Anda di halaman 1dari 15

Reconhecimento de Paternidade : mapeando a demanda, garantindo o direito à 

filiação e conhecendo os efeitos 

I – Identificação 
1. Nome : Projeto Reconhecimento de Paternidade : mapeando a demanda, garantindo 
o direito à filiação e conhecendo os efeitos 
2. Órgãos Responsáveis 
­ 4ª Promotoria da Infância e da Juventude da Comarca de Mogi Guaçu 
­ Revivescer – Grupo de Apoio à Adoção e à Família de Mogi Guaçu 
3. Parceria :  Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Mogi Guaçu 
4. Elaboração Técnica  : Maria Isabel Monfredini – Assistente Social Judiciário 
5. Supervisão : Dra. Andréa Santos Souza – Promotora de Justiça 

II ­ Justificativa  
As  tonalidades  contextuais  da  família,  na  atualidade,  são  múltiplas  e  foram  se 
configurando conforme momentos cruciais na dinâmica do processo histórico. Momentos que 
marcaram etapas de evolução e superação de padrões culturais, caracterizando até certo ponto, 
a mutabilidade da instituição familiar. Neste sentido, temos algumas “fases” características da 
“família modelo” na sociedade, com transformações que se processaram conforme as demais 
transformações  ocorridas  no  plano  social,  cultural,  tecnológico  e  jurídico.  Avanços 
progressistas  que  acabaram  por  alargar  o  escopo  do  entendimento  do  que  seja  família  na 
contemporaneidade, embora ainda seja difícil localizar a linha condutora que se encaminha na 
sua exata definição. Em outras palavras, podemos observar que a multiplicidade de conceitos 
e  de  valores  que  permeiam  a  esfera  da  conceituação  de  família  apresenta  dificuldades 
nominais  e  valorativas,  tornando­se  difícil  sustentar  a  idéia  de  um  modelo  adequado 
(Sarti,2003). 
A instituição da família monogâmica definindo então a sociedade patriarcal e a noção 
de paternidade, naturalizou os papéis, estabelecendo ao homem a tarefa de lidar com o mundo 
externo e à mulher os cuidados com os filhos e com a casa. Na construção da dicotomia entre 
o mundo do trabalho e o mundo da família, que passa a ser o mundo da esfera privada trazido 
pelo padrão da revolução industrial, conceitos e códigos de conduta permeiam o conteúdo da 
família  idealizada  e  reconhecida  socialmente.  Ou  seja,  família  tradicionalmente  aceita  e 
reconhecida  é  aquela  constituída  legalmente,  cuja  ampliação  viria  pela  prole  numerosa  de


filhos, tidos então como filhos legítimos.  Este cenário, abre o espaço “discriminador” para os 
filhos havidos fora da união reconhecida, isto é, para os filhos  ilegítimos, onde a inexistência 
da paternidade conflitava com o processo de convivência e por conseguinte, com o processo 
de  construção  das  relações  sociais,  em  razão  de  sua  origem  “desqualificada”.  Filhos  que 
viviam  à  margem  de  sua  identificação  paterna  e  de  sua  identidade  familiar.  Mães  de  filhos 
bastardos,  carregavam  a  sobrecarga  do  enfrentamento  da  vida  pública  ao  violar  padrões  e 
portanto, sem direito de “reclamar” algum tipo de assistência. Nesse sentido, a questão do pai 
provedor  reflete  o  autoritarismo  paterno  submetido  e  legitimado  pela  sociedade  e  reeditado 
inclusive no âmbito jurídico, cujos filhos “ilegítimos” não eram reconhecidos em se tratando 
de direitos. 
A  conquista  da  autonomia  feminina  na  década  de  1970, os  avanços  tecnológicos  na 
década de 1980 e no mesmo compasso, os avanços da legislação, especialmente nas décadas 
de  1980  e  1990,  ancoraram  as  questões  afetas  a  família,  acabando  por  legitimar  a  noção  de 
família  remetida  ao  universo  de  afetos  e  de  direitos.  Neste  sentido,  ancoraram  também  os 
avanços da paternidade responsável, isto é, a evolução para sua descoberta – exame de DNA ­ 
e  responsabilidade,  acabou  ganhando  notoriedade,  transformando  atitudes  tradicionais  de 
irresponsabilidade  masculina  no  reconhecimento da  paternidade,  em  proteção  não  só  para  a 
mulher, mas sobretudo para os filhos (Fonseca, apud Sarti,2003) . 
Percorrendo  o  caminho  da  legislação,  a  Constituição  Federal  de  1988  reconhece  a 
família como base da sociedade e desta forma, ao Estado cabe assegurar a sua proteção. Por 
entidade familiar não se reconhece apenas aquela havida no casamento, mas também a que se 
forma da união estável, razão pela qual, os  filhos havidos ou não do casamento possuem os 
mesmos  direitos.  Assim,  a  criança/adolescente  tem  assegurado  o  direito  de  saber  sobre  sua 
paternidade. Direito este, traduzido como expressão maior do direito à filiação, uma vez que o 
nome  traz  a  identidade  da  pessoa  e  portanto,  direito  fundamental  como  atributo  à 
personalidade humana. 
Nesse contexto, o artigo 27 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069 
de 13/07/1990), expressa que o reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, 
indisponível  e  imprescritível,  podendo  ser  exercido  contra  os  pais  ou  seus  herdeiros  sem 
qualquer restrição, observado o segredo de justiça.


A Lei Federal 8.560 de 29 de dezembro de 1992, regula a investigação da paternidade 
dos filhos havidos fora do casamento 1  e finalmente a  Lei 10.406 que institui o Novo Código 
Civil, vem reforçar esses avanços que ancoram a questão do direito a filiação paterna 2 . 
Na contemporaneidade, observa­se que a  literatura começa a produzir alguns estudos 
sobre o papel da paternidade, nomeando­o como o “novo pai”. Quem é então esse novo pai? É 
o homem que exerce cuidados com os filhos, uma vez que a noção de cuidado em relação ao 
homem não está privilegiada na constituição de seu papel na sociedade, inclusive em relação 
aos cuidados com ele mesmo (Lyra et all, 2003). Segundo os autores, o processo de mudança 
destes paradigmas  iniciou trazendo a transformação no campo dos direitos e das instituições, 
na unidade do trabalho doméstico e no cuidado para com as crianças. Esta ultima significa a 
possibilidade  de  quebra  da  dicotomia  entre  pai­provedor­protetor  que  em  se  concretizando, 
traria uma mudança revolucionária na história da humanidade, quando o eixo do cuidado com 
os  filhos  começaria  a  fazer  parte  da  subjetividade  masculina,  trazendo  vantagens  para  as 
crianças com o perfil da  “nova paternidade”. (...)  “Não que  haja uma  inversão de papéis ou 
que o pai se transforme em uma outra mãe; trata­se de um homem­pai que estabelece relações 
mais complexas, estreitas e  mais reais  com os (as)  filhos (as), que deseja e encontra grande 
satisfação com isso” (Lyra et all, 2003:89). Diferente de uma obrigação, os autores pensam a 
paternidade como algo pertencente à órbita do desejo e da responsabilidade. 
Em que pese às transformações que a família vem apresentando, configurando o “novo 
pai”,  nos  encontramos  na  fase  de  processamento dessas  transformações,  uma  vez  que  ainda 
temos que falar sobre a ausência do reconhecimento da paternidade nos dias atuais. Por mais 
que os avanços se façam sentir, filhos gerados “acidentalmente” continuam sendo expressões 
que denunciam certo constrangimento para a o indivíduo e para a sociedade, visto a herança 
cultural e social de modelo de família ideal que carregamos. 


Em seu artigo 2º define que em registro de nascimento apenas com maternidade estabelecida, o oficial remeterá 
ao juiz certidão integral do registro e, o nome e prenome, identidade e residência do suposto pai, a fim de ser 
averiguada oficiosamente a procedência da alegação. 

Lei nº 10.406 de 10/01/2002 – publicado no DOU em 11.01.2002 
Artigo 16 – “toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome” 
Artigo 1596 – da filiação ­ idêntico ao artigo 226 da Constituição Federal de 1988 “Os filhos, havidos ou não da 
relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações 
discriminatórias relativas à filiação” 
Artigo 1607 do reconhecimento dos filhos – “o filho havido fora do casamento pode ser reconhecido pelos pais, 
conjunta ou separadamente” 
Artigo 1609 “o reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é irrevogável e será feito: I – no registro de 
nascimento; II por escritura pública ou escrito particular a ser arquivado no cartório; III por  testamento, ainda 
que  incidentalmente  manifestado;  IV  por  manifestação  direta  e  expressa  perante  o  juiz,  ainda  que  o 
reconhecimento não haja sido objeto único e principal ao ato que o contém”


Chamar  atenção  para  este  fato,  pode  parecer  a  primeira  vista,  uma  conseqüência 
natural trazida pela  modernidade e pela  evolução da  família  em  suas  multifacetadas  funções 
essenciais, contudo, não podemos relegar este aspecto, tendo em vista sua importância para a 
constituição  psíquica  e  social  da  identidade  e  da  origem  do  indivíduo.  Somos  identificados 
pela  nossa  origem  e  o  padrão  desta  identificação,  em  nossa  sociedade,  é  a  existência  do 
reconhecimento  das  figuras  materna  e  paterna.  No  entanto,  quando  há  a  ausência  de  uma 
dessas figuras, a origem já se apresenta diferenciada e a depender da matriz sócio­cultural que 
deu  forma  às  experiências,  a  ausência  do  pai  pode  impedir  a  obtenção  de  respostas  às 
demandas  filiais  na  transição  para  a  idade  adulta,  podendo  inclusive,  desembocar  na 
experimentação de novos ou diferentes estilos de comportamento e de relacionamento não só 
com o outro sexo, mas também com as gerações antecedentes e subsequentes, abrindo alguns 
espaços tanto para a inovação como para a inadequação de soluções presentes no repertório da 
tradição familiar (Coleta,1999) 
Este  descompasso  entre  o  relativo  progresso  das  leis,  especialmente  em  relação  à 
proteção integral da criança e do adolescente cuja direção oferecida também se faz no sentido 
da  diminuição/redução  dos  riscos  sociais  e  a  naturalização  da  cultura,  continuam  a  deixar 
marcas, que somente a  instituição de  mecanismos  legais regulatórios não conseguem apagar 
imediatamente. Portanto, é um processo de mudança de cultura a ser construído na dinâmica 
da realidade e incorporado pelo imaginário social coletivo, que busca promover uma ação de 
ruptura  entre  o  “novo  e  o  velho”,  já  que  no  sistema  familiar  cada  um  tem  um  papel  a 
desempenhar,  traduzindo  em  funções  que,  normalmente,  tornam­se  o  roteiro  de  vida  da 
pessoa. 
Nesse sentido, como será então o papel do filho sem a paternidade registrada e o papel 
do pai ausente, na representação desta figura para o contexto da família, embora ela funcione 
sem  ele?  Falar  de  ausência  de  reconhecimento  da  paternidade  como  um  fato  social  e 
conceitua­lo como uma categoria social, tem o mesmo significado para aqueles que nasceram 
e se desenvolveram em um contexto familiar constituído pelo modelo de família ideal? Como 
então se reconfigura o papel do pai  com o reconhecimento tardio da paternidade  no sistema 
familiar? Quantos  pais  desnecessários  existem?  Respostas  que  ainda  estamos  a  depender  de 
estudos,  em  face  da  precariedade  de  dados  teóricos  e  empíricos  existentes  na  literatura  e, 
tendo em vista a representatividade e a relevância do tema,  é que se propõe com o presente 
projeto,  uma  relativa  aproximação  de  algumas  respostas  para  estes  questionamentos  como 
objeto  da  investigação,  cuja  fonte  primária  de  coleta  de  dados  se  faz  pelas  as  ações  de


reconhecimento de paternidade instauradas na Promotoria da Infância e da Juventude de Mogi 
Guaçu. 

III – Objetivos 
Objetivo Geral 
Assegurar  e  garantir  o  direito  fundamental  de  filiação  paterna  da  criança  e  do 
adolescente, favorecendo o acesso ao serviço público. 

Objetivos Específicos 
­  Conhecer  o  número  de  crianças  e  de  adolescentes  que  estão  sem  o  devido 
reconhecimento  da  paternidade  na  certidão  de  nascimento,  quantificando  as  ações  efetivas 
direcionadas neste sentido e seus resultados; 
­  Instaurar  e  identificar  inquéritos  e  seus  desdobramentos  em  relação:  as  ações  de 
investigação  de  paternidade,  ao  reconhecimento  da  paternidade,  as  adoções  unilaterais,  ao 
reconhecimento espontâneo e a recusa da identificação do suposto do pai; 
­ Extrair amostra representativa do universo para realizar estudo de caso. 

IV ­ Público Alvo e População Abrangida  
Crianças  e  Adolescentes  matriculadas  na  rede  pública  de  ensino  e  crianças  recém­ 
nascidas registradas somente com o nome da mãe. 

V­ Estratégia de Execução 
Tendo  em  vista  que  inúmeras  crianças  e  adolescentes  encontram­se  com  os  direitos 
violados  em  relação  ao  reconhecimento  da  paternidade,  a  4ª  Promotoria  da  Infância  e  da 
Juventude  de  Mogi  Guaçu  tomou  a  iniciativa  de  assegurar  o  cumprimento  da  legislação 
vigente  e  para tanto,  notificou  as  escolas  da  rede  pública  de  ensino  solicitando  informações 
sobre  crianças  e  adolescentes  matriculados,  cuja  paternidade  ou  maternidade  não  esteja 
reconhecida na certidão de nascimento. 
Mediante a identificação da criança e do adolescente, as genitoras são convocadas para 
oitiva na Promotoria, oportunidade em que fornecem a identidade e o endereço dos supostos 
pais  das  crianças.  Esses,  então,  são  também  notificados  para  oitiva  perante  a  Promotora  de 
Justiça, para cumprimento de sua responsabilidade em relação aos filhos.


Quando há o reconhecimento espontâneo, caso o genitor não tenha condições de arcar 
com os custos da averbação, é requisitada a expedição de mandado de judicial para o ato; caso 
seja  possível,  concede­se  prazo  para  o  genitor  apresentar  à  Promotoria  de  Justiça  cópia  da 
certidão de nascimento com o reconhecimento averbado. 
Na hipótese de não reconhecimento espontâneo, a genitora é encaminhada à OAB para 
a propositura da ação de investigação da paternidade. 
Num  grande  número  de  casos,  existe  interesse  do  atual  companheiro  ou  marido  da 
genitora  em  adotar  unilateralmente  a  criança  ou  o  adolescente,  que  reconhece  no  novo 
companheiro a figura paterna. Nessas hipóteses, o interessado também é encaminhado à OAB 
para a formalização do pedido de adoção. 
Cada  inquérito  civil  agrupa  por  volta  de  cinco  crianças  e/ou  adolescentes  e  o 
arquivamento se processa quando a situação do grupo se regularizou. Após o que, é possível 
dar início à fase de coleta e tabulação dos dados, possibilitando desta forma o mapeamento e a 
quantificação das ações. 
Em observância à Lei Federal 8.560/92, o oficial do cartório de registro civil, informa 
trimestralmente  os  registros  de  nascidos  apenas  com  a  maternidade  estabelecida  havidos  no 
período.  Tal  conduta  completa  o  círculo,  pois  num  futuro  próximo,  esta  ação  desencadeada 
através  das  informações  da  rede  pública  de  ensino  será  amenizada,  visto  que  parcela 
significativa  das  crianças  nascidas  no  município  sem  a  paternidade  registrada  está  sendo 
paulatinamente observada e devidamente encaminhada para que seja assegurado seu direito à 
filiação paterna. 
A Promotoria da Infância propôs uma parceira com o Grupo de Apoio à  Adoção e à 
Família  Revivescer,  uma  vez  que  as  ações  foram  se  avolumando,  somado  a  necessidade  de 
organizá­las  estatisticamente  para  que  fosse  possível  mapear  e  conhecer  a  demanda,  bem 
como,  para  acompanhar  os  efeitos  desta  proposta,  no  sentido  de  se  conhecer  quantos 
reconhecimentos ou adoções unilaterais se efetivaram. 
Embora  as  fases  sejam  concomitantes  e  podem  ocorrer  ao  mesmo  tempo, 
sinteticamente o fluxograma da operacionalização, pode ser descrito da seguinte maneira: 

Fase 1 
Notificação às escolas  Resposta das escolas  Formalização  da 
Representação por escola  Instauração  de  inquéritos  para  um  grupo  de  5 
crianças e/ou adolescentes


Fase 2 
Elaboração de cronograma de atendimentos/mães  Notificação  de 
comparecimento às mães  Oitivas nas Escolas 
Oitivas na Promotoria 

Promotora  e Equipe (estagiários e oficiais de promotoria) 

Fase 3 
Cronograma/agendamentos de atendimento aos supostos pais 

Notificação de comparecimento  Oitivas individuais pela Promotora 

Investigação de paternidade 
Reconhecimento espontâneo 
Adoção Unilateral 
Fase 4 
Arquivamento  dos  IC´s  e  Tabulação  dos  dados  nos  IC´s  arquivados  –  Equipe  de 
Estagiários (Estudantes do Curso de Direito e de Serviço Social) 

VI  ­ Recursos 
6.1. Humanos 
­  01 Promotora da Infância e da Juventude 
­  01 Assistente Social Judiciário 
­  03 Oficial de Promotoria 
­  04 Estagiários (2 de direito e 2 de serviço social) 

6.2. Financeiros 
­  Grupo  de  Apoio  à  Adoção  e  à  Família  Revivescer,  com  verbas  provenientes  do 
Fundo  Municipal  da  Criança  e  do  Adolescente  de  Mogi  Guaçu,  mediante  inscrição  e 
aprovação do projeto pelo CMDCA, a fim de subsidiar uma ajuda de custo para o transporte e 
para  a  alimentação  dos  estagiários.  No  ano  de  2005  foi  gasto  um  valor  aproximado  de  R$ 
900,00 (novecentos reais).


VII – Resultados Parciais 
Em  68  escolas  na  cidade  de  Mogi  Guaçu,  no  ano  letivo  de  2004,  aproximadamente 
26.676  alunos  estavam  matriculados  na  rede  pública  municipal  e  estadual  de  ensino 
fundamental  e  médio.  Destes,  1.988  (8.05%) 3  não  possuíam  a  paternidade  registrada, 
traduzindo um contingente populacional expressivo,  conforme quadro demonstrativo abaixo: 

Escolas da Rede  Cr ianças e  Ações de  Demanda par a  Sexo 


Pública de  Adolescentes  Pater nidade em  Inquér ito Civil 
Ensino  Infor mados  Cur so  Masculino  Feminino 

68  1.988  297  1.691  982  1.006 

Do  universo  constatado,  15%  dos  casos  já  estavam  com  ação  de  investigação  de 
paternidade em curso. Para os casos restantes, o Ministério Público  instaurou os respectivos 
inquéritos.  Desta  forma,  foi  retirada  uma  amostra  de  75  inquéritos  já  arquivados,  o  que 
significa  que  as  pessoas  envolvidas  já  foram  ouvidas  e  deram  prosseguimento  no 
encaminhamento  necessário,  visando  o  reconhecimento  da  paternidade  na  certidão  de 
nascimento.  Nestes  inquéritos  arquivados  temos  um  contingente  de  155  crianças  e 
adolescentes, ou seja, uma amostra de 9.16% do universo de 1.691. 

7.1.  Quanto à faixa etária  
A  faixa  etária  de  interesse  é  de  7  a  17  anos  de  idade,  representando  92.90%,  no 
entanto, observa­se  que  7.10%  estão  situados  nas  faixas  entre  1  a  5  anos  idade,  que  são  os 
irmãos  daqueles  que  foram  identificados  pelas  escolas.  Assim,  já  é  possível  mensurar  um 
efeito  social  de  tal  ação,  na  medida  em  que  favoreceu  o  reconhecimento  da  paternidade  de 
crianças  que  não  estariam,  pelo  menos  nesse  primeiro  momento,  sendo  objeto  direto  desta 
iniciativa.
O total de adolescentes perfaz 51.63%, porém, as faixas mais representativas são as de 
12 e 13 anos (26.46%) e de 8 e 9 anos de idade (21.93%).  Crianças na faixa entre 6 a 11 anos 
representam 41.28%.


7.2. Em relação às mães 
a)  A  maioria  significativa  das  mães  (91.16%),  possui  filiação  completa  em  seu  registro  de 
nascimento. Embora tal fato não signifique  necessariamente  que  contaram com a presença da figura 
paterna  em  seu  desenvolvimento,  este  indicador  pode  gerar  um  corte  de  estudo  específico, 
cuja  suposição  se  encaminha  no  sentido  do  histórico  familiar,  ou  seja,  o  fenômeno  não  se 
apresenta  recorrente  entre  uma  geração  e  outra,  já  que  parte  significativa  destas  mães,  teve 
filiação materna e paterna registrada; 
b) A maioria tem apenas um filho sem o reconhecimento paterno, perfazendo 93.20%, 
sendo  o  restante  distribuído  entre  dois  (4.76%),  três  (1.36%)  e  quatro  filhos  sem  registro 
(0.68%); 
c)  Foi  possível  constatar  que  47%  das  mães  que  mencionaram  a  condição  de  vida, 
praticamente a metade vive com um companheiro, enquanto que a outra metade vive sozinha. 
Todavia, este é um dado importante, especialmente em razão da possibilidade de uma adoção 
unilateral,  sobretudo  se  considerarmos  que  a  condição  de  vida  pode  ser  uma  variável 
interveniente, cabendo inclusive explorações focalizadas, como por exemplo, proposições no 
sentido da existência de um companheiro ser fator de estímulo ou de recusa para o ingresso da 
ação de reconhecimento da paternidade 4 . 

7.2.1. Desejo do Reconhecimento 
Ao  verificarmos  o  desejo  do  reconhecimento  pelas  genitoras,  temos  30%  que  não 
desejam, para 40.13% com desejo positivo, mas por outro lado, há 29.26% de dados ocultos 
neste  sentido.  As  mães  que  não  desejam  dar  prosseguimento  com  o  reconhecimento  da 
paternidade, atribuem justificativas que se voltam para: 


Segundo a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, aproximadamente 8% dos estudantes matriculados 
no ensino fundamental estão registrados somente no nome da mãe. Fonte – Anuário 2005 da ARPEN­SP. 

Nas  oitivas  das  mães,  não  foi  contemplada  a  condição  de  vida  conjugal,  talvez  por  não  se  apresentar  em 
condição de relevância para o objeto da ação na época, antes de se prever a possibilidade de tabulação de alguns 
dados.  Foi  identificado  um  grupo  de  cinco  crianças  e  adolescentes  cujos  pais  ainda  vivem  juntos,  culminando 
então,  em  reconhecimento  espontâneo  e  imediato.  Este  critério  foi  observado  apenas  quando  havia  menção 
espontânea no depoimento, desta forma, 53% das mães ouvidas não fazem nenhuma referência quanto à situação 
atual em relação à união conjugal.


Ø  Relacionamento passageiro e casual 
Ø  Gravidez procedente de um único encontro 
Ø  Falecimento do pai antes do nascimento 
Ø  Incerteza/dúvida do pai quanto à paternidade atribuída 
Ø  Pai casado 
Ø  Término do relacionamento 
Ø  Cuidou do filho com o apoio da família 
Ø  Pai alcoólatra 
Ø  Não tem notícias do paradeiro do pai 5 

7.2.2. Dificuldades enfrentadas pela ausência do registro da paternidade 
As  mães  que  não  encontraram  dificuldades,  são  as  mesmas  que  avaliam  que  o 
reconhecimento da paternidade  não trará nenhum benefício para o(s) filho(s), na  medida em 
que afirmam que tal ação só iria alterar o nome, que vai confundir a criança, ou então que os 
demais membros da família compensam essa suposta falta. Mesmo assim, implicitamente no 
discurso reconhecem a ausência da paternidade com uma lacuna, porém não reconhecem que 
este  direito  é  do  filho.  Essas  mesmas  mães  afirmam  que  não  buscariam  o  reconhecimento 
espontaneamente, alegando algumas que desconhecem a localização do pai. 6 
As  demais  atribuíram  duas  ordens  de  fatores  mais  importantes  em  relação  às 
dificuldades que enfrentaram e enfrentam com a ausência da paternidade, quais sejam : 
­ Explicar ao filho a recusa do pai em registrá­lo, e 
­ Se justificar perante a escola 

7.2.3. Benefícios do reconhecimento da paternidade para os filhos 
Ø  Poderá ter pensão alimentícia 
Ø  Criança não será discriminada 


Foi constatado um caso de mãe solteira adotiva e um caso de incesto nesta amostra. Como o serviço social não 
contribuiu na fase de elaboração do instrumental de coleta de dados e tendo em vista aspectos importantes que 
poderiam ser considerados, caso se intente um estudo exploratório mais dirigido para correlacionar as variáveis 
intervenientes, a padronização de alguns dados essenciais nas oitivas, é indicada. 


Esse  indicativo  e  o  próximo,  teve  como  referência  a  pesquisa  qualitativa  realizada  pelas  estagiárias  Virgína 
Scali Sperancini e Eliane Araújo da Silva com as mães, para fundamentar a monografia de conclusão de curso da 
Faculdade de Serviço Social de Aguaí no ano de 2005: “Reconhecimento de paternidade em Mogi Guaçu: uma 
experiência pioneira”.

10 
Ø  Criança  se  sentirá  mais  pertencente  e  mais  querida  pelos  irmãos  que  tem  a 
paternidade registrada 
Ø  É um direito assegurado ao filho 
Ø  É fator de melhora na auto­estima 
Ø  Poderá ser contemplado na repartição dos bens – direito de herança 
Ø  Não será mais rejeitado pelos colegas 
Ø  Os filhos ficarão felizes 
Um dado relevante se volta para o fato do entendimento de que o reconhecimento – e 
neste  caso  não  equivale  dizer  que  haverá  necessariamente  aproximação  e/ou  o 
desenvolvimento de uma paternidade ativa na convivência entre pai e filho – trará benefícios 
que  se  estruturam  em  termos  afetivos.  Ou  seja,  a  felicidade,  a  melhora  da  auto­estima  e  o 
sentimento de pertença na família que se compôs em outro arranjo. Outro dado interessante é 
a observação da não rejeição pelos colegas, especialmente na vida escolar, por ser a fase em 
que a criança começa ampliar seu mundo externo no relacionamento com mais crianças e com 
as  instituições,  que  via  de  regra,  criterizam  normas  e  padrões  que  então  poderão  ser 
mecanismo de reforço para a discriminação , para situações vexatórias e para a rejeição. 
Além disto, há o fato da necessidade de “prestar contas” para o filho quanto ao motivo 
da ausência de registro da paternidade e aí sim , da ausência concreta do pai. Neste sentido e 
partindo  do  pressuposto  que  a  aprendizagem  inicia­se  no  grupo  primário  ­  no  ambiente 
familiar, através da imitação e da observação e que o ser humano tem uma elaboração interna 
de  modelo  de  família  onde  a  influência  cultural  é  fator  significativo,  as  respostas  irão 
depender  do  como  ele  vai  lidar  com  sua  história  em  seu  processo  de  amadurecimento, 
delimitando o enfrentamento cotidiano e o modo que irá caracterizar suas relações sociais. 

7.3. Em relação ao suposto pai 
Embora  92.25%  dos  supostos  pais  foram  identificados,  destes  7.10%  são  falecidos, 
contudo,  cabe  destaque  o  fato  de  que  nos  depoimentos,  parte  considerável  das  mulheres 
conheciam  apenas  o  pré­nome  ou  o  apelido.  Para  os  não  identificados  foi  observada  a 
proporção  de  7.74%.  Da  amostra,  temos  que  19%  dos  pais  identificados  têm  certeza  da 
paternidade  e  assim  sendo,  concretizaram  o  reconhecimento  espontâneo,  para  81%  que  não 
tinham certeza, representando então o potencial para o ajuizamento de ação de  investigação 
de paternidade.

11 
7.4. Adoções unilaterais 
Um  dado  relevante  é  que  ingressaram  com  ação  de  adoção  unilateral  19  casos, 
representando  em  cima  da  amostragem,  um  percentual  de  12.25%.  Tal  resultado  pode  ser 
avaliado  como  indicador  de  efeito  da  ação,  pois,  independentemente  das  razões  individuais, 
uma parcela destas crianças e adolescentes, terão a paternidade registrada pela via da adoção. 
Casos que normalmente ocorrem quando a mãe vive com outra pessoa ou até mesmo uniu­se 
legalmente  e  o  marido  deseja  assumir  a  paternidade,  visto  que  na  maioria  das  vezes,  ele  já 
vem  desempenhando  esta  função  de  fato.  Portanto,  a  adoção  virá  regularizar  a  situação  de 
direito. 
Para as adoções unilaterais já encaminhadas, é possível observar que tanto as crianças 
quanto os adolescentes relatam sobre a importância de passar a ter o pai registrado na certidão 
de  nascimento,  mesmo  sendo  pela  via  da  adoção.  Neste  caso  atribuem  um  reconhecimento 
legítimo por aquele que está desempenhando o papel de pai e a concretização deste papel será 
então selada pela adoção, o que contribui ainda  mais para estreitar e elevar o sentimento de 
carinho e afeto entre o pai e o filho. Também é possível observar pelos depoimentos, as falas 
que são atribuídas a certa condição de normalidade , isto é, a partir da adoção e neste caso, da 
ação  concreta  do  registro  da  paternidade,  eles  –  crianças  e/ou  adolescentes  –  não  serão 
diferentes  de  seus  pares,  terão  um  sobrenome  e  não  sentirão  vergonha.  Mesmo  que  não 
tenham  passado  por  nenhuma  exposição  vexatória,  ou  discriminação  de  maneira  mais 
concreta, no plano afetivo­simbólico se vêem em defasagem na comparação com os demais. 
Adolescentes  normalmente  atribuem  relativa  manifestação  de  gratidão  para  a  figura  paterna 
que o reconhecerá e projetam a  fantasia de que  não serão discriminados quando iniciarem o 
processo  de  busca  de  emprego.  E  aí  ,  mais  uma  vez  é  possível  atribuir  que  a  medida  do 
desenvolvimento,  cujas  fases  exigem  do  ser  humano  maior  contato  com  o  mundo  exterior, 
mais  chances  portanto  de  ampliarem  as  relações  sociais,  o  sentimento  da  diferença  volta  e 
meia  aflora,  especialmente  em  situações  onde  se  faz  necessário  “expor”  a  identificação  de 
origem 7 . 


Um adolescente preferiu ser adotado pelo marido da mãe a ser reconhecido pelo pai biológico, uma vez que 
mediante a revelação tardia de sua origem, passou um ano tentando estreitar a convivência com o pai biológico e 
com  a  família  deste.  Não  conseguiu  se  inserir  naquele  ambiente  familiar  se  sentindo  filho.  Outros  exemplos 
dados por adolescentes se voltam para a questão da inserção no mercado de trabalho, no sentido de acharem que 
perderão a vaga ao concorrerem com aqueles que possuem o registro de pai na certidão de nascimento.

12 
VIII ­Sugestão de ação para a agilização do reconhecimento espontâneo 

A  grande  maioria  dos  supostos  pais  ouvidos  não  negam  o  envolvimento  sexual  que 
tiveram com a mãe da criança e/ou do adolescente que não teve sua paternidade reconhecida. 
Nas oitivas realizadas na Promotoria de Justiça manifestaram sua dúvida quanto à paternidade 
a eles atribuída, geralmente em razão da superficialidade do relacionamento com a genitora; 
entretanto, concordam em se submeter ao exame pelo método da análise do DNA e, caso esse 
seja positivo, comprometem­se a providenciar o reconhecimento da paternidade da criança. 
Ocorre, no entanto, que tal exame tem  custo muito elevado e em apenas dois ou três 
casos  de  todo  o  universo  do  projeto  os  supostos  pais  puderam  providenciá­lo  às  suas 
expensas.  Nas  demais  hipóteses,  as  genitoras  são  encaminhadas  à  OAB  para  a  indicação  de 
advogado  para  a  propositura  de  ação  de  investigação  de  paternidade,  única  forma  da 
realização gratuita do exame. 
Essa  conduta  atrasa  em  no  mínimo  dois  anos  o  reconhecimento  da  paternidade  da 
criança, além de sobrecarregar o Poder Judiciário com um volume considerável de pedidos de 
investigação de paternidade. 
A  sugestão  que  se  apresenta,  portanto,  é  a  de  um  convênio  a  ser  firmado  entre  o 
Ministério Público do Estado de São Paulo, o IMESC e a Secretaria Estadual responsável pelo 
custeio  dos  exames  realizados,  mediante  determinação  judicial,  para  que  tais  exames  sejam 
feitos sem a necessidade da propositura da ação de investigação de paternidade. 
O  direito  à  filiação  será  garantido  em  tempo  bem  menor  e,  na  hipótese  de  recusa  do 
reconhecimento da paternidade, ainda que positivo o exame, terá o autor da ação prova pré­ 
constituída, o que também agilizaria o processo judicial. 

IX ­ Considerações finais 
Como  resultado  efetivo  destes  casos  estudados,  podemos  dizer  que  de  155  crianças 
e/ou adolescentes, 39 já contam com o registro da paternidade no curso de um ano, pela via da 
paternidade biológica ou pela via da adoção, representando 25.16%. 
Se amostra for projetada para o grupo detectado de 1.691 crianças e/ou adolescentes, 
equivale  dizer  que  em  torno  de  1.184  terão  a  paternidade  registrada  como  resultado  direto 
desta  iniciativa.  Embora  o  objetivo  seja  o  de  atingir  todos  os  que  foram  relacionados,  não 
podemos deixar de considerar que há casos em que a mãe não deseja prosseguir com a ação, o

13 
que  numa  linha  projetiva  denuncia  a  possibilidade  de  um  grau  elevado  de  não 
reconhecimento, uma vez que 30% de mães que não desejam dar prosseguimento com a ação. 
Assim  sendo,  teríamos  em  torno  de  500  crianças  e/ou  adolescentes  que  ficariam  sem  o 
reconhecimento. 
A  amostragem  extraída  para  o  presente  estudo  retratou  alguns  indicadores  de  efeitos 
sociais, sendo então possível afirmar que os resultados justificam e validam este instrumento 
de  ação,  na  medida  inclusive  que  desencadeiam  efeitos  sociais  não  previstos,  como  por 
exemplo, possibilitar que essas  mães  sejam agentes  multiplicadores de  informação entre seu 
grupo; divulgar e facilitar o acesso a um serviço público prestado; difundir na comunidade as 
noções dos direitos básicos de crianças e/ou adolescentes e contribuir para a edição de novos 
conceitos, sobretudo para que esses pais repensem suas atitudes e assumam a tarefa inerente 
de sua condição em relação aos  filhos gerados. A tendência que  se desponta é a de que  nas 
gerações  futuras, a  maioria significativa de crianças  nascidas  no  município de  Mogi Guaçu, 
terá o registro da paternidade, já que além do levantamento realizado nas escolas o ciclo deste 
processo está se fechando na informação do cartório em relação aos registros de nascimentos 
efetuados apenas com o nome da mãe. 
Parece  que  a  condição  socioeconômica  da  família  define  a  princípio,  alguns 
condicionantes  no  enfrentamento  da  ausência  de  reconhecimento  da  paternidade  na  certidão 
de nascimento. A polarização entre os níveis econômicos e sociais, pode então se traduzir em 
diferentes  maneiras quando é preciso encarar a ausência da paternidade e  neste caso, há um 
leque considerável de situações que poderiam ser  identificadas, a exemplo de avós e/ou tios 
assumindo  a  tarefa  paterna,  da  ausência  ou  não  de  dificuldades  financeiras  para  a  criação  e 
educação dos filhos e manutenção da família. No entanto, tem sido observado que as famílias 
muito pobres acabam por incorporar o significante da ausência paterna e mesmo porque, nos 
arranjos familiares que se estruturam e se rompem com relativa facilidade, a composição dos 
irmãos podem se dar com diferentes pais e o nível de aceitação e de convivência, vai definir 
então  a  forma  como  cada  um  irá  obter  as  respostas  para  as  demandas  filiais  e  os  estilos  de 
comportamento  e  de  relacionamento  que  irão  sedimentar.  Em  que  pese  não  existir 
impedimentos para se concretizar o reconhecimento de paternidade em qualquer idade e o fato 
do  reconhecimento  legal  não  determinar  o  tipo  e  tampouco  a  qualidade  do  relacionamento 
entre pai e filho, a maioria desta amostra é composta de adolescentes e seria muito provável 
que ingressassem na fase adulta sem este direito assegurado. E finalmente podemos observar 
que  a  questão  não  é  apenas  de  sujeito  de  direito,  mas  sujeito  de  desejo  (Sarti,s/d),  ou  seja,

14 
compreender e dar sentido ao mundo em que se vive. Como então este jovem poderá se situar 
em  relação  a  sua  família  de  origem  como  filho,  como  marido,  como  pai/mãe  e  o  que  isto 
poderá implicar nesta atuação, nestes diferentes papéis que ele irá desempenhar? 

Bibliografia 
ARPEN.  Associação  dos  Registradores  de  Pessoas  Naturais  de  São  Paulo,  Anuário 
2005 das Atividades dos Cartórios de registro Civil do Estado de São Paulo. 
BRUSCHINI,  Cristina.  “Uma  abordagem  sociológica  de  família”.  Revista  Brasileira 
de Estudos de População, São Paulo, v6 n1, p.1­23, 1989. 
Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei Federal 8.069 de 13/07/1990 
FIGUEIREDO,  Antonio  Carlos  (org.)  Vade  Mecum  Acadêmico  da  Legislação 
Brasileira. São Paulo, Primeira Impressão, 2005. 
Lei Federal 8.560 de 29/12/1992 – Investigação de Paternidade 
LYRA, Jorge et all. “Homens e cuidado:uma outra família?” Família: Redes, Laços e 
Políticas  Públicas.  Ana  Rojas  Acosta,  Maria  Amélia  Faller  Vitale  (orgs).  São  Paulo, 
IEE/PUCSP, Cortez, 2003 (p.79­91) 
OLIVEIRA, Maria Coleta. “Pai  é Pai,  Mãe é  Mãe:  modelos parentais  na  experiência 
da  geração  mais  jovem”.  Pesquisa  “Os  Homens,  esses  desconhecidos....”  Masculinidade  e 
Reprodução.  Núcleo  de  Estudos  de  População.  Unicamp,  Campinas,  Relatório  de  Pesquisa, 
agosto de 1.999. 
Revista  Época.  “Toma  que  o  filho  é  teu”.  Ana  Liési  Thurler.  Entrevista.  Edição  de 
27/07/2005 
SARTI, Cynthia A. “Famílias enredadas”. Família: Redes, Laços e Políticas Públicas. 
Ana Rojas  Acosta, Maria  Amélia  Faller Vitale (orgs). São Paulo, IEE/PUCSP, Cortez, 2003 
(p.21­35) 
­­­­­­­­­­­­­­­­­­.  Família:  abertura  ao  outro.  Documento­Base.  Seminário  Jovens  e 
Família. Mímeo, S/d.

15 

Anda mungkin juga menyukai