Segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), houve um aumento real de
59,3% no custo com energia elétrica para a pequena e média indústria no Brasil nos últimos três anos. A energia
elétrica pode corresponder a até 40% dos custos de produção para as indústrias eletrointensivas.
Entre os principais fatores para o aumento, destaca-se o longo período de estiagem dos últimos anos, que resultou no
uso intensivo de termelétricas, geração mais cara do que a das hidrelétricas. Com isso, houve necessidade do
acionamento da bandeira tarifária vermelha durante todo o ano de 2015, havendo adicional às tarifas.
A analista de Estudos de Infraestrutura do Sistema Firjan, Ana Thereza Carvalho Costa, avalia que a tendência é que
os aumentos em 2016 não sejam tão expressivos como no ano passado: “A situação hidrológica melhorou e foi
possível acionar a bandeira tarifária verde, sem custos adicionais ao consumidor”.
Indústria fluminense - O Rio de Janeiro é o estado com o custo médio mais alto do país: R$ 628,53 por megawatt-
hora (MWh) com tributos. “É o valor final que a indústria chega a pagar com Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins)”, diz a, Ana Thereza Carvalho Costa.
O custo da energia elétrica no Rio supera em 17,4% a média nacional de R$ 535,28 por MWh e é 27,7% mais alto do
que em Minas Gerais e 29,6% maior do que em São Paulo, principais estados competidores. De acordo com a Firjan,
isso faz com que a energia elétrica diminua a competitividade do setor produtivo fluminense.
ICMS - A pesquisa mostra que, de todos os tributos, o ICMS é o que pesa mais para o aumento do custo da energia
na indústria do Rio de Janeiro. “Representa 29%, o maior do país”, informou Ana Thereza. O custo da energia no Rio
de Janeiro mostra ainda variação de 60% sobre o Amapá, que registra o menor valor do país (R$ 250,48).
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