Ao caminhar ou explorar uma floresta, há muitas plantas que atraem sua atenção e parecem
comestíveis. Em casos extremos, pode até ser essencial para sua sobrevivência comer plantas
encontradas na natureza. Se você precisar testar uma planta para determinar se ela é comestível,
siga estes passos. Eles podem salvar sua vida.
Faça sua lição de casa. Tome algumas precauções antes de iniciar caminhadas ou acampar em uma
nova área. Leia sobre as plantas venenosas locais para saber quais você deve evitar com certeza.
Qualquer bom andarilho deve ser capaz de reconhecer uma hera venenosa e um carvalho. Saiba mais
sobre outras plantas venenosas locais em um livro botânico da área.
Evite plantas com seiva e bordas pegajosas. A maioria das plantas com seiva serve para abelhas e
insetos, não para seres humanos. Seivas e substâncias pegajosas podem indicar uma secreção
venenosa, sendo melhor evitá-las. Não arrisque com o perigo. Há vários indicadores de plantas
venenosas. Tenha-os em mente ao tentar identificar plantas comestíveis. A seguinte lista contém os
indicadores de plantas que devem ser evitadas:
Cogumelos (alguns são comestíveis, mas a maioria não são) Flores em forma de guarda-chuva
1. Prove. Corte as folhas ou o caule de uma planta. Procure por uma substância clara, fibrosa. Então,
pegue um pequeno pedaço da planta e coloque na boca. Mastigue o pedaço por alguns minutos sem
engolir.
Preste atenção a qualquer gosto azedo, formigamento, dormência ou ardência que você possa sentir.
Se algum destes ocorrer, cuspa o pedaço imediatamente. Se não houver efeitos adversos após cinco
ou dez minutos, então engula o pedaço. 2. Pausa para processar. Após decidir engolir uma planta,
você assume o risco. Não continue a comer mais da mesma planta. Em vez disso, espere pelo menos
meia hora antes de tentar comer mais. Seu organismo pode precisar de tempo para processar antes
que você possa ter certeza de que a planta não é venenosa.
Como saber se uma fruta no mato é comestível? A melhor dica é observar o comportamento dos
animais selvagens. “O que eles consomem pode ser aproveitado pelo homem”, diz o coronel Marcos
Carias de Oliveira, ex-instrutor do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs) do Exército
brasileiro. A dúvida sobre um fruto desconhecido pode pintar num simples passeio ecológico ou
numa situação extrema, quando a decisão de comê-lo ou não é uma questão de sobrevivência. Na
primeira hipótese, talvez o melhor conselho seja não arriscar. É que, apesar de existirem pequenos
truques para identificar o que é ou não comestível, a lista de exceções à regra é grande. Algumas
raízes, por exemplo, podem ser ingeridas sem problema quando cozidas, mas são venenosas quando
cruas. Já certas frutas que são deliciosas quando maduras se transformam em um prato indigesto se
colhidas antes do tempo. “O fruto da mangaba quando verde é venenoso e impróprio para o
consumo, causando intoxicações que podem levar à morte”, diz o engenheiro agrônomo Carlos
Ruggiero, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Jaboticabal (SP). Ou seja, as dicas do
infográfico desta página até ajudam, mas não são infalíveis. Por isso, para colocá-las em prática, só
mesmo num momento limite e não por simples curiosidade.
Pavor à primeira mordida Diante de frutos e vegetais desconhecidos, siga as pistas deixadas por
animais
A sigla CAL quer dizer “Cabeludo, Amargo e Leitoso”. Se o fruto em questão tiver essas três
características somadas, nem pense em comê-lo. Porém, a existência de apenas uma ou duas dessas
características não impede o consumo — o kiwi, por exemplo, tem a casca “cabeluda” e o mamão
pode soltar uma espécie de leite SABOR APROVADO
Procure frutos grandes que estejam bicados por pássaros ou mordidos por animais. Os peritos em
sobrevivência na selva garantem que 90% do que os animais comem também pode ser consumido
pelos humanos NO RASTRO DO ALMOÇO
Seguir pegadas de pequenos animais é uma boa tática. Ela podem levar até árvores e plantas
frutíferas. Ao chegar perto delas e olhar para o alto, provavemente você irá encontrar frutos
mordidos pelos animais
A RAIZ DO PROBLEMA Muitas raízes e brotos subterrâneos podem ser consumidos crus, como o
rabanete e a cenoura. Se você achar um vegetal conhecido, tudo bem comê-lo in natura. Mas, se
pintar a dúvida se uma raiz ou broto é comestível, é melhor cozinhá-lo. O inhame bravo, por
exemplo, é venenoso cru, mas cozido não.
Família botânica: Oxalidaceae – a mesma da carambola! Nomes populares: trevo, três- corações
Caruru
Nome científico: Amaranthus viridis (e outras sp.) Família botânica: Amaranthaceae - a mesma da
quinoa! Nomes populares: bredo, amarantus Come-se: folha, caule e sementes cozidos
Dente-de-leão
Nome científico: Taraxacum officinale Família botânica: Asteraceae - a mesma da alface! Nomes
populares: taraxaco, soprão Come-se: a planta toda, crua ou cozida
Maria-pretinha
Pincel-de-estudante
Família botânica: Asteraceae Nomes populares: chicória-brava Come-se: a planta toda, crua ou
cozida. Gosto peculiar.
Taioba
Tanchagem
Nomes populares: transagem, plantagem, sete- nervos Come-se: folhas e sementes crus ou cozidos
Trapoeraba-azul
A Rosa-silvestre é uma planta que tem a sua origem na Europa, Ásia ocidental e norte de África. Pode
chegar a ter até 3 metros de altura e 2
metros de largura. A folhagem dessa planta é caduca, a sua cor é um verde matizado na parte
superior e um tom de verde azulado na base.
A planta que consegue se dar bem em todos os tipos de solo gosta mesmo de um clima rústico de até
-15°C. Para que cresça saudável é interessante cultivá-la no sol com um pouco de sombra.
As flores da Rosa-silvestre são brancas e formadas por cinco pétalas perfumadas que quando
atingem o seu apogeu, entre maio e julho, passam pelo período de floração. Nesse período
aparecem frutos carnudos que são chamados de “cynorrhodon” e que tem um tom de vermelho.
Trata-se de um fruto bastante rico em Vitamina C o que lhe fornece propriedades fortificantes,
adstringentes e diuréticas.
A planta conhecida como Fruta-pão também pode ser chamada de Fruteira-pão, Castanheira, Árvore-
do-pão, Pão-de-massa e outros nomes. Essa árvore se encaixa na categoria de Árvores Frutíferas que
também pode ser utilizada como árvore de frutos medicinais.
Guiné. Pode chegar a ter mais de 12 metros e gosta de sol pleno como luminosidade ideal. O seu
ciclo de vida é perene.
Para se ter uma ideia os frutos dessa árvore silvestre são a base alimentar de alguns povos
polinésios. Existem duas variedades de frutas-pão: apyrena (conhecida como fruta-pão de massa) e
seminífera
A sua origem está ligada a América Central e também a América do Sul. A luminosidade para que
essa planta cresça saudável é a sol pleno. O ciclo de vida dessa planta é perene.
A monguba é uma bela árvore tropical que possui um caule frondoso e a sua copa é arredondada.
Pode chegar a alcançar até 18 metros de altura, para encontrar um espécime desses é necessário ir a
ambientes brejosos ou mesmo em margens de rios e lagos. O nome científico “aquatica” advém
exatamente dessa característica, as suas folhas são grandes e palmadas. Essas são divididas em 06 a
09 folíolos verdes e brilhantes. As flores são também muito bonitas e perfumadas. Os frutos dessa
árvore são grandes e compridos, bastante parecidos com o Cacau. Contêm paina sedosa e branca
que serve para envolver as sementes. Essas sementes de Monguba são comestíveis e podem ser
consumidas fritas, torradas ou assadas. Também é possível consumi-las trituradas como um
sucedâneo do café ou chocolate.
O sabor diferenciado e cheio de personalidade fazem dos frutos da Monguba bastante famosos.
A Piteira-do-caribe cujo nome científico é Agave angustifólia possui outros nomes populares como
Agave-da-borda-amarela e simplesmente Agave. Podemos classificar essas plantas como fazendo
parte do grupo de Arbustos Tropicais. O clima favorito dessas plantas
A origem dessa planta é a América do Norte, América Central e também as Antilhas. Em relação a sua
altura pode medir entre 0.6 a
0.9 metros. A luminosidade ideal para essas plantas é a sol pleno. O ciclo de vida dessas plantas é
perene.
Essa planta escultural é adaptada a seca e as suas folhas são rígidas, longas, em forma de espada e
dispostas em roseta, nas suas margens possuem coloração branco-creme ou amarelo. Elas possuem
espinhos nas pontas de suas folhas, o tronco curto e serve para a produção de
Mezcal, esse é o nome genérico dos licores mexicanos que incluem a famosa tequila.
Guiné). Apesar de nós brasileiros acreditarmos que o Dendezeiro é originário da Bahia há que se
ressaltar que não é bem assim.
Na realidade a sua origem é na África e ele foi trazido para o Brasil durante século XVII. O fato de o
Dendezeiro ser bastante utilizado na
Essa planta pode chegar a ter mais de 15 metros de altura, os seus frutos são alaranjados e a
semente ocupa totalmente esse fruto.
O Dendezeiro é considerado comestível pelo fato de que seu fruto conhecido como Dendê é utilizado
para a produção do famoso óleo de Dendê. É dele que se extrai o óleo de Dendê que é bastante
utilizado na culinária baiana. Uma verdadeira delícia sem a qual a maravilhosa culinária baiana não
seria a mesma.
Hera Terrestre (Glechoma hederacea ou Nepeta hederacea) - muitas vezes considerada erva
daninha, de flores labiadas violeta, é terapéutica para os problemas dos rins e sistema urinário pois é
diurética e purificante (liberta o chumbo do organismo), para a maioria das mucosas como ouvidos,
nariz, garganta e sistema digestivo, dores de dentes e ouvidos, inflamações dos olhos, é
antiinflamatória para gripes e resfriados (rica em vitamina C), para a flautência e para doenças de
fígado ou baço. O chá é excelente para limpar as vias respiratórias e o sistema digestivo. As folhas
novas podem ser comidas crus em saladas para dar um aroma, em infusão ou cozidas como
espinafres. A seiva acelera o tratamento de feridas quando aplicada externamente. Não confundir
com a Malva neglecta. Não usar em dose elevada (pode ser irritante para o estômago) e usar com
precaução. Vulgar.
Como identificar cogumelos e fungos
Os cogumelos podem ser deliciosos ou então um produto venenoso de fungos; eles contêm esporos
que ajudam a espalhar a espécie ao soltá-los no chão e no ar. Identificá-los e saber diferenciá-los dos
demais fungos exige muitas técnicas diferentes, inclusive paciência. A cor, tamanho, formato,
textura, cheiro e ambiente do cogumelo afetam sua identificação final, portanto, antes de comer
qualquer tipo silvestre, se familiarize com os métodos adequados de identificação e possíveis
perigos.
Instruções
Tire uma foto do cogumelo e da área ao redor com uma boa câmera, fazendo anotações sobre o
ambiente em um caderno. Alguns cogumelos preferem certas condições ambientais, que ajudarão a
identificá-los mais tarde.
Pegue muitas amostras do cogumelo ao puxá-lo do chão, tomando cuidado de manter a estrutura da
raiz inteira e não quebrar nenhuma parte do caule.
Corte o cogumelo pelo meio na vertical com uma faca, para poder vê-lo transversalmente. Anote o
formato, tamanho e cor das guelras e sua relação do capuz com o caule do cogumelo. Por exemplo,
considere se as guelras estão conectadas ao caule ou se o capuz faz uma curva em direção a ele.
Corte o capuz para outra amostra e a coloque com as guelras viradas para baixo sobre uma folha de
papel branco ou embrulho de plástico. Coloque uma tigela sobre o cogumelo e deixe por uma noite
inteira. Pela manhã, remova a tigela e o cogumelo para revelar uma impressão dos esporos. Anote a
cor e o padrão destes.
Cheire o cogumelo e registre os distintos odores. Alguns cogumelos têm cheiros facilmente
reconhecíveis que podem lhe ajudar a identificá-los.
Muitas cidades possuem sociedades micológicas que mantêm encontros regulares de identificação,
onde você pode levar seus cogumelos para identificação gratuita feita por profissionais. Nunca coma
um cogumelo, a menos que você tenha certeza quanto à sua comestibilidade e identificação. Há
muitas variedades que são extremamente venenosas e possivelmente fatais.Araruta (Maranta
arundinaceaL. - Amarantaceae)
Trata-se de uma planta trepadeira, vigorosa, com as folhas espessas de coloração verdeclara
Possui outros nomes populares como: chaguinha, chagas, papagaios, flor-De- sangue, agrião-do-
méxico,flor-de-chagas,espora-de-galo,agrião-grande-do-Peru É uma planta anual, suculenta e que se
alastra com facilidade. As folhas são arredondadas de coloração azul-esverdeada, suas flores são
vistosas com a
Pode ser utilizada tanto como planta ornamental como planta alimentícia.
Como hortaliça possui toda a parte aérea comestível, incluindo caules, folhas, flores, botões florais e
frutos verdes. As sementes em conserva lembram alcapar- ras. As folhas e as flores apresentam
sabor picante, muito parecido ao do agrião.
Existe uma diversidade de tubérculos aéreos com variações no tamanho, formato e coloração
externa e interna.
É um arbusto recoberto de pelos curtos, semiperene, de porte médio, com altura que varia de 3 a 5
m. Apresenta folhas esbranquiçadas e aveludadasna face inferior.
É mais utilizado na culinária e no preparo de bebida alcoólica tônica. Como planta medicinal, podem
ser utilizados raízes, folhas,flores e frutos.
Considerada uma planta rústica, não exigente em fertilidade do solo, sendo própria de clima tropical
e subtropical. É encontrada em quase todo o Brasil.
É também conhecida como lobrobo. Seu nome vem do latim, ora-pro-nóbis e significa “rogai por
nós”.
É uma planta perene, com características de trepadeira,mas pode crescer sem a pre-
sença de anteparo, com folhas suculentas lanceoladas. Para produção das mudas, deve ser utilizado
material proveniente da região inter- mediária do caule, localizada entre as partes mais tenras e as
partes mais lenho- sas da haste, pois esse material apresenta um melhor pegamento. Logo após o
corte, as estacas devem ser colocadas num leito, para que haja enraizamento. Esse leito poderá ser
constituído de uma parte de terra de subsolo (barranco) e uma pa rte de esterco curtido. As estacas
devem ser enterradas até um terço do seu comprimento.
Macrófita aquática emergente em brejos e margens de corpos d'água. É uma espécieco smopolita,
apenas não ocorrendo nas zonas polares. Typha é único gênero da família Typhaceae e possui cerca
de 10 a 12 espécies. Três espécies são citadas para o RS: Typha latifolia, T. domingensis e T. subulata,
todas com usos alimentícios. Segundo Valdely (2007) é provável que ocorram mais espécies,
aumentando o percentual total de espécies da flora com potencial alimentício, porém são
morfologicamente muito similares. Não estando em águas contaminadas podem ser consumidas
indistintamente.
Typha encontradas no RS ocorreriam em SC, entretanto a T. domingensis foi a única localizada pelos
autores das Typhaceae nesta publicação.
A parte aérea pode ser queimada para obtenção de sal vegetal. O broto (palmito) pode ser
consumido cru ou cozidos. Os rizomas são fontes amiláceas, podendo ser consumidos assados ou
transformados em farinha. O pólen é utilizado para fazer pães, biscoitos, para colorir o arroz ou ser
misturado ao mel. Os grãos de pólen do gênero Typha são usados em diferentes regiões do mundo
com diversas finalidade: medicinal, alimentícia, cerimonial.
Framboesa-silvestre; Morango-do-mato
(Rubus rosifolius) Família:ROSACEAE Esta é uma espécie com ampla distribuição, ocorrendo em
diversos países. No Brasil
há registros para MG, RJ, SP, PR,SC e RS. O botânico Hoehne, em 1946, já relatava o seu potencial e
as vantagens (sabor e produtividade) desta espécie em relação à espécie européia Rubus idaeus.
Planta arbustiva, de herbácea a lenhosa, de 1m à 1,5 m de altura. Caule cilíndrico, sulcado, com
acúleos pungentes, com indumento seríceo. Folhas compostas com 7-5-3-1 folíolos. Inflorescência
uniflora, flores brancas. Fruto apocárpico, constituído de drupéolas vermelhas.
É uma espécie terrícola, atinge 2 m de altura, sendo muito utiliza-da como cerca viva. Caule
curtíssimo, grosso. Folha ereta, pouco recurva no ápice,coberta de espinhos nas margens, sendo que
os da base são voltados para baixo e os do meio da folha para o ápice São voltados para cima.
Como podemos ver, existem muitas plantas comestiveis. Algumas são de determinadas regiões, que
somente com um instrutor especializado, poderão ser identificadas. Lembre-se em caso de dúvida,
não coma. Uma boa maneira de identificar é através de fotos das plantas, para comparação