Bases Epistemológicas da Ciência Moderna – A1 Matutino
-Com base no vídeo “What is out there?”, responda: A história
da ciência pode auxiliar na formação do cientista?
Com base no vídeo e no conteúdo visto em sala da aula, a história da
ciência pode, e muito, auxiliar na formação do cientista. Isso é de fácil ilustração com uma famosa frase atribuída a Isaac Newton, completando a parte que foi colocada no vídeo da BBC (eu pareço ser apenas como uma criança brincando na areia do mar [...] enquanto o grande oceano da verdade permanece todo indescoberto diante de mim): se vi mais longe foi por estar de pé sobre ombros de gigantes. Isso significa que, estudar aqueles que estudaram e modificaram o conhecimento que temos acerca de um tema, é tão importante quanto estudar o próprio tema, pois eles com certeza terão algo a nos dizer. Para o cientista, primeiramente é essencial responder a fatídica questão: o que é ciência?. Para tal, deve-se entender de que maneira ela se constituiu, por exemplo, ao se distanciar dos mitos gregos enquanto filosofia e à maneira de sua grande revolução ocorrida iniciada no século XVII; além de sua consolidação e caminho traçado desde então. Por que a criação de um método foi tão essencial? Por que as evidências empíricas são partes integrantes e, junto às experiências, se tornaram até a imagem no senso comum sobre a ciência? Como é possível, partindo aí, que as ciências humanas se afirmem? Todas essas são perguntas que a história da ciência, tanto enquanto história das ideias quanto a história de seus autores, pode responder. A Revolução Científica, ilustrada no vídeo, é um ótimo exemplo: devemos entender as “descobertas” feitas na época não individualmente, mas como um todo, atrelado ao seu contexto histórico e movimentos políticos, sociais, históricos e econômicos: o que seria da “cosmologia” moderna sem os investimentos dos reis interessados na astrologia? Michel Foucault foi um autor que trabalhou muito o conceito de Arqueologia do Saber, onde imagina o campo epistemológico como um grande terreno arqueológico, com as ideias e os momentos históricos formando as camadas geológicas. A partir deste cenário, é possível conceber a importância do estudo da história da ciência para os cientistas: enquanto este pretende contribuir para o “avanço” do saber, deve entender o que foi “aterrado” até hoje para perceber como manejar (e como serão manejados) os sedimentos que vão, por ele e por contemporâneos, se depositar no vasto campo do saber em suas vidas científicas.