Nº
ORGANISMOS DE INSPEÇÃO NA ÁREA DE VEICULOS E NIT-DIOIS-004 01
EQUIPAMENTOS QUE TRANSPORTAM PRODUTOS APROVADA EM PÁGINA
PERIGOSOS OUT/2009 01/16
SUMÁRIO
1 Objetivo
2 Campo de Aplicação
3 Responsabilidade
4 Siglas
5 Documentos Complementares
6 Definições
7 Requisitos Gerais, Administrativos e Financeiros
8 Independência, Imparcialidade e Integridade
9 Confidencialidade
10 Organização e Gerenciamento
11 Sistema de Gestão da Qualidade
12 Pessoal
13 Instalações e Equipamentos
14 Métodos e Procedimentos de Inspeção
15 Manuseio de Veículos e Equipamentos Rodoviários
16 Registros
17 Relatórios e Certificados
18 Subcontratação
19 Histórico da Revisão
Anexo A - Relação de Escopos para Avaliação
Anexo B - Correlação de Equipamentos com os RTQ
Anexo C – Quadro de Signatários Autorizados
1 OBJETIVO
Esta Norma estabelece os critérios específicos que o Organismo de Inspeção que atua na
avaliação dos Equipamentos Rodoviários utilizados para o transporte de produtos perigosos
devem atender para fins de obtenção e manutenção da acreditação da Cgcre/Inmetro,
complementando os requisitos da Norma ABNT NBR ISO/IEC 17020:2006.
2 CAMPO DE APLICAÇÃO
Esta Norma aplica-se à Diois.
3 RESPONSABILIDADE
4 SIGLAS
5 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
NIT-DIOIS-001 Critério Geral para a Acreditação de Organismo de Inspeção
ABNT NBR ISO/IEC 17020 2006 Avaliação de conformidade – Critérios Gerais Para o
Funcionamento de Diferentes Tipos de Organismos que
Executam Inspeção
ABNT NBR NM ISO 9712 Ensaios não-destrutivos – Qualificação e Certificação de
Pessoal
REV. PÁGINA
NIT-DIOIS-004
01 03/16
6 DEFINIÇÕES
Para fins desta Norma são adotadas as definições das Normas NIT-DIOIS-001, NBR ISO 9000,
ABNT NBR ISO/IEC 170200:2006, Diretriz do IAF/ILAC A – 4:2004, dos Regulamentos Técnicos
aprovados pelo Inmetro para a área de Transporte de Produtos Perigosos e pelas definições de
6.1 a 6.17
6.7 Organismo
Nesta Norma o termo Organismo será aplicado tanto para OIA-PP como para OI-PP.
6.17 Inspetor
Profissional de nível superior ou Técnico de nível médio qualificado para realizar as atividades de
inspeção de acordo com os regulamentos técnicos do Inmetro.
7.1.4 Certidão de Registro e Quitação de Pessoa Jurídica emitida pelo Conselho Regional de
Classe, do Estado da Federação onde o Organismo está instalado, devendo constar o nome do
RT. Este, deve ter formação educacional e registro, compatível com a atividade de inspeção.
REV. PÁGINA
NIT-DIOIS-004
01 06/16
7.2.1 Para sanar dúvidas quanto ao entendimento dos requisitos deste critério de acreditação
pode ser consultada a Diretriz do IAF/ILAC A-4:2004 para aplicação da Norma ABNT NBR
ISO/IEC 17020:2006
7.2.2 A avaliação da proficiência do corpo técnico do Organismo, nas inspeções, deve atender aos
requisitos dos regulamentos técnicos do Inmetro estabelecidos pelas Portarias Inmetro nº
175/2006, 172/2008, 164/2008, 197/2004 e 259/2006 e 457/2008.
7.4 O uso da identificação da acreditação pelo Organismo, deve respeitar o disposto na Portaria
Inmetro nº73/2006.
8.1 Para a acreditação de Organismos é adotado o tipo “A”, conforme estabelecido no Anexo A da
Norma ABNT NBR ISO/IEC 17020:2006.
8.1.1 O Organismo não pode exercer ou participar, direta ou indiretamente, de qualquer atividade
técnica ou econômica que comprometa sua imparcialidade no julgamento profissional dos serviços
de inspeção para o qual está solicitando a acreditação, sendo esta restrição estendida aos
proprietários, sócios e funcionários.
9 CONFIDENCIALIDADE
10 ORGANIZAÇÃO E GERENCIAMENTO
O Organismo deve dispor de uma estrutura organizacional com capacidade compatível com o
volume de serviços de inspeção demandados.
REV. PÁGINA
NIT-DIOIS-004
01 07/16
11.3 Os auditores utilizados nas auditorias internas do Organismo devem ter sido treinados em
cursos de auditoria de sistema de gestão, com carga horária mínima de 16 (dezesseis) horas.
12 PESSOAL
12.1 O organismo deve possuir uma equipe técnica composta por, no mínimo, 3(três) pessoas:
1(um) RT e 2(dois) Inspetores, além de possuir 1 (um) RTS nomeado.
12.2 O organismo que operar mais de uma LI deve dispor de um Supervisor Técnico - ST com a
formação estabelecida no item 12.6 desta norma.
12.3 Todo o corpo técnico do organismo deve estar qualificado de acordo com os escopos de
inspeção solicitados ou acreditados. O corpo técnico deve estar dimensionado em função do
volume de trabalho.
12.5 O Responsável Técnico Substituto – RTS deve ser engenheiro habilitado de acordo com a
regulamentação do CREA e com a resolução CONFEA 458/2001, com comprovada experiência
na área de atuação para responder pelos serviços do Organismo na ausência do RT e, por isso,
deve atender aos mesmos requisitos do RT. O Organismo pode estabelecer um contrato
temporário de trabalho com o RTS.
12.6 O Supervisor Técnico – ST, profissional de nível superior ou técnico, deve ser habilitado e
registrado no Conselho Regional de Classe, com 6 (seis) meses de experiência em inspeção
periódica e/ou de construção de equipamentos rodoviários e estacionários para o transporte e
armazenagem de produtos perigosos, treinado e habilitado pelo Organismo para exercer a
supervisão técnica dos inspetores, de acordo com procedimento documentado estabelecido pelo
Organismo.
12.7 O Supervisor Técnico Substituto – STS, profissional de nível superior ou técnico, deve ser
habilitado e registrado no Conselho Regional de Classe, com comprovada experiência na área de
atuação para responder pelos serviços do Organismo na ausência do ST e, por isso, deve atender
aos mesmos requisitos do ST. O Organismo pode estabelecer um contrato temporário de trabalho
com o STS.
REV. PÁGINA
NIT-DIOIS-004
01 08/16
12.10 O Organismo deve comunicar a DIOIS qualquer mudança que ocorrer na sua equipe
técnica.
12.10.2 A mudança do RT e/ou RTS só poderá ser efetivada após a avaliação e a aprovação do
Inmetro.
Obs. Sempre que houver mudança de RT, RTS, ST, STS e inspetores os mesmos deverão ser
avaliados na próxima avaliação ou, a critério do Inmetro, em uma avaliação extraordinária.
13 INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
13.1. O Organismo deve dispor de uma LI para a realização das inspeções nos equipamentos
rodoviários que transportam produtos perigosos que cumpra com os requisitos estabelecidos de
13.1.1 a 13.1.4.
13.1.2 A área de inspeção deve possuir no mínimo 200 m² de área coberta, ventilada e iluminada,
permitindo a realização da inspeção, independentemente das condições climáticas. O piso da
área de inspeção deve ser horizontal, plano e pavimentado permitindo a realização da inspeção.
13.1.3 O LI do organismo deve dispor de área para estacionamento dos veículos e equipamentos
a serem inspecionados.
13.1.4 O Organismo deve demosntrar que o seu LI possui suprimento e armazenamento de água
suficiente para realização de ensaios hidrostático, e de estanqueidade, com dispositivo para
bombeamento e recirculação compatíveis com o número de inspeções realizadas por dia. A água
deve ser exclusiva, limpa e descontaminada.
13.2 O Organismo deve informar a capacidade diária de realização de ensaio hidrostático e de
estanqueidade, bem como os dados da sua infra-estrutura que comprovem esta capacidade
declarada. O seu LI deve possuir sistema ou procedimento para o tratamento da água utilizada no
ensaio hidrostático e de estanqueidade, a fim de evitar o descarte de água contaminada para a
rede de águas pluviais ou, para permitir a sua reutilização.
REV. PÁGINA
NIT-DIOIS-004
01 09/16
13.4 O LI do organismo deve possuir bancadas para calibração das válvulas de segurança dos
equipamentos, de acordo com o grupo de produtos a ser inspecionado, conforme indicado no item
13.4.1 e conforme a Tabela descrita no item 13.4.2.
13.4.2 O escopo do LI varia com o tipo de bancada para atender um determinado grupo de
produtos perigosos conforme a tabela abaixo:
Grupo de Produtos Tipo de Bancada para Calibração de Válvulas de
Perigosos* Segurança e de vácuo
1 2 3 4 5
1 X
2A X X
2B X X
2C X X
2D X X
2E X X
2F X X
3 - - - X -
4A X
4B X
4C X
6A X
6B X
6C X
6D X
6E X
6F X
6G X
6H X
6I - - - - -
7A X X
7B X X
7C X X
REV. PÁGINA
NIT-DIOIS-004
01 10/16
13.4.4 A bancada para calibração deve permitir a medição das seguintes pressões:
a) Pressão de abertura da válvula de segurança e de vácuo;
b) Pressão da válvula de segurança e de vácuo totalmente aberta;
c) Pressão de fechamento da válvula de segurança e de vácuo.
13.4.5 A bancada para calibração deve possuir medidor de pressão com as seguintes
características mínimas:
a) Classe B4;
b) Diâmetro 100 mm;
c) Possuir escala adequada que permita a leitura das pressões no seu terço médio;
13.4.6 A bancada para calibração tipo 2 deve possuir medidor de vácuo com escala compatível
com o vácuo a ser medido.
13.4.7 As válvulas de segurança podem ser calibradas fora do LI, desde que sejam efetuadas pelo
seu fabricante ou por laboratório que garanta a rastreabilidade dos instrumentos e procedimentos
de ensaio.
13.7 O Organismo deve demonstrar, quando solicitado, que possui total controle sobre a
operação, manutenção e calibração dos equipamentos e instrumentos utilizados na inspeção. Os
equipamentos e instrumentos listados no Anexo B item “b”, desta Norma, são necessários para a
realização das inspeções.
13.8 O organismo deve possuir controle sobre as condições dos equipamentos, instrumentos de
medição e dispositivos de ensaio.
14.1 O Organismo deve possuir um sistema de supervisão dos serviços, no qual assegure que as
inspeções são realizadas dentro do seu escopo acreditado e que o RT/ST avalie efetivamente os
serviços dos inspetores e que realize, regularmente, uma análise crítica dos relatórios de inspeção
elaborados, para verificar o cumprimento dos requisitos contidos nos regulamentos técnicos do
Inmetro.
14.3 O Organismo deve estabelecer um procedimento para avaliar o desempenho dos inspetores.
Esta avaliação deve ser feita pelo RT/ST.
14.4 O Organismo deve dispor de métodos e procedimentos de inspeção que atendam ao escopo
acreditado.
14.5 O OIA - PP deve ter procedimentos documentados para avaliar os resultados dos END e
para contratação de inspetores qualificados para execução de END. O procedimento deve estar
aprovado por profissional qualificado segundo ABNT NBR NM ISO 9712 (Inspetor END nível 3).
Nota: O Organismo deve manter registro da qualificação do responsável pela aprovação do
procedimento e da análise crítica desta qualificação pelo RT do organismo.
14.6 O CIV do veículo emitido por um OIA-IV é documento obrigatório para a obtenção do CIPP.
16 REGISTROS
16.1 O Organismo deve possuir um sistema informatizado que permita a adequada rastreabilidade
dos registros e dados armazenados de todas as inspeções realizadas.
16.2 O Organismo deve manter em arquivo os registros dos resultados de todas as inspeções na
área veicular e de equipamentos para transporte de produtos perigosos realizadas abaixo
descritos:
a) Relatórios de inspeção dos itens inspecionados
b) Decalques do número do chassi e do equipamento nas duas vias do CIPP (cliente e
Organismo);
c) Cópias dos Registros das não-conformidades identificadas durante as inspeções;
d) Registro fotográfico de acordo com procedimento documentado, do veículo posicionado nas
instalações do LI, evidenciando a data, o horário da inspeção, a placa do veículo
inspecionado, o código do Organismo, identificação do LI e o Código Temporal;
e) Certificado de descontaminação dos equipamentos;
f) Cópia do CIV emitido por um OIA-IV
g) CIPP
16.3 O Organismo deve manter disponível à DIOIS relatórios mensais com o número de
inspeções realizadas por escopo correlacionados com os números dos CIPP emitidos. O índice de
reprovação dos equipamentos e o número de reinspeções após a reprovação deve constar dos
relatórios mensais do organismo.
16.4 O Organismo deve manter atualizado e disponível à DIOIS um registro controlado de
distribuição dos equipamentos.
16.5 Os registros de inspeção devem ser mantidos arquivados por um período mínimo de 5
(cinco) anos.
16.6 O CIPP e os registros devem ser preenchidos conforme a Portaria do Inmetro 172/08.
17 RELATÓRIOS E CERTIFICADOS
17.1 O Organismo deve registrar o serviço prestado num Relatório de Inspeção e, emitir para o
cliente um CIPP, quando aplicável.
17.2 O relatório de inspeção deve conter a assinatura e carimbo do inspetor que realizou a
inspeção e a assinatura e o carimbo do RT ou ST do Organismo.
17.3 As emendas realizadas nos relatórios de inspeção devem ser justificadas de acordo com
procedimentos documentados.
18 SUBCONTRATAÇÃO
18.1 A subcontratação de corpo técnico para realização das inspeções não é permitida.
18.2 A subcontratação de serviços de END só será permitida para ensaios radiográficos. Quando
o Organismo de inspeção subcontrata qualquer parte da inspeção, ele deve assegurar que sua
subcontratada é competente para executar os serviços em questão e, quando aplicável, satisfaz
os critérios especificados nas normas pertinentes da série EN 45000. O organismo deve informar
ao cliente de sua intenção de subcontratar o serviço de END obtendo do cliente a concordância
para a subcontratação.
Nota: A subcontratada deverá utilizar profissionais qualificados e certificados segundo o SNQC,
ou entidade por ele reconhecida.
19.3 A subcontratação de serviços não exime o Organismo da responsabilidade sobre o processo
de inspeção.
REV. PÁGINA
NIT-DIOIS-004
01 13/16
19 HISTÓRICO DA REVISÃO
_____________________________
/ANEXOS
REV. PÁGINA
NIT-DIOIS-004
01 14/16
/ANEXO B
REV. PÁGINA
NIT-DIOIS-004
01 15/16
VEICU-
CONSTRUÇÃO PERIÓDICA REVEST
LAR
RELAÇÃO RTQ RTQ RTQ RTQ RTQ RT RT RTQ RT RTQ RTQ RTQ
RTQ 32
1c 3c 6c 7c PRFVc Q 1i Q 3i 6i Q 7i CAR PRFVi 36
Paquímetro (150 mm – Mínimo) *1 X X X X X X X X X X X X X
Trena (3 m - mínimo) *1 X X X X X X X X X X X X X
Manômetro (100 kPa – mínimo) ou
X X
coluna de água (2 m – mínimo) *1
Manômetro (500 kPa- mínimo) *1 X X X X
Manômetro (5 a 7 MPa- mínimo) *1 X X X X X X
Kit rebitadeira / rebites (pop) *1 X X X X X X X X X X X X X
Martelo (pena/bola: 150 g - mínimo) *1 X X X X X X X X X X X X X
Tipos (nº/letras: 3 a 5 mm) *1 X X X X X X X X X X X X X
Escova (aço) *1 X X X X X X
Lanterna (a prova de explosão) *1 X X X X X X X X X X X X X
Medidor de espessura por
X X X X X X X X
ultra-som *1
Medidor magnético de espessura de
X X
camadas (até 15 mm) *4
Medidor de esp. de camadas até
X
12 mm *4
Medidor de dureza (Barcol) *4 X X
Holliday detector *4 X
Martelo (madeira ou borracha) *1 X
Kit de líquidos penetrantes *1 X X X X X X
Conjunto atuador hidráulico /
manômetro X
(200.000 N – mínimo) *6
Dispositivo de fixação
X
(pára-choque) *6
Dispositivo (ensaio hidrostático) *1 X X X X X X X X X
Medidor de vácuo *2 X X
Negatoscópio e densitômetro *2 X X X X
Oxi-explosímetro *3 X X
Sistema de ar comprimido *2 X X X X X X
Yoke/lâmpada ultra-violeta *4/*5 X
EPI *1 X X X X X X X X X X X X X
Máscara panorâmica (com filtro
X X
específico) *4
Nota: EPIs: macacão de manga comprida, capacete, óculos de proteção, máscara semi-facial, protetor auricular, bota com sola
anti-derrapante, luvas, capa de chuva, e protetor auricular.
*1 - Por inspetor.
*2 - Compulsório (flexibilidade: o cliente poderá disponibilizar no ato da inspeção).
*3 - Voluntário (desde que seja apresentado, na inspeção, o certificado de
descontaminação ou de inertização).
*4 - Quantidade compatível com a freqüência das inspeções.
*5 - Voluntário (compulsório quando utilizado aço UHT).
*6 - Compulsório para o Organismo que avaliar a fabricação de para choques traseiro d acordo com o RTQ 3.
/ANEXO C
REV. PÁGINA
NIT-DIOIS-004
01 16/16
10