INTRODUÇÃO
Portanto, o não uso de EPI’s e EPC’s pode acarretar em sérios danos a vida do colaborador
que não os utiliza, e ao cliente/paciente que está participando daquela atividade, o descarte
incorreto dos perfurocortantes pode gerar doenças, tornando esse problema um risco
biológico; o armazenamento inadequado dos EPIs pode acarretar em contaminação dos
mesmos; o tamanho inadequado das luvas, segundo os colaboradores, torna a sua função
descartada; a ausência de legenda no mapa de risco não enfatiza a noção dos riscos presentes
aos colaboradores do local, e o chuveiro de emergência em situações precárias, acarreta na
desativação do mesmo.
Desta forma, o objetivo geral é identificar melhorias mais adequadas no ambiente de trabalho
e no auxilio dos Riscos Biológicos e Químicos presentes no local, sendo assim, propondo
medidas de segurança para a preservação da vida dos profissionais. E os específicos são:
observar o funcionamento, propor o mapa de risco no laboratório caso não tenha,
conscientizar o uso adequado dos EPI’s e EPC’s, solicitar um novo mapa de risco ou
modificar o mesmo colocando as legendas necessárias; e identificar as problemáticas ao setor
responsável da distribuição dos EPI’s para o Setor de Manutenção.
Referencial Teórico
A origem do trabalho nos remete a tempos bem remotos, à época do homem primitivo que
buscava no trabalho meramente extrativo, na caça e na pesca a sua simples subsistência.
Posteriormente o homem da caverna aprende a dominar ferramentas mais rústicas, descobre o
minério e demais metais, conhecendo também, as primeiras doenças do trabalho, provocadas
pelos próprios materiais que utilizava.
Referencias, embora de forma muito restrita, passam também pelas civilizações egípcias, dos
gregos e romanos. Essa escassez de mais informações decorre do
fato de que na Antigüidade os trabalhos mais pesados, bem como aqueles envolventes de
riscos, eram feitos pelos escravos conseguidos nas guerras ocorridas entre as nações.
(COSTA)
No século IV antes de Cristo Hipocrates fez menção à existência de moléstias entre mineiros e
metalúrgicos e reconheceu a toxicidade do chumbo nas minerações.
500 anos depois, Plinius Secundus, conhecido como Plínio “O Velho”, descreveu diversas
moléstias do pulmão entre mineiros e o envenenamento advindo do manuseio de compostos
de enxofre e zinco. Descreveu também o uso de uma máscara para proteger os trabalhadores
de poeira ou fumos de chumbo.
Na próxima década, em 1567, Paracelso elabora a primeira monografia sobre as relações entre
trabalho e doença, em especial as causadas pela intoxicação pelo mercúrio.
Apesar de todos os estudos e esforços empenhados, foi somente a partir do século XIX, com o
advento da Revolução Industrial, que o interesse pela proteção dos trabalhadores começa a
ganhar maior ênfase.
Para Alberton (1996), no início da Revolução Industrial, a invenção da máquina a vapor por
James Watts em 1776 e do regulador automático de velocidade em 1785, trouxeram
profundas alterações tecnológicas em todo o mundo, permitindo assim a organização das
primeiras fábricas e indústrias, o que significava, além de uma revolução econômica e social,
também o inicio dos primeiros acidentes de trabalho e as doenças profissionais como
conhecemos atualmente, que se alastravam e tomavam proporções alarmantes.
Costa, fala das lamentáveis e deploráveis condições de trabalho dessa época dizendo que,
mesmo não obstante ocorresse o avanço da tecnologia, paralelamente piorava a assistência ao
trabalhador em fins do século XVIII, chegando a situações verdadeiramente intoleráveis. O
autor lembra que na negativa da prestação de determinados serviços perigosos resultava em
açoites, encarceramento, casas correcionais e até marcas com ferro nos casos de reincidência.
Até o final do século XVIII não havia nenhum amparo legal para os trabalhadores, obtendo
um pequeno avanço somente em 1802 quando Parlamento Britânico aprovou a primeira lei de
proteção aos trabalhadores: A “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, estabelecendo o limite
de 12 horas de trabalho por dia, proibia o trabalho noturno, obrigava os empregadores a lavar
as paredes da fábrica duas vezes por ano e tornava obrigatória a ventilação do ambiente.
Ainda na Inglaterra, em 1831, uma Comissão parlamentar de inquérito, chefiada por Michael
Saddler, elaborou um cuidadoso relatório, que concluía da seguinte maneira: “Diante desta
Comissão desfilou longa procissão de trabalhadores – homens e mulheres, meninos e
meninas, abobalhados, doentes, deformados, degradados na sua qualidade humana, cada um
deles era clara evidência de uma vida arruinada, um quadro vivo da crueldade humana do
homem para o homem, uma impiedosa condenação daqueles legisladores que quando em suas
mãos detinham poder imenso, abandonaram os fracos à capacidade dos fortes”.
Como o resultado desse relatório nasce em 1833 a Lei das Fabricas ou “Factory Act” que
posse ser considerada a primeira lei realmente eficiente no âmbito da segurança e saúde do
trabalhador, a qual proibia o noturno trabalho aos menores de 18 anos e restringia seus turnos
a apenas 12 horas diárias e no máximo 69 semanais, propunhas escolas nas fábricas que
deveriam ser freqüentadas por todos os trabalhadores menores de 13 anos, estipulando que a
idade mínima para o trabalho era de 9 anos, onde ainda, um médico deveria atestar se o
desenvolvimento da criança estava de acordo com sua idade cronológica. No ano de 1834,
aparece pela primeira vez o conceito de medico de fabrica, o Dr. Robert Baker, que tinha por
oficio inspecionar estabelecimentos fabris. Em 1842, na Escócia, a direção de uma fábrica
têxtil contratou um médico que deveria submeter os menores trabalhadores a exames
admissionais e periódicos.
Em 1867, a Lei das Fábricas foi ampliada para incluir mais moléstias e estipular a proteção de
máquinas e a ventilação mecânica para o controle de poeiras, ao mesmo tempo em que proibia
a ingestão de alimentos nos ambientes sob atmosferas nocivas da fábrica. Conforme a
Revolução Industrial se espalhava pela Europa, outros países desenvolveram suas leis de
proteção ao trabalhador e seus serviços médicos ocupacionais passaram gradativamente de
voluntárias para obrigatórios.
A França criou sua primeira lei em 1862 com a regulamentação da “Higiene e a Segurança do
Trabalho”, a Alemanha em 1865 com sua "Lei de Indenização Obrigatória dos Trabalhadores"
responsabilizando os empregadores pelo pagamento dos acidentes e nos Estados Unidos
apenas em 1903, cuja lei protegia exclusivamente os trabalhadores federais, sendo ampliada
para os demais em 1921.
Em 1919, pelo Tratado de Versalhes, foi criada a Organização Internacional do Trabalho, que
em sua 43ª Conferência Internacional do Trabalho, em 1959, aprovou a Recomendação Nº
112 com o título de "Recomendação para Serviços de Saúde Ocupacional" com os seguintes
objetivos:
1. Proteger os trabalhadores contra qualquer risco à sua saúde, que possa decorrer do
trabalho ou das condições em que este é realizado.
No Brasil, nossa primeira lei relativa à segurança e saúde do trabalhador, surge em 1919
chamada de “Lei dos Acidentes do Trabalho”, que tinha como fundamento jurídico a “Teoria
do Risco Profissional”, lei essa que estipulava que o empregador deveria responder por todos
os riscos derivados das atividades de sua empresa. Em 1930 nasce o “Ministério do Trabalho,
Indústria e Comércio”.
Aprovada em 1943, pelo Decreto Lei nº 5.452, a Consolidação das Leis do Trabalho, que em
virtude de haver várias normas trabalhistas esparsas, reuniu de forma sistematizada varias
normas existente, trazendo capítulos que versavam sobre a segurança e saúde do trabalhador.
Pelo Decreto Lei 7036 de 10 de Novembro de 1944 surge as Comissões Internas de Segurança
do Trabalho – CIPA, sendo regulamentadas somente em 1953 pela Portaria 155.
CIPA é a sigla para Comissão Interna de Prevenção de Acidentes que visa à prevenção de
acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, buscando conciliar o trabalho com a
preservação da vida e a promoção da saúde de todos os trabalhadores. Ela é composta de
representantes dos Empregados e do Empregador.
Segundo a NR-04
4.2.2. As empresas que possuam mais de 50 (cinquenta) por cento de seus empregados em
estabelecimentos ou setores com atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao da
atividade principal deverão dimensionar os Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho, em função do maior grau de risco..
O empregador também deve implementar todas a medidas de proteção relacionadas aos riscos
radiológicos e manter um profissional habilitado responsável por essa atividade.
Responsabilidades do trabalhador
A NR-01(Disposições Gerais) determina que o empregador deve cumprir e exigir que sejam
seguidas as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;
prevenir atos inseguros; informar os trabalhadores sobre os riscos no local de trabalho e sobre
os meios e medidas para prevenir tais riscos. A NR-01 também determina que o trabalhador,
por sua vez, deve cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina
do trabalho; usar os EPI fornecidos pelo empregador e colaborar com a empresa na aplicação
das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.
A NR-06(EPI) determina que o empregador deve exigir do trabalhador o uso dos EPI
adequados ao risco de cada atividade; fornecer somente EPI aprovado por órgão nacional
competente; orientar e treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado dos EPI; utilizar apenas
para a finalidade a que se destinam; guardar e conservar esses equipamentos.
As medidas de prevenção devem ser adotadas a partir dos resultados da avaliação prevista no
PPRA (NR-09) que deve conter no mínimo:
O PPRA deve conter também um inventário de todos os produtos químicos, com indicação
dos que implicam risco à segurança e à saúde . Os produtos que implicam riscos devem ter
uma ficha descritiva contendo informações referentes às características e formas de utilização,
riscos à Segurança, Saúde e Meio Ambiente, métodos de proteção coletiva e individual,
controle médico da saúde dos trabalhadores, condições e local de estocagem e procedimentos
a serem adotados em situações de emergência.
O PCMSO(NR-07) deve ser planejado e implementado com base nos riscos à saúde dos
trabalhadores, inclusive os identificados nas avaliações previstas nas demais Normas
Regulamentadoras, contemplando: o reconhecimento e avaliação dos riscos biológicos, a
localização das áreas de risco de acordo com PPRA, a relação nominal dos trabalhadores com
suas funções, os locais de atividades e de riscos, a vigilância médica das pessoas
potencialmente expostas aos agentes biológicos e o programa de vacinação.
Sempre que houver transferência permanente ou ocasional de um trabalhador para outro posto
de trabalho, que implique mudança de risco, essa situação deve ser comunicada ao médico
coordenador ou ao responsável pelo PCMSO.
A trabalhadora gestante só pode ser liberada para trabalhar em áreas com possibilidade de
exposição a gases ou vapores anestésicos, com autorização por escrito do médico responsável
pelo PCMSO.
Risco Biológico
Todo local onde existe a possibilidade de exposição ao agente biológico deve ter lavatório
exclusivo para higiene das mãos com água corrente, sabonete liquido, toalha descartável e
lixeira provida de sistema de abertura sem contato manual.
A NR-32 obriga que a lavagem de mãos seja efetuada, no mínimo, antes e depois do uso de
luvas. Muito embora a lavagem de mãos seja um dos processos mais eficientes no combate à
transmissão da infecção hospitalar, ela é esquecida por muitos profissionais de saúde(Costa,
2006).
Trabalhadores com feridas ou lesões nos membros superiores só podem iniciar suas atividades
após avaiação médica obrigatória e com a emissão de documento de liberação para o trabalho.
A norma proíbe a utilização das pias de trabalho para outros fins, também o ato de fumar, usar
adornos(brincos, anéis, pulseiras, colares e outros), manusear lentes de contato, guardar e
consumir alimentos e bebidas e usar calcados abertos nos postos de trabalho.
Muitas doenças podem ser transmitidas direta ou indiretamente pelos eventuais agentes
biológicos presentes no material a que os trabalhadores entram em contato. Devido à presença
de lenços de papel, curativos, agulhas e seringas descartáveis, originados da população muitos
organismos patogênicos podem estar presentes. Esses resíduos são descartáveis, sebretudo,
por pequenas clinicas, farmácias e laboratórios e, na maioria dos casos em hospitais,
misturados aos resíduos domiciliares. (COLLINS e KENNEDY, 1993 apud FERREIRA e
anjos, 2001).
A todo trabalhador deve ser fornecido, gratuitamente, programa de imunização ativa contra
tétano, difteria, hepatite B, os agentes biológicos estabelecidos no PCMSO e outros agentes
aos quais os trabalhadores poderão estar expostos, sempre que houver vacina eficaz contra
eles. A vacinação deve obedecer às recomendações do Ministério da Saude, ser registrada no
prontuário clinico individual do trabalhador e deve ser fornecido a ele o comprovante de
vacinas recebidas. O direito de recusa à vacinação deve ser garantido ao trabalhador.
Para auxiliar a elaboração do PPRA, a NR-32 considera 4(quatro) classes de risco biológico e
identifica os agentes pertencentes às classes de risco 2,3 e 4. A classificação proposta, pela
norma que segue abaixo, é uma adaptação da classificação do CDC & NIH (1999):
Classe 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa
probabilidade de causar doença ao ser humano.
Usar barreias mecânicas: lavar as mãos, usar luvas, óculos e mascaras e/ou protetor facial,
roupas de proteção com manga longa e aspiração de alta potencia, auxilia na prevenção de
acidentes biológicos.
Áreas como cadeira, equipo e refletores devem ser recobertos; nunca reutilizar agulhas; e
desinfetar superfícies; limpar, desinfetar e esterilizar instrumentos; acondicionar o lixo em
sacos plásticos apropriados e identificados.
O lixo hospitalar nunca pode ser descartado juntamente com o lixo domestico. Existem carros
de coleta apropriados para esse fim. Por isso, verificar na Prefeitura da cidade a melhor opção.
A lava lavagem das mãos é a mais importante para o controle de infeções em que o uso de
luvas não exclui a lavagem das mãos.
Os produtos usados atualmente para a antissepsia das mãos são: Álcool a 70%, Pvpi a 10%
(Polivinilpirrolidona), Clorexidina a 4% e Triclosan. As luvas descartáveis de látex devem ser
usadas em todos e quaisquer procedimentos clínicos, laboratorial e/ ou cirúrgicos.
Risco Químico
Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou produtos que possam
penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos
gases, neblinas, névoas ou vapores, ou que seja, pela natureza da atividade, de exposição,
possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo. Há três vias de penetração no organismo:
Estes riscos são representados pelas substâncias químicas que se encontram nas formas
líquida, sólida e gasosa. Quando absorvidas pelo organismo, podem produzir reações tóxicas e
danos à saúde.
Substâncias estas que podem causar doenças como: enfisema pulmonar, pneumoconiose,
alergias e intoxicação. Sendo necessário total cautelozidade perante esses riscos.
É importante a rotulagem original dos produtos químicos utilizados nos serviços de saúde
deve ser mantida.
Os produtos químicos fracionados ou manipulados devem ter uma etiqueta com nome do
produto, composição, concentração, data de envase, validade e nome do responsável pela
manipulação. É comum encontrarmos nos serviços de saúde, principalmente em laboratórios e
hospitais-escola. Frascos contendo produtos químicos sem nenhuma etiqueta de identificação,
o que dificulta muito gerenciamento desses produtos em todos os sentidos. A falta de
etiquetas, por exemplo, pode levar ao armazenamento de químicos incompatíveis no mesmo
armário e este se tornar uma verdadeira bomba química.
Todo produto que implique risco para a saúde do trabalhador deve ter uma Ficha Descritiva
que contenha, desde características e formas de utilização, ate procedimentos a serem
adotados em situações de emergência. Uma cópia da Ficha Descritiva deve ser mantida no
local onde o produto é utilizado.
A manipulação de produtos químicos, que impliquem riscos para a segurança e saúde, deve
ser feita por trabalhador qualificado e em local destinado para esse fim. O local destinado à
manipulação deve dispor no mínimo de:
1. Sinalização gráfica conforme Norma de Sinalização de Segurança(NR-26) e a NBR
7500.
A NR-32 proibe a utilização de cilindros que não tenham identificação do gás e válvula de
segurança, transferência de gases de um cilindro para outro, transporte de cilindros soltos, em
posição horizontal e sem capacete, utilização de equipamentos com vazamento e
movimentação do cilindros sem a utilização de EPI adequado. Os gases oxidantes devem ser
mantidos a pelo menos oito metros de distancia dos inflamáveis. As atividades de
recebimento, armazenamento, preparo, distribuição e administração das drogas de risco
devem constar no PPRA.
Risco Físico
Os riscos físicos são efeitos gerados por máquinas, equipamentos e condições físicas, que
podem causar prejuízos à saúde do trabalhador.
Ruídos
As máquinas e equipamentos utilizados pelas empresas produzem ruídos que podem atingir
níveis excessivos, podendo a curto, médio e longo prazo provocar prejuízos à saúde. Quanto
maior o nível de ruído, menor deverá ser o tempo de exposição ocupacional.
Temperaturas Excessivas
Para o controle das ações das temperaturas extremas ao trabalhador é necessário que se tome
medidas como: ventilação local com a função de retirar o calor e gases dos ambientes,
isolamento das fontes de calor/frio e fornecimento de EPI (ex: avental, bota, capuz, luvas
especiais para trabalhar no frio).
Vibrações
As vibrações podem ser localizadas também em certas partes do corpo. São provocadas por
ferramentas manuais, elétricas e pneumáticas.
Consequências: alterações neurovasculares nas mãos, problemas nas articulações das mãos e
braços; osteoporose (perda de substância óssea).
Danos Generalizados onde as lesões ocorrem com os operadores de grandes máquinas, como
os motoristas. Consequências: Lesões na coluna vertebral; dores lombares.
Pressões anormais
Existem pressões ambientais acima ou abaixo das pressões normais, ou seja, da pressão
atmosférica a que normalmente estamos expostos.
Baixas pressões
São as que se situam abaixo da pressão atmosférica normal e ocorrem com trabalhadores que
realizam tarefas em grandes altitudes. No Brasil, são raros os trabalhadores expostos a este
risco
Altas pressões
São as que se situam acima da pressão atmosférica normal. Ocorrem em trabalhos realizados
em tubulações de ar comprimido, máquinas de perfuração, caixões pneumáticos e trabalhos
executados por mergulhadores.
Radiação Ionizante
Em pequenas doses a radiação não interfere no organismo humano, em grandes doses pode
até matar. Ela afeta as células, e pode causar queda de cabelo, e também causar mutações
genéticas em óvulos e espermatozoides, causar danos à gestações e também ao aparelho
reprodutor e masculino e feminino.
Existe também uma doença chamada: Radiodermite, uma lesão na pele que normalmente se
apresenta logo após alguns dias da exposição á excessiva radiação Ionizante. Podendo levar a
necrose do local. Os efeitos da radiação podem variar
3. Danos físicos (danos causados por queimaduras, que podem ser agravados pela
radiação, por exemplo);
O trabalhador que realiza atividades em áreas onde existam fontes de radiação ionizante deve
permanecer nessas áreas o menor tempo possível para a realização do procedimento e ter
conhecimento dos riscos radiológicos associados ao seu trabalho, bem como, estar capacitado
em proteção radiológica, consciente do uso dos EPIs adequados para minimizar a exposição
aos riscos e a realização da aferição do dosímetro de radiação ionizante, tanto no indivíduo,
quanto no ambiente.
Radiação Não-Ionizante
A radiação é considerada não ionizante quando não possui energia suficiente para ionizar, ou
seja, não possuem energia suficiente para arrancar elétrons dos átomos e transformá-los em
íons, porém, ainda sim tem o poder de quebrar moléculas e ligações químicas. Sendo a maior
fonte de radiação não ionizante o Sol. Exemplos de radiações não Ionizantes:
Trabalhadores expostos aos raios solares, utilizar protetor solar dê preferência para os que têm
proteção contra os raios UVA e UVB, bem como, evitar exposição excessiva aos raios do sol
no período entre 11 á 16 horas, onde os Raios Solares são mais intensos.
Umidade
As atividades ou operações executadas em locais com umidades excessivas, capazes de
produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e devem ter a atenção por
meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a implantação de medida de
controle.A exposição do trabalhador à umidade pode acarretar doenças do aparelho
respiratório, quedas, doenças de pele, doenças circulatórias, etc.
Ergonomia
Os trabalhadores dos serviços de saúde devem ser capacitados para adotar mecânica corporal
correta e adotar técnicas especificas, na movimentação de pacientes ou de matérias, para
preservar a sua saúde e integridade física. Os trabalhadores também devem ser orientados em
relação às medidas a serem tomadas diante de pacientes com distúrbios de comportamento. O
plano de gerenciamento de risco, relacionado a conflitos no relacionamento pessoal, deve ser
elaborado e implementado em conjunto com o serviço de segurança hospitalar.
Portanto, pode-se dizer que eles estão expostos às doenças profissionais, ou seja, àquelas que
são inerentes ao desempenho de suas atividades laborais.
1. Tuberculose
1. Brucelose
2. Tétano (Adulto)
3. Dengue Clássico
4. Febre Amarela
5. Hepatite Viral
Resíduos
A abordagem da NR-32 sobre os resíduos dos serviços de saúde visa à proteção da saúde e
segurança do trabalhador, no entanto, a norma não contempla o programa de gerenciamento
desses resíduos. Para esse gerenciamento, os serviços devem seguir o disposto na RDC n° 358
do CONAMA (2005).
A segregação dos resíduos nos serviços de saúde deve ser o mais próximo possível da fonte
geradora. Os sacos plásticos utilizados para acondicionamento devem ser preenchidos
somente até 2/3 de sua capacidade, ser fechados de tal forma que não permitam
derramamento, mesmo quando virados com abertura para baixo, ser mantidos íntegros até o
tratamento ou a disposição final. O arrastamento dos sacos contendo resíduos ou seu
armazenamento diretamente sobre o piso é proibido.
O armazenamento temporário deve acontecer em locais com ventilação adequada, com piso e
parede laváveis, com pontos de água e de luz e ralo sifonado.
O transporte manual de recipiente de segregação deve ser realizado de forma que não ocorra o
seu contato com outras partes do corpo. Sempre que o transporte possa comprometer a
segurança e a saúde do trabalhador, devem ser utilizados meios técnicos, mecânicos ou
eletromecânicos adequados.
Durante o manuseio, coleta e transporte interno de resíduos infectantes, etapas que se seguem
à de segregação, o trabalhador deve usar os seguintes EPI: gorro, óculos de proteção, mascara,
avental, uniforme, luvas e botas, conforme estabelecido pelas NBR 12803 da ABNT(1993) e
RDC Nº306 da ANISA (2004).
Mapa de Risco
Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores de risco presentes nos
locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e
doenças de trabalho. Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho
(materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de
organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de
trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.)
O Mapa de Risco é construído tendo como base a planta baixa ou esboço do local de trabalho,
e os riscos serão definidos pelos diâmetros dos círculos.
Tabela de Gravidade
Perfurocortantes
Perfurocortantes são seringas, agulhas, escalpes, ampolas, vidros de um modo geral ou,
qualquer material pontiagudo ou que contenha fios de corte capazes de causar perfurações ou
cortes.
Einstein e Smith reportaram que 50% dos acidentes com materiais perfurocortantes
aconteceram pelo fato desses objetos estarem em local impróprio para descarte, sem
segurança.
“1.3 Materiais perfuro cortantes são aqueles utilizados na assistência à saúde que têm ponta
ou gume, ou que possam perfurar ou cortar.” NR-32, SEGURANÇA E SAÚDE NO
TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Os acidentes com agulhas podem transmitir muitas doenças envolvendo vírus, bactérias,
fungos e outros micro-organismos. Os ferimentos com agulhas e materiais perfurocortantes
são considerados, em geral, extremamente perigosos por serem potencialmente capazes de
transmitir vários patógenos, sendo os vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), da Hepatite
B e da Hepatite C os agentes infecciosos mais comumente envolvidos.
As doenças infecciosas que podem ter como fonte de infecção o acidente como materiais
perfurocortantes, incluem também:
1. Blastomicose
2. Brucelose
3. Criptococose
4. Difteria
5. Gonorréia cutânea
6. Herpes
7. Malária
8. Micobacteriose
9. Mycoplasma caviae
11. Esporotricose
14. Sífilis
15. Toxoplasmose
16. Tuberculose
O EPI deve ser usado quando o indivíduo está exposto a um material biológico e a produtos
químicos tóxicos. Os tipos de EPI estão diretamente vinculados de acordo com a atividade
desenvolvida do indivíduo.Os EPIs devem possuir registro no Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE). O registro dos mesmos é emitido após testagem que assegure a efetividades
desses equipamentos, sendo posteriormente emitido um certificado de aprovação (CA) dos
mesmos. São indicados nas áreas clínicas e de apoio diagnóstico os tipos de EPI abaixo
1. Máscara PFF2/N95
1. Máscara Cirúrgica
Fonte:http://www.prolab.com.br/produtos_img/gde_71bad51895d889ed8d3a77ec06404a66_
mascaraamarra.jpg
1. Luva de borracha
Fonte:http://thumbs.dreamstime.com/x/o-uniforme-branco-do-doutor-descobre-luva-azul-de-
borracha-est%C3%A9ril-45165822.jpg
1. Indicada proteção da pele à exposição de riscos químicos. Deve possuir cano longo
quando se prevê uma exposição até antebraço.
1. Luvas de procedimento
Fonte: http://medixbrasil.com.br/images/produtos/2.jpg
1. As luvas de procedimento devem ser usadas no contato com fluido orgânico, nos
procedimentos em contato com mucosa e pele não íntegra.
1. Óculos de acrílico
Fonte: http://www.fortebrim.com.br/images/oculos_incolor_amplavisao.JPG
Fonte:http://www.jetmaquinas.com/media/catalog/product/cache/1/image/300x300/9df78eab3
3525d08d6e5fb8d27136e95/p/r/protetor_facial.jpg
1. Indicado para proteção da face. Deve ser de material acrílico que não interfira com a
acuidade visual do profissional e permita uma perfeita adaptação à face. Deve oferecer
proteção lateral. Indicado durante a limpeza mecânica de instrumentais (Central de
Esterilização, Expurgos), área de necrópsia e laboratórios.
Fonte:http://simoesepi.com.br/media/catalog/product/cache/1/image/500x500/5e06319eda06f
020e43594a9c230972d/s/a/sapato2.jpg
1. Gorro
Fonte:http://www.hospitalardistribuidora.com.br/ecommerce_site/arquivos4241/arquivos/136
4172235_4.jpg
1. Indicado para proteção de exposição dos cabelos e couro cabeludo à matéria orgânica
ou produtos químicos.
1. Autoclave
Fonte:http://www.astell.com/assets/images/Compact_Main.png
1. São destinados a eliminar ou minimizar os danos causados por acidentes nos olhos
e/ou face e em qualquer parte do corpo.
Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/ano01/0106a010.jpg
1. .Extintor de incêndio
Fonte: http://static.blogdaengenharia.com/wp-content/uploads/2014/04/extintor-1.jpg
Em 1967, Profissionais Farmacêuticos do Rio de Janeiro que tinham como hábito reunirem-se
para discutir avanços, novas metodologias de trabalho e procuravam a todo o momento o
crescimento profissional, por não serem bem vindos na única sociedade laboratorial existente,
decidem fundar uma nova entidade científica aberta a todos os Profissionais de Nível
Universitário habilitados ao exercício das Análises Clinicas. Desta forma, em 28/11/67, foi
fundada a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas - SBAC, como uma sociedade civil de
fins não econômicos e de caráter científico-profissional, voltada ao desenvolvimento das
análises clínicas e de seus profissionais. Em 1969, foi lançada a primeira edição da Revista
Brasileira de Análises Clínicas – RBAC. De cunho científico, esta revista vem sendo
sistematicamente aprimorada. È distribuída aos sócios gratuitamente. Em 1971, a Sociedade
realizou o I Congresso Brasileiro de Análises Clínicas, e até hoje já realizou 41 congressos,
sendo o mais recente em 2014, em Porto Alegre. O próximo será no Rio de Janeiro (RJ). Em
1972, foi estabelecido regulamento específico para outorga do “Título de Especialista em
Análises Clínicas” para os profissionais que fossem aprovados em Concurso de Provas
Escritas e Práticas de Conhecimentos e de Títulos.Em 1973, a Sociedade Brasileira de
Análises Clínicas, representando o Brasil, fundou com os outros países da América Latina a
Confederación Latino-Americana de Bioquímica Clínica - COLABIOCLI; onde estão
associadas todas as sociedades científicas profissionais da especialidade, da Região. 1974, a
Sociedade Brasileira de Análises Clínicas filiou-se a International Federation of Clinical
Chemistry - IFCC, que é a maior sociedade científica mundial da especialidade. A Sociedade
Brasileira de Análises Clínicas é a única filiada e representante oficial da mesma no Brasil.
Em 1976, sob o patrocínio da SBAC, foi criado o Programa Nacional de Controle de
Qualidade - PNCQ, que em 1995 foi transformado no Programa Nacional de Controle de
Qualidade Ltda, com a finalidade de pesquisar, preparar, comprar e distribuir material de
controle, receber, processar, avaliar e expedir resultado do desempenho dos Laboratórios
Clínicos que voluntariamente participam doprograma. Em 1978, a Sociedade Brasileira de
Análises Clínicas foi mobilizada para realização do XII Congresso International de Química
Clínica, em 1984 no Rio de Janeiro, sob o patrocínio da International Federation of Clinical
Chemistry - IFCC, entidade esta de maior prestígio na especialidade em todo o mundo. Este
congresso foi realizado também em conjunto com o V Congresso Latino-Americano de
Bioquímica Clínica e XII Congresso Brasileiro de Análises Clínicas. Em 1996, a Sociedade
Brasileira de Análises Clínicas filiou-se como membro profissional à NCCLS (National
Comittee for Clínical Laboratory Standards), atual CLSI (Clinical and Laboratory Standards
Institute). A maioria dos dirigentes atuais da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas são
Membros "Advisor", do NCCLS. Em 1997, a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas dando
seguimento à sua diretriz de contribuir para o aprimoramento dos conhecimentos, filiou-se à
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, como entidade mantenedora. Expôs a
necessidade de normalização do setor de análises clínicas e de produtos de diagnóstico in
vitro e a ABNT criou o ABNT/CB-36, tendo sua secretaria técnica a cargo da SBAC. Em
1997, sempre preocupada com a qualidade do Laboratório Clínico, a Sociedade Brasileira de
Análises Clínicas criou o seu Departamento de Inspeção e Credenciamento da Qualidade, com
o objetivo de certificar o sistema da qualidade do Laboratório Clínico, que deu a
conhecimento público em nov/98. Como uma evolução natural do mercado, o DICQ no ano
de 2004 deixa a condição de departamento passando a ser uma empresa científica de
acreditação de sistemas de qualidade reconhecida internacionalmente, passando a se chamar
Sistema Nacional de Acreditação DICQ. A Sociedade Brasileira de Análises Clínicas
solicitou em fevereiro/99 ao Comitê Mercosur de Normalización a criação de um Comitê
Setorial Mercosul com a denominação de Análises Clínicas e Diagnóstico in vitro que foi
aceito em reunião do Comitê Setorial Mercosul realizada em maio/99, em Montevidéo-
Uruguay, surgindo daí o CSM-20 e designada a SBAC como Secretaria Técnica. Em 2008 foi
criado o Centro de Pós Graduação – CPG e no ano seguinte o SBAC E learning com o
objetivo de difundir o conhecimento com a formação de profissionais que efetivamente façam
a diferença no mercado de atuação. Hoje estas atividades estão reunidas no Centro de Ensino
e Pesquisa em Análises Clínicas – CEPAC, que atua com atividades presenciais, contando
para isto, com toda a estrutura necessária com salas de aulas teóricas e laboratórios. Além
disto, o CEPAC tem instalações modernas para gravação de aulas com professores renomados
para a educação a distância, ferramenta imprescindível e adequada ao nosso país. O CEPAC
está preparado para iniciar as atividades de pesquisa fechando um grande elo do
conhecimento em Análises Clínicas. A SBAC tem o maior portasl de educação em análises
clínicas do Brasil.
A partir deste capítulo será apresentado a necessidade que gerou este trabalho e as possíveis
soluções que poderão ser aplicada as relativas problemáticas encontradas no ambiente
pesquisado.
Metodologia
Pesquisa Ação: Possibilita que o pesquisador intervenha dentro de uma problemática social,
analisando-a e anunciando seu objetivo.
Foi realizado um questionário contendo 5 (cinco) questões sobre a rotina de trabalho para que
os mesmos respondessem com objetividade, apresentando alguns dos resultados através de
gráficos.
Fotos do local
Caixa de descarte de perfurocortante
Máscaras de procedimento
Chuveiro de emergência
Fonte: Próprio Autor, 2015.
Mapa de risco
Fonte: Próprio Autor, 2015.
Questões Aplicadas
adequados?
Gráfico que representa o tamanho adequado das luvas para os colaboradores de ambos os
sexos.
Através desse questionário, concluímos que o ruído das máquinas do laboratório, incomoda o
bem-estar e a produção dos indivíduos colaboradores, além da carga horária em excesso. Bem
como a distribuição dos EPIs que é realizada; porém a mesma não é suficiente. Relatamos
também o tamanho das luvas de procedimento, onde 5 (cinco) relataram que as luvas são
grandes. E por fim, o número de acidentes com perfurocortantes, sendo que 5 (cinco) dos
funcionários já tiveram mais de uma ocorrência com os materiais, 2 (dois) deles já se
perfuraram alguma vez, e apenas 1 (um) nunca ocorreu nenhum acidente. Sendo estes
resultados, bastante relevantes e preocupantes.
Conclusão
No presente estudo, verificou-se nas pesquisas de campo realizada no Laboratório Mape que o
objetivo de indentificar melhorias mais adequadas no ambiente de trabalho e a
conscientização dos riscos biológicos presentes no local, foi realizado com sucesso perante
todos os integrantes do grupo.
Referências
http://www.pucminas.br/cipa/index_padrao.php?pagina=618
http://segurancadotrabalhonwn.com/o-que-e-mapa-de-risco/
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/riscos_fisicos.html
http://www.hgb.rj.saude.gov.br/ccih/Todo_Material_2010/ROTINA%20A%20-
%20MEDIDAS%20DE%20PREVEN%C3%87%C3%83O%20E%20CONTROLE%2
0DAS%20INFEC%C3%87%C3%95ES%20HOSPITALARES/ROTINA%20A%202
%20-%20EPI%202.pdf