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Cómo citar este documento


Kessler, Marciane; Márcio Bertasi, Luciano; Kreutz Erdtmann, Bernadette. Práticas de saúde: com a
palavra homens e mulheres do meio rural. Biblioteca Lascasas, 2015; 11(1). Disponible en
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Práticas de saúde: com a palavra homens e mulheres do meio rural


Health practices: the word men and women in rural areas
Prácticas de salud: la palabra hombres y mujeres de las zonas rurales 1

Marciane Kessler2
Luciano Márcio Bertasi3
Bernadette Kreutz Erdtmann4

1
Pesquisa finalizada em dezembro de 2012 e apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso de graduação
em Enfermagem pela Universidade do Estado de Santa Catarina, Santa Catarina, Brasil.
2
Autora: Enfermeira. Especialista em Saúde Pública. Mestranda em Enfermagem pela Universidade Federal de
Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Contato: marciane.kessler@hotmail.com. Autora responsável pelo
documento.
3
Autor: Enfermeiro pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, Santa
Catrina, Brasil.
4
Autora: Enfermeira. Especialista em Administração dos serviços de saúde e de Enfermagem e especialista em
Biossegurança. Mestre em Enfermagem. Professora efetiva de Enfermagem da Universidade do Estado de Santa
Catarina, Santa Catarina, Brasil.
2

RESUMO
Introdução: A temática da saúde do homem tem sido discutida e abordada recentemente,
levando em consideração os elevados índices de morbimortalidade masculina, relacionada
ainda à determinantes institucionais e socioculturais. Assim, percebem-se avanços em relação
a consolidação de políticas públicas de atenção à saúde para contemplar todas as populações.
Entretanto, além das características de gênero, ainda destaca-se a carência de atenção à
população de áreas rurais do país. Objetivo: identificar a percepção do homem e da mulher
do meio rural sobre o cuidar de si e a influência do aspecto sociocultural sobre esta prática.
Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva/exploratória, com abordagem quali-quantitativa,
através de entrevista semiestruturada, por meio de inquérito domiciliar à homens e mulheres
de 30 a 59 anos de idade, moradores da área rural de municípios do Extremo Oeste de Santa
Catarina - Brasil. A análise dos dados dar-se-á por estatística simples (descritiva) e na análise
de conteúdo de Bardin.
Descritores: Enfermagem. Saúde do Homem. Saúde da Mulher. Saúde da População Rural.
Promoção da Saúde. Fatores Culturais.

ABSTRACT
Introduction: The subject of human health has been recently discussed and addressed, taking
into account the high levels of male mortality, still related to the institutional and
sociocultural determinants. So, are perceived progress towards consolidation of public
policies on health care to contemplate all populations. However, besides the characteristics of
gender, although there is the lack of attention to the population of rural areas of the country.
Objective: To identify the perception of man and woman from the countryside on his own
care and the influence of sociocultural aspect about this practice. Method: This is a
descriptive / exploratory study with qualitative and quantitative approach, using semi-
structured interviews, through home the men and women 30-59 years old survey, residents of
rural areas of the municipalities of the Far West Santa Catarina - Brazil. Data analysis will
occur by simple statistics (descriptive) and content analysis of Bardin.
Descriptors: Nursing. Men's Health. Women's Health. Rural Health. Health Promotion.
Cultural Factors.
3

RESUMEN
Introducción: El tema de la salud humana ha sido discutida recientemente y abordar,
teniendo en cuenta los altos niveles de mortalidad masculina, siendo relacionados con los
determinantes institucionales y socioculturales. Así, se perciben los avances hacia la
consolidación de políticas públicas de atención de la salud para contemplar todas las
poblaciones. Sin embargo, además de las características de género, aunque no es la falta de
atención a la población de las zonas rurales del país. Objetivo: Identificar la percepción del
hombre y de la mujer de las zonas rurales en su propio cuidado y la influencia de los aspectos
socio-cultural acerca de esta práctica. Método: Se trata de un estudio descriptivo /
exploratorio con enfoque cualitativo y cuantitativo, a través de entrevistas semi-estructuradas,
a través de la casa de los hombres y las mujeres encuesta 30-59 años, los residentes de las
zonas rurales de los municipios de la Far West Santa Catarina - Brasil. El análisis de datos se
producirá por simples estadísticas (descriptivo) y análisis de contenido de Bardin.
Descripctores: Enfermería. Salud del Hombre. Salud de la Mujer. Salud Rural. Promoción de
la Salud. Factores Culturales.

INTRODUÇÃO

Durante toda a história das políticas públicas voltadas à saúde no Brasil, a temática da
saúde masculina tem sido pouco abordada e discutida, por outro lado, a saúde da mulher,
desde as primeiras políticas de saúde no país, é objeto constante de investigações e
investimentos1. Esta diferença de atenção tem proporcionado às mulheres, apesar de serem
mais acometidas em sua saúde, a diminuição nos índices de mortalidade e maior sobrevida2,
comprovando a eficácia dos programas e políticas saúde. A saúde do homem despertou
interesse nos últimos anos devido a sua maior mortalidade e a menor expectativa de vida em
relação à população feminina1,2.
Limitada inicialmente à gravidez e ao parto, as políticas públicas de atenção à saúde
da mulher, instituídas desde as primeiras décadas do século XX, evoluíram gradativamente,
culminando com o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), em 1984,
que marcou uma ruptura conceitual com os princípios que direcionavam as políticas voltadas
à mulher3. Por fim, em 2004, o Ministério da Saúde instituiu a Política de Atenção Integral à
Saúde da Mulher, com diretrizes que garantem à mulher, em todos os ciclos de vida,
resguardando as especificidades das diferentes faixas etárias e dos distintos grupos
4

populacionais, atenção à saúde cujos princípios principais são a humanização e qualidade de


atenção4.
No entanto, a Política de Atenção Integral à Saúde do Homem, foi lançada em agosto
de 2008 pelo Ministério da Saúde5 e os dados sobre o perfil epidemiológico da população
masculina demonstram, cada vez mais nitidamente que, até então, havia para o homem um
desfavorecimento significativo em relação não só às mulheres, mas também às crianças e
idosos.
Conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios6, em 2008, ano
de lançamento da Política de Saúde do Homem, dentre a população feminina 76,1%
consultaram médicos e dentre os homens, 58,8% o fizeram. As diferenças destacam-se
também na busca por serviços de saúde, no qual, a procura do serviço para a vacinação ou
prevenção foi proporcionalmente maior para as mulheres (24,0%) do que para os homens
(19,0%).
A partir deste contexto, percebem-se avanços em relação as políticas públicas de
atenção à saúde e a consolidação de programas do Governo para contemplar todas as
populações, promovendo uma melhora no acesso da população, de forma geral, aos serviços
de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, ainda permanece uma carência de
atenção à população residente nas áreas rurais do país7.
Notam-se lacunas na assistência à saúde, bem como, na implementação de políticas
públicas específicas voltadas às necessidades de homens e mulheres da zona rural, que são
geralmente menos favorecidos no que diz respeito a oferta e consequentemente ao acesso de
serviços de saúde7. Além disso, torna-se relevante considerar sua vulnerabilidade ao
adoecimento, devido à exposição a riscos ocupacionais e a negligência com o autocuidado8,
por vezes relacionados às condições de vida e de trabalho. Autores9 ressaltam que as famílias
rurais estão cada vez mais empobrecidas e excluídas das políticas públicas.
Neste contexto, esta pesquisa procura estudar os determinantes para o comportamento
em saúde do homem e da mulher do meio rural, em consonância com o Ministério da Saúde5,
no intuito de elucidar quais os motivos tem os levado ou não a procura dos serviços de saúde
para prevenção contínua e detecção precoce, bem como, esclarecer estes aspectos impeditivos
que, de acordo com o Ministério da Saúde, correspondem a barreiras socioculturais e
institucionais.
As concepções do homem sobre saúde e doença sugerem que a presença de problemas
de saúde e a procura por serviços de saúde podem representar uma fragilidade o que o
aproximaria das representações de feminilidade, contrapondo-se à visão de invulnerabilidade,
5

força e virilidade. Sem contar o desconhecimento sobre as políticas de saúde, o medo de


descobrir que algo vai mal com sua saúde e a vergonha de ficar exposto para pessoas do
mesmo sexo ou sexo oposto10.
No entanto, quando se trata da população rural não devem ser consideradas apenas as
questões relacionadas ao gênero, mas também características próprias ao meio rural, que
impedem ou dificultam a busca ou acesso a serviços de saúde e autocuidado. Por outro lado,
muitas doenças e agravos poderiam ser evitados com a implementação de políticas de saúde
voltadas a prevenção de riscos para esta população e estímulo a adoção de medidas de
autocuidado.

Problema de pesquisa

Com base nesta problemática, optou-se em realizar um estudo direcionado pelo


seguinte questionamento: como o homem e a mulher do meio rural praticam o cuidar de si e
quais os aspectos socioculturais determinantes para as práticas de cuidado à saúde?

Justificativa

Estudos realizados nos últimos anos têm detectado um peso significativo de


morbimortalidade entre a população masculina, sendo que de cada três pessoas adultas que
morrem no Brasil, duas são homens e uma é mulher. De acordo com o Ministério da Saúde11,
os homens vivem em média sete anos menos que as mulheres.
Embora haja uma ampla discussão sobre masculinidade, na área da saúde em geral,
ainda percebe-se uma insuficiência de estudos sobre o empenho masculino voltado para o
estilo de vida saudável, promoção da saúde e prevenção de doenças e os motivos que levam
esta população a procurar ou não por serviços de atenção primária. Ressalta-se a importância
de escutar homens e mulheres, possibilitando melhor compreender as questões envolvidas na
acessibilidade à saúde e motivos que impedem a adoção de estratégias de autocuidado.
Como um dos principais objetivos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde
do Homem, conforme o Ministério da Saúde5 é promover ações de saúde que efetivamente
contribuam para a compreensão da singularidade masculina, nos diferentes contextos e o
alcance destes objetivos depende da elaboração de pesquisas que favoreçam o entendimento
dessa complexidade. Sendo assim, este estudo procura ser um instrumento que possibilita esta
compreensão.
6

Em se tratando da população residente em área rural, observa-se que há lacunas, tanto


de políticas públicas quanto de ênfase por parte de universidades na elaboração de pesquisas e
implementação de ações que facilitem o acesso aos serviços. Conforme estudo7, as
populações definidas por área de moradia como urbana ou rural apresentam uma diferença em
relação à acesso dos serviços de saúde, com deficiência no acesso da população rural aos
serviços de atenção primária, o que pode conferir à população rural maior acometimento de
enfermidades.
A partir de tal perspectiva, pretende-se analisar as respostas e explicações da
população masculina e feminina do meio rural, sobre a procura ou não dos serviços de saúde,
especialmente da atenção primária, e a concepção de ambos sobre o cuidar de si. Essa
pesquisa torna-se valiosa quanto a reflexão sobre os aspectos socioculturais que influenciam
na prática do cuidado à saúde e sobre as dificuldades, os obstáculos, as barreiras e as
resistências associadas ao não cuidado, em ambos os gêneros, levando em consideração a área
de moradia.
Destaca-se que, conhecer melhor a população do meio rural poderá gerar crédito aos
programas e atividades relacionados a saúde pública, que poderão contribuir para a qualidade
de vida destas famílias, no seu espaço, tornando-o um espaço saudável9.

Hipóteses

Diante das estatísticas e características apresentadas quanto ao perfil epidemiológico


e de saúde que acompanha a população masculina e feminina, vale salientar de antemão que
esta é uma realidade que pode estar relacionada a pouca adoção de práticas de autocuidado
por parte dos homens. Já para as mulheres torna-se natural o cuidar de si e a busca de ajuda
quando apresentam problemas de saúde12,13. Porém, percebe-se que ainda há uma
insuficiência de estudos sobre o tema.
Existem fatores que se prevalecem sobre a questão da busca ou não do cuidado,
como a construção de um contexto sociocultural ligado ao gênero masculino e as barreiras
enfrentadas pelos homens para terem acesso aos serviços de saúde. Por isso teve-se, e ainda se
tem, pouca presença masculina nos serviços de atenção primária, o que acarreta taxas
elevadas de mortalidade por causas evitáveis14.
Acerca das barreiras ao serviço de saúde, consta-se o trabalho do homem e
consequentemente a falta de tempo que restringem esta população ao acesso a estes serviços,
7

bem como, os horários de atendimento dos serviços de saúde acabam por coincidir muitas
vezes com os horários de trabalho do homem. Destaca-se ainda a caracterização dos serviços
de saúde sendo muitas vezes ambientes que não favorecem a presença e permanência
masculina13.
Verifica-se também que há uma idéia disseminada entre a população de que a atenção
primária são serviços destinados aos problemas de saúde da mulher, criança e idosos14, o que
mostra um desconhecimento em relação a essência da política adotada pelo Ministério da
Saúde.
É relevante também a questão da precarização dos serviços públicos em relação ao
atendimento. Os homens ao procurarem o serviço de saúde para uma consulta, enfrentam filas
que levam a perda do dia de trabalho, e como se não bastasse, corre o risco de não ter suas
necessidades atendidas em apenas uma consulta10.
Em relação as barreiras socioculturais, autores10 ressaltam que a masculinidade foi
construída culturalmente, sendo uma característica não compatível com a demonstração de
necessidades em saúde e procura de serviços de saúde. Tem-se veiculado a imagem identitária
masculina ao ser forte, capaz e protetor, violento, decidido e corajoso, condutas varonis que
impedem a função de autoconservação1.
Já as mulheres, durante sua educação, aprendem a ser mais preocupadas e conferir
maior atenção ao corpo15. Ainda, em geral cabe a mulher acompanhar crianças, adolescentes e
idosos aos serviços de saúde e freqüentar o pré-natal, que faz com que ela se torne mais
predisposta à utilização desses serviços2. Segundo pesquisa12, a promoção da saúde e
prevenção de doenças são práticas já consagradas como naturais para as mulheres.
Neste sentido, os homens “preferem retardar ao máximo a busca por assistência e só
o fazem quando não conseguem mais lidar sozinhos com seus sintomas”, valorizando mais as
práticas de cura12:26.
Outra explicação para a pouca procura masculina pelos serviços de saúde se
relaciona ao medo de descobrir que algo está errado. Assim, não saber acaba sendo
considerado um fator de “proteção”. Juntamente ao medo, está acompanhada a vergonha de
exposição a outro homem ou mulher10.
Estudar a saúde do homem com base nas relações de gênero e aspectos culturais é
importante para que os serviços de saúde, principalmente os de atenção primária, se
organizem e estabeleçam estratégias de forma, a saber atrair, receber e cuidar da saúde desta
população.
8

No entanto quando se refere ao homem e a mulher do meio rural, tem-se também


como hipótese da não procura por serviços de saúde e adoção de práticas de autocuidado a
dificuldade de acesso devido questões geográficas7. A distância das residências aos serviços,
em comparação com os moradores de áreas urbanas, dispensa maior empenho em transporte e
tempo de deslocamento. Lembrando que, podem existir fragilidades em relação a
descentralização destes serviços, que, geralmente estão concentrados nas áreas urbanas.
Associado a esses determinantes estão as condições de trabalho do meio rural que
aumentam a vulnerabilidade ao adoecimento. A longa e árdua jornada de trabalho associada a
condições inadequadas, com a presença de riscos ambientais e acidentes de trabalho8. Nesta
mesma perspectiva de impedimentos para o acesso aos serviços de saúde estão os aspectos
culturais, fundamentados em crenças, mitos e tabus, que têm grande significado para o
indivíduo16.
A escassez de pesquisas de enfermagem abordando a saúde de homens e mulheres
rurais e as condições socioculturais relacionadas a procura por serviços de saúde e adoção de
práticas de autocuidado, demonstra a importância desta pesquisa. Neste sentido o estudo tem a
finalidade de contribuir com o enriquecimento desta temática de grande importância para o
contexto da saúde e enfermagem e de grande relevância social.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Identificar qual a percepção do homem e da mulher do meio rural sobre o cuidar de si


e a influência de aspectos socioculturais sobre esta prática.

Objetivos Específicos

Identificar o perfil sócio-econômico-demográfico dos homens e mulheres participantes


do estudo.
Identificar quais as estratégias de promoção à saúde e de prevenção de doenças
adotadas pela população masculina e feminina do meio rural, em municípios do Oeste de
Santa Catarina.
Identificar os aspectos socioculturais determinantes para a prática do cuidar de si de
homens e mulheres do meio rural.
9

MÉTODO

Caracterização da Pesquisa

Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória, com abordagem qualitativa e


quantitativa, realizada através de um inquérito domiciliário.
Caracteriza-se como descritiva por ter como objetivo a descrição das características de
uma população ou fenômenos, através de coleta de dados padronizada e sistemática, e
exploratória por proporcionar maior familiaridade com o problema, procurando torná-lo mais
explicito e aprimorar as ideias ou proporcionar a descoberta de novas hipóteses17.
A pesquisa qualitativa busca compreender em maior nível de profundidade as
particularidades do comportamento dos indivíduos. A pesquisa quantitativa objetiva descrever
a complexidade de determinado problema17, que neste estudo, será apresentada de forma
descritiva.

População e Amostra

A população estudada consiste em uma amostragem por conveniência com 50


indivíduos do sexo masculino e 50 do sexo feminino, residentes na área rural, identificados
através do número de cada questionário e iniciais de nome e sobrenome e idade, com os
seguintes critérios:
Critérios de inclusão: ter idade entre 30 e 59 anos, residir em área rural e aceitar
livremente participar da entrevista através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido.
Critérios de exclusão: ter idade inferior a 30 anos ou superior a 59 anos e não
apresentar condições cognitivas para responder ao instrumento de pesquisa.

Instrumento de coleta de dados

A pesquisa consiste em coleta de dados através de instrumento padronizado


constante no Apêndice A – Instrumento de Coleta de Dados. Este instrumento refere-se a um
formulário com questões abertas e fechadas, envolvendo dados pessoais, socioeconômicos e
demográficos, de hábitos de vida e de opinião a cerca da temática apresentada, aplicado
através de inquérito domiciliário.
10

Aos sujeitos que aceitarem participar do estudo, mediante a assinatura do termo de


compromisso, será aplicado o questionário cuja base de estudo é o cuidar de si
masculino/feminino, tendo como parâmetro a influência dos determinantes socioculturais.
O estudo será realizado com moradores da zona rural em municípios da região do
Extremo-Oeste de Santa Catarina, sul do Brasil, escolhidos pelo método de conveniência, de
acordo com o local de residência dos pesquisadores ou nas proximidades destes, para facilitar
a coleta de dados, no período de maio a junho de 2012.

Procedimentos de análise e apresentação dos dados

Os resultados das perguntas fechadas da pesquisa serão analisados quantitativamente,


através da análise estatística simples, codificados, tabulados e digitados em planilhas no
Programa Excel®. Em seguida, se realizará análise descritiva com o auxilio do programa
Statistical Package for Social Science (SPSS, versão 18.0). Os dados serão compilados de
forma a proporcionarem uma análise descritiva quanto a aspectos socioeconômicos,
demográficos, epidemiológicos e culturais da população masculina e feminina.
Quanto aos resultados, em seus aspectos qualitativos, ou seja, respostas de perguntas
abertas, serão analisados através de análise temática de Bardin. A metodologia de
categorização permite a classificação dos elementos de significação constitutivos da
mensagem, sendo, portanto, um método taxionômico bem aceito no intuito de introduzir uma
ordem, segundo certos critérios, na desordem aparente. As fases de análise de conteúdo
organizam-se em torno de três fases: a pré-análise; a exploração do material; e o tratamento
dos resultados, a inferência e a interpretação18.

Critérios Éticos

Este projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da


Universidade do Estado de Santa Catarina/UDESC/Brasil e aprovado pelo Parecer nº
50084/2012, e seguiu todos os requisitos da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de
Saúde19, sem conflito de interesse.

Limitações
11

A pesquisa apresenta viés de seleção de amostragem, pois a amostra será selecionada


por um julgamento de valor, sendo constituida pelos mais acessíveis e viés de memória pois
as informações serão coletadas por meio da recordação da população estudada, no entanto,
relatos da população é a principal forma de verificar experiências. O estudo será realizado em
uma região, portanto a generalização dos resultados para outros regiões é limitada.

Divulgação

Os resultados desta pesquisa serão divulgados em eventos científicos através de


resumos e submissão de artigos para apreciação de revistas científicas. Os resultados ainda
serão repassados para as Secretarias Municipais de Saúde dos municípios participantes da
pesquisa.

Financiamento

A pesquisa não obteve financiamento de órgãos nacionais ou internacionais de


fomento à pesquisa e os custos foram bancados pelos autores.
12

Cronograma
Atividades 2011 2012
mai/ jul/a Set/ Nov/ Jan/f Mar/a Mai/ Jul/a Set/ Nov
jun go out dez ev br jun go out /dez
Definição do grupo de X X
trabalho, temática,
objeto de pesquisa e
revisão da literatura.
Elaboração do Projeto X X
de Pesquisa.
Qualificação do X
Projeto de Pesquisa.
Submissão do Projeto X
ao Comitê de Ética e
Pesquisa- CEP.
Aguardando parecer X
do CEP e organização
da coleta de dados.
Coleta de dados X X
Análise e discussão X X
dos dados.
Elaboração do X
relatório final.
Apresentação pública X
dos resultados da
pesquisa e aprovação.

REFERÊNCIAS

1 Braz M. A construção da subjetividade masculina e seu impacto sobre a saúde do homem:


reflexão bioética sobre justiça distributiva. Cienc saúde coletiva, 10(1):97-104, 2005.

2 Laurenti R, Jorge MHPM, Gotlieb SLD. Perfil epidemiológico da morbi-mortalidade


masculina. Cienc saúde coletiva, 10(1):35-46, 2005.

3 Ministério da Saúde. Assistência integral à saúde da mulher: bases da ação programática.


Brasília: Ministério da Saúde; 1984.

4 Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: princípios e


diretrizes. Brasília; 2004.

5 Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem: princípios e


diretrizes. Brasília; 2008.
13

6 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de


Domicílios: Um Panorama da Saúde no Brasil - acesso e utilização dos serviços, condições de
saúde e fatores de risco e proteção à saúde 2008. Rio de Janeiro: IBGE; 2009.

7 Vieira EWR. Acesso e utilização dos serviços de saúde de atenção primária em população
rural do município de Jequetinhonha, Minas Gerais. Belo Horizonte: Universidade Federal de
Minas Gerais, Dissertação com vista a obtenção de grau de Mestre em Enfermagem, 2010.

8 Menegat RP, Fontana RT. Condições de trabalho do trabalhador rural e sua interface com o
risco de adoecimento. Ciência cuidad em saúd. 2010; 9(1):52-59.

9 Schwartz E, Lange C, Meincke SMK. A enfermagem e os cuidados à saúde da família rural.


Rev família, saúd e desenvolvimento. 2001; 3(1):48-53.

10 Gomes R, Nascimento EF, Araújo FC. Por que os homens buscam menos os serviçosde
saúde do que as mulheres? As explicações dehomens com baixa escolaridade e homens
comensino superior. Cad saúde públic. 2007; 23(3): 565-574.

11 Ministério da Saúde. Departamento Nacional de Auditoria do SUS. MS lança Política


Nacional de Saúde do Homem. MS, 2009. Disponivel em:
http://sna.saude.gov.br/noticias.cfm?id=4600

12 Schraiber LB, et al. Necessidades de saúde e masculinidades: atenção primária no cuidado


aos homens. Caderno de Saúde Pública. 2010; 26(5):961-970.

13 Couto MT, et al. O homem na atenção primária à saúde: discutindo (in)visibilidade a partir
da perspectiva de gênero. Comunicação Saúde Educação. 2010;14(33):257-70.

14 Figueiredo W. Assistência à saúde dos homens: um desafio para os serviços de atenção


primária. Ciência e Saúde Coletiva. 2005; 10(1):7-17.

15 Almeida AN. A Saúde das Mulheres em Portugal. Anál. Social, 2004; (172): 698-700.

16 Jorge RJB, Sampaio LRL, Diógenes MAR, Mendonça FAC, Sampaio LL. Fatores
associados a não realização periódica do exame papanicolaou. Revista Rene. 2011; 12(3):606-
612.

17 Diehl AA, Paim DCT. Metodologia e técnica de pesquisa em ciências sociais aplicadas.
Passo Fundo: Clio Livros; 2002.

18 Bardin L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70; 2009.

19 Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 196 de 10 de Outubro de


1996. Disponivel em: http://conselho.saude.gov.br/ resolucoes/reso_96.htm
14

Apêndice A – Instrumento de coleta de dados

QUESTIONÁRIO: Nº ______ DATA DA COLETA ___/____/____


PESQUISADOR:
I – IDENTIFICAÇÃO
Idade: Sexo: Ocupação: Escolaridade:
Local de residência: ( ) Rural
Quantas pessoas residem no domicílio:
Tamanho da Propriedade:
Qual o principal produto de fonte de renda?
Religião:
Descendência étnica:
II – PROCESSO SAÚDE/DOENÇA
1) Nos últimos 2 anos, quantas vezes utilizou os serviços de saúde?
( ) Nenhuma ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ou mais
2) Qual o motivo da procura? ____________________________________________

3) Que tipo de serviço procurou?


( ) Farmácia ( ) Unidade Básica ( ) ESF/Visita Domiciliar ( )Hospital
()Pronto Socorro ( ) Dentista ( ) Psicólogo ( )Outros
Por que escolheu este serviço? __________________________________________________

4) Apresenta alguma doença atualmente?


( ) Não ( ) Sim Qual? ___________________________________________
( ) Em tratamento? _________________________________________________________

5) Além do tratamento, quais outros cuidados? ___________________________________

6) Realizou nos últimos dois anos algum tipo de exame preventivo? ( ) Sim ( ) Não
Se sim quais? Por que realizou? _________________________________________________
( ) Colo Uterino( ) Mama( ) Próstata( ) Colesterol/Triglicerídeos( ) Glicemia
( ) Hipertensão
Se não, por que? _____________________________________________________________

7) Você considera seu estado de saúde:


( ) Muito bom ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo
Por que? ___________________________________________________________________

8) Você apresenta alguma dificuldade para desenvolver as tarefas do dia-a-dia?


( ) Não ( ) Sim. Qual(ais): ________________________________________________
9) Quais as condutas diante de algum mal-estar geral (dor, gripe, resfriado, diarreia,
vômito, etc)?____________________________________________________________

10) Procura o Posto de Saúde com que frequência?


( ) Nunca ( ) 1 vez ao ano ( ) 2 ou mais vezes por ano.
15

11) Você procura informações sobre a saúde da mulher/homem?


() Não. Por que? __________________________________________________________
( )Sim. De que forma? ______________________________________________________

III – ESTILO DE VIDA


12) Fumante: ( ) sim ( ) não
13) Quantidade de cigarros por dia: ( ) Até 10 cigarros ( ) de 10 a 20 cigarros
( ) mais de 20 cigarros. Quantos: ___________________________________________

O que fez você fumar? ____________________________________________________

Já tentou parar de fumar? ( ) sim ( ) não

14) Consumo de bebidas alcóolicas:( )Sim ( ) Não.


Se sim, quais tipos:___________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Quantas vezes por semana______________________________________________________
Que quantidade: _____________________________________________________________
O que te fez ou faz ingerir bebidas alcoólicas? _____________________________________

15) Realiza exercícios físicos? ( )Não ( ) 1x p/semana ( ) mais de 1x p/semana


Se sim, quais: ________________________________________________________
Se não, o por quê? ___________________________________________________________

16) Quais alimentos você mais consome no seu dia-a-dia? ___________________________

17) No seu dia-a-dia, existe algo que possa prejudicar sua saúde, hoje ou
futuramente?____________________________________________________________

18) Adota alguma medida para evitar acidentes no dia-a-dia?


( ) Sim. Quais. _____________________________________________________________
( ) Não. Por que? _________________________________________________________

19) Como o senhor / a senhora se cuida para ter saúde?


________________________________________________________________________

20) Além dos Serviços de Saúde, quem mais lhe ajuda?


_________________________________________________________________________

21) Você se sente motivado(a) para cuidar da sua saúde? ( ) Sim ( ) Não
O que o motiva? ____________________________________________________________
22) Quem ou o que atrapalha o seu cuidado com a saúde? ___________________________
23) Em relação aos serviços de saúde do município:
a) Como o senhor/senhora gostaria de ser atendido na unidade básica?
____________________________________________________________________
b)Como o senhor/senhora gostaria que fosse o ambiente da unidade básica?
____________________________________________________________________
16

Apêndice B
Termo de Consnentimento Livre e Esclarecido

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA


PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO – PROPPG
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA
EM SERES HUMANOS – CEPSH
17

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


Título do Projeto:
PRÁTICAS DE SAÚDE: COM A PALAVRA HOMENS E MULHERES DO MEIO
RURAL DO EXTREMO OESTE DE SANTA CATARINA
O(A) senhor(a) está sendo convidado a participar de um estudo que visa levantar
dados sobre como os homens e as mulheres residentes na zona rural cuidam de sua
saúde.Trata-se de uma pesquisa vinculada ao trabalho de conclusão de curso de Enfermagem
dos acadêmicos Luciano Marcio Bertasi e Marciane Kessler. Faremos algumas perguntas e as
suas respostas serão escritas em uma folha pelo entrevistador. O(A) senhor(a) não precisa
responder todas as perguntas. O(A) senhor(a) poderá se retirar do estudo a qualquer momento.
Os riscos deste estudo serão mínimos, pois se trata somente de entrevistas.
Será mantido o sigilo em relação ao seu endereço e nome, pois o(a) senhor(a) será
identificado pelas iniciais de seu nome e idade e número do questionário.
Os benefícios e vantagens em participar deste estudo é que o(a) senhor(a) poderá falar
sobre como se cuida e se desejar poderá pedir explicações para determinadas dúvidas, bem
como estará contribuindo com a enfermagem e os serviços de saúde ao mostrar como o
homem que reside na área rural cuida de sua saúde e quais os obstáculos que enfrenta para
viver com mais saúde.
Os acadêmicos Luciano Marcio Bertasi e/ou Marciane Kessler do Curso de
Enfermagem da UDESC farão a entrevista e lhes prestarão todos os esclarecimentos possíveis
durante e após o término da pesquisa.
São responsáveis pelo estudo o Departamento de Enfermagem e o Centro de Educação
Superior do Oeste da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC, tendo a professora
Bernadette Kreutz Erdtmann como a pesquisadora responsável.

Solicitamos a vossa autorização para o uso de seus dados para a produção de


artigos técnicos e científicos. A sua privacidade será mantida através da não-
identificação do seu nome.

Agradecemos a vossa participação e colaboração.

PESSOA PARA CONTATO: Bernadette Kreutz Erdtmann – (endereço e número de telefone


para contato da residência e instituição)

TERMO DE CONSENTIMENTO
Declaro que fui informado sobre todos os procedimentos da pesquisa e, que recebi de forma clara e
objetiva todas as explicações pertinentes ao projeto e, que todos os dados a meu respeito serão
sigilosos. Eu compreendo que neste estudo, as medições dos experimentos/procedimentos de
tratamento serão feitas em mim.

Declaro que fui informado que posso me retirar do estudo a qualquer momento.

Nome(extenso) _________________________________________________________ .

Assinatura _____________________________________ Palmitos, SC____/____/____ .

Assinatura da pesquisadora responsável Bernadette Kreutz Erdtmann

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