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HIEROFANIA, A Manifestação do Sagrado.

“Rudolf Otto, historiador das religiões, foi quem melhor definiu a essência do sagrado
como uma forma de experiência interna sui generis e incomum, e mostrou as
características e conteúdos que a distingue de outras formas comuns. Ele analisou a
manifestação do sagrado como uma experiência única, interna e individual, mas que
pode ser compartilhada. Para ele, o sagrado manifesta-se sempre com uma qualidade
inteiramente diferente da realidade cotidiana e da experiência natural, embora possa
aparecer através de coisas humanas e se revelar através da natureza”.

“Assim como outros teóricos, Mircea Eliade define o sagrado pela oposição ao profano,
porém, da mesma forma que Otto, vê o sagrado como uma experiência que altera o
modo de percepção e acrescenta um significado transcendente, modificando totalmente
a vida do homem. “O sagrado é qualitativamente diferente do profano, embora possa se
manifestar de qualquer modo e em qualquer lugar no mundo profano e tem a capacidade
de transformar todo objeto cósmico em paradoxo por meio da hierofania.” Para Eliade,
é através da experiência do sagrado que o homem pode perceber a diferença entre aquilo
que é real, poderoso, rico e significativo, e o que é desprovido dessas qualidades. Pois o
sagrado é o real absoluto.”

“O homem pode tomar conhecimento do sagrado, porque este se manifesta; portanto,


esta é a sua característica intrínseca, a capacidade de manifestação. À manifestação do
sagrado, Eliade chamou de hierofania.”

“O sagrado pode se manifestar em qualquer objeto do mundo profano, assim, este


assume repentinamente a condição de sagrado. O objeto passa a ser outra coisa e,
contudo, continua a ser ele mesmo. Uma pedra, uma árvore, etc., podem,
repentinamente, revelar alguma coisa de sagrado.” Eliade

“A experiência do sagrado é difícil de ser comunicada porque esta se revela a partir do


aguçamento ou expansão repentina da percepção e quase sempre corresponde à
mudança do nível de consciência. A dificuldade para descrever essa experiência é
porque ela não pode ser traduzida na linguagem comum, pois falta o vocabulário
adequado para sua transmissão.”

“Para definir o sagrado, como uma experiência de revelação interna, é importante e


necessário se aceitar a existência de diferentes níveis de consciência, se admitir a
possibilidade do indivíduo ter acesso a esses estados mais elevados de consciência. E
também é imprescindível se aceitar a realidade de um princípio espiritual e divino com
o qual o indivíduo pode ter contato.”

Fonte: O Caminho Sagrado, Raíssa Cavalcanti, Editora Rosari

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