Aufhebung
TESE ANTÍTESE
SERVIDÃO LIBERDADE
RAZÃO Ministro
Vontade Forma Gozo Meio-termo
Renúncia Dom
Trabalho
servil e medo Reconhecimento Consciência
infeliz Agir Imutável
inessencial figurado
Escravo Senhor
Coisidade Consciência
para-si
Luta de vida ou morte Ceticismo
Consciência-de-si
VIDA
ONTOLOGIA
QUESTÕES PARA DISCUSSÃO – PARTE I
1. Como as figuras lógico-históricas do “senhor” e do “escravos” relacionam-se à discussão que Hegel faz
sobre a consciência como instância de conhecimento sobre o mundo e de elaboração da verdade?
2. Observe a seguinte citação de Introdução à leitura de Hegel, de Alexandre Kojève: “O senhor, por não
poder reconhecer o outro que o reconhece, acha-se num impasse. O escravo, ao contrário, reconhece
desde o início o outro (o senhor). Basta-lhe pois impor-se a ele, fazer-se reconhecer por ele, para que se
estabeleça o reconhecimento mútuo e recíproco, o único que pode realizar e satisfazer plena e
definitivamente o homem. É certa que, para que isso aconteça, o escravo deve deixar de ser escravo: ele
tem de transcender-se, de suprimir-se como escravo. Mas, se o senhor não tem nenhum desejo – logo,
nenhuma possibilidade – de suprimir-se como senhor (já que isso significaria para ele tornar-se escravo),
o escravo tem todo o interesse de deixar de ser escravo.” (p. 24-25) Discuta a interpretação de Kojève à
luz do texto hegeliano e da tradição do pensamento marxista.
3. Discuta a forma como a noção de “trabalho servil” fundamenta, para Hegel, o processo por meio do
qual “a escravidão, ao realizar-se cabalmente, vai tornar-se, de fato, o contrário do que é
imediatamente; entrará em si como consciência recalcada sobre si mesma e se converterá em verdadeira
independência.” (§193)
QUESTÕES PARA DISCUSSÃO – PARTE II
1. Discuta a maneira como as figuras da consciência descritas por Hegel na seção B
(“Liberdade da consciência-de-si”) relacionam-se, do ponto de visto temporal e
lógico, com a consciência-de-si que emerge da consciência escrava na seção A.
2. Estabeleça relações, considerando convergências e divergências, entre a noção
de “consciência escrava” (da seção A) e o conceito de “consciência infeliz” (da
seção B).
3. Esclareça o sentido da ideia de “meio-termo” ou “ministro” apresentada por
Hegel no §227. Em que sentido esse “meio-termo” permite resolver e suprassumir
a oposição presente na consciência infeliz? É possível encontrar na consciência
escrava (seção A) uma tal noção de “meio-termo” ou de “ministro” como momento
da emergência da consciência-de-si?