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DA FALSA DENÚNCIA DE ABUSO SEXUAL

É de conhecimento geral que grande parte dos crimes de estupro de vulnerável


tenham como sujeito ativo uma pessoa muito próxima da vítima.

E por maior que seja o repúdio da sociedade, são frequentes as denúncias feitas
pelas genitoras, acerca dos abusos praticados pelo genitor da vítima. Isto porque após
uma traumática separação de um casal com filhos, existem casos em que a genitora
acusa falsamente o genitor de abusar sexualmente de seus próprios filhos.

Tão complexo quanto o abuso sexual contra vulneráveis é a acusação falsa contra
um genitor, sendo este inocente. Isto acontece em busca de afetar a honra, a imagem,
e privar o pai de conviver com seus filhos. Isso porque em situações graves, em que haja
prejuízo a integridade física e mental para as crianças, pode o juiz suspender o poder
familiar, com fundamento no inciso VII.

Em casos de extremos, o juiz pode destituir o genitor do poder familiar, com


fundamento no artigo 1.638 do Código Civil.

Tal situação é um exemplo da alienação parental, caracterizada pela


interferência psicológica de uma criança ou adolescente de modo que cause repúdio ou
prejuízo no vínculo com este pai, de acordo com a Lei 12.318/2006, artigo 2º onde está
declarado que se considera ato de alienação parental a interferência na formação
psicológica do menor promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos
que tenham a autoridade, guarda ou vigilância sobre o menor, para que repudie um dos
genitores ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou á manutenção de vínculos com
este.

Nesse sentido, nota-se a existência de inúmeras denúncias falsas no âmbito


familiar da alienação parental, que visam prejudicar o relacionamento do genitor com o
filho ou filha, o que deve ser motivo de muita cautela das autoridades ao se deparar
com referidas acusações, merendo meticuloso trabalho investigativo a fim de impedir a
persecução penal e o afastamento familiar sem a devida colheita de provas ou indícios
veementes antes de qualquer medida acautelatório.

Em muitos casos, a autoridade comunicada sobre o suposto delito suspende


provisoriamente a visitação do genitor acusado da prática do abuso sexual e, com isso,
até que se prove que a denúncia era falsa e advinda da alienação parental, o tempo
decorreu e perdeu-se o vínculo afetivo entre um dos pais e o filho.

Segundo Ana Carolina Carpes MADALENO e Rolf MADALENO1, a falsa denúncia


de abuso,

“caso não consiga cortar de vez a visitação, irá impedi-la por tempo suficiente
para que se programem ideias na psique do menor que provocarão sua alienação”.

Como se sabe, geralmente o alienador

“não se importa nem toma conhecimento do transtorno que a alegação (do


abuso sexual) causará à família; sua intenção é ganhar tempo, buscando laudos que
sejam satisfatórios a sua pretensão, não importando o tempo que leve nem quantos
tenha que realizar” 2.

Nesses casos de falsa alegação de abuso sexual, o alienador programa falsas


memórias na criança, embutindo em sua mente a existência do incesto. A memória é a
recordação de fatos ocorridos na vida de uma pessoa e as “falsas memórias” são aquelas
baseadas em fatos que jamais ocorreram.

Diante de situações como esta, é essencial o trabalho psicológico e psicossocial,


visando diagnosticar o que efetivamente ocorreu, visto que não são raros os casos em
que a criança é manipulada a mentir.
O tribunal de Justiça de São Paulo analisou um caso com pedido de revisão
criminal, após a condenação de estupro de vulnerável, onde a condenação do padrasto
que praticava ato libidinosos com a enteada de 8 (oito) anos. Durante a instrução
criminal, forma realizados os exames periciais que concluíram pela não concretização
do ato sexual, e realizados os estudos psíquicos com a criança.

Dessa forma, que pese os efeitos da alienação parental e da falsa acusação sejam
dolorosos para o genitor alienado, este são muito mais prejudiciais aos filhos, os quais
podem precisar enfrentar, além de alterações no padrão do sono e da alimentação,
também as seguintes circunstâncias, relacionadas à formação da personalidade e aos
aspectos psicológicos que perduram até a fase adulta e poderá certamente influenciar
a próxima geração da família.

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