RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
1CR/88. Art. 7°, XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes da relação de trabalho, com prazo prescricional de cinco
anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
2CLT. Art. 839, “a” – A reclamação poderá ser apresentada: pelos empregados e empregadores, pessoalmente, ou por
seus representantes, e pelos sindicatos de classe.
II – DA DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE
Declara o patrono através de assinatura digital, para os devidos fins, a
autenticidade dos documentos juntados pelo reclamante neste processo, nos
moldes do artigo 830 da CLT.
O reclamante foi admitido para laborar junto à empresa ora Reclamada na data de
20.10.2015, na função de Ajudante de Eletricista conforme CTPS (Doc.04, 4.1),
desempenhando última função como Eletricista conforme contracheques (Doc.05).
III. B) DA REMUNERAÇÃO
Restou convencionado que a jornada de trabalho do reclamante inicialmente foi das 08:00h
às 17:00h com intervalo de 1 (um) hora de segunda à sexta-feira, aos sábados iniciava
os trabalhos às 08:00h com intervalo de 1 (um) hora, finalizando às 17:00h, totalizando
48 horas semanais, em sábados alternados, passando a trabalhar em regime de escala
de 12 horas trabalhando por 36 horas de repouso, no turno noturno iniciando sua
jornada de trabalho das 19h00 às 07h00, após no turno diurno iniciando sua jornada de
trabalho das 07h00 às 19h00, por fim, retornando a sua jornada inicial.
III. D) DA DEMISSÃO
DO NEXO CAUSAL
Esta conduta dissona com a CLT o art. 166 “A empresa é obrigada a fornecer aos
empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em
perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral
não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos
empregados.”
A obrigação resulta da norma do art. 157, incisos I e II, e 158, parágrafo único, e
2º da CLT, eis que deve ser o empregador quem assume os riscos da atividade
econômica.
Diante do robusto conjunto probatório apresentado e que será complementado no
decorrer do processo, a conduta ilícita do empregador restará caracterizada. Contudo, o
dano moral não depende de prova do abalo psicológico, mormente porque a adoção de
medidas que reduzam os riscos inerentes ao trabalho é direito fundamental do
trabalhador, nos termos do art. 7º, inciso XXII, da Constituição da República, sendo
hipótese de dano in re ipsa, motivo pelo qual o empregador deve ser responsabilizado
por danos morais quando se diante da omissão no fornecimento de EPI, seja porque, os
que foram fornecidos, não foram capazes de minimizar os riscos a que o reclamante
estava exposto diariamente, isto é, RISCO DE MORTE.
Enquadra-se desta forma o presente caso na responsabilização objetiva da
reclamada, pois toda a atividade desenvolvida pelo empregador que, por sua natureza,
produza riscos para a vida ou incolumidade física ou psíquica de seus empregados,
basta à sua configuração a simples comprovação do nexo de causalidade entre o risco
criado e o dano ocorrido.
Em havendo risco próprio da atividade, haverá a responsabilidade objetiva do empregador,
com o dever de reparação independente da sua culpa, aplicando-se ao caso o disposto no
parágrafo único do art. 927 do CC:
"Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Nestes termos,
Pede deferimento.