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DIREITO PENAL

ESPECIAL III

 Prof. Me. Ricardo S. Guida
CRIMES CONTRA A VIDA
HOMICÍDIO SIMPLES

Art. 121. Matar alguém:

Pena – reclusão de 6 (seis) a 20 (vinte) anos

Conceito: a morte de uma pessoa causada por
outra pessoa. “Homicí
dio é a supressã
o da
vida humana extrauterina praticada por outra
pessoa.”
 
CRIMES CONTRA A VIDA

. Objeto Jurídico (bem protegido) : a vida;

. Objeto material (onde recai a conduta) : a pessoa;
 
. Dolo genérico – não exige qualquer finalidade
especial, bastando a vontade (intenção) de matar
(animus necandi) Admite a forma culposa;

 . Crime simples, comum, material (necessidade do
resultado), de dano, de ação livre, instantâneo de
CRIMES CONTRA A VIDA

. Sujeito ativo : qualquer pessoa; 
                       
. Sujeito passivo : qualquer pessoa (Vida extra­uterina).
. Consumaç ão: No momento da morte da vítima, que se
verifica com a cessaç
ão da atividade encefálica – art. 3o,
caput, da Lei 9.434/1997. Trata­se de crime material ou
causal.
. Tentativa: É possí
vel. A tentativa branca ou incruenta é
aquela em que a vítima não é atingida, enquanto a
tentativa vermelha ou cruenta é aquela em que a vítima
sofre ferimentos.
. Aç
ão Penal: Pública incondicionada, em todas as
. Competência: É do Tribunal do Jú
ri (CF, art. 5o,
XXXVIII, exceto no tocante ao homicí
dio culposo, de
competência do juí
zo comum.

. Lei 9.099/1995: Cabe suspensão condicional do
processo unicamente no homicídio culposo, desde
que presentes os demais requisitos exigidos pelo do
art. 89 da Lei 9.099/1995.
 
CRIMES CONTRA A VIDA

Morte Cerebral – paralisação das funções cerebrais
(consiste na parada das funções neurológicas segundo
critérios da inconsciência profunda sem reação a estímulos
dolorosos, ausência de respiração espontânea, pupilas
rígidas, pronunciada hipotermia espontânea e abolição dos
reflexos).

      * morte encefálica –  Lei nº 9.434/97 (Direito Penal)
      
CRIMES CONTRA A VIDA

Lei nº 9.434/97:

Art. 3º. “A retirada post mortem de tecidos, órgãos e partes
do corpo humano destinados a transplante ou tratamento
deverá ser precedido de diagnóstico de morte encefálica,
constatada e registrada por dois médicos não participantes
das equipes de remoção e transplante, mediante utilização
de critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução
do Conselho Federal de Medicina.
CRIMES CONTRA A VIDA

Exame de corpo de delito: 
“Uma autópsia, também conhecida como necrópsia, é um
procedimento médico que consiste em examinar um
cadáver para determinar a causa e modo de morte e
avaliar qualquer doença ou ferimento que possa estar
presente. É geralmente realizada por um médico
especializado, chamado de patologista num local
apropriado denominado morgue, ou necrotério”.

Art. 162 do CPP ­ 6 horas.
CRIMES CONTRA A VIDA
HOMICÍDIO PRIVILEGIADO
        § 1º Se o agente comete o crime impelido por
motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o
domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta
provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de
um sexto a um terço.

Obs.: ­ “motivo de relevante valor social”: Interesse
coletivo, anseio social (matar traidor da pátria);

          ­ “ou moral”: Motivo nobre, aprovado pela
moralidade média (eutanásia).
 
CRIMES CONTRA A VIDA

HOMICÍDIO QUALIFICADO

        § 2° Se o homicídio é cometido: 

(...)
       

 Crime Hediondo
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HOMICÍDIO QUALIFICADO

I ­ mediante paga ou promessa de recompensa,
(.............);

. Dinheiro ou qualquer outra vantagem;
. Paga é prévia; promessa é posterior.
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HOMICÍDIO QUALIFICADO

I ­  (........) ou por outro motivo torpe;

 Vil, repugnante, amoral (inveja, rivalidade,
usura)
CRIMES CONTRA A VIDA

HOMICÍDIO QUALIFICADO

II ­ por motivo fútil; 

. matar por motivo de pequena importância.
.STF:”(...) é fútil o motivo insignificante,
mesquinho, manifestamente desproporcional em
relação ao resultado e que, ao mesmo tempo,
demonstra insensibilidade moral do agente” (RT
467/450).
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HOMICÍDIO QUALIFICADO

III ­ com emprego de veneno, (..........); 
. Venefício: crime que consiste em propinar a outrem
uma substância venenosa, ocasionando­lhe a morte. 
. Quando empregado sem o conhecimento do ofendido,
representará meio insidioso (uso de fraude para
cometer o crime sem que a vítima o perceba), mas se
utilizado com violência estará caracterizado o meio
cruel (aquele que causa à vítima intenso e
desnecessá rio sofrimento físico ou mental).
. exige­se prova pericial toxicológica.
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HOMICÍDIO QUALIFICADO

III ­ com emprego de (........), fogo, explosivo, (......); 
.Fogo é o resultado da combustão de produtos inflamáveis,
da qual decorrem calor e luz.
.Explosivo é o produto com capacidade de destruir objetos
em geral, mediante detonação e estrondo.
CRIMES CONTRA A VIDA
HOMICÍDIO QUALIFICADO

III ­ com emprego de (........), asfixia, (......); 
Impedimento da função respiratória

. mecânica:
       ­ esganadura;
       ­ estrangulamento;
       ­ enforcamento;
       ­ sufocação;
       ­ afogamento / soterramento;
       ­ imprensamento;
CRIMES CONTRA A VIDA
HOMICÍDIO QUALIFICADO

III ­ com emprego de (........), tortura, (......); 

. O agente utiliza a tortura para provocar a morte da
vítima, causando­lhe intenso e desnecessário sofrimento
físico ou mental.
. Diferença do tipo penal ver a Lei 9.455/97 (intenção do
agente).
CRIMES CONTRA A VIDA
HOMICÍDIO QUALIFICADO

III ­ com emprego de (........) ou outro meio insidioso ou
cruel (......); 

 obs.:
­ Insidioso: armadilha ou fraude. 
Ex.: O doutrinador Magalhães Noronha menciona que
tal meio resta caracterizado quando “se se dissimula a
boca de um poço, para que a vítima nele se precipite; se
se misturam a alimentos limalhas ou fragmentos de
vidro; ou se se usam substâncias mortais que não são
propriamente veneno”(NORONHA, 1982, p. 32);

­ Meio cruel: agressão, pontapés ou pisoteamento;
CRIMES CONTRA A VIDA
HOMICÍDIO QUALIFICADO

III ­ com emprego de (........) ou de que possa resultar
perigo comum; 

é aquele que expõe, além da vítima, um número
indeterminado de pessoas a uma situação de probabilidade
de dano.
.Exs.:

. metralhar alguém em meio a uma multidão, expondo
transeuntes;
. promover um desabamento para matar alguém.
CRIMES CONTRA A VIDA
HOMICÍDIO QUALIFICADO

IV ­ à traição, de emboscada, ou mediante
dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne
impossível a defesa do ofendido; 

. Traição – confiança;

. Emboscada – tocaia (O agente aguarda escondido);
. Dissimulação – engano (ex. Falso entregador de pizza);
 Já a dissimulação, define Nélson Hungria, “é a ocultação da
intenção hostil, para acometer a vítima de surpresa”
(HUNGRIA, 1981, p. 169), ocorre, desta forma, quando a
vítima não tem motivo para desconfiar dos desígnios do
homicida.
Desta maneira, na hipótese da dissimulação, a
vítima encontra-se desprevenida porque ignora o
propósito do agente, enquanto que na do meio
insidioso ela, embora possa conhecer ou
desconfiar da conduta do agente, ignora
completamente o meio em que se dará o atentado
contra sua vida.

 Outro recurso – surpresa, embriaguez da vítima,


superioridade numérica dos agentes etc.).
CRIMES CONTRA A VIDA

HOMICÍDIO QUALIFICADO

V ­ para assegurar a execução, a ocultação, a
impunidade ou vantagem de outro crime:  

Na ocultação o agente pretende impedir que se
descubra a prática de outro crime e na impunidade
deseja evitar a punibilidade do crime anterior. A
vantagem é tudo o que se auferiu com o outro
crime.
CRIMES CONTRA A VIDA

HOMICÍDIO QUALIFICADO

VI ­ contra a mulher por razões da condição de
sexo feminino:      (Incluído pela Lei nº 13.104, de
2015).
Obs.:A Lei modificou o art. 121 do CP para nele
incluir o “feminicídio”, entendido como a morte de
mulher em razão da condição do sexo feminino
(gênero). A incidência da qualificadora exige
situação de violência praticada contra a mulher, em
contexto caracterizado por relação de poder e
submissão, praticada por homem ou mulher sobre
mulher em situação de vulnerabilidade.
CRIMES CONTRA A VIDA

HOMICÍDIO QUALIFICADO

VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts.
142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do
sistema prisional e da Força Nacional de
Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge,
companheiro ou parente consanguíneo até terceiro
grau, em razão dessa condição:     (Incluído pela
Lei nº 13.142, de 2015)
Obs.:
­ “Condicionou, contudo, que tais crimes contra
esses sujeitos passivos ocorram no “exercício
da função ou em decorrência dela, ou contra
seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão
dessa condição”.

­ São as autoridades ou agentes relacionados    

    nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal.
CRIMES CONTRA A VIDA

HOMICÍDIO QUALIFICADO

§ 2ª­A Considera­se que há razões de condição de
sexo feminino quando o crime envolve:      (Incluído
pela Lei nº 13.104, de 2015)

I ­ violência doméstica e familiar;      (Incluído pela
Lei nº 13.104, de 2015)

II ­ menosprezo ou discriminação à condição de
mulher.      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
Pergunta­se: É possível o Homicídio Qualificado
Privilegiado?

A existência do crime de homicídio qualificado
privilegiado é possível quando ocorre a combinação
de uma qualificadora objetiva e uma privilegiadora
subjetiva. As qualificadoras objetivas restringem­se
às formas como  o crime foi cometido, como por
exemplo:   Emprego de veneno, fogo, explisivo,
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou
que possa resultar perigo comum.

Essas qualificadoras combinam­se com as
privelegiadoras subjetivas, como:  Relevante valor
social, Relevante valor moral, Domínio de violenta
emoção ou injusta provocação da vítima.
CRIMES CONTRA A VIDA

HOMICÍDIO CULPOSO

§ 3º ­ Se o homicídio é culposo:

Pena – detenção, de um a três anos.

Não queria causar a morte nem assumiu o risco de produzi­la,
agindo com imprudência, negligência ou imperícia.
CRIMES CONTRA A VIDA

HOMICÍDIO CULPOSO

§ 4º

No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um
terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de
1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor
de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
Obs.:
. inobservância de regra técnica de profissão, arte
ou ofício: o agente é dotado das habilidades
necessárias para o desempenho da atividade, mas
por desídia não as observa. Incide somente para o
profissional.
. se o agente deixa de prestar imediato socorro à
vítima: relaciona­se unicamente às pessoas que
por culpa contribuíram para a produção do
resultado naturalístico, e não tenham prestado
imediato socorro à vítima.
 
CRIMES CONTRA A VIDA

§ 5º Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar
de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem
o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se
torne desnecessária. 

Obs.:
. Perdão Judicial; 
. Sentença declaratória da extinção da punibilidade
 (Súmula 18 do STJ).
Ex. O agente atropela e mata o próprio filho em razão da
CRIMES CONTRA A VIDA

 § 6o  A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade
se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de
prestação de serviço de segurança, ou por grupo de
extermínio.       (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)
"Milícia privada é o agrupamento armado e estruturado de civis –
inclusive com a participação de militares fora das suas funções
– com a pretensa finalidade de restaurar a segurança em locais
controlados pela criminalidade, em face da inoperância e desídia
do Poder Público, e como recompensa são remunerados por
empresários e pelas pessoas em geral. A majoração da pena re-
clama seja o homicídio cometido pela milícia privada “sob o
pretexto de prestação de serviço de segurança”. Grupo de
extermínio é a associação de matadores, composta de
particulares e muitas vezes também por policiais autointitulados
de “justiceiros”, que buscam eliminar pessoas deliberadamente
rotuladas como perigosas ou inconvenientes aos anseios da
coletividade. Sua existência se deve à covardia e à omissão do
Estado, bem como à simpatia e não raras vezes ao
financiamento de particulares e de empresários, que contam
com a ajuda destes exterminadores para enfrentar supostos ou
verdadeiros marginais, sem a intervenção do Poder
Público."(MASSON 477)MASSON, Cleber. Código Penal
Comentado. Método, 03/2013. VitalBook file.
CRIMES CONTRA A VIDA

 § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um
terço) até a metade se o crime for praticado:
(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

I ­ durante a gestação ou nos 3 (três) meses
posteriores ao parto;      (Incluído pela Lei nº 13.104,
de 2015)

II ­ contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior
de 60 (sessenta) anos ou com deficiência;      (Incluído
pela Lei nº 13.104, de 2015)

III ­ na presença de descendente ou de ascendente da
Obs.: . Segundo o doutrinador Luiz Regis Prado:
“Infere­se daí que o crime de homicídio tem como
limite mínimo o começo do nascimento, marcado
pelo início das contrações expulsivas. Nas hipóteses
em que o nascimento não se produz
espontaneamente, pelas contrações uterinas, como
ocorre em se tratando de cesariana, por exemplo, o
começo do nascimento é determinado pelo início da
operação, ou seja, pela incisão abdominal. De
semelhante, nas hipóteses em que as contrações
expulsivas são induzidas por alguma técnica médica,
o início do nascimento é sinalizado pela execução
efetiva da referida técnica ou pela intervenção
cirúrgica (cesárea)”. Tratado de Direito Penal
Brasileiro, v. 4, p. 62.
. O conceito de pessoa portadora de deficiência é
trazido pelos arts. 3º e 4º do Decreto 3.298, de 20
de dezembro de 1999, que regulamentou a Lei
7.853, de 24 de outubro de 1989.
CRIMES CONTRA A VIDA
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio 

        Art. 122 ­ Induzir ou instigar alguém a suicidar­se ou
prestar­lhe auxílio para que o faça:

        Pena ­ reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se
consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de
suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. 

        Parágrafo único ­ A pena é duplicada:

        Aumento de pena
        I ­ se o crime é praticado por motivo egoístico; 

        II ­ se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer
CRIMES CONTRA A VIDA

Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio 

 Também chamado de participação em
suicídio

 A lei não pune quem tenta o suicídio
CRIMES CONTRA A VIDA

Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio 

Três modalidades :

 Induzir – dar a idéia

 Instigar – reforçar a intenção existente

 Auxiliar – colaborar materialmente (acessória)
          * caso do médio – dispositivo pacientes terminais
CRIMES CONTRA A VIDA

Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio 

Tipicidade ­ o crime apenas ocorre se efetivamente a
vítima morre ou há lesão grave.

Este crime não admite tentativa
CRIMES CONTRA A VIDA

Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio 

 Prática de mais de um verbo do tipo – único delito
 Instigação genérica (livro) – atípico
 Relação de causalidade
 Seriedade – (não há modalidade culposa – brincadeira)
 Capacidade de discernimento
 Pacto de morte / Roleta Russa
 PU – motivo egoístico – alguma vantagem
 PU – II ­ diminuída
CRIMES CONTRA A VIDA

        Infanticídio

        Art. 123 ­ Matar, sob a influência do estado puerperal, o
próprio filho, durante o parto ou logo após:

        Pena ­ detenção, de dois a seis anos.
CRIMES CONTRA A VIDA

        Infanticídio

 Crime autônomo – pena abrandada – política criminal

 Estado Puerperal – perturbação psíquica momentânea
(deve ser provada)

 Prevalece em caso de dúvida
CRIMES CONTRA A VIDA

        Infanticídio

 O parto inicia­se com a dilatação do colo do útero e
termina com a expulsão do feto (nascimento)

 Durante – na ocasião do parto
 Logo após – relação de imediatismo 

Tem que ser o próprio filho
CRIMES CONTRA A VIDA

  Infanticídio

(crime próprio)

Art. 123 ­ Matar, sob a influência do estado puerperal, o
próprio filho, durante o parto ou logo após:

Art. 30 ­ Não se comunicam as circunstâncias e as
condições de caráter pessoal, salvo quando elementares
do crime. 

Art. 29 ­ Quem, de qualquer modo, concorre para o
crime incide nas penas a este cominadas, na medida de
sua culpabilidade. 
CRIMES CONTRA A VIDA

        Infanticídio

 Sujeito passivo : filho nascente ou recém­nascido

 Sujeito ativo : mãe da vítima (há casos de concurso)

1 – mãe age (mata) sozinha
2 ­  a mãe age (mata) com auxílio de outra pessoa
3 ­  a mãe age (sozinha) estimulada por outrem
4 ­  outra pessoa age (sozinha) estimulado pela mãe
CRIMES CONTRA A VIDA

        Infanticídio

 Tentativa – é possível

 Não há previsão de modalidade culposa ­ atípico

        Art. 18 ­ Diz­se o crime: 
(........)
        Parágrafo único ­ Salvo os casos expressos em lei, ninguém
pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o
pratica dolosamente. 
CRIMES CONTRA A VIDA

     Infanticídio

TACRSP: “Infanticídio. Delito não configurado. Falta
prova segura de que o feto tenha nascido com
vida.......necessidade de comprovar a materialidade do
infanticídio” (RT 554/363)

TJES: “Inexistindo nos autos a prova de que a mãe quis
       
ou assumiu o risco da morte do filho, não se configura o
crime de infanticídio, em qualquer de suas formas, eis
que inexiste para a espécie a forma culposa” (RTJE
55/255)
CRIMES CONTRA A VIDA

ABORTO

 Aborto – interrupção da gravidez com consequente morte
do produto da concepção

 O início da gravidez ocorre com a fecundação

 Apenas se pode cogitar um aborto quando uma mulher
está grávida

 Quebrar um tubo de ensaio com um óvulo fertilizado in
vitro não é crime de aborto
CRIMES CONTRA A VIDA

ABORTO

•  Classificação :

1. Natural
2. Acidental
3. Criminoso – arts 124 a 127
4. Legal ou permitido – art 128
CRIMES CONTRA A VIDA

ABORTO

• Objetividade Jurídica : a vida do feto

• Não é necessário que a morte do feto
ocorra no ventre da gestante (manobra
abortiva prévia)
CRIMES CONTRA A VIDA

        Aborto provocado pela gestante ou com seu
consentimento

  Art. 124 ­ Provocar aborto em si mesma ou consentir que
outrem lho provoque:

        Pena ­ detenção, de um a três anos. 
CRIMES CONTRA A VIDA

Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento

Auto­aborto e consentimento para aborto – crimes
próprios – sujeito ativo – gestante.

Se a gestante consente e a manobra não se inicia por fato
alheio a sua vontade – atípico – atos preparatórios;

Caso se inicie ­ tentativa
CRIMES CONTRA A VIDA
        Aborto provocado por terceiro

        Art. 125 ­ Provocar aborto, sem o consentimento da
gestante:

        Pena ­ reclusão, de três a dez anos. 

Fraude
Grave ameaça contra a gestante
Violência
(dissentimento real)
CRIMES CONTRA A VIDA

GÊMEOS

Se o agente souber – crime formal
CRIMES CONTRA A VIDA
        Aborto provocado por terceiro

                Art. 126 ­ Provocar aborto com o consentimento da
gestante:

        Pena ­ reclusão, de um a quatro anos. 

Consentimento válido
Durante toda a manobra abortiva
CRIMES CONTRA A VIDA
        Aborto provocado por terceiro

Parágrafo único. Aplica­se a pena do artigo anterior, se a
gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou
débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante
fraude, grave ameaça ou violência

Dissentimento presumido
CRIMES CONTRA A VIDA
        Forma qualificada

        Art. 127 ­ As penas cominadas nos dois artigos
anteriores são aumentadas de um terço, se, em
conseqüência do aborto ou dos meios empregados para
provocá­lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza
grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe
sobrevém a morte. 

Causa especial de aumento de pena
Só é aplicado nas forma tipificadas do 125 e 126
Preterdoloso
CRIMES CONTRA A VIDA

Se o agente quer matar a mulher e não sabe da gravidez
– homicídio (apenas)

Se ele sabe que a mulher está grávida – homicídio e
aborto (dolo eventual)

Se ele quer a morte e o aborto – homicídio e aborto
(concurso material ou formal imperfeito)
CRIMES CONTRA A VIDA

        Art. 128 ­ Não se pune o aborto praticado por médico:

        Aborto necessário

        I ­ se não há outro meio de salvar a vida da gestante;

        Aborto no caso de gravidez resultante de estupro

        II ­ se a gravidez resulta de estupro e o aborto é
precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz,
de seu representante legal.
                      Aborto necessário – dois requisitos

1. Praticado por médico

2. Não haver outro meio para salvar a vida da gestante
(não precisa ser atual)

• Feito por enfermeira (risco atual?)
         Aborto sentimental ou humanitário – três requisitos

1. Praticado por médico

2. Consentimento

3. estupro

• Feito por enfermeira (risco atual)
Aborto de feto anencéfalo

No dia 13 de abril de 2012, chegava ao fim no STF o julgamento


de um dos mais importantes e históricos casos que já aportaram
na Corte Suprema: podem grávidas de fetos anencéfalos optar
por interromper a gestação com assistência médica?

Capitaneados por memorável voto do ministro Marco Aurélio


Mello – que completa 25 anos de brilhante atuação no Supremo –
8 dos ministros votaram que sim, e o STF julgou procedente
a ADPF 54, para declarar a inconstitucionalidade da interpretação
segundo a qual a interrupção deste tipo de gravidez é conduta
tipificada nos artigos 124, 126, 128, incisos I e II, do CP.
TACRSP:   ”Inexiste no Direito Penal Brasileiro a figura do
aborto culposo. Assim, indispensável à configuração do
delito é ter o agente atuado dolosamente” (JTACRIM
32/179)

                   “O delito de aborto provocado pela gestante
não deixa de existir pelo fato de haver sido o feto retirado
com vida de seu ventre. É irrelevante que a morte ocorra
no ventre materno ou depois da prematura expulsão
provocada” (RT 590/361)
USEAVA UNINOVE – (Central do Aluno)

1.(www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm), acesso em 12/04/15, as 10:00h.


2.Século XXI, Dicionário Aurélio Eletrônico, Editora Lexikon Informática Ltda e corresponde a versão integral do
Novo Dicionário Aurélio – Século XXI, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, publicado pela Editora Nova
Fronteira, Rio de Janeiro, versão 3.0, 1999.
3-4. NUCCI, Guilherme Souza. Código Penal Comentado, 14ª edição. Forense, 01/2014. VitalBook file).
5..(www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3688.htm), acesso em 12/04/2015, as 11:38h.
6. (www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm), acesso em 12/04/2015, as 11:29h.
7. (www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm), acesso em 12/04/2015, as 11:45h.
8. Século XXI, Dicionário Aurélio Eletrônico, Editora Lexikon Informática Ltda e corresponde a versão integral do
Novo Dicionário Aurélio – Século XXI, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, publicado pela Editora Nova
Fronteira, Rio de Janeiro, versão 3.0, 1999.
9. www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm), acesso em 12/04/15, as 12:00h.
10. NUCCI, Guilherme Souza. Código Penal Comentado, 14ª edição. Forense, 01/2014. VitalBook file.
Referência básica:
 
Cunha, Rogério Sanches. Direito Penal: parte especial. 2. Ed. São Paulo: R. dos Tribunais, 2009. V.3.
Greco, Rogério. Curso de Direito Penal: parte especial (arts. 250 a 361 do CP).5. ed. Niterói: Impetus, 2009. V.4.
Marques, José Frederico, Elementos de direito processual penal. 3. ed. Campinas: Millennium, 2009, v.3. 
Mirabete, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal: parte especial, arts. 235 a 361 do CP. 23.ed.São Paulo: Atlas, 2009.v.3.
Nucci, Guilherme de Souza, Manual de Processo Penal e Execução Penal, Rio de Janeiro: Forense (Gen – Grupo Editorial
Nacional), 2014. 

Tourinho Filho, Fernando da Costa, Manual de Processo Penal – 11. ed. rev. e  atual.- São Paulo: Saraiva, 2009.
Referência Complementar:
 
Badaró, Gustavo Henrique Righi Ivahy, Processo Penal – 2. Ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
Barros, Francisco Dirceu, Direito Penal: parte geral, 1.ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2014
Bitencourt, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte especial – dos crimes contra o patrimônio até dos crimes contra o
sentimento religioso e o respeito aos mortos. 9.ed.São Paulo: Saraiva, 2010. V.3 [2010,2009].

Bonfim, Edilson Mougenot, Curso de processo penal – 7. ed. e 8. ed. (versão e-book) – : São Paulo: Saraiva, 2012 e 2013,
respectivamente.
Capez, Fernando. Curso de Direito Penal: parte especial. 11.ed. São Paulo: Saraiva, 2013. V.3.
Capez Fernando; Prado Stela. Código Penal Comentado. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
Capez, Fernando, Curso de Processo Penal – 21. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014.
Códigos 3 em 1 Saraiva: Penal; Processo Penal e Constituição Federal/ Saraiva: obra coletiva de autoria da Editora Saraiva
com a colaboração de Luiz Roberto Curia, Livia Céspedes, Juliana Nicoletti. – 10. ed. – São Paulo: Saraiva, 2014.
Delmanto, Roberto, Roberto Delmanto Jr, Celso Delmanto, Código Penal Comentado, 8. Ed., São Paulo: Saraiva, 2010.
Estefam, André, Victor Eduardo Rios Gonçalves, Direito Penal Esquematizado – Parte Especial, coordenador Pedro Lenza, 3º
ed. ver. e atual., São Paulo: Saraiva, 2014.
Garcia, Wander, Como passar na OAB – 8. Ed. – Indaiatuba, SP: Rditora Foco Jurídico, 2012.
Gonçalves, Victor Eduardo Rios, Direito Penal Esquematizado – Parte Especial, coordenador Pedro Lenza, São Paulo: Saraiva,
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Greco, Rogério. Código Penal Comentado, 8º edição, Niterói: Impetus, 2014.
Greco Filho, Vicente. Manual de Processo Penal, 8. Ed., São Paulo: Saraiva, 2010.
Grinover, Ada Pelegrini, As Nulidades no processo penal/ Ada Pellegrini Grinover, Antônio Magalhães Gomes Filho, Antonio
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Messa, Ana Flávia, Curso de Direito Processual Penal – 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2014.
Nassif, Aramis, Considerações sobre nulidades no processo penal/ Nassif Aramis e Samir Hofrneister Nassif – 2. ed. rev. e
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Oliveira, Eugênio Pacelli de, Curso de Processo Penal – 17. ed. rev. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2013.
Penteado, Jaques de Camargo, Manual de Processo Penal -1. ed. – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais.
Prado, Luiz Regis, Érika Mendes de Carvalho, Gisele Mendes de Carvalho, Curso de direito penal brasileiro – 13.ed.rev.atual e
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Reis, Alexandre Cebrian Araújo, Direito processual penal esquematizado/ Alexandre Cebrian Araújo Reis e Vitor Eduardo Rios
Gonçalves; coordenador Pedro Lenza. – São Paulo: Saraiva: 2012.

Suzuki, Claudio Mikio. Direito Penal  Simplificado Parte Especial-Tomo I, 2. Ed. – São Paulo: Editora Nelpa, 2013.

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