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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS


Bacharelado em Direito
Administrativo I
Prof.º Me. Almir Fernandes de Souza Júnior

FORMALIZAÇÃO, EXECUÇÃO E CONTROLE DO CONTRATO ADMINISTRATIVO

GILVAN DE BARROS PINANGÉ NETO


RAYNER ABREU E SILVA
C01

GOIÂNIA
2018
GILVAN DE BARROS PINANGÉ NETO
RAYNER ABREU E SILVA
C01

FORMALIZAÇÃO, EXECUÇÃO E CONTROLE DO CONTRATO ADMINISTRATIVO

Trabalho desenvolvido no 6º período do


curso de Bacharelado em Direito da
Pontifícia Universidade Católica de Goiás,
na disciplina Administrativo I, destinado à
avaliação parcial N2.
Orientador: Prof.º Me. Almir Fernandes de
Souza Júnior

GOIÂNIA
2018
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................3
1 FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS......................................................................4
2 EXECUÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS............................................7
2.1 APLICAÇÃO DE SANÇÕES DIRETAMENTE PELA ADMINISTRAÇÃO................8
3 LIQUIDAÇÃO............................................................................................................9
3.1 PAGAMENTO.........................................................................................................9
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................11
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INTRODUÇÃO

Embora típica do direito privado, a instituição do contrato é utilizada pela


Administração Pública, na sua pureza originária (contratos privados realizados pela
administração) ou com as adaptações necessárias aos negócios públicos (contratos
administrativos propriamente ditos). Daí porque a teoria geral do contrato é a mesma,
tanto para contratos privados (civis e comerciais) como para contratos públicos, de
que são espécie os contratos administrativos e os acordos internacionais. Todavia
contratos públicos são regidos por normas e princípios próprios do direito público,
atuando o direito privado apenas supletivamente, jamais substituindo ou derrogando
as regras privativas da Administração.
No direito privado a liberdade de contratar é ampla e informal, salvo as
restrições da lei e as exigências especiais de forma para certos ajustes, ao passo que,
no direito público, a Administração está sujeita a limitações de conteúdo e a requisitos
formais rígidos, mas, em contrapartida, dispõe dos privilégios administrativos para a
fixação e alteração das cláusulas de interesse público e até mesmo para por fim ao
contrato em meio de sua execução.
Essas peculiaridades é que caracterizam o contrato administrativo e o
distinguem do contrato privado, com seu próprio conceito. Contrato Administrativo é o
ajuste que a Administração Pública, agindo nessa qualidade, firma com particular ou
outra entidade administrativa, para consecução de objetos de interesse público, nas
condições estabelecida pela própria administração.
O contrato administrativo é sempre consensual e, em regra, formal, oneroso,
comutativo e realizado intuitu personae. Ë consensual porque consubstancia um
acordo de vontades e não um ato unilateral e impositivo da administração; é formal
porque se expressa por escrito e com requisitos especiais; é oneroso porque
remunerado na forma convencionada; é comutativo porque estabelece
compensações recíprocas e equivalentes para as partes; é intuitu personae porque
deve ser executado pelo próprio contratado vedadas, em princípio, a sua substituição
por outrem ou a transferência do ajuste.
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1 FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS

A celebração dos contratos exige diversas formalidades estabelecidas


na Lei 8.666/93.
Tal diploma prevê a necessidade de realização prévia de licitação, nos
termos do regramento estabelecido no artigo 23 da Lei Federal. Excepcionalmente,
no entanto, é possível a contratação direta, nos casos de inexigibilidade e dispensa
de licitação, situações em que será imprescindível a elaboração de um procedimento
de justificação, conforme prevê o parágrafo único do artigo 26 (BRASIL, 1993):

Lei nº 8.666 de 21 de Junho de 1993


Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas
para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e
seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25,
necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo
único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias,
à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no
prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos. (Redação
dada pela Lei nº 11.107, de 2005)
Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de
retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os
seguintes elementos:
I - caracterização da situação emergencial, calamitosa ou de grave e iminente
risco à segurança pública que justifique a dispensa, quando for o caso;
(Redação dada pela Lei nº 13.500, de 2017)
II - razão da escolha do fornecedor ou executante;
III - justificativa do preço.
IV - documento de aprovação dos projetos de pesquisa aos quais os bens
serão alocados. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)

Ademais, conforme disposição expressa na lei de licitações, o contrato


administrativo deve ser celebrado por escrito, sendo nulo e sem efeito aquele
avençado de forma diferente. Permite-se, todavia, a contratação verbal quando o
pacto importar em pequenas compras de pronto pagamento, desde que o valor do
negócio não ultrapasse quatro mil reais.
O Tribunal de Contas da União (TCU), a reforçar a letra da lei, já decidiu
pela irregularidade da celebração de contrato com clausula de vigência retroativa, que
caracteriza, em verdade, a existência de contrato verbal antes da efetiva formalização
(TCU, Acórdão número 25/2007, Plenário, rel. Min. Ubiratan Aguiar, BRASIL, 2007ª):
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Não obstante o acolhimento integral das razoes de justificativa dos


responsáveis ouvidos em audiência entendo pertinente a proposta da
Unidade Técnica no sentido de se determinar à ECT que se abstenha de
promover a aquisição de bens ou serviços sem cobertura contratual, bem
como de celebrar contratos com clausula de vigência retroativa,
caracterizando a existência de contrato verbal antes de sua formalização, por
contrariar o disposto no parágrafo único do artigo 60 da Lei 8.666/93.

No que tange ao instrumento de contrato, o artigo 62, ao tratar da


disciplina, previu a necessidade desta formalidade nas hipóteses de concorrência ou
tomada de preços, bem como nos casos de contratação direta com valor dessas duas
modalidades. O referido instrumento se torna facultativo, por sua vez, nas demais
situações, em que a Administração puder substitui-lo por outros documentos que
materializem a obrigação, como é o caso da contratação em valor abrangido pela
modalidade convite, por meio de nota de empenho ou ordem de serviço.
O teor dos julgados do Tribunal de Contas da União, por sua vez, deixa
claro que, embora se permita a substituição prevista no artigo 62, in fine, da Lei de
Licitações, deve-se aplicar no que couber, uma mínima formalização adequada.
Vejamos (TCU, Acordão número 7.125/2010, rel. Min. Valmir Campelo, Brasil, 2010ª).

Conforme se depreende da leitura do rol de especificações obrigatórias, a


administração pública não pode prescindir da adequada formalização dos
termos contratuais pertinentes, mesmo os substituídos por notas de
emprenho, obediência ao princípio da legalidade. Há uma mitigação, mas não
há exoneração do dever do gestor de aplicar, no que couber, a formalização
adequada. A dispensa pira e simples não é admissível.

Por último, impede ressaltar a necessidade de publicação do contrato,


que é condição de eficácia do negócio jurídico, nos termos do que delimita o artigo 61
da lei em comento.
Ainda na seara da formalização dos contratos, Justen Filho (2012, p.866)
escreve que:

assim como a urgência autoriza a contratação direta (art.24, inc.IV), também


pode conduzir a que a formalização da avença seja posterior ao início da
execução da prestação devida pelo particular, sempre que as circunstancias
assim o exijam. Trata-se de uma ressalva de força maior, implicitamente
prevista em todo o dispositivo normativo.

Nesse sentido já se manifestou o TCU (TCU, Acordão número 2.049/2010,


Plenário, rel. Min. Augusto Nardes, BRASIL, 2010b):
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O Tribunal de Contas da União tem firmado entendimento no sentido que se,


no caso das obras rodoviárias emergenciais do Petse, a ausência de
instrumento e contrato, desde que reste comprovada a não-ocorrência de
atos lesivos ao Erário, é irregularidade que permite a continuidade da obra
mediante o saneamento do vicio original.
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2 EXECUÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

A execução dos contratos administrativos está prevista no artigo 66 da Lei n.


8.666/93, que consolida a expressão latina “pacta sunt servanda”. A regra do “pacta
sunt servanda” dispõe que o pacto deve ser fielmente cumprido pelas partes conforme
avençado inicialmente.
Dessa forma, no momento da celebração do contrato, o contratado sabe o
quanto vai receber durante a execução do ajuste. Isto porque, o valor da remuneração
deve ser igual ao da proposta na licitação, sob pena de fraude.
O contratado também saberá o quanto de despesa terá. Isto pois, o artigo 71
da Lei n.
8.666/93 dispõe que o contratado é responsável pelos encargos trabalhistas,
previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. Os
encargos que surgem durante a execução de um contrato recebem a denominação
de áleas.
Sendo que podem ser de duas espécies. A primeira, as ordinárias, englobam
os encargos normais, previsíveis, que surgem durante a execução de um contrato.
Que responde por elas é o contratado.
Atenção: Em face do surgimento de encargos durante a execução do ajuste, o
contratado não pode pedir alteração das condições iniciais, alegando não ter como
cumprir com os mesmos. Isto porque, os encargos são previsíveis. Ou seja, previstos
na lei.
A segunda, as extraordinárias, englobam os encargos anormais, imprevisíveis,
que surgem durante a execução de um contrato. O responsável por elas é o
contratado, no entanto, com uma diferença, enquanto, na ordinária, os encargos são
previsíveis e o contratado deve cumprir o contrato, na extraordinária, por sua vez, o
contratado pode recorrer ao Poder Público, apesar de ter de fazer frente aos encargos.
Em outras palavras, pode invocar mudanças nas condições iniciais do contrato.
Temos que a diferença entre a remuneração e a despesa, geralmente, recebe
o nome de margem de lucro. Que, tecnicamente, recebe o nome de equação
econômico financeira.
Portanto, dentro dos contratos administrativos, esta equação é à margem de
lucro do contratado, que deve ser mantida do começo até o final do contrato. Assim,
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o equilíbrio de tal equação é o principal direito que o contratado pode opor junto à
administração pública.
Desse modo, apesar das prerrogativas da Administração, o contratado não
pode ficar sem qualquer segurança. Do contrário, ninguém se interessaria em
contratar com a Administração.

2.1 APLICAÇÃO DE SANÇÕES DIRETAMENTE PELA ADMINISTRAÇÃO

A administração pública poderá aplicar sanções ao contratado diretamente,


caso constate a inexecução total ou parcial do contrato. Em outras palavras, não há
necessidade de que a administração dependa da manifestação de outro órgão público
para aplicar sanções aos particulares com quem contrata. Dentre as principais
sanções estão: Advertência, multa e suspensão temporária de participação em
licitação ou impedimento de contratar com a administração.
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3 LIQUIDAÇÃO

A Liquidação ocorre após a realização do fornecimento do bem, da execução


da obra, da prestação do serviço ou do encerramento de cada etapa de execução do
contrato. Conforme definido no Artigo 63, da Lei nº 4.320/64, “a Liquidação da despesa
consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito”, devendo o Fiscal do Contrato
exigir da Contratada toda a documentação discriminada no contrato, em especial em
relação às comprovações relativas às regularidades fiscal, trabalhista e previdenciária.
A Liquidação da Despesa se inicia no momento em que o Fiscal do Contrato
atesta, no verso da nota fiscal/ fatura, o recebimento do bem, a execução e/ ou a
prestação do serviço, ou etapa da obra ou serviço, após a verificação, conferência e
confirmação da documentação exigida e apresentada.

3.1 PAGAMENTO

Para pagamento dos contratos celebrados, o Fiscal do Contrato deverá


encaminhar, além da documentação comprobatória do atendimento às disposições
legais e contratuais, as notas fiscais/ faturas originais, devidamente atestadas, termo
de recebimento, formulário Autorização de Pagamento, os quais irão instruir o
processo de pagamento.
O Fiscal do contrato deverá ainda verificar se a Nota Fiscal apresentada pela
Contratada está dentro de seu prazo de validade. Concluindo o procedimento de
liquidação, a Área Responsável pelo controle dos contratos deverá lançar no SIASG,
no módulo “Sistema de Gestão de Contrato –SICON”, os valores referentes à
execução contratual liquidados, por intermédio do cronograma físico-financeiro
disponibilizado no COMPRASNET – Portal de Compras do Governo Federal, e instruir
o processo para encaminhá-lo para pagamento.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Além dessas características substanciais, o contrato administrativo possui uma


outra que lhe é própria, embora externa, qual seja a exigência de prévia licitação, só
dispensável nos casos expressamente previstos em lei. Mas o que realmente o tipifica
e o distingue do contrato privado é a participação da Administração na relação jurídica
com supremacia de poder para fixar as condições iniciais do ajuste.
Desse privilégio administrativo na relação contratual decorre para a
Administração a faculdade de impor as chamadas cláusulas exorbitantes. É a
participação da Administração, derrogando normas de direito privado e agindo
publicae utilitatis causa, sob a égide do direito público, que tipifica o contrato
administrativo.
A administração pode realizar contratos sob normas predominantes, do direito
privado, e frequentemente os realiza, em posição de igualdade com particular
contratante, como pode fazê-lo com a supremacia do Poder Público. Em ambas as
hipóteses haverá interesse e finalidade pública, como pressupostos do contrato, mas
no primeiro caso, o ajuste será de natureza semi-pública (contrato administrativo
atípico) e somente no segundo haverá contrato administrativo típico. Daí a necessária
distinção entre contrato semi-público da Administração e contrato administrativo
propriamente dito, como já o fez o Estatuto (art. 52, § 3º, a e b).
Os contratos administrativos podem ser de colaboração e de atribuição. O
contrato de colaboração é todo aquele em que o particular se obriga a prestar ou
realizar algo para a Administração, como ocorre nos ajustes de obras, serviços ou
fornecimentos; contratos de atribuição é o que a Administração confere determinadas
vantagens ou certos diretos ao particular, tal como o uso particular do bem público. O
primeiro é firmado no interesse precípuo da Administração; o segundo é realizado no
do particular, desde que não contrarie o interesse público. Essa definição é
fundamental para correta interpretação dos contratos administrativos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado.


26. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Método, 2018.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 42 ed. São Paulo:


Malheiros, 2013.

VENTURA, Luis Henrique. Gestão de Contratos. Internos, Internacionais e


Eletrônicos. 1ª Ed. São Paulo: Edipro, 2010.

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