O termo “psicossocial” está presente em diversos títulos de trabalhos
acadêmicos, geralmente funcionando como adjetivo para alguma outra palavra, como em “reabilitação psicossocial”, “atenção psicossocial”, “risco psicossocial”, etc (Andrade e Falcão, . Apesar dessas frequentes aparições, poucos artigos “definem precisamente o sentido do termo psicossocial ou do domínio psicossocial a ser abordado” (Paiva, 2013, p. 534). Paiva (2013) aponta ainda a falta de detalhes dos processos de trabalho que poderiam ser adotados dentro dessa perspectiva.
Diante desse cenário, é possível verificar que a palavra “psicossocial” sofre
variações de sentido conforme o autor que o emprega (Felix e Silva, 2016). Verifica-se essa diversidade na forma como o termo é utilizado na Psicologia do desenvolvimento de Erik Erikson, na Psicologia Social de Theodor Adorno e na Psiquiatria por Pichon Rivière, a título de exemplo (Felix e Silva, 2016).
Apesar dessa variação quanto ao significado da palavra “psicossocial”, no
contexto brasileiro, esse termo tornou-se marcante dentro do movimento de reforma sanitária que concebeu o Sistema Único de Saúde (SUS) e passou a expressar uma atenção à saúde organizada como assistência na comunidade e na família (e não no hospital), além de fazer forte referência aos direitos humanos, em especial às noções de “autonomia” e “dignidade” incluídas no preâmbulo da Declaração dos Direitos Humanos (Paiva, 2013). Desde então, diversos documentos (Conselho Federal de Psicologia 2005 e 2007) têm sido elaborados para tratar sobre o fazer psicossocial dentro dessa perspectiva, geralmente sugerindo reflexões e ações que contrapõem a prática amparada no caráter hospitalocentrico. A despeito de não cristalizarem a compreensão do fazer psicossocial, tais documentos têm função norteadora para as ações dos profissionais em suas diversas áreas de atuação.
Considerando que a adoção de práticas psicossociais orientadas pela perspectiva
do movimento de reforma sanitária representa um avanço para a atenção ao usuário do serviço público no âmbito da saúde (citações), faz-se importante investigar como essas práticas têm sido efetivadas nos diversos órgãos dessa esfera de serviço, a fim de sistematizar informações atualizadas para contribuir com a formação de outros profissionais que prestem serviço semelhante.
Um dos órgãos públicos idealizados para realizar atendimento psicossocial é o
Centro Integrado de Psicologia e Assistência Social (CIPAS), órgão de apoio da Polícia Militar do Pará (PMPA, o qual congrega duas categorias profissionais: Psicologia e Serviço Social, cabendo a esse Centro a execução das atividades relacionadas à atenção psicológica e social do policial militar, o qual se constitui em um segmento dentre os servidores públicos cujo risco, o perigo, o adoecimento e até mesmo a morte, são inerentes aos atributos de suas atividades. Além do suporte ao profissional da instituição, há o apoio aos familiares de policiais militares que tenham sofrido acidente ou óbito em serviço. Devido a importância do CIPAS para a qualidade de vida do policial militar e de seus familiares e, consequentemente, objetivou-se verific
Portanto, o presente trabalho tem por objetivo verificar se as ações
desenvolvidas no CIPAS estão dentro da perspectiva psicossocial do movimento de reforma sanitária a partir dos relatos de atuação de profissionais do CIPAS.
2. MÉTODO
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com abordagem descritiva, a qual é
classificada(6) como uma modalidade de pesquisa exploratória. Este tipo de pesquisa tem como objetivo principal estabelecer o contato entre o pesquisador e o que já foi produzido a respeito do tema de escolha. É um importante(7) instrumento na educação continuada do profissional da saúde, além de ser imprescindível às demais modalidades de pesquisa científica.
Foi realizado um levantamento na base de dados Scielo, utilizando-se a pesquisa
por relevância com o termo “psicossocial”. A seleção do material foi realizada conforme os seguintes critérios: 1) artigo com até 5 (cinco) anos de publicação, ou seja, de 2013 a 2018; 2) artigos em Português; 3) artigos apenas em coleções brasileiras; 4) artigos de revisão não foram considerados.
Estudo bibliográfico, que utilizou a base de dados entrevistou policiais militares
psicólogos e assistentes sociais integrantes do Centro Integrado de Psicologia e Assistência Social (CIPAS) que trabalham a mais de 4 (quatro) anos na instituição.
Quanto ao grupo estudado, esse foi composto por 8 (oito) policiais
militares, 5 (cinco) psicólogos (as) e 3 (três) assistentes sociais com idade entre 28 e 35 anos, com tempo de formação entre x e x anos. Destes, x cursaram pós graduação stricto sensu, 2 (dois) mestres.
3. RESULTADOS
Os resultados constituíram 48 artigos 11h25 do dia 09/07/2018
Nesta
1. A atuação do assistente social
2. A atuação do psicólogo
3. A interface
Dentro da perspectiva psicossocial em discussão, sugere-se que os profissionais de
psicologia e serviço social trabalhem com o auxílio de um documento de registro conjunto, registrando apenas as informações pertinentes para o cumprimento do objetivo do trabalho. Quanto a isso, é possível afirmar que há documentos no CIPAS que incentivam esse registro em conjunto, entretanto, verificou-se que esse procedimento não é praticado com frequência pelos profissionais do Centro.
Outro elemento de contribuição para o oferecimento de serviço psicossocial é a
construção de espaços no ambiente de trabalho que possibilitem a discussão e reflexão dos referenciais teóricos e metodológicos que subsidiem o trabalho profissional e propiciem avanços efetivos, considerando as especificidades das demandas, da equipe e dos usuários. Apesar do CIPAS não ter apresentado espaços formais construídos para a finalidade de troca de reflexões e referenciais entre os profissionais que nele atuam, informalmente percebeu-se momentos frequentes onde esse tipo de comportamento acontece.
A realização permanente de reuniões e debates conjuntos de planejamento a fim de
estabelecer as particularidades da intervenção profissional, bem como definir competências e habilidades profissionais em função das demanda sociais e das especificidades do trabalho também são importantes ferramentas para o serviço psicossocial.
a. Elaboração de documento conjunto que registre apenas as informações
necessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho (p. 39); b. Construção de espaços no ambiente de trabalho que possibilitem a discussão e reflexão dos referenciais teóricos e metodológicos que subsidiem o trabalho profissional e propiciem avanços efetivos, considerando as especificidades das demandas, das equipes e dos usuários (p. 39); c. Realização permanente de reuniões e debates conjuntos de planejamento a fim de estabelecer as particularidades da intervenção profissional, bem como definir competências e habilidades profissionais em função das demandas sociais e das especificidades do trabalho (p. 39); d. Elaboração de instituir parâmetros de intervenção que se pautem pelo compartilhamento das atividades, convivência não conflituosa das diferentes abordagens teórico-metodológicas que fundamentam a análise e intervenção da realidade e estabelecimento do que é próprio e específico a cada profissional na realização de estudos socioeconômicos, visitas domiciliares, abordagens individuais, grupais e coletivas (p. 39) e. Construir uma prática político-profissional que possa dialogar sobre pontos de vista diferentes, aceitar confrontos de diferentes abordagens, tomar decisões que decorram de posturas éticas e políticas pautadas nos princípios e valores estabelecidos nos Códigos de Ética coletivo de trabalho; 4. CONCLUSÃO
No âmbito da Psicologia, faz-se necessária a sua inclusão no processo de
Atendimento psicossocial como fortalecimento do vínculo familiar e no contexto
comunitário e interdisciplinar./ trabalho entre psicólogo e assistente social não setorizado/trabalhar o apoio, o acesso aos direitos através da rede. (art, 2 e 4)
Acolhimento, escuta e vínculo (art. 5, 23, 24 e 29)
Prática não institucionalizante, ou seja, utilização de mecanismos comunitários (art. 8)
Integralidade e humanização do cuidado (art. 9, 12 e 45)
Visitas domiciliares e atendimento familiar (art. 13)
Educação em saúde do usuário, apoio matricial, grupo terapêutic (art. 16)
Apoio matricial – suporte interdisciplinar entre ESF e CAPS. Suporte
Terapeutico singular – equipe, usuários e familiares.(artigo 18, 26 e 40)
Educação permanente/reuniões diárias. (art. 3 e 27)
Relaciona atendimento psicossocial com serviço público de assistência (art. 28)
Construção de projetos marcados pela diversidade (art. 39)
Empoderamento dos usuários
Valoriza a subjetividade, o saber e o sentir da pessoa com vista a compreender o que
está acontecendo com ela. (art. 32)
Os resultados constituíram x categorias que são comumente referidas como fazer
psicossocial
Nesta
6. A atuação do assistente social
7. A atuação do psicólogo
8. A interface
Dentro da perspectiva psicossocial em discussão, sugere-se que os profissionais de
psicologia e serviço social trabalhem com o auxílio de um documento de registro conjunto, registrando apenas as informações pertinentes para o cumprimento do objetivo do trabalho. Quanto a isso, é possível afirmar que há documentos no CIPAS que incentivam esse registro em conjunto, entretanto, verificou-se que esse procedimento não é praticado com frequência pelos profissionais do Centro.
Outro elemento de contribuição para o oferecimento de serviço psicossocial é a
construção de espaços no ambiente de trabalho que possibilitem a discussão e reflexão dos referenciais teóricos e metodológicos que subsidiem o trabalho profissional e propiciem avanços efetivos, considerando as especificidades das demandas, da equipe e dos usuários. Apesar do CIPAS não ter apresentado espaços formais construídos para a finalidade de troca de reflexões e referenciais entre os profissionais que nele atuam, informalmente percebeu-se momentos frequentes onde esse tipo de comportamento acontece.
A realização permanente de reuniões e debates conjuntos de planejamento a fim de
estabelecer as particularidades da intervenção profissional, bem como definir competências e habilidades profissionais em função das demanda sociais e das especificidades do trabalho também são importantes ferramentas para o serviço psicossocial.
f. Elaboração de documento conjunto que registre apenas as informações
necessárias para o cumprimento dos objetivos do trabalho (p. 39); g. Construção de espaços no ambiente de trabalho que possibilitem a discussão e reflexão dos referenciais teóricos e metodológicos que subsidiem o trabalho profissional e propiciem avanços efetivos, considerando as especificidades das demandas, das equipes e dos usuários (p. 39); h. Realização permanente de reuniões e debates conjuntos de planejamento a fim de estabelecer as particularidades da intervenção profissional, bem como definir competências e habilidades profissionais em função das demandas sociais e das especificidades do trabalho (p. 39); i. Elaboração de instituir parâmetros de intervenção que se pautem pelo compartilhamento das atividades, convivência não conflituosa das diferentes abordagens teórico-metodológicas que fundamentam a análise e intervenção da realidade e estabelecimento do que é próprio e específico a cada profissional na realização de estudos socioeconômicos, visitas domiciliares, abordagens individuais, grupais e coletivas (p. 39) j. Construir uma prática político-profissional que possa dialogar sobre pontos de vista diferentes, aceitar confrontos de diferentes abordagens, tomar decisões que decorram de posturas éticas e políticas pautadas nos princípios e valores estabelecidos nos Códigos de Ética coletivo de trabalho;
Conclusão
No âmbito da Psicologia, faz-se necessária a sua inclusão no processo de