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TEOLOGIA DE UMBANDA

Desenvolvido e Ministrado por Alexandre Cumino

Aula Digitada 02 Parte 02


Obs.: este documento é a transcrição fiel do discurso das vídeo-aulas, portanto poderá conter erros gramaticais
mantendo a originalidade da origem.

Olá meus irmãos. Voltamos aqui no segundo bloco da segunda aula falando sobre Umbanda e
Candomblé e (dando) observando um pouco o que é que aconteceu na África no período de colonização.
Ao contrário do que a gente pensa ou, pelo menos, do que alguns pensam ou pensavam ou do que
eu aprendi na escola quando eu era criança. O Europeu, ele não entrou na África com uma arma na
mão fazendo escravos. A África, ela vivia em constantes guerras de conflito entre uma nação e outra,
por exemplo, os Jejes viviam em guerra contra os Nagôs e já era um costume africano fazer escravos.
Aqui no período de colonização do Brasil, numa parceria entre a igreja e o Estado, ou seja, a igreja
Católica e o reino de Portugal por forte influência dos Jesuítas foi se entendendo que a mão-de-obra
indígena era uma mão de obra muito difícil, costumava-se dizer que o índio tinha o espírito muito livre,
não era possível escravizar o índio por essa liberdade de espírito que o índio tinha. Então, será que o
índio tinha um espírito livre e o africano não tinha o espírito livre? É uma questão histórica, todo mundo
tem um espírito livre, ninguém, ninguém quer ser escravizado. O que acontece é que o índio estava na
sua terra, você vai escravizar o índio dentro da própria terra dele que ele conhece muito melhor que
você, é muito mais difícil. A maneira de viver do índio é muito solta, muito tranquila, principalmente,
da cultura Tupi Guarani, eles não tinham tanto costume como o homem branco de dar ordens, de
mandar, de criar uma estrutura fechada em que um comanda e muitos obedecem, tinha sim, Caciques
e Pajés, mas a relação era muito tranquila. A criança indígena ela cresce muito solta, não tão castrada
quanto à criança que vem da cultura Europeia Judaica Cristã. No entanto, na África as tribos em
constantes guerras já faziam escravos, e uma (tribo) quando uma nação vencia outra nação faziam os
sobreviventes daquela nação como escravos. O que o Europeu fez a igreja deu a benção pra que se
fizesse escravos Africanos. E não era muito difícil porque o Europeu entrava na África e o Português,
principalmente, o Português, o Espanhol, eles negociavam com os reis Africanos de certas nações, eles
compravam os escravos de guerra, eles compravam gente que já estavam na condição de escravo para
trazer ao Brasil, também, para as outras Américas, mas o nosso foco aqui é o Brasil. Então, o rei de
uma nação entrava em guerra com o rei de outra nação escravizava as pessoas e vendia para o
traficante, pra esse tráfego negreiro, para os navios tumbeiros. E esses negociantes chegavam, só para
que se tenha ideia, chegavam a trocar gente por pinga, porque o navio negreiro encostava no Brasil,
descarregava os escravos e enchia o navio de Pau-Brasil, de especiarias e, também, no Brasil já tinha
alambique, enchia de pinga, encostava na África outra vez e trocava gente por mercadoria, trocava
gente por pinga. E, também, os Europeus armavam as nações Africanas pra que eles fizessem um
número maior de escravos. No final, do período da colonização houve uma guerra entre o Imperador ou
o rei e militar dos Jejes que era o Guenzo, ele entrou em guerra com os Nagôs e ele escravizou uma
nação inteira, escravizou inteirinha a nação de Ketu aonde na África existia o culto de Oxóssi. De tal
maneira que o culto do Orixá Oxóssi quase sumiu da África. E no final, então, do período de escravidão
ali no século XVII, essa nação Africana inteirinha foi escravizada e vendida e boa parte dela veio para o
Brasil e a maior parte dela foi para a Bahia. No final da escravidão é o período em que o Império deu
aos escravos o domingo como dia livre pra eles cantassem, pra que os escravos cantassem e dançassem.
Pois, na África as diferentes nações eram inimigas e na África cada nação cultuava o seu Orixá. Agora,
na condição de escravos, eles esqueciam as inimizades e se uniam. Isso representava um perigo porque
poucos brancos tomavam conta de muitos negros. Então, foi por causa disso que deram o domingo como
o dia livre para o negro dançar, negro cantar e pra esse negro escravo lembrar da sua cultura e da sua
diferença pra outras etnias Africanas. E aí nasce, ou seja, nasce uma maior liberdade de praticar a sua
religiosidade. Se na África você tinha a nação de Xangô, a nação de Oxóssi, a nação de Oxum, a nação
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de Oxalá, agora numa condição de escravidão, num único dia, em algum momento, eles tinham um
único espaço para sua religiosidade, de cultuar vários Orixás.
Então, dessa maneira nasceu a religiosidade afro-brasileira, revivendo uma cultura Africana
adaptada a uma realidade Brasileira, uma realidade cativeiro. Ali nasce, então, na Bahia a religiosidade
afro-brasileira do culto de Orixá, no Maranhão o culto de Voduns, no Rio de Janeiro o culto de Nkice,
essas três principais, principalmente, Bahia, Rio de Janeiro e Maranhão tiveram uma forte, uma
religiosidade muito presente como também no Rio Grande do Sul. Em São Paulo, em menor escala a
religiosidade afro-brasileira se destacou, vem se destacando ao longo dos anos. Mas ali, então, num
único espaço havia a necessidade de cultuar muitos Orixás e aí, então, nasce uma nova religião, uma
religião ou novas religiões, uma religião afro-brasileira: o Candomblé Baiano, o Tambor de Mina
Maranhense, a Macumba no Rio de Janeiro, assim como surgem outras expressões, como: o Catimbó do
Nordeste, como o Terecô e outras ainda. Nesse momento ainda não existe Umbanda, não nasceu ainda
a religião de Umbanda, ninguém pratica o ritual de Umbanda, mas já há o culto de Orixá e aqui nós
podemos nos remeter mais especificamente no Candomblé Baiano ao que é o tradicional, ou seja,
aonde nasce de fato o Candomblé Baiano como se conhece hoje. Ele nasce no Engenho Velho, na Casa
Branca que é considerada o primeiro Terreiro de Candomblé, a Casa de Iá Na Sô, a Casa Branca no
Engenho Velho. A partir, fundada em torno de 1810, a partir desse primeiro Terreiro de Candomblé que
vai nascer dali saem as sacerdotisas que vão fundar os outros dois grandes Barracões ou Casa de
Candomblé Baiano que é: “Cantuá” e o “Ilê Opô Afonjá”, a Casa que foi de mãe Menininha, o Cantuá e
a Casa que foi de mãe Senhora, o Ilê Axé Opô Afonjá. Então, essas três casas: a Casa Branca, o Cantuá,
e o Opô Afonjá são os três grandes Candomblés mais tradicionais na Bahia e que deram a linha mestra
daquilo que é chamado de Candomblé, de culto de Orixá na modalidade Candomblé Baiano que exerce
muita influência sobre a Umbanda, mas que é uma outra religião. Então, existe uma estrutura ritual do
Candomblé que é diferente da estrutura ritual do Tambor de Mina, que é diferente da estrutura ritual
de Angola, que é diferente de uma religião que nasce em 1908, que é a Umbanda. Então, há algumas
diferenças práticas entre Candomblé e Umbanda, entre Candomblé e Tambor de Mina. No Candomblé
se tem culto de Orixá, o Candomblé Baiano, ele é muito fechado, é uma religião de segredo, é uma
religião falada na língua Yorubá e é uma religião de iniciação, pra você entrar para um Candomblé,
fazer parte de um Candomblé, você tem que ser iniciado. Então, é uma estrutura de iniciação que é
uma estrutura de camarinha, uma estrutura que tem deitada, uma estrutura que faz raspagem da
cabeça, que faz o Ori, que dá de comer para o Orixá no Ori, que prepara o Ibá, os assentamentos, as
firmezas, dentro da sua tradição do Candomblé é onde a pessoa tem que ficar recolhida no Barracão
pra ser iniciada até o dia que tem a saída do seu Orixá, uma estrutura de Candomblé fechada aonde o
que predomina é o culto de Orixá. Aonde Orixá pisa, espíritos não pisam. E na língua Yorubá, espíritos é
chamado de Egun, então, ali todo e qualquer espírito é considerado Egun. Nesse culto de Orixá, o
Candomblé tradicional só se trabalha com Orixá, não se trabalha com Egun. Diferente do Tambor de
Mina, que é de uma cultura Jeje aonde as divindades são Voduns. No Tambor de Mina, além dos Voduns
também se manifesta os espíritos, mas não é qualquer espírito, são espíritos que tiveram uma
encarnação especial, são espíritos que na sua morte se encantaram, eles são chamados de:
“Encantados”. Então, no Tambor de Mina tem os Voduns e os Encantados. Esses Encantados são
espíritos Africanos, mas essa cultura Jeje é aberta e é inclusiva, ela aceita valores de outras culturas.
Então, eles reverenciam os Encantados como os donos dessa terra. No Tambor de Mina, então, também
se reza e se chamam Caboclos, espíritos de índios. Muitas entidades que estão na Umbanda a gente
também se observa ali, mas como Encantado numa outra realidade, espíritos de Pretos-Velhos e
também de Portugueses como reis e rainhas, como Rei Sebastião. Diferente da cultura Angolana, que
cultua Nkice, mas na cultura Angola da qual surgiu o Candomblé de Angola ou que surgiu a antiga
Macumba no Rio de Janeiro, você tem uma mistura aonde, uma forma de trabalhar aonde Nkice e
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espíritos trabalham juntos sem restrição, de forma inclusiva e aberta com pouco segredo, se fala na
língua Kimbundo e essa é uma religião, realidade, religião que está ali no Rio de Janeiro. Então, são
diferentes culturas, diferentes religiões e nas quais a Umbanda bebeu um pouquinho da cada uma, mas
que traz, é, um ritual diferente.
Então, diferença clássica, o Candomblé é uma religião que trabalha só com Orixás, a Umbanda é
uma religião que trabalha com Orixás e espíritos. Semelhança: o Candomblé tem semelhante
mediunidade e os Orixás. Agora, a Umbanda tem uma estrutura inclusiva e aberta, falada em língua
Portuguesa e o Candomblé é falado em língua Nagô Yorubá. A Umbanda guarda semelhanças com esse
Candomblé de Caboclo, com a Macumba do Rio de Janeiro, guarda semelhanças. Mas, a Umbanda é
uma religião na qual, você tem uma estrutura de sincretismo de santos Católicos, uma influência da
doutrina Espírita, a presença do Caboclo junto com a presença do Preto-Velho, num ritual todinho ele
feito na língua Portuguesa, de uma estrutura única, de um ritual único. A Umbanda nasce no momento
que nasceu, que surgiu seu ritual pela primeira vez por meio de Zélio Fernandino de Moraes e o Caboclo
das Sete Encruzilhadas. Então, a gente tem umas diferenças clássicas e bem pontuais da religião de
Umbanda para o Candomblé. No Candomblé você só entra por meio da iniciação e até que o adepto
consiga alcançar sete anos de Candomblé ele nunca pratica a religião de forma sozinho, ele dá
obrigações de um ano, de três anos, de cinco anos e de sete anos. Na Umbanda não, o médium faz
desenvolvimento mediúnico, incorpora seus Guias e está pronto pra trabalhar. Em algum momento ele
recebe missão de abrir um Terreiro e não importa quanto tempo ele tem de Umbanda, quando ele
recebe essa missão, ele vai e abre o seu Terreiro porque o Guia toma a frente e ele dá essa missão.
Então, assim é na Umbanda faz desenvolvimento mediúnico e não a iniciação do Candomblé. Há
Terreiros de Umbanda que por influência do Candomblé fazem recolhimento, fazem Bori e fazem
outros fundamentos da religião do Candomblé na Umbanda, porque o adepto vem do Candomblé.
Então, existe esta liberdade? Existe essa liberdade, mas não é o fundamento. O fundamento é: a
Umbanda é uma religião mediúnica que tem no desenvolvimento mediúnico, tem por meio da
mediunidade a sua base fundamental de como praticar a religião, na qual, o seu adepto vai de maneira
lenta e gradual apreendendo como que é essa mediunidade se encaixa dentro de um ritual, dentro de
um Templo, de uma religião urbana que é a religião de Umbanda.
Então, nós vamos parando esse bloco por aqui e voltamos no próximo bloco ainda falando um
pouquinho mais sobre Umbanda e Candomblé ou Umbanda e religiosidade afro-brasileira.
Que Oxalá nos abençoe e até o próximo bloco.

DIGITAÇÃO – Equipe Umbanda EAD

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