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Com cinco filhos, família de Aldeia opta por ensino domiciliar.


Saiba como funciona
Tatiana Portela 6 horas atrás

Escola em casa

Mariana Navarro Veras veio morar em Aldeia há quatro meses. Ela é psicóloga de
formação e mãe por vocação. Casada com o advogado Reinad Luiz, teve cinco lhos
(três de parto normal) e há dois anos resolveu se dedicar, pessoalmente, à educação
deles. Com exceção do mais velho, Lucas, que já está com 18 anos, cursa o 3º ano do
ensino médio e já faz estágio na empresa do padrasto, os quatro lhos mais novos de
Mariana são educados dentro de casa, tendo a própria mãe como professora.
Mariana e os quatro “filhos alunos”

Desde que conheceu o modelo de homeschooling, adotado por uma família que morava
perto de sua mãe, Mariana se encantou. Encontrou nele uma forma de estar mais
próxima dos lhos. Há dois anos decidiu pesquisar tudo o que estivesse a seu alcance
sobre educação domiciliar e desde então é ela quem coordena os estudos de Yuri (13
anos), Igor (6 anos), Sara (3 anos) e Iara (1 ano e 8 meses).

“Nosso dia geralmente começa com lições para o mais velho, Yuri, que tem mais
conteúdo para estudar, por volta das 10h da manhã. Os outros cam por ali e aos
poucos vou distribuindo atividades para cada um. Existe uma exibilidade muito
grande no homeschooling e, apesar de usarmos livros do currículo normal das escolas,
procuro respeitar os interesses de cada criança e aproveitar situações do dia a dia para
ensinar as coisas da forma mais natural possível”, conta Mariana.

A escolinha de Mariana e seus filhos

Convivência
Quando procuraram uma casa para alugar em Aldeia – a família mora no km 7,5 –,
Mariana e Reinad estavam atrás não só de mais espaço, mas também de um
condomínio onde as crianças pudessem conviver com outras pessoas.

“Essa coisa de que na escola as crianças se socializam é um mito. Na verdade elas só


têm dez minutos de recreio e naquela oportunidade convivem com outras crianças da
mesma idade e classe social”, pondera Mariana. “Meus lhos convivem com os
amiguinhos que fazem nas aulas de esportes e na vizinhança, além dos avós e outros
familiares”.
Os irmãos interagem e ensinam uns aos outros

Escolinha

Na casa de Aldeia, que tem dois planos, a parte de baixo virou uma escolinha bem
parecida com qualquer outra escolinha infantil. Tem estantes, mesinha, tapete
colorido e muitos livros e brinquedos. Ao redor, um imenso jardim, onde as crianças
aprendem se divertindo. “Temos um verdadeiro observatório natural aqui”, diz
Mariana, “agora mesmo estamos acompanhando o desenvolvimento de um casulo.
Eles também adoram pesquisar sobre as plantas e as frutas que temos aqui”.
O espaço parece uma escolinha tradicional

Aproveitamento

Segundo Mariana, o aproveitamento escolar das crianças em casa é ainda melhor do


que na escola normal. Ela conta que os livros didáticos são escolhidos por ela mesma,
em visitas a sebos e por indicação de outros pais que educam os lhos em casa. “São
cerca de 7 mil famílias no Brasil e muitas delas se comunicam pelas redes sociais e
trocam dicas e informações. Existe até uma Associação Nacional de Educação
Domiciliar, a Aned”, conta.
“Sou a pessoa mais feliz do mundo”, diz Mariana

Em casa, diz Mariana, as crianças terminam de ver o conteúdo dos livros até antes do
tempo normal do colégio. Às vezes em um semestre dá pra cumprir o que normalmente
seria visto no ano letivo inteiro. E aí sobra tempo pra outras atividades
complementares.

Mariana, que tem uma pequena fábrica de fraldas ecológicas, diz que sempre gostou
muito de estudar e está se realizando com essa nova função de mãe/professora em
tempo integral. “As pessoas me perguntam como é car o dia todo com os meninos. O
que posso dizer é que me sinto a pessoa mais feliz do mundo. Minha vontade de ver de
perto o desenvolvimento deles, poder dar o melhor pra eles, isso é o que mais me
realiza”.
Yuri, de 13 anos, ensina futebol aos menores

Custos

Outra das perguntas que Mariana Veras escuta com frequência é sobre a economia que
a família faz por manter os lhos estudando em casa. “Essa é outra ilusão. Acho que a
gente termina gastando praticamente o mesmo, porque investimos muito em
atividades complementares. Uns fazem capoeira; outros, futebol; o mais velho tem
uma professora particular de matemática e frequenta o Supera. Além disso,
procuramos sempre fazer passeios com eles, ir a museus e exposições, tudo que puder
contribuir para o aprendizado deles está nas nossas prioridades, mas tudo isso custa
dinheiro”, lembra.
Futuro

Quando estiverem mais velhos, segundo a mãe educadora, Yuri, Igor, Sara e Iara
poderão fazer uma prova do Ministério da Educação chamada Encceja (Exame Nacional
para Certi cação de Competências de Jovens e Adultos), que lhes dará a oportunidade
de seguir seus estudos no ensino superior tradicional. Até lá, seguindo seus ritmos
próprios e suas tendências pessoais, os lhos de Mariana e Reinad aprendem a
aprender, ensinam uns aos outros, e crescem de uma forma alternativa, livre e feliz.

Categorias: Aldeia, Tecnologia e Educação

Tags: Aldeia, escola domiciliar, homeschooling

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