação e contribui para a manutenção de privilégios para alguns.

É na complementaridade dos diferentes que nos fazemos humanos, ou seja não existe
sociedade sem diversidade.

O psicólogo norte americano Gordon Allport escreveu em 1954 um livro chamado” A

Natureza do Preconceito”, em que apresentou um interessante instrumento para determinar o
grau de intolerância das sociedades, uma escala que passou a ser conhecida como Escala de
Allport. A Escala de Allport vai de 1 a 5.