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RAYMONY CARLA DOS SANTOS OLIVEIRA

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

Orientadora: Ivana Souza Marques

Planos Diretores Municipais no estado do Espírito Santo (PDM-


ES): monitoramento, avaliação e capacitação – Região
Nordeste, Noroeste e Centro Oeste

(Montanha, Mucurici, Pinheiros, Ponto Belo, Pedro Canário, Boa Esperança,


Conceição da Barra, São Mateus, Jaguaré, Ecoporanga, Água Doce do Norte,
Barra de São Francisco e Vila Pavão)

RELATÓRIO TÉCNICO FINAL

ARACRUZ
AGOSTO / 2017
2

Título do Projeto: Planos Diretores Municipais no estado do Espírito Santo (PDM-


ES): monitoramento, avaliação e capacitação – Região Nordeste, Noroeste e
Centro Oeste

Nome do Coordenador do Projeto: Ivana Souza Marques

Período a que se refere o Relatório: 01 de agosto de 2016 a 30 de julho de 2017.

Resumo das atividades executadas no período de vigência do auxílio

I. Principais objetivos do projeto original

OBJETIVO GERAL

Levantar o quadro atual dos Planos Diretores Municipais nos 76 municípios do


estado do Espírito Santo, para em um segundo momento estabelecer critérios
para o monitoramento e avaliação dos referidos planos no intuito de subsidiar à
implementação do Estatuto da Cidade pelos municípios e articular ações
coordenadas de ensino e extensão da FAACZ neste sentido.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Atualizar o levantamento de informações existente no estado sobre os Planos


Diretores Municipais (PDM´s) no Espírito Santo.

Identificar os PDM´s aprovados pelas Câmaras Municipais no Espírito Santo e o


período de suas revisões.

Elaborar breve caracterização da organização territorial e demográfica dos


municípios analisados;

Identificar os municípios que apresentam ou não Conselhos em funcionamento


para a implementação dos PDM´s.

Analisar a existência ou não do conteúdo básico de um Plano Diretor, a saber:


Diretrizes da Política Urbana, Perímetro Urbano, Macrozoneamento,
Zoneamento, Índices Urbanístico, Instrumentos da Política Urbana,
Parcelamento do Solo Urbano.
3

II. Etapas executadas e metas atingidas visando ao alcance


dos objetivos

A Constituição de 1988 e a aprovação da Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto da


Cidade, apesar de algumas conquistas relacionadas à ampliação do direito à
cidade, consubstanciaram a escala municipal e a figura do Plano Diretor
Municipal como principal instrumento para direcionar o desenvolvimento e
controle da expansão urbana das cidades no país.

Segundo o Estatuto da Cidade, o objetivo da Política Urbana é ordenar o pleno


desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana. Sendo
o Plano Diretor o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão
urbana do município, portanto a base do planejamento municipal, seus
instrumentos devem propiciar o cumprimento do papel social da cidade. Ou seja,
devem garantir o direito à cidade a todos os cidadãos: o acesso de todos à
moradia, aos serviços públicos, ao saneamento ambiental, ao transporte, ao
lazer, etc. Neste contexto, cabe destacar a importância da existência de Planos
Diretores atualizados, que não se limite a ser um instrumento meramente
normativo, mas sim indutor do processo de desenvolvimento territorial, sendo
imprescindível também a atuação ativa dos técnicos das administrações
municipais, bem como dos Conselhos Municipais da Cidade ou do Plano Diretor,
que são instrumentos de gestão democrática da Política Urbana.

A Campanha Nacional Plano Diretor Participativo, desenvolvida pelo Ministério


das Cidades, no ano de 2005, retoma e fortalece este instrumento que estava
em desuso e descrédito, que é o planejamento urbano através do Plano Diretor
Municipal, após quase uma década, nos anos de 1990, de hegemonia da
abordagem “estratégica” no pensamento urbanístico e na gestão municipal.

Esta renovada importância assumida pelos Planos Diretores, aponta como


principais novidades a incorporação dos instrumentos da política urbana e a
obrigatoriedade legal da participação popular na sua elaboração e
implementação. Esta afirmação da retomada do protagonismo dos Planos
Diretores, parte tanto do contexto histórico, institucional e legal que se criou a
nível federal e local em torno da sua revalorização; como de aspectos
quantitativos que se apresentam. De 805 municípios com planos diretores
4

aprovados no Brasil, no ano de 2005, este número saltou para 2318 em 2009.
Se for considerado o universo de municípios com mais de vinte mil habitantes,
que apresentam obrigatoriedade de sua elaboração 1 , que no ano de 2009
correspondiam a 1644 municípios, destes 1433 declararam ter plano diretor, o
que corresponde a 87% do total (SANTOS JÚNIOR e MONTANDON, 2011).

Todavia, conforme já vem sendo bastante analisado por diversos autores


(VARGAS DE FARIA, 2010; OLIVEIRA, 2011; SANTOS JÚNIOR e
MONTANDON, 2011; MARICATO, 2011; BURNETT, 2011; VILLAÇA, 2012) este
otimismo alimentado pelo Ministério das Cidades em relação aos novos planos
diretores, que não teve como objeto central enfatizar os conflitos entre os atores
sociais urbanos, criou expectativas que parecem tornar ainda distante, em
função dos tímidos resultados do processo, o direto a cidade mais justas e
democráticas, conforme preconizado pelo Estatuto da Cidade.

Do ponto de vista qualitativo pouco ou quase nada têm sido explorado nos novos
Planos Diretores relativo às possibilidades de cumprimento da função social da
cidade e da propriedade; integração e complementaridade entre as atividades
urbanas e rurais; articulação das políticas setoriais nas escalas local e regional;
garantia do direito a cidades sustentáveis e da justa distribuição dos benefícios
e ônus decorrentes do processo de urbanização. Todos, sem exceção, princípios
fundamentais para uma atuação eficaz sobre o espaço urbano das cidades
brasileiras.

Apesar deste ceticismo, em maior ou menor grau, quanto ao seu resultado, quer
seja em relação às limitações estruturais do instrumento frente aos desafios das
crises urbanas brasileiras, ou pelas possibilidades ainda não exploradas nestes
planos em relação ao cumprimento da função social da propriedade urbana,

1 De acordo com o Estatuto da Cidade o plano diretor é obrigatório para cidades com mais de
vinte mil habitantes; integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas; onde o
Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4o do art. 182 da
Constituição Federal; integrantes de áreas de especial interesse turístico; inseridas na área de
influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito
regional ou nacional e a partir do ano de 2012 incluiu também os municípios inseridos no cadastro
nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto,
inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos (Incluído pela Lei nº
12.608, de 2012).
5

conforme aponta Oliveira (2011 p. 5) “não há como recusar a embate aberto em


torno da sua elaboração e implementação”. Pois este é um dos fatores que
justificam o planejamento urbano como disciplina ou profissão, assim como o
estudo destes planos, quer seja como instância de ampliação do alcance das
políticas sociais ou como um campo efetivo de confronto dos interesses concreto
dos diversos atores na produção da cidade, pelos benefícios gerados pelas
regulações e pela distribuição dos investimentos públicos e privados na cidade:
“o planejamento, os planos e a gestão pública se impõem como campos de luta
e de disputa por sua apropriação” (OLIVEIRA, 2011 p. 5).

É dentro desta perspectiva que o presente projeto de pesquisa se coloca, ao


procurar num primeiro momento levantar o quadro atual dos Planos Diretores
Municipais nos 76 municípios do estado do Espírito Santo, para em um segundo
momento estabelecer critérios para o monitoramento e avaliação dos referidos
planos.

A relevância da pesquisa está relacionada ao protagonismo que o referido


instrumento de ordenamento territorial assume no âmbito do planejamento e
gestão das cidades, a necessidade contínua de revisões do instrumento,
conforme estabelecido pela legislação federal, bem como a carência de análises
e estudos de abrangência estadual sobre o tema, a necessidade de pesquisas
que oriente e subsidie os municípios capixabas no sentido de avançar na
consolidação do direito à cidade, através da consolidação do Estatuto da Cidade
e da gestão democrática da cidade. A pesquisa procura também através das
informações e análises produzidas, de forma articulada ao ensino e a extensão
da FAACZ, estabelecer ações de capacitação/orientação a comunidade
acadêmica, técnicos e conselheiros municipais e a sociedade civil nos processos
de elaboração, revisão e implementação dos Planos Diretores Municipais.

1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Passados pouco mais de dez anos da aprovação do Estatuto da Cidade uma


nova ordem jurídico-urbanística e institucional relacionada às políticas urbanas
6

se estabeleceu no país 2 . Esta nova ordem já apresenta inúmeros estudos e


trabalhos que passam a questionar os reais avanços e retrocessos que vem
ocorrendo nas cidades brasileiras a partir deste novo quadro instituído.

No âmbito mais geral, esta nova ordem jurídico-urbanística e institucional sobre


a política urbana é fundamentalmente uma conquista social resultado de um
processo histórico de mobilização social renovada e consolidou um novo
paradigma jurídico sobre a questão da propriedade imobiliária. Esta passa a ser
concebida não mais apenas em função do reconhecimento dos direitos
individuais, mas também e, sobretudo em função do reconhecimento das
responsabilidades e obrigações sociais. No entanto, é em grande parte
desconhecida por juristas, planejadores e pela sociedade, objeto de disputas
jurídicas e sociopolíticas e que colocam enormes desafios a sua eficácia jurídica
e social. Ao mesmo tempo, o esvaziamento e atropelamento financeiro e político
do Ministério das Cidades, o descrédito e a dificuldade da mobilização dos atores
sociopolíticos e a intensificação do processo de mercantilização e exclusão
social nas cidades intensificadas com a globalização econômica levam a lei
federal do Estatuto da Cidade a ser “abertamente demonizada por muitos,
declarada culpada pelos processos recentes de segregação socioespacial e pela

2 O Estatuto da Cidade – Lei Federal nº 10.257/2001 – se insere em amplo processo de reforma


jurídica que tem sido promovido no Brasil há pelos menos três décadas, tendo como principais
antecedentes diretos as Leis Federais nº 6.766/1979 (Parcelamento do Solo Urbano), nº
7.347/1985 (Ação Civil Pública) e nº 9.790/1999 (OSCIPs); a Constituição Federal de 1988
(especialmente os arts. 182 e 183, que dispõem sobre a Política Urbana); e a Emenda
Constitucional nº 26/2000 (que incluiu o direito de moradia no rol dos direitos sociais).
Complementada por uma longa série de outras leis federais: Medida Provisória nº 2.220/2001
(Concessão de uso especial para fins de moradia); Leis Federais nº 11.079/2004 (Parcerias
público-privadas); nº 10.931/2004 (Crédito e registro imobiliário); nº 11.107/2005 (Consórcios
públicos); nº 11.124/2005 (lei de iniciativa popular que criou o Fundo Nacional de Habitação de
Interesse Social – FNHIS); nº 11.445/2007 (Política de Saneamento); nº 11.481/2007 (Terras da
União); nº 11.888/2008 (assistência técnica para comunidades); nº 11.977/2009 (criou o
Programa “Minha Casa, Minha Vida” – PMCMV e dispôs sobre regularização fundiária); nº
11.952/2009 (Amazônia Legal); nº 12.305/2010 (Política de Resíduos Sólidos), a mais recente
sendo a Lei Federal nº 12.608/2012 (Política Nacional de Defesa e Proteção Civil). Do ponto de
vista institucional a criação em 2003 do Ministério das Cidades; a convocação de Conferências
Nacionais/Estaduais/Municipais das Cidades bienalmente desde então; a instalação e ação do
Conselho Nacional das Cidades; a ação da Caixa Econômica Federal – considerada como o
maior banco público em ação no mundo; bem como os diversos planos e programas federais
sobre temas urbanos, especialmente o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) e o
mencionado PMCMV, que, considerados juntos, constituem o maior investimento jamais feito na
história das políticas públicas da América Latina (FERNANDES, 2013).
7

apropriação dos instrumentos de gestão territorial urbana – por setores


conservadores” (FERNANDES, 2013 p. 224).

Dentro deste cenário complexo, mas assumindo uma postura de otimismo


cauteloso, Fernandes (2013) ainda aponta que na base da descrença acerca do
Estatuto da Cidade há diversos fatores culturais e sociopolíticos de fundo: visão
dominante e retrograda no Brasil acerca do Direito e da Lei, imediatismo das
demandas sociais, percepção ainda dominante do Estado e do aparato estatal
assistencialista e clientelista e uma visão dominante no planejamento territorial
urbano da narrativa espacial exclusiva, dotada de racionalidade técnica, com
valores ideais e desvinculada das reais dinâmicas urbanas.

Uma avaliação mais justa do Estatuto da Cidade deve considerar a forma como
o seu conteúdo têm sido materializado pelas leis urbanísticas, a qualidade dos
processos participativos em questão, bem como as dificuldades inerentes ao real
enfrentamento político acerca do significado e das implicações jurídicas da
noção de “função social da cidade e da propriedade”, para além das já
reconhecidas formas de responsabilidade estatais – política, administrativa e
fiscais. Desta forma, a compreensão acerca da natureza e possibilidades desta
nova ordem jurídico-urbanística/institucional ainda vai requerer uma ampla e
renovada mobilização sociopolítica em torno das questões fundiárias, urbanas,
habitacionais e ambientais no país. Ao mesmo tempo, deve-se garantir os
avanços estabelecidos por esta nova ordem, defender e evitar retrocessos das
forças globais e locais que se colocam contrário aos avanços pretendidos e
superar os obstáculos, aprimorando a ordem política e jurídica e lutando pela
sua implementação (FERNANDES, 2013).

Esta crítica mais otimista sobre este novo marco jurídico institucional da política
urbana brasileira, que fundamenta este projeto de pesquisa, considera que
apesar das inúmeras inadequações, das dificuldades institucionais na gestão
pública municipal e do precário rebatimento territorial das diretrizes
estabelecidas nos planos diretores, conforme avaliação de Santos Júnior e
Montandon (2011), as principais limitações estão relacionadas, sobretudo as
possibilidade ainda não exploradas desta nova ordem, por parte dos novos
Planos Diretores e dos gestores municipais.
8

Desta forma é necessário reconhecer que a nova concepção de planejamento


urbano, materializada principalmente pelos Planos Diretores, ainda não se
traduziu em metodologias e instrumentos de um planejamento politizado, e os
avanços quando existentes, ainda são fortemente dependentes da existência de
um corpo técnico no interior das administrações comprometido com sua
proposta. Para além da cidade que temos e da cidade que queremos, há uma
lacuna na perspectiva da identificação dos interesses sociais e econômicos na
produção e gestão das cidades e na avaliação sobre as possibilidades de
construção de pactos socioterritoriais que, efetivamente, regulem as relações
entre os atores que intervêm na cidade (SANTOS JÚNIOR, 2008).

Do ponto de vista da incorporação dos instrumentos urbanísticos do Estatuto da


Cidade nos novos planos diretores visando a democratização do acesso à terra
urbanizada, Oliveira e Biassotto (2011), avaliam que apesar da grande
expectativa em torno da possibilidade de intervenção pública no processo de
desenvolvimento urbano, o potencial dos instrumentos de intervenção no
mercado de terras, de redistribuição da renda gerada com o processo de
urbanização e de redução das desigualdades no acesso terra urbanizada e à
cidade, estas possibilidades ainda tem sido inexpressivas ou pouco aproveitada
nos Planos Diretores. Soma-se a histórica desvinculação entre o plano diretor e
a gestão orçamentária, e, que mesmo quando ocorre se restringe a aspectos
pontuais ou superficiais, sem grandes implicações para a reversão da lógica
regressiva dos investimentos públicos nas cidades brasileiras.

Salvo raras exceções, ainda de acordo com os autores supracitados, os novos


planos diretores fazem referências ao cumprimento da função social da
propriedade, com ênfases variadas. Contudo, boa parte dos relatórios
analisados aponta a falta de coerência entre os destaques discursivos relativos
à função social e o conteúdo aplicável do plano diretor, revelando, com
frequência, um “esvaziamento ou banalização do conceito” (OLIVEIRA e
BIASSOTTO, 2011 p. 60). Como destaca um dos relatórios da pesquisa
nacional, “a função social da propriedade é um princípio de adoção generalizada,
mas os planos não avançam no sentido de conferir precisão ao conceito, nem
de instituir disposições que propiciem sua concretização” (OLIVEIRA e
BIASSOTTO, 2011 p. 95).
9

Somam-se a estas justificativas, as limitadas informações e estudos específicos


no estado do Espírito Santo sobre a realidade estadual dos referidos planos, bem
como a ausência de um processo de monitoramento e avaliação permanente
que subsidie a implementação e sucessivas revisões destes planos diretores.
Tendo em vista, tais limitações, conforme aponta o IJSN (2014), os municípios
capixabas têm encontrado dificuldade para trabalhar os temas relacionados ao
planejamento de seu território, principalmente no tocante à elaboração de suas
legislações urbanísticas e no desenvolvimento de programas específicos de
interesse social que contemplem as inovações introduzidas pelo Estatuto da
Cidade. Assim uma das principais recomendações da pesquisa nacional
realizada pelo governo federal 3 e pelo próprio IJSN (2014) em relação aos
municípios é a estruturação de uma estratégia de capacitação dos municípios
para as revisões e implementações dos Planos Diretores.

Conforme indicado nos objetivos desta pesquisa, este primeiro momento do


projeto PDM-ES apresenta uma maior ênfase nos aspectos quantitativos
relacionados aos planos diretores capixabas, visto que pretende abranger, neste
primeiro ano de pesquisa a totalidade dos 76 municípios do estado, estabelecer
um reconhecimento sobre a situação dos PDM´s no Espírito Santo, as estruturas
organizacionais existentes para a sua implementação/revisão, para que
posteriormente sejam elaborados os critérios de monitoramento e avaliação dos
respectivos planos, assim como subsidiar o planejamento de ações de
capacitação junto aos municípios envolvidos.

A divisão dos trabalhos de levantamento de informações e o tratamento dos


dados foi realizada adotando como referência a divisão das microrregiões de
planejamento do Espírito Santo, conforme lei estadual nº 7.698 de 28 de
dezembro de 2011. Da mesma forma, foram adotadas as microrregiões de
planejamento para uma divisão da execução dos trabalhos entre os
pesquisadores envolvidos neste projeto, conforme quadro que segue, observa-

3
A pesquisa “Rede de Avaliação e Capacitação para a Implementação dos Planos Diretores Participativos”,
foi promovida com recurso do Ministério das Cidades e coordenada pelo Instituto de Pesquisa e
Planejamento Urbano e regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro – IPPUR/UFRJ.
10

se que a região noroeste foi ainda subdividida para equalizar o número de


municípios levantados de cada pesquisador envolvido, sendo:
Quadro 1: Quadro de divisão dos municípios do ES entre os pesquisadores envolvidos.

Pesquisador responsável /
Microrregião Município Aluno de Iniciação
Científica

Montanha
Mucurici
Pinheiros
Ponto Belo
Ivana Souza Marques /
Nordeste Pedro Canário Raymony Carla dos Santos
Oliveira
Boa Esperança
Conceição da Barra
São Mateus
Jaguaré

Ecoporanga
Água Doce do Norte Ivana Souza Marques /
Raymony Carla dos Santos
Barra de São Francisco Oliveira
Noroeste Vila Pavão

Mantenópolis
Ivana Souza Marques /
Águia Branca
Priscila Nascimento Severo
Nova Venécia

Alto Rio Novo


Pancas
São Gabriel da Palha
Vila Valério
São Domingos do Norte Ivana Souza Marques /
Centro Oeste
Governador Lindenberg Priscila Nascimento Severo

Marilândia
Colatina
Baixo Guandu
São Roque do Canaã

Sooretama
Rio Bananal
Giovanilton A. C. Ferreira /
Rio Doce Linhares Anderson Bertolani / Monize
Dionisio Matheus
João Neiva
Ibiraçu
11

Aracruz

Fundão
Serra
Vitória
Metropolitana Vila Velha
Cariacica
Viana
Guarapari

Itaguaçu
Santa Teresa
Central Serrana Itarana
Santa Maria de Jetibá
Santa Leopoldina

Laranja da Terra
Afonso Cláudio
Brejetuba
Sudoeste Serrana Conceição do Castelo
Venda Nova do Imigrante
Domingos Martins
Marechal Floriano

Ibatiba
Irupi
Iúna
Ibitirama
Muniz Freire
Caparaó Divino São Lourenço
Dores do Rio Preto
Guaçui
Alegre Gilton Luís Ferreira / Julia
Mattiello / Karla Garcia
São José do Calçado
Correia
Bom Jesus do Norte

Castelo
Vargem Alta
Cachoeiro de Itapemirim
Central Sul Jerônimo Monteiro
Muqui
Atílio Vivácqua
Mimoso do Sul
12

Apiacá

Alfredo Chaves
Anchieta
Iconha
Piúma
Litoral Sul
Rio Novo do Sul
Itapemirim
Marataízes
Presidente Kennedy

Os dados a serem levantados sobre cada um dos municípios e os Planos


Diretores pesquisados são:

 Caracterização municipal sobre a organização territorial e demografia:


dimensão territorial, número de distritos, população atual, analisar a
presença de alguns dos requisitos que tornam obrigatória a elaboração
de PDM do município;
 Existência ou não de PDM;
 Data da aprovação da Lei;
 Existência ou não de Conselho do PDM regulamentado e/ou em
funcionamento;
 Período estimado de revisão do PDM (caso exista);
 Identificar se existe alguma iniciativa no município no sentido da
elaboração e/ou revisão do PDM.
 Identificar a disponibilidade ou não do PDM na web.
 Levantar o conteúdo da Lei e os arquivos anexos.
Em relação ao conteúdo das Leis dos Planos Diretores Municipais pesquisados
será identificada e levantada a existência ou não nos PDM´s dos seguintes
aspectos:
Quadro 2: Lista de itens a serem observados em cada PDM.

Presença de Mapa
Item Presente no PDM georreferenciado e/ou
anexo detalhado

Diretrizes da Política Urbana

Perímetro Urbano

Macrozoneamento

Zoneamento

Índices Urbanísticos
13

Instrumentos da Política Urbana

Parcelamento do Solo Urbano

Para um segundo momento da pesquisa, não contemplado neste relatório, com


base no referencial teórico relacionado ao tema do Estatuto da Cidade e os
Planos Diretores Municipais, as informações, mapas e anexos levantados a
partir dos PDM´s e dos seus Conselhos Municipais serão apresentados e
elaborados em parâmetros para um monitoramento e avaliação qualitativa dos
PDM´s. Serão definidos também um conjunto de ações de orientação e
capacitação junto aos municípios pesquisados visando à implementação do
Estatuto da Cidade pelos municípios.

O conteúdo levantado até o momento e a análise quantitativa realizada estão


sistematizados neste relatório final da pesquisa organizado por microrregião.

2 CARACTERIZAÇÃO DOS MUNICÍPIOS

As microrregiões Nordeste e Noroeste são compostas por 13 municípios,


divididos respectivamente em 9 e 4 em ambos, localizadas na região Norte do
Espirito Santo. As mesmas possuem diversos atrativos naturais, suas regiões
são repletas de praias, riachos, lagoas, mata de vegetação nativa e fauna
diversificada, tendo alguns destaques como as dunas de Itaúnas, ilha de Guriri,
entre outros, sua economia está basicamente atrelada a agricultura e também
ao turismo que se ampliam cada vez mais. Este relatório compõe a pesquisa dos
seguintes municípios: Região Nordeste - Boa Esperança, Conceição da Barra,
Jaguaré, Montanha, Mucurici, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo e São
Mateus e Região Noroeste - Água Doce do Norte, Barra de São Francisco.
Ecoporanga e Vila Pavão.

Portanto, este Tópico tem como objetivo mostrar a situação dos municípios
quanto à legislação e instrumentos de planejamento municipal, especificamente
no que se refere à existência de Plano Diretor e Instrumentos de Planejamento
Municipal e Política Urbana (PDM), tanto como parte integrante do Plano Diretor,
quanto sob a forma de legislação específica, tais como: Lei de Perímetro Urbano
(PU), Lei de Parcelamento do Solo (PS), Código de Obras ou edificações (CO),
14

Código de Posturas (CP), Código de Meio Ambiente (CMA), Plano de Habitação


(PH). Neste contexto, cabe destacar a importância da existência e atuação dos
Conselhos Municipais, que são instrumentos de gestão democrática da Política
Urbana. Foram registrados número e data da legislação do município (tabelas
de instrumentos básicos de gestão territorial). Em caso de o município não
possuir a referida legislação utilizou-se a expressão (“não tem”). Em caso de
legislação em fase de elaboração utilizou-se o termo (“elaboração”), e em caso
de legislação em fase de tramitação na Câmara Municipal, utilizou-se o termo
(“tramitação”).

Na sequência será apresentado cada município estudado.

2.1 ÁGUA DOCE DO NORTE

O município de Água Doce do Norte possui 487,27 km² (0,99% da área total do
Estado). Sua sede distancia-se 296 km de Vitória, estando situado na Região
Norte do Espírito Santo, Microrregião Noroeste. Em divisão territorial datada de
01 de junho de 1995, o município é constituído de 5 distritos: Água Doce do
Norte, Governador Lacerda de Aguiar, Santa Luzia do Azul, Santo Agostinho e
Vila Nelita.

Sua população é de 11.771 habitantes, sendo que 56,91 declaram residir na


zona urbana (IBGE, 2010). Entre 2000 e 2010, a população de Água Doce do
Norte cresceu a uma taxa média anual de -0,80%, enquanto no Brasil foi de
1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município
passou de 47,94% para 56,91%.
Tabela 1: Dados gerais Município de Mantenópolis.
Ano de Fundação Área Densidade demográfica
1989 487,27 km² 24,16 hab/km²
Microrregião Macrorregião População (Censo 2010)
Noroeste Norte 11.771 hab.

Fonte: PNUD, Ipea e FJP.

O município tem na agropecuária a base principal de sua economia, sendo o


café e a pecuária de leite, as principais fontes de renda do município. Destaca-
se também a silvicultura, principalmente na região de Santa Luzia do Azul,
15

devido ao fomento florestal promovido na região pela empresa de celulose.


(INCAPER, 2013)

A renda per capita média de Água Doce do Norte cresceu 212,05% nas últimas
duas décadas, passando de R$ 120,94, em 1991, para R$ 377,39, em 2010. Isso
equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 6,17%. A
proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a
R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 68,98%, em 1991, para
51,39%, em 2000, e para 24,05%, em 2010.
Tabela 2: Instrumentos Básicos da Gestão Territorial – Água Doce do Norte.
PDM PU PS CO CP CMA PH
Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data N°
Não tem 2009 008/09 2009 009 2009 010/09 1999 110 2005 005 Não tem

Leis Urbanísticas do Espírito Santo. IJSN, 2014.

2.2 BARRA DE SÃO FRANCISCO

O município de Barra de São Francisco está situado a 202 km da capital, e está


localizado na Região Norte, integrando ainda a Microrregião Noroeste do Espírito
Santo. Sua divisão territorial constitui-se de 7 distritos: Barra de São Francisco,
Cachoeira de Itaúna, Itaperuna, Monte Sinai, Paulista, Poranga e Santo Antônio.

Sua população é de 935,59 habitantes, sendo que 35,16% declaram residir na


zona rural (IBGE, 2010). Entre 2000 e 2010, a população de Barra de São
Francisco cresceu a uma taxa média anual de 0,78%, enquanto no Brasil foi de
1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município
passou de 54,94% para 64,84%.
Tabela 3: Dados gerais Município de Barra de São Francisco.
Ano de Fundação Área Densidade demográfica
1963 935,59 km² 43,41 hab/km²
Microrregião Macrorregião População (Censo 2010)
Noroeste Norte 40.649 hab.

Fonte: PNUD, Ipea e FJP.

No âmbito econômico suas principais fontes de renda são a extração de granito,


a agricultura e o comércio. O comércio diversificado, tem atraído bons
profissionais da área da medicina e empresários em geral, notadamente os
ligados à área de mineração.
16

A renda per capita média de Barra de São Francisco cresceu 155,53% nas
últimas duas décadas, passando de R$ 206,57, em 1991, para R$ 527,84, em
2010. Isso equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de
5,06%. A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita
inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 64,77%, em 1991,
para 35,12%, em 2000, e para 16,38%, em 2010.
Tabela 4: Instrumentos Básicos da Gestão Territorial – Barra de São Francisco.
PDM PU PS CO CP CMA PH
Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data N°
30/06/08 03/08 20/10/08 075 18/11/08 81/08 14/12/87 44/87 14/11/08 05/08 20/06/01 01/01 Não tem

Fonte: Leis Urbanísticas do Espírito Santo. IJSN, 2014.

2.3 BOA ESPERANÇA

O município de Boa Esperança está situado a 285 km de Vitória, na região norte


do estado do Espírito Santo, e íntegra a Microrregião Nordeste. Em divisão
territorial o município é constituído de 3 distritos: Boa Esperança, Santo Antônio
de Pousalegre e São José do Sobradinho.

Sua população é de 14.199 habitantes, e entre 2000 e 2010, a população de Boa


Esperança cresceu a uma taxa média anual de 0,37%, enquanto no Brasil foi de
1,17%, no mesmo período. Nesta década, a sua taxa de urbanização do
município passou de 67,03% para 72,11%.
Tabela 5: Dados gerais: Município de Boa Esperança
Ano de Fundação Área Densidade demográfica
1963 429,58 km² 33,05 hab/km²
Microrregião Macrorregião População (Censo 2010)
Nordeste Norte 14.199 hab.

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

Na economia do município 78% da renda vem da agricultura, e desses 78%,


43% são das colheitas do café, iniciadas em maio. O município também tem uma
forte potência na cultivação e exportação de pimenta-do-reino e uma parcela
visível na produção de mamão papaia.

A renda per capita média de Boa Esperança cresceu 112,26% nas últimas duas
décadas, passando de R$ 217,04, em 1991 e para R$ 460,69 em 2010. Isso
equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 4,04%. A
17

proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a
R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 57,55%, em 1991, para
42,32%, em 2000, e para 13,43%, em 2010.
Tabela 6: Instrumentos Básicos da Gestão Territorial – Boa Esperança
PDM PU PS CO CP CMA PH
Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data N°
Não tem 18/11/85 392 01/10/86 419 18/12/85 407 1993 853 Não tem Não Tem

Leis Urbanísticas do Espírito Santo. IJSN, 2014

2.4 CONCEIÇÃO DA BARRA

O município de Conceição da Barra está situado a 256 km de Vitória, integrando


a Região Norte do Estado, e a Microrregião Nordeste. Possui uma área de
1191,99 km². O município é constituído de 3 distritos: Conceição da Barra, Braço
do Rio e Itaúnas.

Sua população é de 28.449 habitantes, e destes, 20,65% declaram residir na


zona rural do município (IBGE, 2010). Entre 2000 e 2010, a população de
Conceição da Barra cresceu a uma taxa média anual de 0,71%, enquanto no
Brasil foi de 1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do
município passou de 72,92% para 79,35%.
Tabela 7: Dados gerais Município de Conceição da Barra
Ano de Fundação Área Densidade demográfica
1833 1191,99 km² 23,89 hab/km²
Microrregião Macrorregião Sul População (Censo 2010)
Nordeste Norte 28.449 hab.

Fonte: PNUD, Ipea e FJP.

As principais atividades econômicas que movimentam o município de Conceição


da Barra são o agronegócio da cana-de-açúcar e do eucalipto. Já na agricultura
familiar, observa-se a importância da pesca e do turismo. O município apresenta
uma área de 38.037 ha de eucalipto que responde por uma produção de 631.915
m³ de madeira em toras por ano. Associado a exploração do eucalipto, também
ocorre a produção de carvão vegetal com 26.852 toneladas de carvão por ano,
atividade explorada intensivamente nas comunidades quilombolas e
assentamentos de reforma agrária. (INCAPER, 2013)
18

A renda per capita média de Conceição da Barra cresceu 106,07% nas últimas
duas décadas, passando de R$ 218,72, em 1991, para R$ 450,71, em 2010. Isso
equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 3,88%. A
proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a
R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 56,01%, em 1991, para
42,79%, em 2000, e para 19,26%, em 2010.
Tabela 8: Instrumentos Básicos da Gestão Territorial – Conceição da Barra
PDM PU PS CO CP CMA PH
Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data Nº
02/01/06 006 02/01/06 007 21/06/06 015 10/05/06 011 10/05/06 010 10/05/06 13 Não Tem

Leis Urbanísticas do Espírito Santo. IJSN, 2014.

2.5 ECOPORANGA

O município de Ecoporanga possui 2293,82 km², sendo 4,97% do território total


do Estado. O município distancia-se 315 km de Vitória, estando situado na
Região Norte do Espírito Santo, Microrregião Noroeste. O município é
constituído de 7 distritos: Ecoporanga, Cotaxé, Imburana, Joaçuba, Novo
Horizonte, Santa Luzia do Norte e Santa Terezinha.

Sua população é de 23.212 habitantes, sendo que 63,67 declaram residir na


zona urbana (IBGE, 2010). Entre 2000 e 2010, a população de Ecoporanga
cresceu a uma taxa média anual de -0,32%, enquanto no Brasil foi de 1,17%, no
mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município passou de
53,77% para 63,67%.
Tabela 9: Dados gerais Município de Ecoporanga
Ano de Fundação Área Densidade demográfica
1953 2293,82 km² 10,12 hab/km²
Microrregião Macrorregião População (Censo 2010)
Noroeste Norte 23.212 hab.

Fonte: PNUD, Ipea e FJP.

A economia local tem como principais atividades a pecuária de corte e leiteira e


a cafeicultura. Ecoporanga destaca-se como o maior produtor de leite do estado,
com produção em torno de cento e vinte mil litros/dia, bem como, possuidor do
maior efetivo pecuário bovino do Espírito Santo, com 202.917 cabeças (IDAF,
2009). Segundo um levantamento realizado em 2009 pelo ELDR, é
19

comercializado no município em torno de 850 litros/dia de forma informal, o qual


é destinado a residências e padarias locais. (INCAPER, 2013)

A renda per capita média de Ecoporanga cresceu 91,44% nas últimas duas
décadas, passando de R$ 212,33, em 1991, para R$ 406,49, em 2010. Isso
equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 5,41%3,48%.
A proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior
a R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 65,31%, em 1991, para
48,63%, em 2000, e para 20,65%, em 2010.
Tabela 10: Instrumentos Básicos da Gestão Territorial – Ecoporanga
PDM PU PS CO CP CMA PH
Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data Nº
Não Não Não
18/10/2006 1235 25/08/2009 1430 14/05/1991 498 09/09/2009 1432 26/12/2002 1017 18/10/2006
tem tem tem

Fonte: Leis Urbanísticas do Espírito Santo. IJSN, 2014.

2.6 JAGUARÉ

O município de Jaguaré possui 658,5 km² (1,42% da área total do Estado). Sua
sede distancia-se 201 km de Vitória, pelas rodovias BR-101 e ES-259, estando
situado na Região Norte do Espírito Santo, Microrregião Nordeste. O mesmo é
constituído de 3 distritos: Jaguaré, Barra Seca e Nossa Senhora de Fátima.

Sua população é de 24.678 habitantes, sendo que 60,92 declaram residir na


zona urbana (IBGE, 2010). Entre 2000 e 2010, a população de Jaguaré cresceu
a uma taxa média anual de 2,36%, enquanto no Brasil foi de 1,17%, no mesmo
período. Nesta década, a taxa de urbanização do município passou de 54,76%
para 60,92%.
Tabela 11: Dados gerais Município de Jaguaré
Ano de Fundação Área Densidade demográfica
1981 658,5 km² 37,54 hab/km²
Microrregião Macrorregião População (Censo 2010)
Nordeste Norte 24.678 hab.

Fonte: PNUD, Ipea e FJP.

A principal atividade econômica do município é a agropecuária, onde se destaca


o cultivo do café conilon com uma área aproximada de 22.000 ha, destes 20.000
ha, estão em produção e mais de 85% das áreas cultivadas são irrigadas,
20

colocando o município como o maior produtor de café conilon do estado do


Espírito Santo, do Brasil e consequentemente do mundo. Com uma
produtividade média em torno de 35 a 40 sacas/beneficiadas/ha, o município de
Jaguaré produziu em média 574.487 sacas de café beneficiadas nos últimos
quatro anos, equivalente a aproximadamente 8% da produção estadual. O café
é a principal atividade econômica do município, sendo responsável por mais de
80% da renda bruta anual dos agricultores. (INCAPER, 2013)

A renda per capita média de Jaguaré cresceu 61,17% nas últimas duas décadas,
passando de R$ 337,28, em 1991, para R$ 543,60, em 2010. Isso equivale a
uma taxa média anual de crescimento nesse período de 2,54%. A proporção de
pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a
preços de agosto de 2010), passou de 59,34%, em 1991, para 32,95%, em 2000,
e para 21,88%, em 2010.
Tabela 12: Instrumentos Básicos da Gestão Territorial – Jaguaré
PDM PU PS CO CP CMA PH
Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data Nº
2008 772 2011 936 24/08/86 005 11/07/1992 255 11/07/1992 256 16/05/2000 476 Não tem

Fonte: Leis Urbanísticas do Espírito Santo. IJSN, 2014.

2.7 MONTANHA

O município de Montanha localiza-se no Norte do estado, na Microrregião


Nordeste, estando sua sede municipal distante 336 km da capital do Estado. Seu
território ocupa 2,39% da superfície capixaba, com 1102,32 km². Sua divisão
territorial é constituída de 02 distritos: Montanha e Vinhático.

Possui uma população de 17.849 habitantes. Entre 2000 e 2010, a população de


Montanha cresceu a uma taxa média anual de 0,33%, enquanto no Brasil foi de
1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município
passou de 74,91% para 75,76%.
Tabela 13: Dados gerais município de Montanha
Ano de Fundação Área Densidade demográfica
1963 1102,32 km² 16,2 hab/km²
Microrregião Macrorregião População (Censo 2010)
Nordeste Norte 17.849 hab.

Fonte: PNUD, Ipea e FJP.


21

Sua economia esteve historicamente ligada a seu rebanho bovino, beneficiado


pela baixa precipitação da região e distribuição dos córregos.

A renda per capita média de Montanha cresceu 126,96% nas últimas duas
décadas, passando de R$ 241,21, em 1991, para R$ 547,43, em 2010. Isso
equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 6,20%. A
proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a
R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 51,07%, em 1991, para
41,20%, em 2000, e para 14,05%, em 2010.
Tabela 14: Instrumentos Básicos da Gestão Territorial – Montanha
PDM PU PS CO CP CMA PH
Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data Nº
Não tem 2009 739 17/10/2007 666 20/11/2003 005 16/11/1992 255 Elaboração Não tem

Fonte: Leis Urbanísticas do Espírito Santo. IJSN, 2014.

2.8 MUCURICI

O município de Mucurici está localizado ao Norte do Espírito Santo, na


Microrregião Nordeste, distante cerca de 353 km da capital, e possui 538,63 km²,
1,16% do território estadual. Sua divisão territorial é constituída de 02 distritos:
Mucurici e Itabaiana.

Possui uma população de 5.655 habitantes. Entre 2000 e 2010, a população de


Mucurici cresceu a uma taxa média anual de 0,42%, enquanto no Brasil foi de
1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município
passou de 53,73% para 63,48%.
Tabela 15: Dados gerais Município de Mucurici
Ano de Fundação Área Densidade demográfica
1953 538,63 km² 10,53 hab/km²
Microrregião Macrorregião População (Censo 2010)
Nordeste Norte 5.655 hab.

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

Sua economia está diretamente ligada a agropecuária e sua principal atividade


é o café, sendo responsável por 52% da renda gerada no setor. Além do café o
município ainda produz mandioca e mamão, sendo respectivamente 27% e 9%
de renda total do setor.
22

A renda per capita média de Mucurici cresceu 45,79% nas últimas duas décadas,
passando de R$ 255,60, em 1991, para R$ 372,63 em 2010. Isso equivale a uma
taxa média anual de crescimento nesse período de 2,00%. A proporção de
pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a
preços de agosto de 2010), passou de 60,23%, em 1991, para 58,37%, em 2000,
e para 22,40%, em 2010.
Tabela 16: Instrumentos Básicos da Gestão Territorial – Mucurici
PDM PU PS CO CP CMA PH
Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data Nº
Não tem 17/07/09 507/09 17/07/09 508/09 17/07/09 07/09 17/07/09 06/09 17/07/09 08/09 Não tem

Fonte: Leis Urbanísticas do Espírito Santo. IJSN, 2014

2.9 PEDRO CANÁRIO

O município de Pedro Canário pertence à Região Norte do Estado, integrando


ainda a Microrregião Nordeste. O mesmo possui área de 433,9 km²
correspondente a aproximadamente 0,94% do território do estado. Divide-se em
dois distritos: Pedro Canário e Cristal do Norte.

Sua população é de 23.794 habitantes. Destes, 92,68% declaram residir na zona


urbana do município (IBGE, 2010). Entre 2000 e 2010, a população de Pedro
Canário cresceu a uma taxa média anual de 0,80%, enquanto no Brasil foi de
1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município
passou de 91,94% para 92,68%.
Tabela 17: Dados gerais Município de Pedro Canário
Ano de Fundação Área Densidade demográfica
1983 433,9 km² 54,83 hab/km²
Microrregião Macrorregião População (Censo 2010)
Noroeste Norte 23.794 hab.

Fonte: PNUD, Ipea e FJP.

Economicamente, o município destaca-se na produção agrícola em cultura como


mamão, abóbora, mandioca, pimenta-do-reino, laranja, maracujá entre outras. A
pecuária de corte e leite também exercem grande influência.

A renda per capita média de Pedro Canário cresceu 62,94% nas últimas duas
décadas, passando de R$ 268,24, em 1991, para R$ 437,08, em 2010. Isso
equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 2,60%. A
23

proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a
R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 52,31%, em 1991, para
40,06%, em 2000, e para 17,32%, em 2010.
Tabela 18: Instrumentos Básicos da Gestão Territorial – Pedro Canário
PDM PU PS CO CP CMA PH
Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data Nº
Não tem Não tem Não tem Não tem Não tem Não tem Não tem

Fonte: Leis Urbanísticas do Espírito Santo. IJSN, 2014

2.10 PINHEIROS

Pinheiros integra a Região Norte do Espírito Santo, na Microrregião Nordeste. O


Município possui uma área de 979,24 km², correspondente a aproximadamente
2,12% do território do Estado, estando a 293 km da capital. Em divisão territorial
datada de 1 de janeiro de 1979, o município é constituído de 2 distritos: Pinheiros
e São João do Sobrado.
Tabela 19: Dados gerais Município de Pinheiros
Ano de Fundação Área Densidade demográfica
1963 979,24 km² 24,4 hab/km²
Microrregião Macrorregião População (Censo 2010)
Nordeste Norte 23.895 hab.

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

Sua população é de 23.895 habitantes (IBGE 2010). Entre 2000 e 2010, a


população de Pinheiros cresceu a uma taxa média anual de 1,15%, enquanto no
Brasil foi de 1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do
município passou de 65,53% para 78,33%.

Na economia destacam-se a pecuária, agricultura e, principalmente, fruticultura.


Pinheiros é o maior produtor de mamão do Brasil, assim com a região em que
se encontra. Além disso, possui forte produção e exportação de gado de corte,
farinha de mandioca, café, limão, maracujá, feijão, milho, pimenta do reino,
abóbora, pinha, graviola, goiaba, banana, abacaxi e, como não podia faltar, o
mamão.

A renda per capita média de Pinheiros cresceu 75,55% nas últimas duas
décadas, passando de R$ 290,20, em 1991, para R$ 509,45, em 2010. Isso
equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 3,01%. A
24

proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a
R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 51,87%, em 1991, para
40,78%, em 2000, e para 13,49%, em 2010.
Tabela 20: Instrumentos Básicos da Gestão Territorial – Pinheiro
PDM PU PS CO CP CMA PH
Dat
Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° N° Data Nº
a
10/10/0 8501/ 09/12/0 709/0 27/10/0 98 09/09/0 978/0 01/200 980/0 Em
Não tem
6 0 2 2 9 1 9 9 9 9 elaboração

Fonte: Leis Urbanísticas do Espírito Santo. IJSN, 2014

2.11 PONTO BELO

O Município de Ponto Belo pertence à Região Norte do Estado, integrando ainda


a Microrregião Nordeste. Em divisão territorial o município é constituído de 02
distritos: Porto Belo e Itamira. Localiza-se a 357 km da capital, Vitória, o mesmo
possui uma área de 357,89 km², correspondente a aproximadamente 0,77% do
território do estado.

Sua população é de 6.7979 habitantes, sendo que 80,07% declaram residir na


zona urbana do município (IBGE, 2010). Entre 2000 e 2010, a população de
Ponto Belo cresceu a uma taxa média anual de 1,09%, enquanto no Brasil foi de
1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município
passou de 77,71% para 80,07%.
Tabela 21: Dados gerais Município de Ponto Belo
Ano de Fundação Área Densidade demográfica
1993 357,89 km² 19,5 hab/km²
Microrregião Macrorregião População (Censo 2010)
Noroeste Norte 6.979 hab.

Fonte: PNUD, Ipea e FJP.

O município possui potencialidades no desenvolvimento da pecuária, da


cafeicultura e fruticultura. Nos intervalos rochosos das regiões oeste e sudoeste
existe solo de boa estrutura e boa fertilidade, favorável ao desenvolvimento da
olericultura em nível de pequenas explorações. Um fator limitante é a
periodicidade das nascentes, ressaltando a escassez dos recursos hídricos
nesta região.
25

A renda per capita média de Ponto Belo cresceu 74,54%, nas últimas duas
décadas, passando de R$ 232,15, em 1991, e para R$ 405,19, em 2010. Isso
equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 2,97%. A
proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a
R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 59,30%, em 1991, para
48,73%, em 2000, e para 20,91%, em 2010.
Tabela 22: Instrumentos Básicos da Gestão Territorial – Ponto Belo
PDM PU PS CO CP CMA PH
Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data Nº
Não tem 16/06/09 292 Tramitação 04/03/98 003 17/12/97 002 Tramitação Não tem

Leis Urbanísticas do Espírito Santo. IJSN, 2014.

2.12 SÃO MATEUS

O município de São Mateus está situado a 215 km de Vitória, capital do Estado,


integrando a Região Norte e a Microrregião Nordeste. Ocupa uma área de
2348,57 km², o equivalente a 4,78% do território estadual, apresentando uma
densidade demográfica de 46,44 hab./km².

Em divisão territorial datada de 1988 o município é constituído de 5 distritos: São


Mateus, Barra Nova, Itauninhas, Nestor Gomes e Nova Verona.

Sua população é de 109.028 habitantes, sendo que 88,02% declaram residir na


zona urbana (IBGE, 2010). Entre 2000 e 2010, a população de São Mateus
cresceu a uma taxa média anual de 1,88%, enquanto no Brasil foi de 1,17%, no
mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município passou de
76,28% para 77,54%.
Tabela 23: Dados gerais - São Mateus
Ano de Fundação Área Densidade demográfica
1764 2348,57 km² 46,44 hab/km²
Microrregião Macrorregião População (Censo 2010)
Nordeste Norte 109.028 hab.

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

O município de São Mateus possui atividades econômicas diversificadas. A


sustentação econômica se baseia principalmente no comércio, sendo o principal
centro comercial do extremo norte do estado, e na produção petrolífera. Existem
mais de 150 poços em produção e um campo marítimo, a Plataforma de Cação,
26

onde são produzidos 2.800 barris de petróleo/dia, correspondendo a 23% da


produção total do Estado. (INCAPER, 2013)

A renda per capita média de São Mateus cresceu 105,31% nas últimas duas
décadas, passando de R$ R$ 340,95, em 1991, para R$ 699,99, em 2010. Isso
equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 3,86%. A
proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a
R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 43,67%, em 1991, para
30,35%, em 2000, e para 14,44%, em 2010.
Tabela 24: Instrumentos Básicos da Gestão Territorial – São Mateus.
PDM PU PS CO CP CMA PH
Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data N° Data Nº
02/07/2014 085 16/11/10 926 Não tem 13/10/03 251 05/06/07 100 08/07/09 775 2014

Leis Urbanísticas do Espírito Santo. IJSN, 2014

2.13 VILA PAVÃO

O município de Vila Pavão está localizado distância de 268 km da capital do


Estado. O município pertence à Região Norte do Estado, integrando ainda a
Microrregião Noroeste sua área territorial é de 434,91 km², que representa 0,94%
da área do Estado. Em divisão territorial datada de 15 julho de 1999, o município
é constituído do distrito sede.

Sua população é de 8.672 habitantes, e apresenta uma densidade demográfica


de 19,94 hab/km². Entre 2000 e 2010, a população de Vila Pavão cresceu a uma
taxa média anual de 0,40 %, enquanto no Brasil foi de 1,17%, no mesmo período.
Nesta década, a taxa de urbanização do município passou de 23,33% para
34,57%.
Tabela 25: Dados gerais Município de Vila Pavão
Ano de Fundação Área Densidade demográfica
1993 434,91 km² 19,94 hab/km²
Microrregião Macrorregião População (Censo 2010)
Noroeste Norte 8.672 hab.

Fonte: PNUD, Ipea e FJP.

A agricultura, fundamentada na monocultura cafeeira, é a principal fonte de


renda. As propriedades rurais de Vila Pavão, em número superior a mil, são de
pequeno e médio porte. Destaca-se também a extração de rochas ornamentais
27

(granito e mármore), sendo que o beneficiamento e a comercialização do produto


são feitos nos municípios vizinhos (Barra de São Francisco e Nova Venécia).

A renda per capita média de Vila Pavão cresceu 89,25% nas últimas duas
décadas, passando de R$ 237,41, em 1991 para R$ 449,30, em 2010. Isso
equivale a uma taxa média anual de crescimento nesse período de 3,41% . A
proporção de pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a
R$ 140,00 (a preços de agosto de 2010), passou de 69,86%, em 1991, para
35,40%, em 2000, e para 18,10%, em 2010.
Tabela 26: Instrumentos Básicos da Gestão Territorial – Vila Pavão
PDM PU PS CO CP CMA PH
Dat Dat Dat N
Data N° Data N° N° Data N° Data N° N°
a a a º
69 Não
Não tem 2010 Não tem Não tem 27/04/93 Não tem Não tem
4 tem
Leis Urbanísticas do Espírito Santo. IJSN, 2014

III. Apresentação e discussão sucinta dos principais


resultados obtidos, deixando claro, os avanços teóricos,
experimentais ou práticos obtidos pela pesquisa.

3 LEVANTAMENTO DE DADADOS SOBRE PLANO DIRETOR MUNICIPAL


(PDM)

Das cidades das Microrregiões Nordeste e Noroeste, sintetizam-se os


municípios que dispõe e os que não dispõem de PDM.

Tabela 27: Cidades das Microrregiões Nordeste e Noroeste que possuem e não possuem PDM

CIDADES POSSUEM NÃO POSSUEM PDM


PDM
Água Doce do Norte X
Barra de São Francisco X
Boa Esperança X
Conceição da Barra X
Ecoporanga X
Jaguaré X
Montanha X
Mucurici X
Pedro Canário X
Pinheiros X
Ponto Belo X
28

São Mateus X
Vila Pavão X
Os telefonemas foram destinados às prefeituras que possuem PDM, para a
obtenção de dados referentes aos Planos Diretores com a utilização de um
quadro de perguntas, conforme fichas preenchidas e apresentadas na
sequência.

MUNICÍPIO

BARRA DE SÃO FRANCISCO

DADOS SETOR RESPONSÁVEL

SECRETARIA RESPONSÁVEL Fazenda


PELO PDM

SETOR DA SECRETARIA (Vão dividir)

CARGO DO RESPONSÁVEL Secretário da Fazenda

NOME DO RESPONSÁVEL Miltom Mendonça Silva

Telefone (27) 3756-8014


fixo
CONTATO DO RESPONSÁVEL
Celular (27) 9 96061372

e-mail Miltommendonca50@hotmail.com

PESQUISA 01 - DADOS GERAIS DA GESTÃO DO PLANO

1 O município possui Plano Diretor? ( x ) SIM ( ) NÃO

2 Qual o ano da aprovação do PDM? 2013 (planta genérica)

3 Qual o prazo legal previsto para a próxima revisão? 5 anos

4 Qual o ano da última revisão elaborada?

5 Qual o ano limite para a próxima revisão? (você faz a conta) 2018

6 Quando foram realizadas as revisões obrigatórias?

8 Existe Conselho Municipal do PDM? ( ) SIM ( x ) NÃO (existe no papel. Funcionou por
2 anos, mas fechou)
29

9 A composição do Conselho é bipartite e paritário entre governo e sociedade civil? ( ) SIM


( ) NÃO
Quem preside?

10 Quem compõe o Conselho do PDM? (representações)


Governo:
Sociedade civil:

11 Os representantes da prefeitura no Conselho são remunerados pela participação?

12 O Conselho funciona regularmente?

13 Qual a periodicidade das reuniões ordinárias do Conselho do PDM? ( ) Mensal ( )


Bimestral... Outros

14 Existe uma Comissão Técnica (ou similar) que analisa os processos antes de serem
enviados ao Conselho?
( ) SIM ( ) NÃO

15 Qual a composição da Comissão Técnica?

16 Os componentes da Comissão Técnica recebem alguma gratificação pelo exercício da


função?

“No setor público é muito difícil as pessoas trabalharem de graça. Ninguém quer
se voluntariar”. Miltom Mendonça
30

MUNICÍPIO

JAGUARÉ

DADOS SETOR RESPONSÁVEL

SECRETARIA RESPONSÁVEL Planejamento


PELO PDM

SETOR DA SECRETARIA Aprovação de Obras

CARGO DO RESPONSÁVEL Arquiteta

NOME DO RESPONSÁVEL Ellen Rissi Feitonin

Telefone (27) 3769-1089


fixo

CONTATO DO RESPONSÁVEL Celular (27) 9 9728-1905

e-mail ellenfeitonin@hotmail.com
planejamentojaguare.es.gov.br

PESQUISA 01 - DADOS GERAIS DA GESTÃO DO PLANO

1 O município possui Plano Diretor? ( x ) SIM ( ) NÃO

2 Qual o ano da aprovação do PDM? 2008

3 Qual o prazo legal previsto para a próxima revisão? 5 anos

4 Qual o ano da última revisão elaborada? – (começaram a primeira revisão em 2017)

5 Qual o ano limite para a próxima revisão? (você faz a conta) 2022

6 Quando foram realizadas as revisões obrigatórias? 2017

8 Existe Conselho Municipal do PDM? ( x ) SIM ( ) NÃO

9 A composição do Conselho é bipartite e paritário entre governo e sociedade civil? ( x ) SIM


( ) NÃO
Quem preside? Antes era o secretário do Planejamento, mas ele foi exonerado. Estão em
processo de mudança.

10 Quem compõe o Conselho do PDM? (representações) A nomeação é através da legislação.


No entanto, não conta no PDM. Iria enviar por e-mail.
Governo:
Sociedade civil:
31

11 Os representantes da prefeitura no Conselho são remunerados pela participação? NÃO

12 O Conselho funciona regularmente? Esse ano ainda não foi convocado, mas normalmente
sim.

13 Qual a periodicidade das reuniões ordinárias do Conselho do PDM? ( ) Mensal (x )


Bimestral... Outros

14 Existe uma Comissão Técnica (ou similar) que analisa os processos antes de serem
enviados ao Conselho?
( x ) SIM ( ) NÃO

15 Qual a composição da Comissão Técnica? Planejamento e Jurídico – Engenheiros e


Arquitetos

16 Os componentes da Comissão Técnica recebem alguma gratificação pelo exercício da


função? NÃO

IV. Relacione os principais fatores positivos e negativos que


interferiram na execução do projeto.

4 ANÁLISE QUANTITATIVA DO LEVANTAMENTO DE DADOS


REALIZADO

Uma tabela disponibilizando o levantamento de dados dos Planos Diretores


Municipais das cidades da Microrregião do Nordeste e Noroeste, esta tabela será
disponibilizada em anexo.

Dentre os 13 municípios analisados referentes as microrregiões Nordeste e


Noroeste, constatou-se que apenas cinco dos mesmos possuem Plano Diretor
Municipal (PDM), de acordo com os dados do caderno de Pesquisa de Leis
Urbanísticas do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), objeto de análise desta
pesquisa.

Após tentativas de contato com as prefeituras para obtenção de dados gerais


sobre a gestão do PDM, em apenas duas cidades (Barra de São Francisco,
Jaguaré,) se fez possível o preenchimento de um questionário, devido
dificuldades encontradas ao contatar os responsáveis das demais prefeituras.
As objeções encontradas foram: a) a necessidade de diversas chamadas devido
telefonemas não atendidos nos setores encarregados; b) em alguns casos, a
32

falta de conhecimento por parte dos servidores municipais a respeito do PDM e


quem pudesse responsabilizar-se pelo mesmo; c) não encontrar as pessoas
responsáveis disponíveis para responder as questões e quando encontradas, e-
mails foram solicitados por parte dos mesmos, porém não foram respondidos.

Respaldado nos municípios analisados das Microrregiões nordeste e noroeste,


nota-se disparidades de secretarias quem têm a responsabilidade de gerir o
plano, no entanto duas apresentam a Secretaria de Planejamento e a Secretaria
da Fazenda como encarregadas.

A prefeitura de Barra de São Francisco aprovou seu plano no ano de 2013, sendo
que a de Jaguaré aprovou anos antes, em 2008, porém os dois planos diferem-
se no sentido de que o prazo legal de revisão é de 10 anos em um e 5 anos em
outro (sendo 10 anos, o máximo, de acordo com o Estatuto das cidades), e
apenas um dos municípios já iniciou o processo de atualizações.

Em análise dos cinco municípios que possuem os planos já definidos como parte
de sua legislação, com exceção de Barra de São Francisco e Conceição da
Barra, as outras três cidades analisadas contam com Conselho Municipal do
PDM, com sua composição sendo bipartite (governo e sociedade civil) e paritário.
Os presidentes são servidores das secretarias responsáveis pelo PDM, e os
conselheiros não são remunerados pela participação. Referentes às reuniões
dos conselhos, dois funcionam regularmente, com reuniões ordinárias mensais,
enquanto nos demais não há informação concreta sobre a regularidade das
reuniões.

5 CONCLUSÃO

O Estatuto das cidades, estabelecido no ano de 2001 pelo Ministério das


cidades, reafirma o Plano Diretor Municipal como Instrumento Básico da política
de desenvolvimento e expansão urbana com obrigatoriedade para: a) cidades
com mais de 20 mil habitantes; b) integrantes de regiões metropolitanas e
aglomerações urbanas; c) onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os
instrumentos previstos no 4o do art. 182 da Constituição Federal; d) integrantes
de áreas de especial interesse turístico; e) inseridas na área de influência de
33

empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito


regional ou nacional.

As microrregiões Nordeste e Noroeste, quanto a população residente atual, a


maioria de suas cidades ultrapassam de 20 mil habitantes, com isso se tem um
interesse turístico em quase todos o municipios, sendo assim, se faz necessário
o Plano Diretor Municipal.

Além do interesse turístico, essas microrregiões desenvolvem papel relevante


na economia do Estado espírito-santense, na agricultura principalmente, tendo
destaque a cafeicultura, porém, há municipios que possuem atividades
econômicas diversificadas, como em São Mateus, com a produção petrolífera.

Quanto aos instrumentos básicos de gestão territorial, percebe-se que os


municipios das microrregiões analisadas possuem bons índices que indicam a
existência dessas leis, pois geralmente as cidades não possuem ou tem apenas
uma ou duas das mesmas. Porém, com essa análise, nota-se que em alguns
desses municipios há apenas a existência da lei orgânica, o que acaba não
atendendo certas áreas que precisam de lei específica para cumprir as
demandas que surgem.

Dessa forma, pode-se identificar a importância que a legislação possui, para


assim auxiliar no crescimento da cidade, seja na sua manutenção ou em
questões mais específicas. O Plano Diretor, portanto, tem papel importante, pois
é ele quem designa o que é permitido ou não na cidade, e dessa maneira precisa
ser pensado e elaborado a fim de que se tenha condições de manter a cidade
organizada tanto física como socialmente.

Aracruz, 25 de agosto de 2017

Local e data Nome e Assinatura do Coordenador

__________________________________________________________

Nome e Assinatura do Bolsista

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