Vemos o total predomínio do capital financeiro que, dominando o Estado, o faz reduzir ou,
por vezes, eliminar as políticas públicas para os pobres, os trabalhadores e trabalhadoras,
os sem-teto, os sem-terra, voltando-se a uma política de pagamento das dívidas
contraídas pelo Estado junto a ele. Estamos preocupados, pois há sinais de que o Estado
brasileiro pode ficar atrelado a essa opção, que faz a política ficar subordinada à
economia.
A fim de satisfazer os interesses daqueles que financiaram sua campanha e sua vida, o
Presidente da Câmara colocou o projeto de lei que estabelece a possibilidade de
terceirização em todos os setores da empresa, fazendo com que, na realidade, direitos
dos trabalhadores e trabalhadoras sejam eliminados totalmente.
Quanto ao Judiciário, preocupa-nos o fato de que ele assuma funções legislativas, que
continue moroso e autoritário. Sua reforma deve torná-lo dinâmico e acessível a todo
cidadão.
Por fim, repudiamos o retorno do preconceito em todo mundo, quer seja o preconceito
racial, social ou religioso, e no Brasil destaca-se a ação de todo preconceito nos meios de
comunicação, nas mídias sociais, fazendo com que o outro se torne um inimigo,
simplesmente por ser diferente.
Cremos, pois, que o laicato organizado no CNLB tem que agir, buscando construir um
novo Estado, novas estruturas políticas, sociais e econômicas.