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O estudo dos taludes e da sua estabilidade.

Chapter · January 2010

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Mário Quinta-Ferreira
University of Coimbra
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Ciências Geológicas: Ensino, Investigação e sua História
Volume II

Geologia Aplicada

Publicação Comemorativa do “ANO INTERNACIONAL DO PLANETA TERRA”

Associação Portuguesa de Geólogos


Sociedade Geológica de Portugal

J.M. Cotelo Neiva, António Ribeiro, Mendes Victor, Fernando Noronha, Magalhães Ramalho
“Ciências Geológicas – Ensino e Investigação e sua História” - 2010

O ESTUDO DOS TALUDES E DA SUA ESTABILIDADE


THE STUDY OF THE SLOPES AND OF ITS STABILITY

Mário Quinta Ferreira1

RESUMO
Abordam-se alguns aspectos da aplicação da Geologia de Engenharia ao estudo dos taludes e da sua
estabilidade com base na prática Portuguesa recente. São referidos casos de instabilizações ocorridas em
Portugal, realçadas algumas das suas principais características, bem como factores naturais e antrópicos
que estiveram na origem das instabilizações
PALAVRAS-CHAVE: taludes, estabilidade, geologia de engenharia.

ABSTRACT
The Engineering Geology study of the slopes and of its stability is presented, based on the recent
Portuguese practice. Examples of slope failures occurred in Portugal are referred, their main
characteristics are stressed both with the natural and human factors considered relevant for the occurrence
of the failure.
KEY-WORDS: slopes, stability, engineering geology

INTRODUÇÃO
A abordagem aqui efectuada pretende apresentar alguns aspectos em que a Geologia de Engenharia
tem contribuído para o estudo dos taludes e da sua estabilidade, com particular incidência para a realidade
portuguesa recente. Não se descrevem os métodos de cálculo da estabilidade nem os procedimentos de
estabilização que podem ser encontrados em diversos livros (e.g.: Hoek e Bray, 1981; Abrmson et al.,
2002; Vallejo et al., 2002; Hunt, 2005).
A evolução natural das vertentes (Gomes Coelho, 1979) tem sido ao longo dos tempos geológicos
um importante processo de modelação da superfície terrestre, tendo como principal motor a força da
gravidade. A instabilização tende a resultar dos processos geológicos, nomeadamente dos mecanismos de
alteração (Barros e Monteiro, 1997) e de erosão, sendo a instabilização frequentemente desencadeada por
uma ocorrência excepcional, tal como uma chuva intensa (Campos e Matos et al., 2002a; Borges e Correia,
2003; Roxo, 2004; Vazquez et al., 2004; Lemos e Quinta Ferreira, 2004a,b; Quinta Ferreira et al., 2005;
2006; Andrade e Saraiva, 2006; Barradas, 2008), um sismo ou mesmo uma intervenção humana, reduzindo
o factor de segurança para valores inferiores à unidade.
Nos taludes artificiais geralmente adopta-se a maior inclinação possível, desde que compatível com as
necessárias condições de segurança, em função do tipo de terrenos, da obra e da sua finalidade,
efectuando uma modificação drástica nas condições iniciais dos taludes, o que os torna mais susceptíveis
de instabilizar (Jeremias et al., 2004). Quando o espaço disponível, as condicionantes económicas, ou
outras exigências obrigam à utilização de inclinações elevadas, acima das condições mínimas de segurança
há que recorrer a medidas de estabilização adicionais e a estruturas de suporte que garantam a estabilidade
(Cardoso e Quintanilha de Menezes, 2006).
De entre os factores com importância na estabilidade dos taludes podemos considerar os factores
condicionantes ou passivos: geológicos, hidrogeológicos e geotécnicos, que são intrínsecos aos materiais
naturais, e os factores desencadeantes ou activos: cargas estáticas ou dinâmicas, mudanças nas condições
hidrogeológicas, factores climáticos e variações na geometria ou nos parâmetros resistentes dos terrenos
(Vallejo et al., 2002). O conjunto dos vários factores actuantes influenciam o comportamento dos

1 Professor Associado , Dep. Ciências da Terra e Centro de Geociências , Universidade de Coimbra. 3000-272 Coimbra. mqf@dct.uc.pt

Volume II, Capítulo III - Geologia de Engenharia |305


materiais e os mecanismos de deformação e de rotura. O perigo da instabilização de um talude resulta da
sua magnitude potencial e da sua probabilidade de ocorrência. Quanto ao risco, que se refere às
consequências da rotura na actividade humana, vai também depender do tipo e densidade de ocupação
humana que pode ser afectada pela instabilização (Lamas e Rodrigues Carvalho, 1991; 2002; Rosa et al.,
2000; Xavier e Pina, 2006).
Muitas roturas de taludes são o resultado da conjugação de diversos factores cujo somatório
desencadeia a instabilização, nem sempre sendo fácil de antever a sua ocorrência, dimensão, e tipo de
instabilização (Quinta Ferreira e Quinta Ferreira 2002-2004; Quinta-Ferreira, 2007). No entanto, a maioria
das condições mais perigosas são possíveis de ser identificadas, desde que adequadamente estudadas
(Sousa Cruz e Costa, 2006), pois que a estrutura geológica e a natureza dos materiais condicionam
fortemente a estabilidade, tendendo também a haver sinais precoces da instabilização traduzidos pelo
aparecimento de movimentos e de fendas superficiais. Enquanto a resistência global do maciço for igual
ou superior às forças actuantes, o maciço está estável, não ocorrendo rotura dos taludes, pelo que um
talude não pode ser considerado estável a longo prazo enquanto não tiver sido sujeito às condições mais
severas susceptíveis de lhe provocar a rotura.
A metodologia utilizada no estudo dos taludes tem como base os procedimentos usualmente
seguidos nos estudos geológicos e geotécnicos. Pretende-se correntemente efectuar a previsão da rotura,
definir o tipo de tratamento necessário para os taludes potencialmente instáveis e escolher as medidas de
estabilização dos taludes que sofreram rotura.
Um aspecto relevante que deveria aumentar de importância na estabilização dos taludes é a sua
integração paisagística e a redução dos impactes ambientais gerados, pois há tendência a sobrevalorizar a
escolha das soluções em função da economia e da segurança.

CLASSIFICAÇÃO
A enorme diversidade no tipo de rotura, na sua geometria, no volume envolvido, na distância
percorrida e na velocidade de movimento torna cada instabilização singular. A rotura dos taludes pode
ocorrer a escalas muito diversas, desde pequenas instabilizações sem consequências relevantes, até grandes
deslizamentos com efeitos catastróficos. A rotura implica apenas que ocorreu movimento, não
significando que este tenha parado.
A classificação dos tipos de rotura dos taludes pode ser efectuada com base na forma, na velocidade
e no movimento, tendendo as principais formas de movimento a ser dependentes das condições
geológicas do talude. No Quadro 1 apresenta-se uma classificação dos tipos de rotura dos taludes, enquanto
que no Quadro 2 se apresenta a classificação tendo em conta a velocidade e o movimento. No Quadro 3
procura-se relacionar as principais formas de movimento em função das condições geológicas do talude.
Quadro 1 - Classificação dos tipos de rotura de taludes.
Classificação Forma
Desmoronamento Queda livre. Rolamento. Ressalto.
Tombamento Flexural. Blocos.
Rotacional.
Deslizamento Planar ou translaccional:
blocos, cunhas, espalhamento lateral, detritos.
Avalanche Rocha. Detritos.
Fluxo Rocha. Detritos. Solo.
Soliflucção Superficial devido ao degelo.
Fluência Deformação lenta, mais intensa superficialmente.
Complexo Qualquer associação de formas.
Quadro 2 - Velocidade e movimento da rotura de taludes (baseado em Cruden e Varnes, 1996).
Velocidade Movimento Classificação
> 18 km/h Extremamente rápido Desmoronamento, avalanche e fluxo.
> 180 m/h Muito rápido
> 1,8 m/h Rápido Deslizamento.
> 13 m/mês Moderado
>1,6 m/ano Lento
>1,6 mm/ano Muito lento Fluência.
<1,6 mm/ano Extremamente lento

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Quadro 3 - Principais formas de movimento função das condições geológicas (adaptado de Hunt, 2005).
Condições geológicas Formas de movimento típicas
Desmoronamento e tombamento por perda de suporte.
Rotura por cunhas ao longo das descontinuidades.
Maciços rochosos em geral
Deslizamento planar e de blocos segundo as descontinuidades.
Fluxos de detritos secos.
Rochas sedimentares:
- Camadas horizontais Rotacional ou cunha segundo as descontinuidades.
- Camadas inclinadas Planar e deslizamento de blocos segundo as camadas.
Rochas metamórficas Deslizamento segundo as foliações.
Solos residuais e coluviões:
- Depósitos espessos Rotacional, geralmente progressivo.
- Depósitos finos Deslizamento de detritos, planar, avalanches ou fluxos.
Solos aluvionares:
- Incoerentes Fluxos.
- Coerentes Rotacional ou cunha.
- Estratificados Rotacional ou cunha. Espalhamento lateral em solos finos.
Depósitos glaciares:
- Moreia e lacustre Rotacional.
- Marinhos Rotacional, espalhamento lateral, fluxos.
Depósitos eólicos: - Dunas Fluxos.
- Loess Deslizamento de blocos. Fluxos durante sismos.

IMPORTÂNCIA DAS CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS


A rotura de uma superfície de baixa resistência é essencialmente controlada pela coesão e pelo atrito
dos materiais geológicos cujas propriedades dependem da sua natureza e da sua história geológica. Uma
análise geológica cuidada permite em muitos casos clarificar a importância das estruturas, da litologia e da
estratigrafia (Figura 1) no condicionamento das instabilizações (Quinta-Ferreira, 2007). Nos casos em que
a natureza do terreno apresenta grande variabilidade, há que reforçar o estudo e análise das características
geológicas e geotécnicas, para melhorar a eficiência nos trabalhos de projecto e de estabilização. No
entanto, tal como relatam Sousa Cruz e Costa (2006), nem sempre se conseguem identificar todas as
condicionantes à estabilidade durante um estudo geológico e geotécnico. Outras vezes as dificuldades
resultam da ausência de estudo adequado que permita antever os problemas de instabilização (Valverde
Miranda e Ramos, 1997; Cardoso et al., 2006).
A estrutura geológica e em particular as descontinuidades dos maciços (Oliveira, 1973; Ballesteros et
al., 1995) controlam fortemente a estabilidade em função da sua orientação, da geometria do talude e da
geomorfologia. Estes aspectos tendem a ser facilmente observados nos taludes de escavação de obras
rodoviárias (Figura 1-b). Na ilha da Madeira, em que a geologia vulcânica e a topografia acidentada
condicionam fortemente a estabilidade, os procedimentos de estabilização requerem uma cuidada
adequação em função das condições locais do terreno e do tipo de obra (Pereira et al., 2004; Freitas et al., 2006).

a) b)
Figura 1 – a) Fluxo de solos da Av. Elísio de Moura, Coimbra. b) Rotura por
basculamento de talude de escavação na EN242.
Volume II, Capítulo III - Geologia de Engenharia |307
As zonas com vertentes íngremes tendem a apresentar condições de segurança dos taludes difíceis de
compatibilizar com a sua ocupação. Em Almada, a estrutura geológica em monoclinal inclinando para sul,
gera uma falésia abrupta, enquanto que na margem norte, onde se implanta Lisboa, o declive é suave e a
mergulhar para o rio. A necessidade de ocupar a margem Sul do Tejo tem obrigado, ao longo dos anos, a
numerosos estudos e trabalhos de estabilização de modo a minorar os problemas de instabilização
essencialmente resultantes da evolução geomorfológica da arriba e da alteração dos materiais carbonatados
(Lamas e Rodrigues Carvalho, 1991; 2002; Rosa et al., 2000).
As características geológicas e as condições hidrogeológicas particulares podem também criar
condições propícias à instabilização em situações que aparentemente não o justificariam. Nestes casos a
presença de solos de baixa resistência ao corte e de condições hidrogeológicas capazes de gerar pressões
neutras elevadas são frequentemente as causas das instabilizações, que podem mesmo ocorrer em taludes
com uma inclinação reduzida (Roxo, 2004).
Roxo e Tareco (2006) relatam um outro caso muito singular em que as condições geológicas
estiveram na origem da instabilização de um talude constituído por rochas brandas/solos rijos tendo
causado elevados danos, obrigando à demolição do bloco de anexos com vários pisos, adjacentes ao Hotel
Estoril-Sol, em Cascais. Com base na prospecção por perfis de resistividade eléctrica e nas sondagens
mecânicas, concluíram da existência de um mecanismo complexo de rotura em resultado da ocorrência de
uma chaminé basáltica, em torno da qual o maciço mais deformável rodava.
A presença de filões com forte alteração tendem a degradar as condições de estabilidade (Barros e
Monteiro, 1997), o que é agravado por obras de escavação e pela precipitação intensa. Quando os maciços
rochosos se encontram alterados e as superfícies das descontinuidades possuem baixa resistência, a
recolha de amostras para ensaios de laboratório é bastante difícil. Uma alternativa para minorar esta
dificuldade é proposta por Pinheiro et al. (2003) e consiste na execução de estudos geotécnicos
pormenorizados de campo de modo a caracterizar com rigor as superfícies de escorregamento e efectuar
retroanálises das instabilizações para determinar as condições que estiveram na origem da rotura.
Diversos trabalhos abordam a caracterização de taludes xistosos que sofreram instabilização, ou o
estudo das características dos materiais (Valverde Miranda e Ramos, 1997; Andrade e Saraiva, 1999; Melo
et al., 2004; Saraiva et al., 2006; Andrade e Saraiva, 2008), bem como dos procedimentos e ensaios de
laboratório e da sua interpretação (Gomes, 1999). A análise de instabilizações por tombamento em xistos
é abordada nos trabalhos de Quinta Ferreira (2000) e de Andrade e Saraiva (2002).
Na região do Douro, a modelação da topografia para a cultura da vinha tem apresentado algumas
situações que geraram instabilizações (Vazquez et al., 2004; Leal Gomes et al., 2008). Sendo a região do
Douro Património Mundial há que concertar esforços para evitar a degradação da paisagem e das
estruturas tradicionais de socalcos da região, que muitas vezes estão na origem das instabilizações
verificadas.
A fracturação excessiva dos materiais rochosos resultante da utilização de explosivos durante o
desmonte dos taludes, originam danos nos maciços que, mais tarde, podem desencadear problemas de
estabilidade (Costa, 2000).

IMPORTÂNCIA DA ÁGUA NA INSTABILIZAÇÃO DOS TALUDES


As condições hidrogeológicas e o comportamento hidrogeológico dos maciços podem ser
considerados como os principais factores condicionantes da estabilidade dos taludes. A água é prejudicial à
estabilidade, degradando o comportamento dos terrenos ao aumentar a tensão neutra, o peso dos terrenos
e as forças de percolação. Provoca ainda a molhagem e a erosão, interna e superficial, dos materiais
geológicos.
É sabido que de entre as técnicas utilizadas na estabilização dos taludes, a drenagem é a que tende a
apresentar melhor relação custo/benefício. O papel estabilizador da drenagem é mais relevante em solos
de permeabilidade reduzida (siltes e argilas), em maciços rochosos possuindo descontinuidades com
orientação que favoreça a instabilização, ou em materiais geológicos evolutivos, em que a resistência ao
corte diminui com a molhagem. Tal como refere Pires Carreto (1989) a drenagem procura reduzir a tensão
neutra e não drenar caudais importantes, pelo que nos terrenos de baixa permeabilidade, mesmo baixos
caudais tendem a melhorar significativamente a estabilidade. As medições piezómetricas e a construção de
redes de fluxo permitem melhorar a avaliação da estabilidade sempre que a água tem um papel de relevo.
De entre os procedimentos de drenagem interna correntes podemos citar as trincheiras, os esporões
drenantes, as máscaras drenantes e os drenos sub-horizontais. Menos utilizados devido aos elevados
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custos encontram-se as galerias e os poços drenantes.
Sendo a precipitação a principal responsável pelo aumento do teor em água nos terrenos, é das
causas mais importantes no desencadear das instabilizações de taludes, quer naturais quer artificiais
(Campos e Matos et al., 2002a; Borges e Correia, 2003; Roxo, 2004; Vazquez et al., 2004; Lemos e Quinta
Ferreira, 2004a,b; Quinta Ferreira et al., 2005; 2006; Andrade e Saraiva, 2006; Barradas, 2008).
A analise dos dados da precipitação em conjunto com os registos de deslizamentos ocorridos na
zona de Coimbra entre 1864 e 2006 (Figura 2) mostra que a precipitação é condicionante no desencadear
das instabilizações. Na Figura 2 –a) apresenta-se a precipitação mensal, o número total de deslizamentos
por mês e a média da precipitação mensal entre 1864 e 2006. A elevada precipitação do inverno de 2000-
2001 (Lemos e Quinta Ferreira (2004a,b) foi a causa imediata do desencadear da instabilização do talude
da Avenida Elísio de Moura em Coimbra (Figura 1 -a), ocorrida a 27 de Dezembro de 2001, mas com
indícios de instabilização remontando a Abril e Junho de 1998 (Figura 2 -b).
Na zona de Coimbra o intervalo de recorrência para que se verifica um aumento sensível do número
de deslizamentos é de 6,5 anos. Para um valor de precipitação acumulada de 1600mm, correspondendo ao
ano hidrológico de 2000-2001, o intervalo de recorrência é de 30 anos. Em cinco dos sete meses mais
chuvosos (Novembro a Março), o valor mínimo de precipitação diária média é superior à média de
2,65mm, e o valor máximo é geralmente inferior a 5,0mm. No desencadear de instabilizações, a
precipitação acumulada imediatamente antes da instabilização (Figura 3) assume maior importância do que
a precipitação anual acumulada.
1600
200 50 2000-2001
Nº deslizamentos 1997-1998
Precipitação 1400 Média 1864-2006
Linear (Precipitação)
Nº de deslizamentos por mês

40
Precipitação mensal (mm)

150 1200
6 Jun 98
Precipitação (mm)

1000 18 Abr 98
30
(Av. Elísio
100 800 de M oura)
M édia (80,6mm)
20 27 Dez 00
600

50 400
10

200
0 0
A S O N D J F M A M J J 0
A S O N D J F M A M J J
Meses Meses

a) b)
Figura 2 – a) Precipitação mensal (traços horizontais) e número total de deslizamentos por mês
(colunas), num gráfico de duplo eixo dos yy para a zona de Coimbra.
b) Precipitação acumulada para alguns anos hidrológicos com indicação de algumas datas de
instabilizações. O talude da Av. Elísio de Moura é assinalado com círculos maiores.

120 120

100 100

80 80
P-3 (mm)
P-3 (mm)

60 60

40 40

20 y = 24 20
y = -0,58x + 69 y = -0.61x + 41
0 0
0 50 100 150 200 250 300 350 0 50 100 150 200 250 300 350
P-15 (mm) P-15 (mm)

a) b)
Figura 3 – a) Precipitação acumulada nos 3 dias anteriores ao deslizamento (P-3), versus precipitação
acumulada nos 15 dias anteriores a esses 3 dias (P-15), para um mínimo de 3 deslizamentos em 72
horas; b) P-3 e P-15 para todos os deslizamentos registados.

Volume II, Capítulo III - Geologia de Engenharia |309


A cobertura vegetal, quer verde quer seca, contribui para o aumento da resistência à erosão
superficial (Falcão Neves et al., 2006). Sendo a vegetação um elemento importante nas características
superficiais dos taludes, também apresenta grande interesse no seu comportamento face às forças
instabilizadoras, sendo este aspecto analisado com bastante pormenor por Mendonça e Cardoso (1998a,b).
A água acelera também a degradação dos materiais geológicos evolutivos, podendo provocar
modificações muito fortes nas suas propriedades (Amado et al., 2003; Quinta Ferreira et al., 2004).

OBRAS LOCALIZADAS
Para um adequado planeamento urbano há que ter em conta os problemas da estabilidade dos
taludes naturais conseguindo-se uma redução drástica do risco sempre que a ocupação é baseada no
conhecimento dos terrenos (Gomes Coelho, 1979). Numa área urbana os problemas de instabilização de
taludes e do seu tratamento podem ser muito diversificados, sendo bem exemplificados pelo trabalho de
Bogossian (1997), que apresenta um extenso relato de casos de obra resultantes da experiência de décadas
de trabalhos de estabilização das encostas da cidade do Rio de Janeiro.
Nas escavações necessárias para a execução das obras há muitas vezes necessidade de executar
taludes de elevada inclinação que tendem a propiciar a ocorrência de instabilizações. No trabalho de Pinto
et al., (2008) são relatados os principais critérios de concepção e de execução adoptados nas soluções de
estabilização de taludes de escavação com uma profundidade máxima de 50m, no Complexo Vulcânico de
Lisboa, com o objectivo de viabilizar a construção de um empreendimento comercial e das estruturas de
acesso. Tendo-se verificado algumas instabilizações foram preconizadas diversas soluções de contenção e
de estabilização, bem como um plano de instrumentação e observação, que segundo os autores, se
mostrou eficiente. As soluções de contenção constaram essencialmente de cortinas de estacas em betão
armado e de microestacas ancoradas ou travadas por contrafortes, de geodrenos e de betão projectado.
A ocupação urbana de antigas pedreiras em que não foi acautelada a estabilidade a longo prazo dos
taludes de escavação, tende a gerar graves problemas, que crescem com a proximidade aos taludes. As
quedas de blocos, o deslizamento de solos e de materiais de alteração são problemas frequentes. As
soluções de estabilização podem ser muito variadas procurando adequar-se às condições geológicas,
topográficas e aos processos de alteração e de instabilização. Xavier e Pina (2006) apresentam o exemplo
do Bairro da Pedreira Italiana, onde foram utilizados procedimentos como a colocação de redes de
protecção contra a queda de blocos, a execução de muros e de valas para retenção de blocos na base das
escarpas, o reperfilamento dos taludes com a criação de banquetas, a aplicação de betão projectado, a
colocação de pregagens e a drenagem.
O acidente de Vajont apesar de ter ocorrido fora de uma zona urbana, teve gravíssimas
consequências nas povoações a jusante da albufeira, tendo lançado um alerta mundial sobre a necessidade
de avaliar a estabilidade das vertentes das albufeiras. O estudo pormenorizado da estabilidade das
vertentes da albufeira da barragem de M´Jara em Marrocos (Mineiro, 1979) é um bom exemplo deste tipo
de estudos.
A preservação do património também pode passar pela estabilidade dos taludes tal como se deduz da
necessidade de preservar as Muralhas de Santarém (Neves et al., 2002). Um outro exemplo bastante
interessante é dado por Ludovico Marques e Costa (2006) que analisam a estabilidade dos taludes
rochosos das gravuras rupestres do vale do Côa. A abordagem utilizada procura encontrar as soluções de
estabilização, em muitos aspectos com uma interface entre as obras de conservação e restauro e as obras
geotécnicas, de modo a minimizar os problemas de instabilização essencialmente devidos ao basculamento
e à influência nefasta da água nas diaclases.

OBRAS LINEARES
As obras lineares tendem a apresentar elevado potencial para o desencadear de instabilizações, em
particular quando a topografia é íngreme, devido às modificações na geometria dos terrenos em resultado
das escavações e dos aterros necessários ao seu desenvolvimento. No que se refere às estradas as situações
mais correntes de instabilização tendem a ocorrer em resultado da escavação dos taludes em conjunto
com outras causas de que se destaca o aumento das pressões de água (Lemos, 1991; Ballesteros et al.,
1995; Jeremias et al., 2004; Vazquez et al., 2004; Roxo, 2004; Quinta Ferreira et al., 2005; 2006; Andrade e
Saraiva, 2006; Barradas, 2008).
As obras rodoviárias em terrenos com uma forte componente argilosa tendem a apresentar

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numerosos problemas de instabilização, tal como é relatado por Jeremias et al. (2004). Estes autores
documentam as enormes instabilizações na A10, em materiais margo-argilos da formação da Abadia de
idade jurássica, com coberturas de depósitos de vertente remexidos, exibindo resistência residual, muito
propícios à ocorrência de deslizamentos devido à saturação, mesmo em declive bastante suave, da ordem
dos 10º. As soluções de estabilização passaram pela construção de trincheiras e prismas drenantes de
grandes dimensões, em conjunto com o saneamento dos depósitos de vertente com piores características.
Nos locais com infraestruturas sensíveis foram ainda utilizadas microestacas ancoradas.
Na estabilização da vertente esquerda de acesso à barragem do Funcho, cerca de 11 anos após a sua
construção, foram analisadas diferentes alternativas de estabilização que variavam entre as opções de
reforço estrutural do maciço xistoso e o reperfilamento dos taludes, tendo-se concluído que o
reperfilamento apresentava vantagens económicas (Oliveira et al., 2000).
Nas margens de rios, de canais e de diques há necessidade de avaliar a estabilidade. Para além das
características geológicas e geotécnicas dos materiais, os problemas de erosão tendem, nestas situações, a
constituir uma condicionante de grande importância no processo de estabilização (Santos e Nunes, 2008).
Nas obras ferroviárias os problemas de estabilidade dos taludes requerem atenção redobrada
(Campos e Matos, et al., 2002b; Dinis da Gama e Delgado, 2006) pois que os danos humanos e materiais
resultantes das instabilizações podem ser muito elevados. Mateus da Silva e Jeremias (2000) apresentam
procedimentos para a inventariação, diagnóstico e proposta de medidas correctivas-tipo para os taludes
ferroviários da linha do Norte, procurando melhorar a eficiência e a segurança da circulação ferroviária.

ARRIBAS LITORAIS
Os problemas de instabilização das arribas litorais tendem a diferenciar-se dos restantes fenómenos
de deslizamento pois que a acção do mar se traduz principalmente pela erosão da sua base, sendo tanto
mais efectiva quanto mais erodíveis forem os materiais das arribas e mais activas as ondas e as correntes
marítimas litorais.
O recuo das arribas tem originado problemas de instabilidade cujas consequências são agravados
com a ocupação antrópica (Marques e Romariz, 1991; Marques, 2002), sendo relatadas para o litoral do
Algarve taxas de recuo desde alguns metros por ano, nos solos e rochas brandas, até alguns milímetros por
ano, nas rochas metamórficas mais resistentes. As instabilizações planares identificadas por Marques
(2002) na costa Algarvia, variaram entre superfícies com inclinação de 45º e superfícies entre 20º a 25º,
correspondendo estas últimas a superfícies com resistência próximo da residual.

OBSERVAÇÃO E INSTRUMENTAÇÃO
A observação e a instrumentação dos taludes são procedimentos de grande interesse prático pois
permitem acompanhar e compreender o seu comportamento, verificar se está de acordo com o
pretendido, permitindo prever a sua evolução e antecipar eventuais episódios de rotura. A utilidade da
instrumentação e da observação melhora com o aumento do intervalo de tempo durante o qual é
efectuada (Carvalho, 2000), possibilitando inferir o comportamento do talude no tempo, avaliar a
influência de factores externos ao talude, como é o caso da precipitação, e efectuar previsões com base
nos processos identificados como tendo influencia nos mecanismos de instabilização (Barradas, 2008).
De entre os equipamentos mais utilizados na observação e instrumentação dos taludes destacam-se
as marcas superficiais, os inclinómetros, os piezómetros e as células de carga. Por vezes a dimensão e
características dos trabalhos de estabilização obrigam a grandes investimentos na observação e
instrumentação tal como referem Pinto et al., (2008), que na estabilização de taludes de escavação no
Complexo Vulcânico de Lisboa, para a construção de um empreendimento comercial e das estruturas de
acesso, foram utilizados 47 inclinómetros, 77 alvos topográficos e 41 células de carga em ancoragens.
No trabalho de Dinis da Gama e Delgado (2006) apresenta-se o desenvolvimento de metodologias
probabilísticas de avaliação do nível de risco geotécnico permanentemente actualizáveis em função das
condições de pluviosidade da região, relacionadas com a previsão em tempo real, de instabilizações de
taludes adjacentes à via férrea, permitindo efectuar a telegestão do trafego ferroviário tendo em vista evitar
e minimizar danos e permitir estabelecer prioridades nas acções de manutenção.

Volume II, Capítulo III - Geologia de Engenharia |311


ANÁLISE DA ESTABILIDADE
A ocorrência de instabilizações tende a constituir uma boa oportunidade para validar os pressupostos
de cálculo e as condições de estabilidade dos maciços, sendo igualmente importante como fonte de novos
elementos para compreender as condições de estabilidade do talude. Como a rotura dos taludes pode
ocorrer numa grande variedade de formas e condições, a sua previsão tem uma componente significativa
de incerteza.
O reconhecimento das instabilizações e o seu tratamento adequado requerem a compreensão de
vários factores de que se destacam o tipo e forma da rotura, a relação entre as condições geológicas e a
forma potencial de rotura, a velocidade e quantidade de movimento, as condicionantes da estabilidade do
talude, as características das formas de rotura e a aplicabilidade de cálculo matemático.
Quando o reconhecimento da instabilização é conseguido, torna-se mais fácil efectuar os cálculos de
segurança e escolher as medidas capazes de evitar a rotura do talude, de a eliminar, ou reduzir. O cálculo
do factor de segurança requer ainda que se defina se a análise de estabilidade é para curto, médio ou longo
prazo. A retroanálise das instabilizações é frequentemente utilizada para calibrar os modelos de cálculo
bem como os parâmetros da instrumentação e da prospecção complementar.
A utilização da classificação geomecânica de Bieniawski (1989) com os ajustamentos propostos por
Romana (1985) apresenta utilidade como técnica expedita e pouco dispendiosa, ajustada às fases iniciais de
estudo e caracterização dos taludes rochosos (Afonso et al., 1999; Neves, 2002). Para o cálculo da
estabilidade dos taludes em solos são apresentadas algumas propostas inovadoras nos trabalhos de
Barreiros Martins et al., (1981), Correia (1989) e Martins et al. (2002). A introdução dos eurocódigos (Flor
e Santos Pereira, 2002) obriga a algumas modificações, mas requer um bom conhecimento dos parâmetros
resistentes do terreno. A análise probabilística das instabilizações tende a diminuir as incertezas, mas
necessita de informação geotécnica pormenorizada sobre o talude, o que nem sempre é possível de obter,
traduzindo-se no entanto, por resultados mais ajustados às condições reais (Dinis da Gama, 1995; Dinis da
Gama e Sousa, 2004; Dinis da Gama e Longo, 2006).
O recurso a software comercial na análise da estabilidade tem vindo a ganhar terreno pela rapidez e
facilidade de utilização que proporciona. A queda de blocos pode ser avaliada com recurso a programas
como o ROCKFALL (Pereira et al., 2006). Para o tombamento têm-se utilizado programas como o
UDEC (Muralha, 2002). Para a estabilização de taludes em granitos e a consolidação das fundações da
nova ponte sobre o rio Dão, Sousa Cruz e Costa (2006), analisaram a rotura por cunha utilizando o
programa SWEDGE, enquanto que para as roturas planares utilizaram o programa LARIX. Pinto et al.
(2008) utilizaram o programa SLIDE na análise da estabilidade das encostas e o programa PLAXIS para
avaliação das deformações e os esforços nos principais elementos das cortinas. Para analisar a combinação
de soluções de estabilização recorrendo a reperfilamento geométrico/inclusão de reforços estruturais para
a estrada de acesso à barragem do Funcho, Oliveira et al. (2000) utilizaram, para além do método de
Bishop, o programa FLAC.

NOVAS TÉCNICAS DE ESTABILIZAÇÃO


O conceito de novas técnicas de estabilização encontra-se em permanente evolução tal como se
depreende do trabalho de Pires Carreto (1989) onde são consideradas como técnicas mais tradicionais a
execução de terraplanagens e a drenagem, enquanto que outras técnicas como as pregagens, a terra
armada, as barretas, as colunas de brita, as valas drenantes profundas e as ancoragens são consideradas
técnicas recentes. Hoje a generalidade destas técnicas encontram-se integradas na prática corrente.
Na estabilização de taludes rochosos surgiu recentemente uma nova abordagem de estabilização
utilizando redes metálicas pregadas que, de acordo com Cardoso e Quintanilha de Menezes (2006),
apresenta bons resultados práticos. A utilização de jet-grouting tem também vindo a aumentar no
tratamento de taludes, essencialmente como meio de melhorar as características mecânicas dos solos ou de
rochas brandas ou muito fracturadas.

AGRADECIMENTOS
O autor expressa o seu profundo agradecimento ao Professor João Manuel Cotelo Neiva pela
orientação científica e incentivo desde a licenciatura. A sua personalidade, o seu percurso académico e
profissional tem sido, e continuará a ser, uma fonte de saber e de inspiração.

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