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ALEF WILLIAM DOS SANTOS LIMA

LACERDA, Tamires; CARVALHO, Rita; TEIXEIRA, Rodrigo C. O APARTHEID NA


POLÍTICA INTERNACIONAL ENTRE 1948 E 1994. Minas Gerais: PUC Minas
Conjuntura Internacional, Minas Gerais, v. 12, n. 3, p. 178 - 184, 2º sem. 2015.

Os autores Tamires Santos Lacerda, Rita Flávia Gomes Carvalho e Rodrigo Corrêa Teixeira,
trazem no inicio do artigo: origens, características e mitos do apartheid. O regime apartheid
(ou separação) foi um sistema instalado pelo partido, que dividiu a República da África do Sul
em onze repúblicas, declarando que os negros precisavam ser disciplinados, já que eram
considerados empregados preguiçosos. Desde o período colonial neerlandês e inglês, já estava
sendo enraizada a discriminação racial através de leis que foram se desenvolvendo através dos
anos e são formalizadas com a criação de um novo Estado a União Sul-Africana.

Os autores trazem uma sequência de leis discriminatórias formalizadas na União: a 1ª é a Lei


de Registro da População (1950) onde se caracterizava as raças dos indivíduos africanos
(branco ou negro) e através de tal classificação o habitante saberia os seus deveres e direitos
perante a sociedade; a 2º foi a Lei sobre a Imoralidade de 1927 (e emendada em 1956) que
criminalizava as relações sexuais entre raças diferentes, condenando assim a procriação de
raças misturadas e em 1949 foi criada a 4º que visava Proibição dos Casamentos Mistos
reforçando a lei anterior; a 5º em 1953, Native Labour Act, onde o governo passa a delimitar o
território sul-africana objetivando separar a convivência entre raças (Black States e White
States), naquela época 7% o território seriam destinados aos negros  que representavam 73-
75% da população  e 93% do território seria dos brancos, representando apenas 16,5-13% da
população; a 6º foi a Lei de Emenda da Legislação sobre os Nativos (1957), onde as Igrejas
são autorizadas a proibir que os negros exercessem sua fé nos espaços religiosos; a 7º foi a Lei
de Serviços Separados (1953) que diferencia os serviços públicos prestados aos negros dos
brancos, os serviços não eram igualitários; a 8º de 1961, foi a Lei de Emenda da Legislação
Geral, que prendia suspeitos criminosos por tempo indeterminado e; a 9º foi a Lei de
Supressão ao Comunismo, que criminalizava o partido Comunista.

Os autores trazem argumentos para tal segregação racial, para justificar o apartheid, dentre
elas a que os indivíduos brancos acreditavam fielmente que a “terra prometida” era de direito
deles e dado por Deus a eles os escolhidos.
O Apartheid na política internacional

Para a comunidade Internacional o regime segregacionista na União da África do Sul era


desprezível, pois promovia abertamente a violação aos Direitos Humanos; Além da política
externa sul-africana ser ofensiva, era intervencionista nas outras partes do continente
Africano. Podemos observar isso, quando a África do Sul passa a enfrentar a Organização das
Nações Unidas (ONU), quando a organização tentou retirar o controle dado ao país do
Sudoeste Africano, que detinha um mandato dado pela antiga Sociedade das Nações (SDN).
O governo sul-africano declarou que a SDN não era formalmente a sucessora da ONU, mas a
diplomacia não resolveu a questão e o caso é levado ao Tribunal Internacional de Haia, que
aceita a permanência do controle sul-africano no Sudoeste.

O fim do Apartheid: fatores externos e internos

Com o controle do Sudoeste Africano e, consequentemente, as políticas de segregação racial,


fizeram surgir no sudoeste movimentos contrários à ocupação sul-africana. Assim, em 1957 é
fundado o South West People’s Organization (SWAPO) com o objetivo de evitar o avanço
sul-africano dentro do Sudoeste, a organização passou a se militarizou e passou a lutar pela
liberdade.

Em 1961, a União se retira da Commonwealth, após pressões promovidas pelos membros e pelas
sanções econômicas defendidas por eles, e tornasse República da África do Sul. Com a Guerra Fria a
África do Sul consegue diminuir as pressões contra o regime, pois eles eram contra o comunismo da
URSS e detinha o apoio do Ocidente contra o Comunismo, aqui fica nítido o interesse político de
ambos os lados.

Em 1980, os movimentos contrários ao regime dentro da África do Sul começam a se multiplicar, com
rebeliões, atos de vandalismo e ataques que resultaram numa maior repressão por parte do Estado, que
passa a ter sua imagem internacional pior do que já possui. Assim, novas sanções econômicas são
impostas aos sul-africanos, o fator econômico foi uma das principais causas para o fim do regime.
Diante da crise, o governo Botha (1984-1989) passa a diminuir a segregação no país, como acabar
com a Lei de Casamentos Mistos e a Lei da Imoralidade. O Partido Nacional começa a se enfraquecer
e se encontrava em isolamento político e econômico internamente e externamente. O fim do apartheid
passa a ser iniciado já nos anos 80, com o presidente De Klerk que modificou as leis discriminatórias,
e se formalizou na década de 1990.
, que durante sua expedição procurava uma rota marítima comercial de Portugal com a Índia e
a Ásia oriental (BRITANNICA, 2017).

Em 1652, um grupo de comerciantes dos Países Baixos desembarcou no extremo sul do


continente da África  África do Sul , tal região tornou-se rota comercial entre os holandeses
e os países do Extremo Oriente. Séculos depois, em 1806, o grande Império Britânico tomará
a região do Cabo da Boa Esperança  província do Cabo Ocidental, ao sul da Cidade do Cabo.
Assim, os colonos holandeses que ali residiam, partiram para o norte com o objetivo de
fundar suas próprias repúblicas.

Para compreendermos a evolução histórica do extremo sul da África, precisamos retornar em 1488,
onde a região foi descoberta pelo navegador português Bartolomeu Dias durante uma expedição, a
região já era ocupada por povos primitivos Khoisan, Xhosa e Zulu; E em 1497, outro explorador
português, Vasco da Gama é responsável por estabelecer contato com aqueles povos de uma forma
não tão amigável, o que desencadeou confrontos entre os povos africanos e portugueses, fazendo com
que o Portugal começasse a retirar-se da região, perdendo assim o interesse na região. Com a sua
retirada, os portugueses abrem espaço a uma competição daqueles que desejavam concorrer com
Portugal. O Império Britânico, a França e a Holanda passaram a ocupar e a utilizar a região do sul da
África, como um ponto de descanso e reabastecimento de suas rotas marítima comerciais do Sul do
Indico até o Extremo Oriente, em busca de riquezas. No século XVII, os holandeses e ingleses
desejavam estabelecer suas bases na região da África do Sul, mas os ingleses fracassaram e os
holandeses, em 1652, instalam a Companhia Holandesa das índias Orientais na região,
liderado pelo holandês Jan Van Riebeeck. Assim, a região passa a servir de feitoria com
empregados que seriam o povo sul africano. Diante da Revolução Francesa, em 1792, a
Holanda perde espaço para o Império Britânico e a já frágil Companhia Holandesa é fechada
na região. Em 1806, sob novo domínio a África do Sul, especialmente a região do Cabo da
Boa Esperança, agora faz parte das colônias inglesas. Com o objetivo de formar uma
burguesia local, os ingleses davam certa autonomia aos povos, estabeleciam alianças com
chefes nativos, tudo isso para o povo africano fossem introduzidos na economia colonial
(VISENTINI; PEREIRA, 2010).

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