Anda di halaman 1dari 4

Roteiro de Apresentação

Jennifer - Bom dia meninas

Luciana – Bom dia

Ana Gabriela – Bom dia

Jennifer – Animadas pra mais um encontro? Nossa Luciana você parece triste, aconteceu algo?

Luciana – Sim a minha irmã foi diagnosticada com Transtorno Bipolar, ela havia tido alguns
episódios de delírio e alucinações, e se apresentava em algumas ocasiões cheia de energia, mas eu
não imaginei que fosse de fato esse transtorno. Inclusive por ter inúmeras dúvidas sobre o tema eu
resolvi conversar com a psiquiatra após a consulta.

Ana Gabriela – E o que ela falou sobre?

Luciana – Bem segundo ela o distúrbio bipolar é O Transtorno Afetivo Bipolar, também conhecido
como transtorno bipolar ou depressão maníaca, é uma doença mental grave caracterizada por alterações
extremas do humor, configurando episódios de mania e depressão. No contexto psiquiátrico, mania
significa um estado de humor exaltado, no qual a pessoa se sente muito bem independente do que
acontece ao seu redor. As oscilações de humor são comuns em nossas vidas e, em geral, não
caracterizam uma condição psiquiátrica. O que diferencia as pessoas bipolares é que essas
oscilações são mais intensas, duram mais tempo e são capazes de afetar padrões de sono e
energia, assim como desestabilizar a estrutura familiar e as diversas relações dos pacientes.
Além disso, enquanto a maior parte das pessoas experenciam mudanças no humor devido a
acontecimentos em suas vidas, as oscilações dos pacientes bipolares ocorrem sem motivo
aparente. Na mania que é um dos polos dos extremos do transtorno a pessoa pode ficar com muita
energia, fica extremamente falante, ocorre um aumento das atividades, o pensamento fica acelerado,
redução da necessidade do sono, comportamentos impulsivos e imprudentes. O outro polo é a
depressão maior nesse ocorre o oposto da mania a pessoa sente tristeza, melancolia, medo e vontade
de morrer, tem dificuldades para a tomada de decisões, o humor é deprimido na maior parte do dia e
existe uma perda ou ganho de peso significativos, insônia ou hiporsônia. O transtorno bipolar se
divide em : transtorno bipolar tipo I, transtorno bipolar tipo II, transtorno ciclotímico, transtorno
bipolar e transtorno relacionado induzido por substância/medicamento, transtorno bipolar e transtorno
relacionado devido a outra condição médica, outro transtorno bipolar e transtorno relacionado
especificado e transtorno bipolar e outro transtorno relacionado não especificado. Cada uma dessas
“modalidades” traz episódios específicos de mania e depressão, minha irmã se enquadra no
Transtorno Bipolar Tipo I nele o paciente oscila entre mania e depressão maior, no entanto, não ficou
claro de onde surge
Jennifer – Pelo que já li esse transtorno é bem complexo e é desenvolvido a partir da interação entre
fatores ambientais relacionadas a eventos traumáticos por exemplo e fatores genéticos
Luciana – Fatores genéticos?

Jennifer – Sim, ele se configura como a doença psiquiátrica que detêm o maior percentual de
participação desse tipo de fator sendo responsável por ocasionar cerca de 85 a 90% da variação
superando inclusive doenças como as cardiovasculares que detêm um percentual entre 25 e 35%.

Ana Gabriela – Nossa que loucura, e há mais algum outro fator?

Jennifer – Sim os ambientais, mas estes são desencadeadores e não causais. Estresse crônico,
utilização de agentes químicos, traumas inclusive um estudo de retrospecção com 900 pacientes
bipolares adultos apresentou que 82% deles demonstraram no mínimo um ponto numa escala
utilizada para identificação de abuso e negligência na infância e cerca de 33% apresentou cinco ou
mais pontos o que qualifica traumas entre moderados e severos.

Luciana – E existem grupos de risco?

Jennifer - Já houveram diferentes pesquisas que afirmam a existência, De acordo com tais a taxa de
mulheres é inferior a de homens no tipo I o que ocorre de forma contrária no tipo II, a incidência da
doença costuma ser em pessoas mais jovens a baixo de 25 anos e alguns estudos também já
comprovaram um risco maior para pessoas de nível econômico mais baixo.

Luciana – Outra coisa que fiquei bem curiosa foi sobre como age a doença, tipo fisiologicamente,
mas nem deu tempo de ela falar sobre.

Jennifer – Ah isso a Ana deve saber, ela é maluca por fisiologia, compra todo livro que aparece

Ana Gabriela – Isso é desespero pra passar na matéria do Anderson né migs. Mas enfim mesmo
achando que esse transtorno passe de forma hereditária, os pesquisadores ainda não encontraram
um gene especifico que desencadeia esse distúrbio. Esse transtorno é multifatorial e os
pesquisadores acreditam que seja desencadeado tanto por alterações em neurotransmissores
principalmente a dopamina, quanto por alterações inflamatórias. Além das alterações em
neurotransmissores também se observou uma perda da massa cinzenta no cérebro de pessoas que
apresentam o distúrbio, o que pode causar uma diminuição nas sinapses. Estudos mostram que por
estarem constantemente expostas ao estresse pessoas com TB tem um prejuízo na resiliência de
suas células, assim suas mitocôndrias, organelas que normalmente desempenham papeis centrais
no sequestro e tamponamento e no armazenamento do cálcio intracelular, não desempenham suas
funções normalmente.

Luciana – Agora ficou claro pra mim.

Jennifer – Ela falou como ocorre o diagnóstico da doença?

Luciana – Sim ele é realizado segundo o DSM – 5 e é dado a partir de critérios para o episódio
maníaco, hipomaníaco e depressivo maior, inclusive ela me deu uma cópia está aqui. Ahh a minha
irmã também foi diagnosticada com Esquizofrenia.

Jennifer: Olha só uma comorbidade

Luciana– Comorbidade?

Jennifer- Sim kkk comorbidade, seria a associação de pelo menos duas patologias num mesmo
paciente o que é bem recorrente com o transtorno bipolar segundo estudos realizados 65% dos
pacientes com o transtorno demonstraram no mínimo uma comorbidade psiquiátrica, e dentre estes
cerca de 42% tinham 2 ou mais comorbidades e 24% mais que 3, as doenças psiquiátricas mais
presentes são os transtornos por abuso de substâncias (TUS), pessoas com bipolaridade
apresentam 3 ou 6 vezes mais esse transtorno do que a população geral, transtorno de ansiedade
presente em 24 a 79 % dos casos, transtorno alimentar especialmente bulimia nervosa, transtorno de
déficit de atenção/hiperatividade(TDAH). E ainda tem comorbidade múltipla que são vários desses
transtornos numa mesma pessoa.

Luciana – Além de psiquiátrica tem comorbidade clínica também?

Ana Gabriela – Sim vários estudos mostram um aumento significativo no risco para o
desenvolvimento de doenças clínicas, metabólicas como obesidade que acaba sendo um
complicador no tratamento, diabetes, doenças cardiovasculares, hepatites, asma, demência,
doenças tireoidianas dentre muitas outras.

Jennifer – Pois é, e é muito comum os pacientes focarem só no tratamento psiquiátrico e não


tratarem o físico.

Luciana – E quais são esses tipos de tratamentos?

Jennifer - O tratamento farmacológico realizado pelo psiquiatra varia segundo as diferentes fases da
doença. Na fase de Mania após uma série de critérios como observação da tolerância a
determinados medicamentos, contraindicações, depois a suspensão de antidepressivos e
estimulantes (alcool/nicotina) o psiquiatra ele vai escolher o medicamento ideal por meio de manuais
específicos, os principais medicamentos usados nessa fase são o litio que tem 50 a 70% de eficácia,
o acido valproico e alguns antipsicoticos atipicos com a risperidona. A além disso devido a agitação
psicomotora as vezes utiliza medicamentos intramusculares como haloperidol, ziprosidona. Já na
Depressão responsavel inclusive pela maior parte da incapacidade ligada ao TB utiliza
medicamentos como a lamotrigina que tem resposta de 40 a 50%, o Lítio com resposta de 64 a
100% mas que demora umas 6 semanas pro efeito, e a quetiapina que proporciona também redução
de sintomas de ansiedade e melhoria de vida. Ah as vezes o tratamento é com a combinação de
varios desses medicamentos

Ana Gabriela – Já o tratamento de manutenção é feito devido à grande probabilidade de


recaídas que tem um tempo de três meses em 50% dos indivíduos, ele preveni novos episódios e
garante uma recuperação integral cognitiva e funcional dos pacientes melhorando sintomas e
previnindo o comportamento suicida.

Luciana – Nem sempre as pessoas aderem ao tratamento a minha irmã por exemplo mesmo
tendo sido diagnosticada com o transtorno bipolar tipo I e esquizofrenia como uma comorbidade do
transtorno ela se recusa a aderir qualquer tipo de tratamento seja farmacológico ou psicoterápico.

Jennifer – Exatamente, e aí que entra a importância também do tratamento psicológico, as


pessoas que desenvolvem esse transtorno costuma sofrer alterações de vários domínios cognitivos
com as modificações de humor além de vulnerabilidade o que gera um novo fator que é a
instabilidade afetiva que ocasiona ações suicidas, compulsividade, promiscuidade, agressividade que
repercutem negativamente na vida social do indivíduo o que aumenta a sensação de desamparo,
ansiedade, insônia e crises graves de humor.

Ana Gabriela – Vira uma cadeia cíclica.

Jennifer – Aham ... o papel da intervenção psicossocial é ser útil nas etapas dessa cadeia de
forma a corrigir os comportamentos disfuncionais, proporcionar a reabilitação neuropsicológica e
garantir maiores informações sobre a doença o que seria de grande valia para a melhoria na
capacidade executiva e também na adesão ao tratamento farmacológico
Ana Gabriela – E quais são as abordagens psicoterápicas mais utilizadas?

Jennifer – TCC – Terapia Cognitiva Comportamental que tem o processo pedagógico como ponto de
partida devido a muitos nem acreditarem na eficácia do tratamento, e acreditando que através de
mudanças cognitivas é possível alcançar mudanças comportamentais utilizam três principais
processos: a psicoeducação, a detecção de sintomas e a modificação dos padrões de interpretação
(reestruturação cognitiva).

Luciana - Tem o TFF que é a terapia focada na família tem como objetivo principal diminuir o
nível de estresse dos familiares e cuidadores desencadeado pelos pacientes e/ou pelos próprios
parentes uma vez que devido ao TB apresentar prevalência genética é muito provável que na família
exista pessoas que apresentem também transtornos ou certas características de instabilidade
afetiva, impulsividade, agressividade dentre outros.

Temos a psicoeducação que apresenta caráter especificamente pedagógico e pode ser


realizado tanto com familiares quanto com pacientes, mas em grupos separados que busca ensinar
sobre a doença, a como lidar com as crises, como agir diante das mudanças. E uma interessante
que está surgindo agora é a terapia baseada em interfaces na internet inclusive existem projetos
relacionados ao monitoramento de pacientes por smartphone.

Anda mungkin juga menyukai