Efeito do calcário calcítico e dolomítico no rendimento de soja e aveia
preta aplicado na superfície e incorporado
M.J. HOLZSCHUH(1), J. KAMINSKI(2), H.R. BARTZ(3), M. KLEIN(4), T. TIECHER(4), V. MORO(4),
M. J.A. TOLEDO(4)
RESUMO - A aplicação de calcário, além de
corrigir a acidez do solo, eleva os teores de cálcio e de
magnésio, o que, consequentemente altera a relação
Ca/Mg no solo, levando técnicos e produtores a
levantar a hipótese de que o uso continuado de
calcários que fornecem relações Ca/Mg inadequadas
poderia promover um desequilíbrio iônico entre o Ca e
o Mg no solo e afetar o desenvolvimento das culturas.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de
proporções de calcário calcítico e dolomítico na
produtividade e nos teores de Ca e Mg no tecido
vegetal da soja e da aveia preta. Os experimentos foram
conduzidos em diferentes regiões do Estado do Rio
Grande do Sul no período de outubro de 2004 a março
de 2006. Os tratamentos foram constituídos pelas
seguintes proporções de calcário calcítico e dolomítico:
Testemunha; 100% calcítico; calcítico 75:25%
dolomítico; calcítico 50:50% dolomítico; calcítico
25:75% dolomítico e 100% dolomítico, arranjados em
delineamento de blocos ao acaso com parcelas
subdivididas com quatro repetições. As parcelas
principais foram constituídas pelos modos de aplicação
superficial e incorporado e as subparcelas submetidas
aos tratamentos de proporções de calcário. As relações
Ca/Mg não influenciaram na disponibilidade de Ca e
Mg, uma vez que não houve diferença na produtividade
das culturas. Os teores de Ca e de Mg no tecido da soja
e da aveia não foram influenciados pelas relações
Ca/Mg do solo. As relações Ca/Mg no tecido da soja e
da aveia preta mantiveram-se em torno de 2,0 nos
locais avaliados.
Introdução
De uma maneira geral, admite-se que a taxa de
absorção de nutrientes pelas raízes das plantas está
diretamente relacionada com a concentração destes
nutrientes na solução [1]. Entretanto, a disponibilidade
dos nutrientes não está relacionada apenas com a
concentração, mas também, com as relações entre as
espécies iônicas [2, 3]. Tais relações são também
denominadas interações iônicas, e são determinadas por
características físico-químicas similares entre os
elementos químicos, o que normalmente ocorre com os
íons Ca+2 e Mg+2 sugerindo que, a presença de um
possa influenciar na absorção do outro [3]. O
fornecimento de Ca e de Mg para as culturas
normalmente é feito através da calagem, onde
quantidades significativas destes cátions são adicionadas ao
solo, elevando consideravelmente seus teores. Neste caso,
sugere-se que devam ser ajustadas relações ideais entre o
Ca e o Mg no solo para assegurar uma adequada
disponibilidade destes cátions e consequentemente, a
absorção não seja afetada.
Devido a isso, recentemente surgiram preocupações
sobre a utilização de calcários que forneçam relações
Ca/Mg inadequadas. Assim, em virtude da variação na
composição dos calcários brasileiros, levanta-se a hipótese
de que o uso continuado de calcário calcítico ou dolomítico
poderia promover um desequilíbrio iônico entre o Ca e o
Mg no solo, prejudicando o desenvolvimento das culturas.
Entretanto, os resultados obtidos até o momento
apresentam contradições e não permitem concluir sobre a
existência de uma relação Ca/Mg ideal no solo. Isto, aliado
ao fato de que os resultados relatados na literatura foram
obtidos, na maioria dos casos, em condições de casa de
vegetação, com plantas em estádios iniciais de
desenvolvimento, onde as marchas de absorção destes
nutrientes assumem diferentes intensidades e desta forma
podem induzir a concluir sobre uma relação Ca/Mg de
maneira diferente do que quando avaliadas com plantas que
completam o seu ciclo de vida.
Portanto, pela necessidade de confirmar se tais
interações são capazes de afetar o rendimento das culturas
em condições normais de cultivo a campo, o presente
trabalho objetivou avaliar a eficiência de proporções de
calcário calcítico e dolomítico na produtividade e nos
teores de Ca e Mg no tecido vegetal da soja e da aveia
preta.
Palavras-Chave: calagem, relação Ca/Mg, plantio
direto
Material e métodos
Os ensaios foram instalados em outubro de 2004 nas
áreas experimentais da Fundação Centro de
Experimentação e Pesquisa (FECOTRIGO-FUNDACEP);
localizada no município de Cruz Alta-RS, em um Latossolo
Vermelho distrófico típico e na Cooperativa Tritícola
Regional Santo Ângelo Ltda. (COTRISA) localizada no
município de Santo Ângelo-RS, em um Latossolo
Vermelho distróférrico típico [4]. Por conveniência, neste
trabalho, os experimentos serão tratados pelos nomes dos
municípios em que foram conduzidos. Os atributos
químicos das áreas foram previamente determinados [5] e
são: MO= 32 e 29 g kg-1; argila= 620 e 790 g kg-1; pH
H2O= 5,1 e 5,0; Ca= 3,8 e 2,9 cmolc dm-3; Mg= 1,5 e 1,3
cmolc dm-3; Al= 0,7 e 1,6 cmolc dm-3; V= 47 e 40%; P=
17,1 e 15,3 mg dm-3; K= 276 e 120 mg dm-3 e Ca/Mg=
2,5 e 2,2 para Santo Ângelo e Cruz Alta
respectivamente.
Os tratamentos foram compostos por calcário
calcítico (45% de CaO, 1,5% de MgO, reatividade de
76% e PRNT de 64%) e dolomítico (32% de CaO, 14%
de MgO, reatividade de 77% e PRNT de 70%) nas
seguintes proporções: Testemunha – sem calcário;
100% calcítico; calcítico 75:25% dolomítico; calcítico
50:50% dolomítico; calcítico 25:75% dolomítico e
100% dolomítico. A dose aplicada foi de 7,5 Mg ha-1
(PRNT 100%), equivalente para elevar o pH do solo
até 6,0, segundo o índice SMP [6].
O delineamento experimental utilizado foi o de
blocos ao acaso com parcelas subdivididas e quatro
repetições, totalizando duas parcelas principais e 48
subparcelas. As parcelas principais foram divididas em
duas faixas, com dimensões de 5 x 36m, submetidas à
aplicação de calcário superficial e incorporado. Nas
subparcelas, com dimensões de 5 x 6m, foram
aplicados os tratamentos compostos pelas proporções
de calcário. O corretivo foi aplicado manualmente na
superfície e incorporado através de aração e gradagem
a uma profundidade de 20cm, 30 dias antes da
semeadura da soja nas parcelas determinadas para tal e
mantido na superfície nas parcelas submetidas ao
plantio direto. Após a implantação, os experimentos
foram conduzidos sob Sistema de Plantio Direto (SPD).
Foi cultivado aveia preta (Avena strigosa Schieb)
no inverno de 2005 e soja (Glycine max L. Merril) na
safra 2005/06. A adubação de base e cobertura foi
realizada com base nos resultados analíticos obtidos
antes da instalação dos experimentos [6]. O manejo e
os tratos culturais foram os preconizados pelas
recomendações técnicas para cada cultura.
A produtividade das culturas foi determinada
através do rendimento de grãos de soja, colhendo-se
quatro metros lineares de cinco fileiras por subparcela e
pela produção de matéria seca da aveia preta contidas
em uma área útil de 1 m2 por subparcela.
Amostras de tecido vegetal foram coletadas no
estádio de pleno florescimento das culturas. Para a soja
foram coletadas 40 trifólios totalmente desenvolvidos
abaixo do ápice da planta por amostra (parcela) [7, 6].
Para a aveia preta, foram coletadas amostras de planta
inteira. As amostras foram secas a 60ºC por 72 horas,
moídas em micromoinho e submetidas à digestão ácida
com H2SO4 e H2O2, para posterior determinação de Ca
e de Mg [5].
O solo foi coletado após o manejo da aveia em
setembro de 2005 nas camadas de 0-10 e 0-20 cm. As
amostras foram secas, moídas, peneiradas e submetidas
à análise de Ca, Mg, Al trocáveis, pH H2O 1:1 e índice
SMP [5].
Os resultados de produtividade e análise de tecido
vegetal foram submetidos à análise da variância a 5%
de probabilidade de erro.
Resultados
A produção de matéria seca de aveia preta e rendimento
de grãos de soja não apresentou diferenças significativas
entre as diferentes proporções de calcário nos locais
avaliados (Tabela 1).
Os resultados indicam que, embora os critérios de pH
menor que 5,5, saturações por bases inferiores a 65% e
presença de Al indiquem a necessidade de calcário nos
locais avaliados (Tabela 2), [6] não houve resposta da
calagem para o rendimento de aveia preta e de soja (Tabela
1). Neste caso, pode-se inferir que, saturações por bases em
torno de 40% e 50% na amostragem realizada nas camadas
de 0-10cm e 0-20cm, as quais são observadas nas
testemunhas, não foram limitantes para proporcionar um
suprimento adequado de Ca e de Mg, nem tampouco,
houve efeito depressivo da presença de Al (Tabela 2).
Com relação aos modos de aplicação superficial e
incorporado do corretivo, não foi verificada diferença na
produtividade de aveia preta e soja para os locais avaliados
(Tabela 1).
A aplicação dos calcários reduziu consideravelmente a
saturação por Al nas camadas de 0-10 cm e 0-20 cm, sendo
que, as maiores reduções ocorreram nas parcelas em que os
corretivos foram aplicados na forma incorporada (Tabela
2).
As concentrações de Ca e de Mg no tecido da soja e de
aveia preta não foram influenciadas pela variação nas
saturações destes cátions no solo proporcionados pelos
calcários (Tabela 3), indicando que, as saturações originais
foram suficientes para assegurar uma absorção satisfatória
para estas culturas.
Para a cultura da soja, observa-se que, os teores de Ca e
de Mg encontrados para o experimento de Cruz Alta são
inferiores aos teores observados nos experimentos Santo
Ângelo (Tabela 3), indicando uma variação na necessidade
de Ca e de Mg entre variedades de soja. Pode-se observar
também que as concentrações de Ca e de Mg no tecido da
aveia preta são menores do que as observadas para a soja,
indicando a maior necessidade por estes cátions pela soja
para atender as suas necessidades fisiológicas (Tabela 3),
reforçando a idéia de que de que espécies dicotiledôneas
normalmente apresentam maiores conteúdos de cátions
divalentes no tecido vegetal, quando comparado a espécies
monocotiledôneas [8].
Embora seja verificada uma pequena variação nas
concentrações de Ca e de Mg entre as diferentes espécies e
em alguns casos entre experimentos, as concentrações no
tecido da soja e da aveia preta, dentro de cada experimento,
mantiveram-se relativamente constantes, o que manteve as
relações Ca/Mg praticamente iguais em todos os
experimentos, situando-se, em torno de 2,0 (Tabela 3).
Discussão
A falta de resposta entre os calcários deixa claro que,
ambos foram eficientes em fornecer quantidades suficientes
de Ca e de Mg para a aveia preta e para a soja, e que, o
gradiente de relações Ca/Mg criado no solo após 12 meses
a aplicação (Tabela 2) não foi capaz de influenciar na
disponibilidade e no suprimento de Ca e de Mg para estas
culturas. Este fato sugere que, a ocorrência de interações
iônicas entre estes elementos, observadas por diversos
pesquisadores não se manifestaram nas condições
destes experimentos, indicando que, o uso de calcários
com diferentes relações Ca/Mg, mesmo alterando a
relação no solo, não prejudicaram a absorção das
culturas avaliadas.
A ausência de resposta à calagem em solos com
baixo pH e presença de alumínio também foi observada
em experimentos conduzidos sob plantio direto na
Região Sul do Brasil [9, 10]. Este fato pode estar
relacionada com teores de Ca e de Mg suficientes ao
desenvolvimento das plantas, e ainda, pelo menor
efeito tóxico do Al, devido a redução das
concentrações das espécies tóxicas (Al+3 e AlOH+2) e
pela complexação do Al por ligantes orgânicos da
matéria orgânica do solo [9, 10].
A manutenção das relações Ca/Mg constantes no
tecido, mesmo com a variação dos teores de Ca e de
Mg no solo indica que, ocorre uma regulação na
entrada de Ca e Mg pela membrana plasmática e a
manutenção das concentrações destes elementos na
célula, sugerindo que a relação Ca/Mg tem pouca
importância no processo de absorção. Neste caso,
dificilmente haverá a ocorrência de efeitos depressivos
no rendimento das plantas, a não ser que, o corretivo
utilizado não seja eficiente em suprir quantidades
suficientes destes cátions, ao ponto de causar uma
deficiência do elemento no solo, o que dificilmente
ocorrerá em condições de campo, principalmente
porque os calcários fornecem grandes quantidades de
Ca e de Mg.
Conclusões
a) As variações nas relações Ca/Mg encontrada no solo
após 12 meses da aplicação dos calcários não
influenciaram na disponibilidade de Ca e Mg para as
plantas, uma vez que, não foram observadas diferenças
na produtividade das culturas em ambos os solos.
b) Os teores de Ca e de Mg no tecido da soja e da aveia
não foram influenciados pelas relações Ca/Mg do solo.
c) As relações Ca/Mg no tecido da soja e da aveia preta
mantiveram-se em torno de 2,0 nos locais avaliados.
Tabela 1. Produção de matéria seca de aveia preta e rendimento de grãos de soja, em função da aplicação de proporções
de calcário calcítico e dolomítico nas formas superficial e incorporada em dois solos do RS.
Tratamento
Superf.
.................................................... kg ha-1 ..................................................
Testemunha 5870ns
Calcítico 100% 6867
Referências
[1] NEMETH, K.; MENGEL, K.; GRIMME, H. 1978. The
concentration of K, Ca and Mg in the saturation extract in relation
to exchangeable K, Ca and Mg. Soil Science. 109:179-185.
[2] KHASAWNEH, F.E. 1971. Solution ion activity on plant growth.
Soil Science Society of America Proceedings, 35:426-436.
[3] HIATT, A. J. & LEGGETT, J. E. 1974. Ionic interactions and
antagonisms in plant. In: CARSON, e. W. The plant root and its
enviroment. 10 ed. Charlottesvile, Polytechnic Intitute and State
University.
[4] EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA.
2006. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2. ed, Rio de
Janeiro: EMBRAPA.
[5] TEDESCO, M. J.; GIANELLO, C.; BISSANI, C. A.; BOHNEN, H.;
VOLKWEISS, S. J. 1995. Análise de solo, planta e outros materiais.
2 ed. Porto Alegre: Departamento de Solos, UFRGS, 174 p.
(Boletim Técnico; 5).
[6] COMISSÃO DE QUÍMICA E FERTILIDADE DO SOLO – RS/SC.
2004. Manual de adubação e calagem para os Estados do Rio
Grande do Sul e Santa Catarina. 10. ed. Porto Alegre, 400p.
[7] MALAVOLTA, E. 1992. ABC da análise de solos e plantas:
amostragem, interpretação e sugestões de adubação. São Paulo: Ed.
Agronômica Ceres, 124 p.
[8] LONERAGAN, J. F.; SNOWBALL, K. 1979. Calcium requirements
of plants. Australian. Journal of Agricultural Research. 20:465-
478.
[9] PÖTTKER, D. & BEN, J. R. 1998. Calagem para uma rotação de
culturas nos sistema plantio direto. Revista Brasileira de Ciência do
Solo, 22:675-684.
[10] CAIRES, E. F.; BLUM, J.; BARTH, G.; GARBUIO, F. J. ;
KUSMAN, M. T. 2003. Alterações químicas do solo e resposta da
soja ao calcário e gesso aplicados na implantação do sistema plantio
direto. Revista Brasileira de Ciência do Solo. 25:275-286.
Aveia Soja
Incorp. Superf. Incorp.
Santo Ângelo
5002ns 2432ns 2271ns
5170 2936 2476
 Calcítico 75:25% dolomítico 6366 5905 2548 2894
Calcítico 50:50% dolomítico 6623 6063 2632 2743
Calcítico 25:75% dolomítico 5886 6265 2580 2619
Dolomítico 100% 5582 6152 2630 2900
CV, % 18,1 9,1
Cruz Alta
Testemunha 7349ns 7408ns 2738ns 2915ns
Calcítico 100% 8350 8266 3082 3313
Calcítico 75:25% dolomítico 7602 8154 3266 3286
Calcítico 50:50% dolomítico 8227 8434 3241 3158
Calcítico 25:75% dolomítico 8024 8438 3132 3290
Dolomítico 100% 7868 7991 3091 3285
CV, % 10,8 13,5
ns
Não significativo a 5% de probabilidade de erro pelo teste F.

Tabela 2. pH, saturação por bases, saturação por alumínio e relações Ca/Mg após 12 meses da aplicação de proporções
de calcário calcítico e dolomítico nas formas superficial e incorporada em dois solos do RS.

Tratamentos Prof. Superf. Incorp.

pH V* Al** Ca/Mg pH V Al Ca/Mg
…….. % …….. …….. % ……..
Santo Ângelo
0-10 4,6 50 15 2,2 4,9 47 13 2,2
Testemunha
0-20 4,5 50 19 2,2 4,6 49 17 2,1
0-10 5,3 74 0 4,4 5,8 83 0 5,5
Calcítico 100%
0-20 5,0 63 3 3,7 5,2 72 0 4,4
0-10 5,4 73 0 3,8 5,7 82 0 4,3
Calcítico 75:25% dolomítico
0-20 5,0 62 4 2,9 5,2 67 5 3,0
0-10 5,4 78 1 3,1 5,7 81 0 3,5
Calcítico 50:50% dolomítico
0-20 5,0 64 6 2,8 5,3 72 2 2,6
0-10 5,4 73 0 2,6 5,8 83 0 2,6
Calcítico 25:75% dolomítico
0-20 5,0 61 7 2,4 5,3 79 0 2,2
0-10 5,0 73 2 1,9 5,7 84 0 1,9
Dolomítico 100%
0-20 4,9 64 5 1,8 5,2 69 4 1,6
Cruz Alta
0-10 4,6 42 14 2,2 4,7 45 15 2,4
Testemunha
0-20 4,5 30 23 2,0 4,5 29 23 2,3
0-10 5,3 63 1 3,9 5,7 69 2 5,2
Calcítico 100%
0-20 5,0 54 5 3,3 5,2 59 6 4,6
0-10 4,9 51 5 3,7 5,6 74 0 3,7
Calcítico 75:25% dolomítico
0-20 4,5 33 16 2,8 5,0 63 2 3,2
0-10 5,3 64 0 2,7 5,2 65 2 2,5
Calcítico 50:50% dolomítico
0-20 4,9 54 6 2,4 4,9 50 5 2,5
0-10 4,9 59 4 2,1 5,6 72 0 2,8
Calcítico 25:75% dolomítico
0-20 4,8 46 11 1,9 5,2 62 5 2,4
0-10 5,2 60 2 1,7 5,3 65 0 1,8
Dolomítico 100%
0-20 4,8 49 7 1,7 4,9 50 8 1,6
* Saturação por bases calculada em função da CTC pH7,0.
** Saturação por bases calculada em função da CTC efetiva

Tabela 3. Teores de cálcio e de magnésio e relações Ca/Mg no tecido vegetal da soja e aveia preta em função da
aplicação de proporções de calcário calcítico e dolomítico nas formas superficial e incorporada em dois solos do RS.
Tratamento Superf. Incorp. Superf. Incorp. Superf. Incorp.
.... Ca (g kg-1) .... ... Mg (g kg-1) ... .... Ca/Mg ....
.................................................... Soja ...................................................
Santo Ângelo
Testemunha 13,4 13,1 6,6 6,2 2,0 2,1
Calcítico 100% 13,8 13,7 6,5 6,1 2,1 2,2
Calcítico 75:25% dolomítico 13,7 13,1 6,9 6,4 2,0 2,0
Calcítico 50:50% dolomítico 13,1 12,2 6,6 5,6 2,0 2,2
Calcítico 25:75% dolomítico 12,4 13,8 6,6 6,4 1,9 2,1
Dolomítico 100% 11,6 12,6 6,5 5,9 1,8 2,1

Cruz Alta
Testemunha 9,0 9,0 5,0 4,7 1,8 1,9
Calcítico 100% 9,4 9,6 4,5 4,4 2,1 2,2
Calcítico 75:25% dolomítico 9,9 9,7 4,2 4,3 2,3 2,2
Calcítico 50:50% dolomítico 9,9 9,5 5,0 4,6 2,0 2,1
Calcítico 25:75% dolomítico 9,5 9,5 5,2 4,9 1,8 1,9
Dolomítico 100% 9,1 9,0 5,2 4,8 1,7 1,9

................................................ Aveia preta ............................................

Santo Ângelo
Testemunha 6,1 6,0 3,1 3,1 1,9 1,9
Calcítico 100% 6,8 6,9 3,0 3,1 2,3 2,2
Calcítico 75:25% dolomítico 6,4 6,9 3,1 3,2 2,1 2,1
Calcítico 50:50% dolomítico 6,3 6,6 3,0 3,2 2,1 2,0
Calcítico 25:75% dolomítico 6,0 6,5 3,1 3,3 1,9 1,9
Dolomítico 100% 6,3 7,6 3,2 4,0 1,9 1,9

Cruz Alta
Testemunha 6,9 7,0 3,6 3,2 1,9 2,2
Calcítico 100% 7,2 6,8 3,3 2,9 2,2 2,3
Calcítico 75:25% dolomítico 7,0 6,4 4,0 3,1 1,7 2,1
Calcítico 50:50% dolomítico 6,7 5,3 3,4 3,1 2,0 1,7
Calcítico 25:75% dolomítico 6,5 6,8 3,3 3,3 2,0 2,1
Dolomítico 100% 6,6 6,9 3,3 3,3 2,0 2,1