a Nossa Paixão
Você já foi atropelado por um “caminhão” (crise) na vida? Eu já. Várias vezes.
Como dói! Mesmo assim podemos não despertar para tanta coisa! Será que só
despertamos com “atropelamentos”, como Jó? Ou no deserto, como Moisés? Ou
em vales sombrios, ou cavernas, como Davi, Elias? Num fundo de poço, como
tantos ex-drogadictos? No auge da fama, como Salomão, percebendo que tudo
era vaidade? Na gravidez indesejada de tantas jovens ao nosso redor ou dentro
de nossa casa? Num casamento destruído? Afinal, que poder nos desperta, nos
faz acordar para a vida e viver? Não a vida do coração batendo, da “máquina”
funcionando como em qualquer animal, mas da alma vibrando?
O filme de Mel Gibson, “A Paixão de Cristo” veio num momento excelente para a
humanidade. A humanidade precisa de um poder maior que ela, maior que a
tecnologia, vindo de cima, para mudar para melhor. Esse poder obrigatoriamente
envolve a compaixão, o amor, a verdade, a ação social justa livre de influência de
exaltação própria de instituições e pessoas, os princípios corretos acima das
personalidades. Os contrastes de imagens e falas que Gibson e equipe
apresentaram no filme revelam exatamente isto: 1)a arrogância dos discursos dos
poderes vigentes contrastando com a serenidade e beleza dos ensinos de Jesus;
2)a violência física dos opositores de Cristo e a mansidão do Mestre; 3)a
corrupção de um sacerdócio comprometido com o poder político que visava obter
benefícios de mão dupla (algo parecido hoje?) em contraste com a pureza das
relações humanas relatadas no Sermão da Montanha; 4)a cobrança cruel dos
pretensos “santos” para que se cumprisse a letra da lei contra uma mulher culpada
de adultério (o que queria jogar a primeira pedra havia sido um dos sedutores
dela) em contraste com a atitude perdoadora e educadora (“Eu não te condeno,
vai e não peques mais.”) de Jesus que legislou em cima do espírito da lei, etc.
Não machuque você. Coloque limites para não machucar-se, para não deixar que
lhe machuquem com palavras abusivas, destrutivas, atitudes violentas, mentira,
traição da confiança, falsidade, querer tirar vantagens sobre você. Não permita
isso. Deixar que lhe machuquem não é ser gentil, nem compassivo, nem cristão.
Várias vezes Jesus não deu a segunda face, mas repreendeu duro, com firmeza,
amor e verdade.
Muitas crianças aprenderam desde pequenas que podiam abusar delas, que isso
era normal, ou podia ser normal (ficavam confusas), que deviam ficar caladas e
sofrer os abusos geralmente infringidos por pais alcoolizados, pessoas
descontroladas, com transtorno de personalidade. Tais crianças aprenderam tão
errado a sofrer abusos de vários tipos que um lado da mente delas permanece na
vida adulta a sussurrar: “Eu tenho o que mereço!”, “Eu tenho mais é que sofrer
calada!”, “A culpa é minha!” Estes são exemplos de auto-conceitos errados,
falsos, que perduram anos à fio, quem sabe a vida inteira, na mente de pessoas
que foram abusadas na infância, atingindo sua auto-estima, seu senso de valor
pessoal, suas relações sociais, muitas vezes sua saúde mental e escolhas que faz
na vida.
A boa notícia é que podemos aprender a desfazer o que foi feito de errado em
nossas mentes. Podemos aprender a nos amar, a nos respeitar, a fazer melhores
escolhas para nossa vida e nossas relações. Podemos aprender a dar presentes
para nós mesmos também e não só para os outros. Quanto tempo faz que você
não compra uma coisa de boa qualidade para si mesmo? Você pode dormir até
dez da manhã ou até meio-dia porque está sem obrigações naquele dia, porque
gosta de curtir a cama, e pode ser uma pessoa produtiva e responsável.
Às vezes, caminhando com meus filhos num lugar muito alto e retirado, de onde
se pode ver a cidade lá embaixo no vale, eu brincava dizendo: “É lá onde moram
as pessoas!” As pessoas somos nós. O que é uma pessoa? O que é a pessoa
atrás da nossa “persona” (máscara)? “A armadura que construímos em torno de
nosso coração causa muita infelicidade.”(Pema Chödrön – “Comece Onde Você
Está”, Editora Sextante, p.29, 2003). Mas fazemos isso para nos proteger de dores
que achamos que não vamos agüentar, até quando conseguimos enfrentá-las. Daí
damos um passo para ser o que somos por fora, o que já somos por dentro. Isso
leva tempo. Dá um trabalhozinho danado! Tem que ser um dia de cada vez. Com
consciência. Perguntando a nós mesmos toda hora: é isso o que quero dizer? É
isso o que devo dizer? É isso o melhor a fazer? Desejo mesmo isso? Não é
melhor ficar calado? E tentar encontrar as verdades para tais questões. As SUAS
verdades. Porque é você. Você tem que ser você. Não seu pai. Não sua mãe. Não
seu irmão. Não seu chefe. Não o “santo” da sua igreja. Mas você. Creio que
quando Jesus disse que Seus seguidores deveriam negar seu eu e segui-Lo, isso
significava que deveríamos deixar de lado tudo aquilo que chamamos de eu que
no fundo é falso e atrapalha o eu verdadeiro saudável de surgir na realidade. Ele
não quer que você morra, mas que você viva. Mas qual é o eu que deve viver, e
qual o que deve morrer? Só Ele e você podem responder a tal questão.
Cada um tem o seu tempo para mudar. Alguns levam anos, gastam muito dinheiro
com remédios (às vezes necessários por um tempo), com viagens (“faça uma
viagem que tudo melhora!”) , compras (“compre um novo apartamento e um carro
novo e você vai ficar curado disso!”) . A verdade é que mudamos quando estamos
prontos emocional e espiritualmente, e não quando somos (ficamos) ricos ou
poderosos nesse mundo.
Não machuque. Não machuque as pessoas. Não machuque você. Não machuque
a Natureza, nossa casa maravilhosa! Descanse. Tenha coragem de ser você. Fale
menos. Escute mais. Mais vale a dor de sermos rejeitados pela nossa
simplicidade, naturalidade, sinceridade, do que a outra dor originada na máscara
não mais necessária que muitos da sociedade gostam de manter para benefícios
duvidosos pessoais.
Se você quer viver com serenidade, não machuque mais. Não deixe que lhe
machuquem. Paz no seu coração, um dia de cada vez!
Fobia Social
Podemos nos sentir um tanto ansiosos diante de certas situações sociais nas
quais a atenção é focada sobre nós, mas isto não nos leva a evitar estas
situações, não causa prejuízos para nós. No caso da Fobia Social a pessoa tem
um medo exagerado no relacionamento com os outros que a leva a se retrair,
mesmo que isto atrapalhe sua vida. Ela se sente muito desconfortável ao se tornar
o foco da atenção, como assinar cheques público, fazer perguntas na sala de aula,
ficar numa reunião no trabalho, etc., e geralmente passa a ter a chamada
“ansiedade antecipatória” que é a ansiedade experimentada antes da pessoa ter
de se defrontar com situações de exposição social.
A pessoa com apenas uma ou outra dificuldade de se expor, tem Fobia Social
Restrita, enquanto que se possui vários tipos de medos ao mesmo tempo, tem
Fobia Social Generalizada, que é mais limitadora, com sérios prejuízos, como:
casam-se menos, estudam menos, suicidam-se mais, se sentem mais sozinhos,
ganham menos dinheiro, têm maior tendência de abuso/dependência do álcool,
mais freqüência de crises de pânico e depressão.
5)Se envolver com a ajuda de outras pessoas – isto é um bom remédio para
“desgastar” a ansiedade e se sentir útil.
Esse é um texto escrito para você que é funcionário de alguma empresa que
pode estar vivendo situação difícil, causando estresse no trabalho.
Espero que ajude.
O que pode ser feito? Vamos ver algumas idéias que me vieram à mente e
que talvez possam ajudar. Saia do automático e pense:
1o)Evite fofoca. Fofoca é coisa de pessoas inconseqüentes. O que é uma
pessoa inconseqüente? É alguém que não mede suas próprias
palavras. Não sabe o que está dizendo. Não pensa nas conseqüências
de suas palavras. Fala sem pensar. Funciona só no automático
irresponsável. Não sabe que não sabe. E aquele que não sabe que não
sabe, pensa que sabe. E pode fazer muito estrago. A melhor coisa a
fazer na hora da dúvida é perguntar, não fofocar! Num trabalho sério
não é lugar para fofoqueiros. Se você quer continuar a ser
fofoqueiro(a), é melhor ir para um lugar (medíocre) aonde isso é
aceitável.
2o)Pense antes de falar. Fale pensando no que você está dizendo. Valorize o
impacto de suas palavras sobre outras pessoas. Alguém poderá ser
destruído com suas palavras? O que e quem você poderá construir
com suas palavras? Não diga se você não sabe. Se tem dúvidas,
pergunte ao responsável. Não “detone” a instituição ou as pessoas por
causa de seus problemas emocionais mal resolvidos ou o de outras
pessoas. Tenha coragem de falar com a pessoa apropriada e com bons
modos. Esclareça sua dúvida antes de passar informações deturpadas
e inverídicas. As pessoas podem errar. Alguém disse apropriadamente
que quem não erra não faz nada. Mas, lembre-se, há erros
premeditados e erros acidentais. Não envenene seu ambiente. Não
deixe o mau tomar conta de você.
5o)Entenda a missão da sua empresa. Pergunte sobre isto. Viva isto se você
achar legal (dentro da lei e da ética). Vista a camisa da empresa que é
justa com você.
Você quer que o estresse acabe no trabalho? Então, comece por você. Faça o
seu melhor. Saia do automático e use o pensar e o sentir para agir
conseqüentemente, com responsabilidade, com compaixão (não é
pena, é com-paixão), com honestidade, sinceridade, com convicção de
que você é uma pessoa importante dentre os funcionários e que está
muito em suas mãos a vitória que todos querem e precisam para sua
empresa.
Vivemos situações nas quais não sabemos o que fazer, se devemos fazer, ou
ainda, queremos mas não podemos fazer, seja por problemas
econômicos, capacidade física, condição emocional ou até mesmo
discernimento espiritual. Podemos estar num impasse, numa
indecisão, numa situação ambivalente. E agora? Está você vivendo
uma situação assim agora em sua vida? Precisa decidir e não sabe o
que fazer? Está indeciso?
No mesmo livro, p.81, o físico Albert Einstein diz: “O intelecto tem pouco a
ver no caminho da descoberta. Se acende uma luz na consciência,
chame isto de intuição ou seja lá o que for, a solução aparece sem que
você saiba como ou por quê.”
“Erga a voz em favor dos que não podem defender-se, seja o defensor de
todos os desamparados. Erga a voz e julgue com justiça; defenda os
direitos dos pobres e dos necessitados.” Bíblia – Prov.31:8 e 9
Você sabia que pelo menos 95% das vítimas de abuso na família são
mulheres? Que cerca de 3 a 4 milhões de mulheres, nos Estados
Unidos, são espancadas, a cada ano, por seus maridos ou
companheiros? No próximo texto vamos ver alguns números do abuso
e violência. O silêncio ajuda a perpetuar o problema. Vamos nos
informar, compreender, e falar, denunciando toda e qualquer forma
de abuso e violência!
Porém, as estatísticas revelam algo que não podemos desprezar. Elas podem
mostrar que temos que fazer algo. E com relação ao abuso e violência
elas estão dizendo que há um crescimento. Veja alguns dados oficiais
obtidos sobre esta questão:
* Em nosso país a cada 4 minutos uma mulher é agredida em seu lar pelo
próprio marido ou companheiro.
* 38% das mortes de pessoas no Brasil com até 19 anos são causadas por
agressões.
cesarvasconcellos@hasilvestre.org.br
“Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia. ...Em doses pequenas, tentando
não perceber, vai afastando uma dor aqui, um sentimento ali, uma revolta acolá.”
Clarice Lispector
Encerrando esta série sobre abuso e violência entre seres humanos, vamos ver
hoje alguns tipos de violência contra a criança, características de uma criança com
possibilidade de estar sendo vitimizada e noções gerais quanto à prevenção
destes tipos de perversidade contra os pequenos.
· Timidez.
· Baixa auto-estima.
· Problemas de aprendizado.
§ Física – uso da força com o objetivo claro ou não de ferir, deixando ou não
marcas evidentes. Podendo ser espancamentos, murros, tapas, agressões com
objetos e queimaduras com objetos ou líquidos quentes. Alguns agressores
chegam a amarrar a criança com cordas ou correntes.
Prevenção:
v Ensine às crianças os nomes reais das partes do corpo sem inventar apelidos
para os órgãos genitais, nádegas, seios.
v Diga para a criança que ninguém pode tocá-la de forma que a incomode,
mesmo sendo um dos pais, parente próximo, médico ou babá. Explique que se ela
se sentir incomodada, ela deve falar. Se o médico precisar fazer alguns exames
desagradáveis para ela, explique o que o médico irá fazer.
v Fale para a criança que não devem existir segredos que os pais não possam
saber.
v Ensine à criança que ela não deve permitir ser fotografada nua ou quase nua.
E deve contar aos seus pais se alguém pedir isso a ela, ou mesmo se apenas lhe
mostrar fotos de pessoas nuas.
Tratamentos:
3)Apoio à família orientando seus membros sobre a doença e como lidar com o
doente.
Evolução:
Prognóstico:
Há bom prognóstico se há: inteligência, início tardio da doença, melhor apoio
familiar, diagnóstico precoce e tratamento adequado, e nas formas catatônicas e
paranóides.
“Eu posso ainda me lembrar de minha mãe colocando a mão dela sobre o peito e
fingindo ter um ataque cardíaco e morrer, e me culpando por isso!” Anônimo
O 5o. Mandamento da Lei (Moral) de Deus – Os Dez Mandamentos – (Êxodo
capítulo 20) diz que devemos honrar pai e mãe. Por que não amar pai e mãe?
Será que todos os pais e mães são amáveis (capazes de serem amados)? Ou não
será verdade que alguns por serem violentos, rígidos demais, agressivos
verbalmente, depreciadores dos filhos, ausentes, não atrapalham os filhos de os
amar? Se isto é verdade, e creio que é, então, a ordem de Deus é, pelo menos,
honre seu pai e sua mãe, ou seja, respeite, se não consegue amá-los.
A verdade, porém, é que não possuíamos esta espécie de poder sobre nossos
pais, sobre seus sentimentos, ou sobre o curso de suas vidas. Não temos que
assumir isto quando (e se) eles ainda jogam sobre nós esta responsabilidade.
Nossos pais fizeram o melhor que puderam ao nos criar. Mas não temos que
aceitar crenças deles que não sejam saudáveis e baseadas na verdade. Eles são
sempre nossos pais, mas não são sempre certos. E suas crenças e
comportamentos não são sempre saudáveis e de nosso melhor interesse. Eles
podem ter acreditado sinceramente que o que faziam era o melhor para nós, mas
pode não ter sido. E temos o direito, a liberdade de examinar e escolher nossas
crenças para a vida, as quais poderão coincidir com as deles, ou não.
Um tipo de crença destrutiva, por ex., que uma mãe passa para uma filha, por
causa dos problemas desta mãe com seu pai e/ou seu marido pode ser: “Cuidado
com os homens! Homem não presta! Olha seu pai...” Mesmo que este individuo
tenha (ou teve) problemas comportamentais sérios, isto não significa que TODOS
os homens são assim!
Se existe a “Delegacia da Mulher”, por que não a do homem? O que você sente
quando pensa em “Delegacia da Mulher”? Não é um sentimento de que é um lugar
aonde vão mulheres agredidas fisicamente, com edemas (inchações) no corpo,
dentes quebrados, olho roxo e pálpebras inchadas, etc., resultado de violência
masculina? É importante ter esta instituição. Porém, parece que a imagem
passada para o público é de que a mulher sempre é a vítima e o homem sempre é
o carrasco. Fica mais perto da realidade dizermos que quase sempre a mulher é a
vítima. Mulheres também podem ser agressivas, provocadoras, instigadoras de
agressão, violentas, autoritárias, onipotentes, maldosas, cruéis, sarcásticas.
A feminilidade é algo muito lindo e é uma pena que certas mulheres a percam ao
longo dos anos, às vezes bem precocemente, se tornando duras. Parecem flores
selvagens de lugares áridos que crescem duras, ásperas, grosseiras, sem
delicadeza, sem maciez.
Horrível isto, a falta de docilidade que faz parte da feminilidade! Claro, horrível
também o homem violento, sem tato nas relações humanas, bronco, que
feminilidade para ele são seios, vagina, pernas/coxas, bumbuns, etc.! Só.
Entretanto, uma mulher bronca, grossa, que perdeu (ou nunca desenvolveu) a
doçura, é algo inconveniente, frustrante para uma maioria de homens. Talvez este
tipo de mulher seja bom para algumas funções, como chefiar um grupo grande de
empregados numa empresa, síndica de prédios e condomínios, juiz de futebol,
policial, motorista de ônibus e caminhão, chefe de estivadores do cais do porto,
chefe de banca do jogo do bicho, cafetina (mulher que explora o comércio de
prostitutas), etc. Claro, nem todas as mulheres que ocupam estas funções são
agressivas, perderam a docilidade, são violentas e autoritárias. Depende.
Não creio que nenhum homem no fundo de sua alma goste de mulher agressiva e
autoritária. Muitos se ligam a mulheres com tais características talvez porque sua
(do homem) estrutura psicológica básica (não bem resolvida, embolada,
disfuncional) é a de uma pessoa insegura e dependente, que se une a alguém
(aparentemente?!) segura e autoritária porque uma mulher assim passa para ele
uma sensação (e realidade muitas vezes) de proteção, de que ele será cuidado
por ela. É o caso dos relacionamentos em que a mulher é quem praticamente faz
tudo, manda, desmanda, controla, administra, decide as coisas da família,
destrata, acaricia em seguida, destrata de novo, e o parceiro (namorado, noivo,
“ficante”, marido, amante) é como um cachorrinho temeroso que sempre vive com
o rabo entre as pernas com medo da “fera”, mas dependente dela e submisso
doentiamente.
No fundo do coração desta mulher “macho” pode haver forte desejo e necessidade
de ser cuidada por um homem, desejo este difícil para ela deixar aflorar em sua
consciência, ou que ela satisfaz numa “escapulida” extraconjugal quando lhe
parece que encontrou o “homem da minha vida”, que ela pensa irá finalmente
cuidar dela. Este tipo de mulher é que se une a um tipo de homem que ela domina
e, claro, ele se deixa dominar por ela.
A hipotética “Delegacia do Homem” seria o lugar onde eles poderiam ir dar queixa,
denunciar a mulher agressiva, violenta, abusadora, provocadora e instigadora de
resposta agressiva dos outros (mesmo de outra mulher), ranzinza demais, seja
devido ao consumo de drogas (álcool, maconha, cocaína, anfetaminas das
fórmulas para emagrecer, etc.) ou não.
Vinícius de Morais dizia que as feias o perdoassem, mas a beleza (física) era
fundamental. Eu digo que a doçura, a meiguice, a ternura, a brandura, a
amabilidade, são fundamentais na mulher para que ela seja feminina, madura, e
realmente agradável e atraente para um homem ativo no processo de
amadurecimento emocional. Tais características não anulam o fato da mulher
precisar ser assertiva e não submissa negativamente.
A pessoa forte não chora porque é (está) fracaO homem que não chora
diante de certas dores emocionais (tristeza, medo, angústia, raiva,
vergonha, etc.) pode ser fraco, porque para conseguir chorar você
precisa primeiro sentir a dor e isto geralmente não é fácil. Podemos
desenvolver, um dia de cada vez, a capacidade de ter resistência ou
força para agüentarmos a experiência (experimentação, sentir o
sentimento) e a expressão (verbalizar, comunicar) da dor em nossa
consciência (mente) e em nosso corpo (físico). Não nascemos sabendo
isto. Podemos aprender. Podemos. E então conseguiremos chorar
quando isto for o natural, necessário, fisiológico.
Uma pessoa pode não expressar o choro que seria normal expressá-lo, e
isto pode ocorrer por preconceito (“homem não chora”, “chorar é sinal
de fraqueza”), por repressão aprendida (“não posso deixar os outros
verem que estou sofrendo”), por negação da vontade de chorar (“eu não
estou triste”, mas está) por frieza afetiva (pessoa muito racional), por
orgulho (“eu posso tudo, agüento tudo, não sou fraco como os outros”),
por compreensão religiosa errada (“cristão não chora”), etc.
Se você vive uma situação em que seria normal chorar, e não chora,
para aonde vai este choro? Você pode abafá-lo com o álcool, cocaína,
maconha, tranqüilizantes, ou outras químicas que servem para
anestesiar a dor e, portanto, o chorar natural. Ou pode meter a cara no
trabalho para não pensar no que incomoda por dentro de sua alma. E
outros subterfúgios são utilizados para se evitar dores emocionais e o
chorar, como o sexo, comida, consumismo, apego material, uso abusivo
de poder, etc.
Chore, quando seu coração pedir isto, quando sua alma estiver afogada
em angústia, quando se sentir partido, quebrantado, em desespero.
Quando parecer que todos foram embora e ficou só você em sua dor
insuportável. Quando o peito apertar, a garganta secar, a insônia surgir,
e o grito de socorro estiver na ponta da língua.
O que é bom passa, e o que é ruim passa também. A alegria passa, mas
a dor também. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela
manhã (Salmo 30:5). Só que esta manhã pode ser na manhã seguinte
mesmo ou daqui a dois dias, ou três semanas, ou seis meses, às vezes
cinco anos... Você sabe. Mas ela vem. A alegria vem de novo. Solte-se
no choro certo e natural e depois vem o alívio e até mesmo a alegria.
Na medida em que você quer melhorar como pessoa, ser feliz dentro de
si mesmo, é preciso encarar suas verdades, todas elas, uma de cada
vez, no seu próprio tempo possível (timing). Daí precisamos fazer uma
auto-análise freqüente, um inventário como sugerido no 4o. Passo dos
12 Passos de Alcoólicos Anônimos, quando poderemos perceber como e
quando fomos maldosos, não honestos, egocêntricos, orgulhosos,
medrosos, covardes, corruptos, e também bons, caridosos,
compassivos, amáveis, honestos, etc. Toda pessoa normal possui estes
dois lados naturalmente. Crescer emocional e espiritualmente significa
passar a administrar o lado negativo, entregá-lo a um Poder Superior
para que Ele possa remover as imperfeições de nosso caráter, e
desenvolver, praticar, exercitar o lado positivo, pedindo ao mesmo
Poder Superior que implante em seu caráter uma virtude que você não
possui ainda.
_____________
Na vida parece que para cada resposta conseguida, surgem mais dez
outras perguntas novas! Na medida em que vamos vivendo, nunca
alcançamos um ponto aonde podemos parar de crescer. É assim. Isso é
o normal.
Desejo que nesse novo ano você saia da porta para fora e tome seu
caminho, um novo caminho nunca antes percorrido, com medo ou sem
medo, com humildade mas com coragem, sem desistir na primeira
curva ou subida porque algumas emoções em seu interior podem lhe
assustar. Siga compreendendo que o mais importante é que você está
no caminho, e já tem uma boa parte da jornada para trás. Dê um passo
de cada vez. Se tiver andado 324 passos e recair, voltando 257, está
valendo, você está no caminho, há um saldo positivo que é a sua
experiência da vida que bem material algum pode comprar ou vender. E
essa experiência se acumulará lhe dando sabedoria.
Talvez você tenha lido o que o apóstolo Pedro, cheio do Espírito Santo,
discursando perante o Sinédrio (o colégio dos mais altos magistrados do
povo judeu) afirmou: “Ele (Jesus) é a pedra que foi rejeitada por vós, os
edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum
outro há salvação porque também debaixo do céu nenhum outro nome
há dado entre os homens pelo qual devemos ser salvos.” Atos 4:11,12.
Portanto, Jesus é a Pedra sobre a qual a igreja (povo) de Deus, o
Criador, foi e é erguida, e não Pedro, caso contrário o próprio Pedro
teria dito nessa hora que sobre ele Jesus havia construído Sua igreja.
Então, Jesus é o Chefe autêntico do povo de Deus. Quem é o povo de
Deus? É todo aquele que deseja Deus, que O busca, que entrega sua
vida e sua vontade aos cuidados desse Poder Superior, Criador do
Universo. É todo aquele que vai crescendo no conhecimento da verdade
espiritual, procurando guardar os mandamentos de Deus conforme
relatados em Êxodo capítulo 20.
Numa das discussões que judeus resistentes à luz insistiam ter com
Jesus, Ele Se referiu como sendo ligado ao patriarca Abraão, quando os
judeus ali junto dEle, ironicamente disseram: “Ainda não tens cinqüenta
anos e viste Abraão?” E Jesus afirmou: “Em verdade, em verdade Eu
vos digo que antes que Abraão existisse EU SOU.” João 8:57,58. Esse
termo “EU SOU” é o mesmo usado no Antigo Testamento quando Moisés
havia perguntado a Deus sobre que nome ele deveria dar aos filhos de
Israel quando estes perguntassem qual era o nome do seu deus. Deus,
então, disse a Moisés: “EU SOU O QUE SOU. E disse mais: Assim dirás
aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós.” Êxodo 3:14. Esse é o
nome do Deus Criador: EU SOU. Em hebraico é EHEYEH ASHER EHEYEH.
Na Bíblia Vulgata é EGO SUM QUI SUM. E na Septuaginta é EGO EIMI O
ON.
Como seres humanos todos temos lutas interiores, uns mais, outros menos,
uns mais conscientes, outros menos conscientes de sua própria dor, de
características positivas e negativas da própria personalidade.
Não há ser humano com todos os seus problemas da vida resolvidos. Alguns
estão mais adiante do que outros quanto a certos aspectos de sua
personalidade, enquanto que estes outros indivíduos podem estar à
frente de nós com relação a outras características.
Você pode ser uma pessoa segura para resolver, por exemplo, problemas no
trabalho, mas insegura no que se refere a lidar com sentimentos nas
relações sociais e familiares. Como assim, insegura? Sem conseguir
expressar afeto, sem transmitir emoções nos momentos adequados,
podendo ficar em um extremo ou outro, como agir
preponderantemente com frieza (bloqueio afetivo) ou com paixão
excessiva (exagero sentimental).
Creio que faz parte da saúde mental aceitar que ainda não temos saúde
mental como gostaríamos de ter e não nos apavorarmos com isso. E
ficarmos felizes quando virmos alguém que está mais adiante do que
nós na resolução de certos conflitos ou situações complicadas da vida,
até porque poderemos aprender muito com a experiência dos outros
para nosso crescimento pessoal. Muitos pacientes me ensinam coisas
maravilhosas com as experiências de vida deles. Assim é na nossa vida
no dia a dia, se prestarmos atenção, desejando crescer também
interiormente. Você dá e recebe, ensina e aprende. Um dia de cada vez.
E isto possibilita crescer juntos.
Jesus no Evangelho de S. João capítulo 17, verso 26, numa de Suas últimas
orações ao Pai Celestial, disse: “Que o amor com que Me tens amado
esteja neles (seres humanos que buscam ou virão a buscar a Deus de
todo o coração) e Eu neles esteja.” Isso é o Natal. Isso é união em
afeto, é intimidade afetiva que satisfaz nosso ser interior. Isso é
humano e é divino ao mesmo tempo. Não é uma coisa “religiosa” no
sentido formal, mas é espiritual no sentido da espontaneidade e
presença do amor.
Sugiro que você faça alguma coisa, mesmo pequena, mesmo que ninguém
veja, mesmo que não seja publicada na coluna social do jornal
badalado, mesmo que não seja manchete do jornal da TV, ou que a
Internet não navegue sobre isso, faça alguma coisa que melhore sua
intimidade afetiva com alguém, sua sensibilidade de afeto, sua
experimentação e expressão de sentimentos, mas especialmente a
expressão ou transmissão de uma atitude de carinho, não sexualizada,
não com fins de sedução, mas do coração desinteressado, da alma pura
(ainda que impura), da intenção consciente de dar amor de graça.
Esse creio que será um grande presente de Natal para alguém e para
você mesmo.
Ontem ao ir lanchar à noite, tentei abrir uma garrafa de suco que tem uma
tampa rosqueada. Fazia muita força, mas não conseguia abri-la.
Tentei várias vezes, e nada. Depois usei um guardanapo como apoio e
mesmo assim estava muito dura. Insisti, fazendo mais força ainda e
finalmente a tampa cedeu e consegui abrir a garrafa. Tomei meu
lanche. Fiz algumas coisas e fui dormir.
De madrugada senti um incômodo no meu dedo. Acendi a luz para ver o que
estava ocorrendo. Não era aquela ardência que ocorre quando um
pernilongo morde. Acendi a luz e notei que havia um lugar no dedo da
mão direita com a pele machucada, um tanto esfolada. Fiquei
pensando: Como isso ocorreu? Pensei por alguns minutos, tentando
achar a causa, quando me lembrei: “Ah! A tampa da garrafa do
suco!” Compreendi, então, que havia feito tanta força que a pele havia
ficado machucada. Mas por que não percebi que eu machucava aquele
local no exato momento em que tentava abrir a garrafa? Por que
fiquei insensível à dor da escoriação da pele naquele local?
Como evitar inflingir dor a nós mesmos? Percebendo que estamos nos
machucando na hora que estamos nos machucando. E decidir parar
de fazer isto com a gente mesmo. Conseguimos quando paramos de
nos maltratar. Mas como parar de nos maltratar? Repito: quando
percebemos a dor. Quando percebemos o mau trato, o abuso, que pode
vir de fora de você ou de dentro mesmo! Incrível! Mas pode vir de
dentro de mim! Eu não percebia que minha pele estava sendo esfolada
enquanto fazia força para abrir aquela garrafa! É como se meu dedo
estivesse anestesiado, mas não estava. Acho que eu estava com sede e
fome e queria muito lanchar. Será que o tamanho da fome me fez ficar
insensível para com a dor no dedo?
Será que alguma fome, alguma carência em nossa vida nos faz agir de
maneira que machucamos a nós mesmos? Acho que sim. Isto ocorreu
com meu dedo hoje, mas já ocorreu com minhas emoções, com minha
espiritualidade também. Doeu. Doeu muito depois do fato ter
ocorrido. Algumas vezes doeu na hora mesmo em que eu vivia a
situação. Mas nem sempre.
O amor é uma energia. Quando você está movido por ele tudo vai bem,
mesmo na tempestade do sofrimento humano. Tudo vai bem porque a
energia do amor contamina sua relação com a(s) pessoa(s) ao redor e
algum ato terapêutico, de cura, ocorre, podendo ser a eliminação do
sofrimento atual, ou o alívio da dor, ou pelo menos o consolo na dor.
Quando você trabalha por amor e com amor, não há como falhar. George
Wald, prêmio Nobel de Biologia disse que ele trabalhou com tanto
amor que acabou ganhando o Nobel. Para ele o prêmio Nobel foi um
prêmio de consolação. O que importa é o amor.
O benefício do amor em mim para o outro é que ele passa por mim
realizando todas as curas possíveis, como uma chuva abençoada que
rega a terra que estava de boca e coração abertos ressequidos, e que se
deliciam com o frescor da água celeste. A chuva não seleciona regar
somente aquele ou este jardim ou plantação, mas tudo. O amor é para
tudo e para todos. Ele é para curar. E ele quem cura.
Quando sou tomado pelo amor não há como selecionar as pessoas para
quem ele será dirigido. Eu não consigo fazer isto, porque fazer isto é
da alçada da paixão e do amor condicional, que são ilusões de amor.
Quando o amor me possui, não posso deixar de amar a todos os meus
semelhantes, os animais, a Natureza. É uma contaminação afetiva
positiva. É o agente mais poderoso da recuperação física, emocional e
espiritual.
Sendo didático, parece que desse amor verdadeiro deriva o amor sensual
saudável, o amor fraternal, o conjugal, o filial, etc. Mas ele é o maior, o
todo, o completo, a fonte da vida.
Outro dia estava indo para o trabalho e, por incrível que pareça, percebi que
havia ao mesmo tempo sol, uma chuva fininha, uma corrente de ar
quente que passou por meu carro, e mais adiante um ar frio. Baseado
nesta experiência eu até pensei em escreve esta matéria colocando o
título assim: “O tempo está nublado...mas o sol está lindo!’, sentindo,
confesso, uma certa ironia em meu coração contra as incertezas da
vida.
A vida parece ser assim, sem previsões, com, apesar ou sem as interpretações
dos esotéricos astrólogos (não confundir com a ciência da astronomia).
E parece que a imprevisibilidade esta cada vez maior em tudo, nas
decisões judiciais, numa eleição política, no tempo atmosférico, numa
relação conjugal, etc.
A vida, aquilo que mantém eu e você vivos é algo maravilhoso. Sem dúvida.
Olha um cadáver. Inerte. Sem circulação. Sem cor na pele. Sem vida.
Onde está a vida que o fazia se movimentar segundos antes da morte?
Cadê aquela energia que movia o corpo e a mente? A Bíblia diz que
está com Deus, a Fonte da vida. Neste sentido, a vida, como energia
que me faz estar vivo agora ao escrever este artigo, é estupenda! Não
tenho controle sobre ela. Não posso dizer a ela: “Fica aqui em meu
corpo mais 50 anos!” e ela ficar. Posso antecipar seu desaparecimento,
mas não posso esticar sua permanência mais do que está proposto.
Outro dia eu estava me sentindo muito bem. Estava sereno, em paz, e pensei:
“Puxa, quando é que isso (essa sensação) vai embora?” “Por que não
fica assim sempre?” Como estou aprendendo a viver um dia de cada
vez, uma emoção de cada vez, então deixei aquele pensamento de lado,
e curti o momento agradável. O que é bom passa, mas o que é
desagradável também passa. Vem o sol, depois vem a chuva, depois
vem a mormaço, depois uma neblina, depois um pouco de frio, em
seguida o céu azul e o sol esquenta. Tudo imprevisível, assim é nossa
vida.
Tenho aprendido a evitar dizer “sempre” ou “jamais”. Nunca sabemos. Eu
nunca digo para um paciente meu “Você vai ter que usar este
medicamento o resto de sua vida!” Não tenho condições para dizer
isto. Pode parecer que sim. Mas não afirmo isto. Muitas coisas podem
ocorrer fantásticas na vida de uma pessoa em termos terapêuticos que
nunca imaginaríamos ser possível pela Medicina convencional. Por
isso, no máximo, posso afirmar: “Pode ser que você vá precisar usar
isto por muito tempo. Mas, vamos ver o que ocorrerá no futuro.”
A vida dói porque vêm dores de fora e de dentro de nós. Dores emocionais.
Dores físicas. Dores da alma. Dores de perda. De abusos. De maldades
feitas contra a gente. Ou que fazemos contra pessoas. Deus fez os seres
humanos bons e equilibrados, mas nós criamos muitas complicações.
Não sei em que classe de seres humanos hoje em dia não encontramos
corrupção. Já reparou? Até em CPI que investiga corrupção! Em
Polícia Federal! Em Magistrados(Juízes)! Em Médicos! Religiosos!
Auditores! Fiscais! Políticos de todos os níveis! Muita injustiça social.
Muito abuso perverso do poder. E isso dói. Faz a vida doer mais do
que precisaria. Dá vontade de ir embora. Não é suicidar-se. É ir
embora para um lugar onde habita a justiça e a verdade e a paz. A
vida é bela? É. Mas essa aqui dói, machuca. Só mais um pouco. O sol
está lindo hoje...tira a roupa do varal que está começando a chover!
Vá Com Calma
Nos grupos de ajuda que utilizam os 12 Passos há os Lemas que são usados
como lembretes tranqüilizadores de que nossas situações podem não
ser tão impossíveis ou desesperadoras quanto parecem de início. Veja
este “Vá Com Calma”, adaptado para servir a você em seu trabalho,
na família, etc.
Às vezes forçamos soluções diante de sofrimentos ou lutas na vida para obter
alívio. E ao ver que nossos esforços para mudar alguma pessoa ou
situação não dão certo, forçamos mais. Quando queremos uma
resposta e ela não vem, podemos agir só para sentir que estamos
fazendo alguma coisa. É ruim a sensação de fazer algo e nada mudar!
Nos sentimos impotentes! Daí nossa frustração e nervosismo podem
aumentar, nos sentimos fracassados e juramos tentar agir com mais
força ainda. Em resumo, ficamos estressados, irritados. A sugestão do
Lema “Vá Com Calma” é que às vezes até não fazer nada num certo
momento poder ser muito mais produtivo! Difícil não fazer nada e
esperar, não é? Mas pode a melhor atitude em certos momentos da
vida.
Às vezes temos tentado fazer as coisas da maneira mais difícil. Podemos não
ter todas as respostas hoje para sabermos o que fazer. Isto não é um
fracasso, é apenas uma realidade do momento. Eu repito: ISSO NÃO
É UM FRACASSO! Nem sempre é da nossa conta solucionar todos os
problemas. Talvez estamos esperando demais de nós mesmos ou dos
outros. Na verdade, talvez saibamos tudo o que precisamos saber para
este dia. Se e quando for o momento certo, nos será revelado mais
coisas que realmente precisamos saber. “Vá com calma” nos lembra
de que aceitar a limitação de hoje e crer que alguma resposta poderá
surgir amanhã, pode tornar uma solução difícil muito mais
suportável.
A Mudança É o Quê?
Atendi uma cliente hoje que logo que sentou na poltrona em meu consultório
disse: “Há vinte anos tenho depressão!” Assisti a um noticiário na TV
hoje que mostrava as maravilhas da tecnologia na área da cardiologia,
fazendo uma tendenciosa conexão entre tecnologia e cura. O que é
cura? Como as pessoas podem mudar emocionalmente para melhor?
A tecnologia contribui para a cura de doenças?
Tratamento visa a resolução do que dói em você, que atrapalha seu bom
funcionamento físico e/ou mental, e pode ser uma sensação de
estômago cheio (plenitude pós-prandial), regurgitação esofágica
(alimento ou líquido que chega ao estômago e retorna em parte ao
esôfago causando queimação ou azia), dor de cabeça, dor na coluna,
insônia, tristeza, formigamento em uma parte do corpo, ansiedade,
febre, diarréia, constipação intestinal, dor precordial (na região do
coração), falta de ar, dor ao urinar, dor muscular, irritabilidade
acentuada e constante, perda de força muscular, transtornos
alimentares (anorexia, bulimia), tonteira, e um infindável número de
sintomas que podem ser aliviados ou eliminados através de
medicamentos, procedimentos cirúrgicos, fisioterápicos, psicológicos,
etc. Tratamento você encontra nas farmácias. Cura não.
Quando alguém baseia a busca de cura somente no tratamento
medicamentoso de um transtorno emocional, como o caso da senhora
que atendi hoje e que tem depressão há duas décadas, provavelmente
há, na melhor das hipóteses, eliminação dos sintomas. Prescrevo
medicamentos psicoativos, como psiquiatra que sou. E evito no melhor
que posso fazer isto, dando mais ênfase à psicoterapia. Porém existem
situações clínicas em que a medicação é imprescindível como no caso
de depressões graves, surtos psicóticos, insônias rebeldes, transtornos
obsessivo-compulsivos, e etc.
__________
www.hasilvestre.org.br cesarvasconcellos@hasilvestre.org.br
A Mudança é Possível
“Faça-me lembrar a cada dia de que a competição não é sempre com relação
à velocidade; que há muito mais na vida do que aumentar a sua
velocidade. Deixe-me olhar para a altura do carvalho e saber que ele
ficou majestoso e forte porque cresceu devagar e saudável.” Orin L.
Crain
(“Coragem para Mudar – Um Dia de Cada Vez no Al-Anon II”, p.221, 2000)
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A Mudança é Lenta
Hoje ouvi um médico dizer que certo hormônio sintético é igualzinho ao que
é produzido pelo nosso corpo e a glândula que produz o hormônio
natural reconhece o sintético e o aceita. Fiquei pensando nisso. Não
creio, sinceramente, que nosso corpo não sabe distinguir entre o que é
natural e o que é artificial ou sintético. Creio que ele sabe. Nós é que
podemos tentar enganá-lo, mas nos enganamos a nós mesmos achando
que o enganamos! Quando você estuda biologia molecular, física
quântica associada à biologia e à medicina, pode compreender por que
não podemos enganar nosso corpo. Não é somente uma questão de se
fazer um “clone” molecular quimicamente idêntico ao natural e
pronto, tudo bem. Não está tudo bem não! Parece que está, mas não
está. Além da química, há as trocas elétricas e mesmo atômicas,
quânticas, e a interação com o todo do organismo, de uma
organização, de um simples frango, uma galinha, um hormônio, um
vegetal, uma fruta, um cereal, uma pessoa é fundamental. O todo é
mais do que a soma das partes.
Quase tudo hoje está precoce, reparou? Vemos isso até na idade do
aparecimento da primeira menstruação nas meninas no mundo
ocidental ou ocidentalizado! Uma pessoa me contou que seu pai e
outros amigos do pai se reuniram, pegaram cada um seu filho de cerca
de 12 anos de idade os levaram a uma “termas” para os garotos terem
sua primeira relação sexual. E esses pais acharam que estavam
fazendo o máximo! Garotos sem a mínima maturidade (normal nessa
idade) para amar e já foram levados a transar! Será que aqueles pais
se lembraram de ensinar os filhos a amar?! Transar é tão fácil não é?
Mas amar...
Se você quer crescer como ser humano, não se apresse. Não fique acomodado
também. Mas não se esqueça de que há um “timing” pessoal, ou seja,
há um momento e uma possibilidade no tempo certo para cada um de
nós. Não há como apressar isto. Não vai ser mais rápido se você tiver
uma sessão de psicoterapia por dia! Nem vai acelerar se você fizer
caridade, ou uma promessa a Deus, ou conseguir todo o dinheiro do
mundo. Você cresce quando você pode em termos emocionais e isto,
felizmente, o dinheiro, a fama, o poder social, a corrupção, a propina,
a ascensão eclesiástica são impotentes para produzir.
O jeito mais rápido de crescer como pessoa parece ser sem dúvida vinculado
à aceitação do nosso ritmo vital natural. Mantendo a mente aberta,
abrindo seu coração, o espírito aberto para a luz, para a ética, a
compaixão, a verdade, a liberdade. É lento, mas é rápido.
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Ser passivo não é ser fraco, ser ativo não é ser forte
É comum o conceito de que uma pessoa passiva é fraca. A pessoa passiva tem
dificuldade para iniciativas, para fazer algo acontecer, mesmo em
benefício próprio, é alguém parado, pouco ou nada empreendedor,
mas que pode ser bom idealizador, planejador, sem, contudo, ser
realizador. Uma pessoa passiva pode ser muito útil para planejar um
trabalho, montar uma estrutura de funcionamento de uma empresa,
mas quase que invariavelmente precisa de alguém que seja o executor
das idéias que ela teve e que colocou no papel. Tem a vantagem de ser
um pensador e a desvantagem pela dificuldade de fazer. Geralmente é
sensível para com os sentimentos dos outros. Evita atropelar as
pessoas com palavras, impulsos emocionais. Pode parecer ser fria, mas
pode não ser, e ter muito sentimento por dentro, só que contido,
represado. Uma pessoa passiva tem a tendência de ficar magoada por
um tempo longo quando se sentiu ferida, mesmo sem a outra pessoa
tivesse a intencionalidade de machucá-la. Tem dificuldade de perdoar
e esquecer a mágoa.
Também é comum o conceito de que uma pessoa ativa é forte. Ser ativo é ser
realizador, executor, pragmático, alguém que faz as coisas
acontecerem, toca para frente. Ela é evidentemente útil para realizar o
projeto idealizado pela pessoa passiva. A pessoa ativa tem a vantagem
de fazer as coisas funcionarem e a desvantagem de não ser sensível
para com os outros, atropelando os sentimentos das pessoas e achando
que elas se melindram com facilidade (o que pode ser verdade em
alguns casos), mas tendo importante dificuldade de perceber que do
jeito que agiram podem mesmo ter sido grosseiras, “broncas” e até
verbalmente abusivas, como se o outro fosse um objeto e não um
sujeito. Pessoas ativas podem parecer afetivas, mas podem não ser, ou
seja, podem ser crianças grandes que explodem facilmente e querem
colo (compreensão e perdão) o tempo todo, dizendo: “Pôxa! Você ficou
chateado só porque eu agi daquela maneira (agressiva), me desculpe!
Vamos fazer as pazes?” E quer porque quer que o outro, atropelado
pela impulsividade inconsciente (?) da pessoa ativa, fique “de bem”
rapidinho. Pessoas muito ativas e impulsivas têm dificuldade de
perceber que e como podem machucar os outros, talvez sem querer,
por causa da impulsividade que as leva a atropelar com um jeito
autoritário.
Mas o quero deixar aqui é que há um mito social de que a pessoa passiva é
fraca para enfrentar a vida, enquanto que a ativa é forte. Depende da
situação. E as coisas podem mudar na vida da pessoa. Já atendi
muitas pessoas empreendedoras, que fizeram muitas coisas na vida
(materiais, culturais) mas que estiveram por longos anos
desconectadas de seus sentimentos mais profundos e, por isso e nesse
sentido, eram fracas, e quando tais sentimentos precisaram vir à tona,
elas de desestruturaram, ficando sem saber como lidar com eles, o que
fazer, como cuidar de sua vida afetiva.
Por outro lado, conheci muita gente passiva que diante de sofrimentos
dolorosos, resistiram bravamente, revelando uma força emocional
interior invejável, embora não tenham sido empreendedoras. Diante
da dor (qualquer dor, física ou emocional), não desmoronaram. Eram
ativas na capacidade de lidar com afetos difíceis dentro de si e nas
relações interpessoais, coisa não muito comum de acontecer, repito,
com pessoas impulsivas.
Você não acha que é possível aprender a respeitar uns aos outros, sem
preconceitos, sem nos acharmos melhor que os demais porque somos
passivos (pensadores e que lidamos bem com nossos afetos mais
íntimos, mas que temos dificuldade de perdoar) ou porque somos
ativos (fazedores e que não lidamos bem com nossos afetos mais
íntimos, mas perdoamos mais facilmente)?
“Mães dão aos filhos permissão para ser um príncipe mas o pai deve
mostrar como...Pais dão
Eric Berne, Touchstones – A Book of Daily Meditation for Men – Sept 13,
1991, Hazelden.
Muitos de nós temos dores e ressentimentos para com os pais. Isto porque
queríamos mais tempo do que eles nos deram, ou porque esperávamos
por aprovação e ganhamos crítica, ou porque nunca conseguíamos
chegar no que eles esperavam, e eles podiam estar esperando algo
demais de nós (quem sabe para compensar frustrações deles com eles
mesmos).
Alguns podem mudar o relacionamento com os pais. Podem fazer isto não
por pedir a eles para serem diferentes, mas tornando-se adultos
maduros para com eles. Muitos não podem mudar o relacionamento
com seus pais, até porque pode não depender deles fazerem isto, mas
podem se tornar com seus filhos e filhas um tipo de pessoa que nutre o
crescimento deles, o que pode ser uma nova chance de refazer o que
foi perdido.
“No mundo a vir eles não me perguntarão, ‘Por que você não foi Moisés?’
Zusya de Hanipoli
Touchstones – A Book of Daily
Meditations for Men
Uma coisa é evitar o preconceito (que deve ser feito), outra é englobar
características raciais, sócio-econômicas e culturais, com alterações de
comportamento, déficits cognitivos e imunológicos, como se tudo
tivesse uma correlação natural (o que não deve ser feito).
O que é amplamente aceito pela maioria não é sinônimo de normal, saudável
e ético. Quando uma pessoa não consegue lidar com e sentir a sua
angústia básica de frente e construtivamente, ela pode desenvolver
algum tipo de desvio de conduta e tentar enquadrá-lo na normalidade
como forma de evitar a dor interior e a (possível) vergonha. É quando,
então, surgem os discursos reducionista e monopolizadores do
“repensar”, ou “a nossa igreja”, ou “o nosso partido”, ou “o nosso
método”, ou “a minha abordagem”, ou “o meu campo”, etc.,
carregados de um ar de modernidade, liberdade, fidelidade
(partidária, denominacional), escondendo na raiz ideológica e no
discurso o vazio interior, o controle doutrinário (“ninguém deve
pensar, nós pensamos por vocês”) para conter as massas (os membros,
os eleitores, os funcionários, os obreiros), a fuga do enfrentamento da
angústia, preferências pessoais, indiferença diante do sofrimento e
privação alheias, rejeição ou perversão da vontade divina a favor do
desejo (mau) pessoal.
Quem aprendeu a lidar construtivamente com sua angústia, como bem disse
o filósofo dinamarquês, Sören Kierkegaard, aprendeu o mais
importante. “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa
da justiça, porque deles é o reino dos céus.” Jesus em Mateus 5:10.
Ansiedade pode ser vista como algo bom, como uma expectativa de algo que
você deseja que aconteça e que você está esperando ansiosamente.
Esta é uma ansiedade agradável.
Por outro lado, podemos analisar a ansiedade como sendo uma sensação de
desconforto mental, uma inquietude, uma sensação de vazio interior,
falta de paz, angústia. Há pessoas que tem uma ansiedade mais forte
que outras constantemente. Algumas pessoas são mais agitadas que
outras, porém podendo ser produtivas.
A ansiedade pode crescer tanto num indivíduo que o bloqueia de agir mais
livremente. A ansiedade diminui o campo da consciência. Uma pessoa
muito ansiosa não percebe bem as coisas ao seu redor e nem dentro de
si mesma. Quando ela está mais calma, então pode desfrutar de muitas
coisas que antes não podia por estar nervosa, angustiada.
Com- pensa-a-dor
Existe dor no que você está fazendo em e de sua vida? Compensa a dor? É
uma dor inevitável? Ou você pode evitá-la? Você tem consciência da
origem da dor? Falo de dor emocional, que pode tristeza, angústia,
desânimo, irritação, medo, culpa, vergonha, etc.
Compensa a dor experimentar a dor inevitável sem fugir dela. Quando você
enfrenta este tipo de dor, a experimenta “a seco”, “limpo” (sem se
drogar com qualquer droga, inclusive com sexo, trabalho,
consumismo, comida, jogo, etc.), você sai mais fortalecido, mais
humano, mais sensível para com a dor das outras pessoas. Compensa
não fugir da dor que é real e inevitável. Depois dela vem um alívio.
Compensador.
O filósofo Jacob Needleman disse: “Há vários anos, perguntei aos meus
alunos: ‘O que vocês consideram os principais problemas de nossa
sociedade?’. Obtive as respostas usuais: desintegração da família,
guerra nuclear, ecologia. Então alguém disse ‘solidão’. Eu perguntei:
‘Quantas pessoas aqui se sentem basicamente sós?’. Todos levantaram
as mãos. Fiquei estarrecido. Então perguntei a um outro grupo maior
de pessoas, com um espectro mais amplo de tipos, e todas, exceto duas,
levantaram as mãos. Assim fiquei interessado na solidão.
Se existe uma coisa comum a todos os seres humanos, além do fato de que
todos morreremos um dia, é que todos temos solidão. A diferença é
que nem todos sofrem com a solidão. Muitos tentam tapear o
sentimento de solidão, mas não é possível eliminá-la. Claro, você pode
fingir, pode se drogar, pode se fanatizar espiritualmente, pode se
envolver exageradamente no trabalho, pode virar um consumidor
compulsivo, e outras façanhas, a fim de evitar a solidão. Mas ela é
inevitável, porque é uma realidade de cada um.
Numa relação conjugal pode-se crer que o outro TEM que preencher todas
as minhas necessidades e assim não haver espaço para que a solidão
seja experimentada. Ilusão. Não é possível. Não dá para obliterar a
solidão. Mas, podemos aprender a aceitá-la e a lidar com ela. Estamos
sozinhos, e isto ocorre com todos. Podemos fazer contatos
significativos com os outros apesar de nossa solidão. Na verdade, a
genuína intimidade com o outro, homem ou mulher, ocorre tanto
melhor quanto melhor eu lidar com minha solidão. Sabendo lidar com
ela, posso construir a ponte de ligação com os outros de maneira
saudável.
Solidão é parte da vida humana. Quem sabe ficar em paz sozinho, quem não
se apavora com sua solidão, consegue formar relacionamentos afetivos
significativos com as outras pessoas, seja numa amizade, numa relação
profissional, numa relação conjugal, etc.
1)Dê para as pessoas mais do que elas esperam e faça isto com alegria.
2)Não creia em tudo o que escuta, não gaste tudo o que tem, não durma tudo
o que deseja.
3)Quando disser “Eu te amo”, seja verdadeiro.
7)Ame profundamente e com paixão. Você pode ser ferido, mas esta é a
única maneira de viver a vida completamente.
10)Ao fazerem uma pergunta que você não quer responder, sorria e
pergunte: “O que você quer saber?”
15)Não permita que uma pequena disputa fira uma grande amizade.
18)Abra seus braços para mudar, mas não abandone seus valores.
26)Uma vez ao ano vá a algum lugar que você nunca esteve antes.
27)Se conseguir muito dinheiro, procure usá-lo para ajudar outras pessoas
enquanto você está vivo. Isto é a maior satisfação da prosperidade.
31)Julgue o seu sucesso pelo que você tem abandonado para consegui-lo.
Desligar-se com amor significa ter o cuidado com o outro de tal modo que
você permite que ele aprenda com seus erros. Significa também
aprender a cuidar de você mesmo, tomar decisões, abandonando o
desejo de controlar os outros, de querer mudar os outros.
Importante reconhecer que não temos poder para mudar qualquer pessoa.
Um especialista em Dependência Química diz: “A maioria dos
membros de uma família de um dependente químico tem tentado
mudar o dependente por longo tempo, e não funciona. Estamos
envolvidos com outras pessoas mas não as controlamos. Simplesmente
não podemos parar as pessoas de fazer coisas se elas decidem
continuar a faze-las.” (“Detachment with love takes on deeper
meaning”, Hazelden Foundation, Hazelden Newsletter, June 30, 2003).
Milhões de Folhas
Formas Clínicas:
Tratamentos:
Prognóstico:
Mudança Emocional
É comum dizermos para nós mesmos que precisamos
mudar. Os anos passam, e somos os mesmos. Nada
muda se eu não mudo. E eu não mudo ninguém, a
não ser a mim mesmo. Prof. James Prochaska e
colegas descreveram que não só o comportamento
humano demora para mudar, mas que também ele
muda em estágios e que os pacientes variam muito
no que diz respeito à sua prontidão para mudança.
Use A Cabecinha!
A maioria das propagandas preventivas de doenças
sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada
dizem: use camisinha. Parece não adiantar o quanto
gostaríamos ou deveria. Acho que é porque falta o
uso da razão, do pensamento, do bom senso. Uma
boa propaganda poderia explorar outro lado de lidar
com o problema social, usando como slogan “Use a
Cabecinha!”. Ou seja, PENSE, antes de se envolver
em situações de risco de doenças e de gravidez
indesejada.
Transtornos de Ansiedade
_________
Parece que não há, de fato, pessoa cem por cento normal
mentalmente falando. Todos temos lutas interiores.
Uns mais, outros menos. Não precisamos ter medo
de admitir isto.
“Eu não sou melhor que você.” O que pode fazer uma
pessoa melhor que outra está relacionado com a
postura humilde de aceitar possuir defeitos de
caráter e de conduta, parar de negar isto, aceitar que
precisa de ajuda e procurá-la determinadamente, se
outras pessoas fazem isto ou não. Não importa.
Realmente não importa, porque o crescimento como
indivíduo pode ocorrer e felizmente ocorre quando
você procura instrumentos de amadurecimento às
vezes até indo contra a corrente de críticas injustas
e ignorantes.
Henry Cloud e John Townsend, psicólogos, em seu
interessante livro “God Will Make a Way – What To
Do When You Don’t Know What To Do” (“Deus Fará
Um Caminho – O Que Fazer Quando Você Não Sabe o
Que Fazer”), Integrity Publishers, 2002, afirmam na
página 54 que: “Perdoar não significa que negamos
que alguém nos tenha ferido. Nem significa que
temos que necessariamente voltar a confiar neles ou
permiti-los entrar em nossos corações novamente.
Tudo depende se eles têm percebido seus erros de
seus caminhos e arrependem-se. Se iremos voltar a
confiar neles outra vez, é importante que eles
tenham se tornado confiáveis.”