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Escatologia Bíblica 15

Escatologia Bíblica
A escatologia bíblica é um estudo de grande importância, pois ela nos conduz a conhecer a
Palavra Profética, a evangelizar os homens, a viver em pureza e a defender a nossa esperança (2 Pe
1.19-21; 2 Co 15.10,11; 1 Jo 3.3; 1 Pe 3.15).

I – PROLEGÔMENOS

1. Etimologia e Conceito

1.1. O termo ESCATOLOGIA é derivado da palavra grega ÉSCHATON (último, fim, últimas
coisas, fim de uma era) e LOGIA (estudo ou exposição de ideias). Portanto, Escatologia significa “o
estudo das últimas coisas” ou “ensino dos últimos acontecimentos”.
1.2. Teologicamente, refere-se ao o estudo dos eventos finais que vão acontecer ao ser humano
(Escatologia Individual) e ao mundo (Escatologia Geral) nos tempos da história humana e da
história eterna, segundo as revelações proféticas da Bíblia.

2. História da Escatologia

Desde o início, o cristianismo foi marcado por uma intensa expectativa com relação à
era presente e à chegada do governo final de Deus. O primeiro sermão de Jesus declarou que o
reino do céu estava próximo (Mt 4.17). Os cristãos primitivos saudavam-se uns aos outros com a
palavra “Maranata”, “Vem Senhor!” A igreja pós-apostólica universalmente afirmou a segunda
vinda de Jesus Cristo. Esse item de fé foi incorporado ao Credo dos Apóstolos: “Ele voltará para
julgar os vivos e os mortos”.

​A história da doutrina das últimas coisas desenvolveu-se ao longo de duas linhas. A


primeira é a escatologia pessoal, o ensino sobre o destino final dos indivíduos. A segunda é a
escatologia coletiva, o ensino sobre os propósitos de Deus para a humanidade como um todo e a
consumação de todas as coisas.

​A discussão sobre o “estado intermediário” entre a morte e a ressurreição já havia


começado nos tempos do Novo Testamento (1 Ts 4.13-18). No segundo século, Justino Mártir
disse: “A alma dos piedosos está em um lugar melhor, a dos injustos e ímpios em um lugar pior,
aguardando pelo tempo do juízo”. Tertuliano acreditava que somente mártires que haviam morrido
pela fé eram admitidos imediatamente no céu; outros cristãos permaneciam em um lugar de espera
provisório. Por fim, essa idéia se desenvolveu no conceito de purgatório, um lugar ardente de
preparação para o estado final da bem-aventurança. Gregório, o Grande, tem sido chamado de
“inventor do purgatório” por causa de sua ênfase sobre ele. Dante deu a elaboração mais vívida dele
em A Divina Comédia. Todos os reformadores protestantes rejeitaram a doutrina sobre esse lugar.
Os Trinta e Nove Artigos da Igreja da Inglaterra referem-se a ele como “algo irreal, inventado em
vão e sem base nenhuma na Escritura”.
​A maioria dos cristãos crê que a alma fica viva e consciente entre a morte e a
ressurreição, mas alguns sustentam que ela está adormecida ou até mesmo morta neste intervalo.
Durante a Reforma, algumas formas de doutrina do sono da alma foram sugeridas por Lutero e por
muitos reformadores radicais. No entanto, o primeiro tratado teológico de Calvino,
Psychopannychia (1534), foi uma refutação dessa idéia. A doutrina da imortalidade condicional ou
da crença de que a imortalidade é dom de Deus, e não um talento natural para todos, tem sido
afirmada por grupos religiosos recentes, como os adventistas do sétimo dia e os Testemunhas de
Jeová.

​Talvez o aspecto mais controverso da doutrina das últimas coisas seja a interpretação do
milênio, mencionado em Apocalipse 20. Três visões divergentes do milênio têm sido apresentadas
na história da Igreja. Alguns Pais da Igreja, entre eles Papias, Irineu, Tertuliano e Lactâncio,
interpretaram Apocalipse 20 como uma referencial literal ao reino de mil anos de Cristo sobre a
terra. Essa visão chamou-se quiliasmo (do grego quilia, mil), ou pré-milenismo, e foi a crença
escatológica dominante durante o período de martírio e de perseguição. Agostinho ofereceu uma
interpretação alegórica dos mil anos que equiparou o milênio à presente era da Igreja. A posição de
que não haverá nenhum reino literal de Cristo sobre a terra antes ou depois de sua segunda vinda é
conhecida como amilenismo. Uma terceira alternativa, o pós-milenismo, afirma que a volta de
Cristo ocorrerá somente depois que o Reino de Deus for estabelecido pela Igreja. Essa visão é
representada por vários personagens, entre os quais John Wesley, Jonathan Edwards e B. H. Carroll.

​A doutrina das últimas coisas tem gerado interesse vigoroso em anos recentes. Uma
variante do pré-milenismo, conhecida como dispensacionalismo, ganhou ampla aceitação em
círculos evangélicos contemporâneos. J. N. Darby (1882), na Inglaterra, e a Bíblia de Referência
Scofield, nos Estados Unidos, contribuíram grandemente para popularizar essa perspectiva. Na
virada do século 19 para o século 20, Albert Schweitzer destacou o contexto teológico radical da
mensagem de Jesus. Mais recentemente, teólogos como Wolfhart Pannenberg e Jürgen Moltmann
tem enfatizado o futuro como uma categoria teológica de grande importância. Seja como for que os
detalhes do fim dos tempos sejam compreendidos, a volta pessoal de Jesus Cristo, a ressurreição e o
juízo finais e a permanência do céu e do inferno pertencem à própria essência da fé bíblica.

II – ESCATOLOGIA INDIVIDUAL

1. A Morte

1.1. A palavra para morte no grego é “tanatos”, e significa “estar separado” (“Dormir”).
1.2. É um espírito criado? castigo pelo pecado (Gn 2.17; Hb 9.27); dissolução da união existente
entre o espírito e o corpo (Ec 12.7); e “o último inimigo a ser destruído” (Ap 21.4; I Co 15.26).
1.3. Tipologia da morte:
a) Morte física: separação entre o corpo, a alma e o espírito (Gn 3.19; Lc 19.19-31);
b) Morte espiritual: separação entre Deus, a alma e o espírito (Gn 2.17; 3.6, 7; Ef 2.1);
c) Morte eterna ou segunda morte: sofrimento final do corpo novamente unido à alma e ao espírito,
no caso do pecador não regenerado, ficando completamente separado de Deus e dos remidos por
toda a eternidade (Ap 20.11-15; 21.8).

2. O Estado Intermediário dos Mortos

2.1. É indicado por termos hebraicos, gregos e latinos: Sheol, Hades e Inferno (*Geena: castigo
eterno/Jr 7.32; Mt 23.15, 33; 25.41,46; Tártaro: 2 Pe 2.4 – anjos maus/abismo).
a) Sheol: Pode referir-se à sepultura (Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10) e ao lugar para onde vão os
mortos (Gn 37.35; 42.38; Nm 16.33; Jó 14.13; Sl 55.15);
b) Hades: Tradução grega do hb. Sheol. Usado para descrever um lugar de castigo (Mt 11.23; Lc
10.15; 16.23) temporário, e que será lançado no Lago de Fogo (Ap 20.13,14);
c) Inferno: Termo latino usado para indicar o Hades (Lc 16.23).
2.2. Refere-se à existência consciente tanto do justo como do injusto depois da morte e antes da
ressurreição, em um lugar espiritual, extraterreno, temporário e escatológico, correspondente à
situação pré e pós-morte de cada ser humano em relação a Cristo, ou seja, os que morreram em
Cristo irão espiritualmente ao céu/paraíso (2 Co 12.1-4) e, os que não morreram em Cristo, irão
para o sheol ou hades.
2.3. Passou por mudanças depois da obra de Cristo na cruz (Ef 4.7-9) e passará por mudanças
escatológicas (Ap 9.1-3; 20.1-3,13,14).

3. A Ressurreição dos Mortos

3.1. Ressurreição: do gr. Anastasis e egeiró (“tornar à vida”, “levantar-se” etc.).


3.2. É a volta à existência, o ato de tornar a viver, acontecendo com alguém que já saiu deste mundo
por meio da morte. É o alvo de nossa carreira cristã, porque temos certeza de que se formos
alcançados pela morte física, ressuscitaremos quando Jesus vier buscar os seus.
3.3. Tipologia da ressurreição:
a) Nacional (restauração da nação de Israel - Dt 4.23-30; 28.62-64; Ez 36.24,28);
b) Espiritual (renascimento ou vivificação espiritual - Ef 2.1);
c) Física (temporal e escatológica - 1 Rs 4.32-37; Jo 5.28,29);
d) A tipologia da ressurreição pode também ser caracterizada, de forma mais específica, através das
seguintes expressões:
(1) 1ª ressurreição (justos): vida eterna - Lc 14.14; Jo 5.28,29; Ap 20.4-6;
(2) 2ª ressurreição (injustos): morte eterna - Jo 5.28,29; Ap 20.5,6,11-14;
(3) Ressurreição “de” mortos (de pessoas que voltam a morrer);
(4) Ressurreição “dentre” os mortos (1ª ressurreição – justos);
(5) Ressurreição “dos” mortos (2ª ressurreição – injustos).
3.4. Tempo e etapas da ressurreição:
a) Ressurreição dos justos ou 1ª Ressurreição: Várias etapas antes do Milênio (Dn 12.2,13; Jo 6.39,
40,44; 1 Co 15.22,23; 1Ts 4.15,16; Ap 20.4-6). Vejamos abaixo as várias etapas da 1ª ressurreição,
propostas por vários estudiosos:

(1) A ressurreição de Cristo como as primícias dos muitos que serão ressuscitados (1 Co 15.20,23;
Cl 1.18);
(2) A ressurreição dos santos depois da ressurreição de Cristo (Mt 27.50-53; cf. Lv 23.10-12);
(3) A ressurreição dos mortos redimidos (da Igreja) em Cristo no Arrebatamento (1 Ts 4.16);
(4) O Arrebatamento propriamente dito, que segue ao primeiro grupo de ressuscitados (1 Ts 4.17);
(5) As duas testemunhas, que morrem durante a Grande Tribulação (Ap 11.11-12);
(6) A ressurreição dos mártires da Grande Tribulação (judeus e gentios/Ap 20.4,5);
(7) A ressurreição dos santos da Antiga Aliança, no fim da Grande Tribulação ou quando Cristo
vier para restabelecer o Milênio (Is 26.19; Dn 12.1, 2, 13).

b) Ressurreição dos injustos ou 2ª Ressurreição: Após o Milênio (Ap 20.5, 6, 11-15). Haverá uma
só etapa, que será constituída de todos aqueles que rejeitaram a Deus, que fizeram o mal e não
foram redimidos (Sl 9.17; Jo 5.29b). É chamada “ressurreição do julgamento ou da condenação”.
Esta se dará quando todos os mortos serão chamados do sheol - hades, e seus espíritos unir-se-ão
aos seus corpos, obtendo um corpo ressuscitado de natureza corruptível (Gl 6.8).

3.4. Características dos corpos ressuscitados

a) Corpo do justo:
(1) Será um corpo redimido (Rm 8.23; Fp 3.21);
(2) Identificado com o corpo sepultado (Jó 19.25-27; Fp 3.20,21);
(3) Dado por Deus (1 Co 15.38; 2 Co 5.1-5);
(4) Semelhante ao corpo glorificado de Jesus (1 Jo 3.2);
(5) Corpo real, como o de Jesus (Lc 24.39);
(6) Corpo reconhecível, como o de Jesus Cristo (Lc 24.31; At 7.55,56; 1 Co 13.12);
(7) Livre das limitações terrenas (Jo 20.19).
b) Corpo do injusto:
(1) Será um corpo característico de morte, corrupto e adaptado à alma corrupta (Mt 5.29; 10.28; Gl
6.7,8; Ap 20.12,13; 21.8).

III - ESCATOLOGIA GERAL

1. A Segunda Vinda de Cristo

1.1. É uma profecia, um ensino bíblico e um evento futuro, real e visível: Gn 49.10,11; Dn 7; Zc
12-14; Mt 24; 25; At 1.11; Hb 9.28; Apocalipse.
1.2. É pré-milenial, ou seja, se concretizará antes do Milênio na terra (Zc 12-14; Hb 9.28; Ap 19.11-
20.1-6).
1.3. É constituída de duas etapas ou fases, ou seja, o Arrebatamento da Igreja (1ª fase) e a
Manifestação Gloriosa (2ª fase), tendo um evento escatológico entre elas que durará 7 anos, isto é, a
Tribulação escatológica ou a 70ª semana profética de Daniel (Dn 9.24-27).
1.4. Termos gregos usados que tratam da Segunda Vinda e de suas duas fases distintas, segundo
seus contextos peculiares:

a) Harpazo: Arrastar, carregar para longe (1 Ts 4.17);


b) Episynagoge: Reunião, assembléia (2 Ts 2.1);
c) Allato: Mudar, transformar, trocar (1 Co 15.51,52);
d) Paralambano: Levar, receber para si (Jo 14.3);
e) Epifaneia: Manifestação, aparição (Tt 2.13);
f) Rhuomai: Atrair para si, resgatar, libertar (1 Ts 1.10);
g) Apocalypsis: Desvendamento, revelação (1 Pe 1.13);
h) Parousia: Presença, vinda, chegada (Tiago 5.7,8).
1.5. Referências e diferenças entre o Arrebatamento e a Manifestação Gloriosa
a) Arrebatamento:
(1) Referências: João 14.1-3; Romanos 8.19; 1 Coríntios 1.7,8; 15.51-53; 16.22; Filipenses 3.20,21;
4.5; Colossenses 3.4; 1 Tessalonicenses 1.10; 2.19; 4.13-18; 5.9; 5.23; 2 Tessalonicenses 2.1; 1
Timóteo 6.14; 2 Timóteo 4.1; 4.8; Tito 2.13; Hebreus 9.28; Tiago 5.7-9; 1 Pedro 1.7;13; 5.4; 1 João
2.28-3.2; Judas v.21; Apocalipse 2.25; 3.10.
(2) Diferenças: Translado de todos os crentes; os santos transformados vão para o céu; a terra não é
julgada; acontecimento iminente, a qualquer momento, sem sinais; não mencionado no AT; Envolve
apenas os crentes; antes do dia da ira; nenhuma referência a satanás; Cristo vem para os seus; Ele
vem nos ares; Ele toma para Si a Sua noiva; somente os seus o vêem; começa a Tribulação.
b) Manifestação Gloriosa:
(1) Referências: Daniel 2.44,45; 7.9-14; 12.1-3; Zacarias 12.10; 14.1-15; Mateus 13.41; 24.15-31;
26.64; Marcos 13.14-27; 14.62; Lucas 21.25-28; Atos 1.9-11; 3.19-21; 1 Tessalonicenses 3.13; 2
Tessalonicenses 1.6-10; 2.8; 1 Pedro 4.12,13; 2 Pedro 3.1-14; Judas vv.14,15; Apocalipse 1.7;
19.11-20.6; 22.7,12-20.
(2) Diferenças: Não há qualquer translado; os santos transformados voltam à terra; a terra é julgada
e a justiça é restabelecida; seguem-se os sinais preditos e definidos, inclusive a Tribulação; predita
várias vezes no AT; afeta todos os homens; conclui o dia da ira; satanás é acorrentado; Cristo vem
com os Seus; Ele vem até a terra; Ele vem com a Sua noiva; todo olho O verá; começa o reino
milenar.

2. O Arrebatamento da Igreja

O Arrebatamento da Igreja (1 Co 15.51-58; 1 Ts 4.13-17) é a 1ª fase da Segunda Vinda de


Cristo; o encontro da Igreja com Cristo nos ares (1 Ts 4.17); o encontro de Cristo com sua Noiva
(Ef 5.23,32; 2 Co 11.2); a bendita esperança da Igreja (Fp 3.20,21; Tt 2.13; 1 Jo 3.2,3); a redenção
citada por Lucas 21.18 (cf. Rm 8.20-23; Ef 4.30); a nossa reunião com Jesus (2 Ts 2.1). Nessa
ocasião, os fiéis que constituem a Igreja de Cristo serão arrebatados da Terra e levados para o céu,
antes da Tribulação. Será invisível (ou secreto) para o mundo e apenas os remidos poderão
contemplar essa maravilha. É iminente (ou súbito) em sua essência, portanto sem sinais que o
precederão, o que implica ser impossível indicar ou marcar o dia e a hora em que ele ocorrerá (Mt
24.36,44), além de nos motivar a uma vida de adoração (Hb 10.25); santidade (Fp 3.18,21; Cl 3.4,5;
Tt 2.12,13); serviço (1 Ts 3.12,13; 1 Pe 5.2,4); perseverança (1 Jo 2.28; Ap 3.11); e de consolação
(Rm 8.22; 1 Co 15.51).

​A palavra “arrebatamento” vem do latim raptus, sendo uma tradução da palavra grega
harpazõ, usada 14 vezes no NT. A idéia básica é “remover ou arrebatar repentinamente” (Mt 11.12;
12.29; 13.19; Jo 6.15; 10.12,28-29; At 8.39; 23.10; Jd v.23). No NT, o termo harpazõ indica o fato
de sermos levados para o céu, ou seja, descreve a experiência do “terceiro céu” de Paulo (2 Co
12.2,4) e a ascensão de Cristo ao céu (Ap 12.5). Portanto, harpazõ é uma palavra adequada para
descrever Deus repentinamente tomando a Igreja da terra e levando-a para o céu. Quanto ao texto
de 1 Ts 4.13-15, temos duas expressões importantes: “arrebatados” (gr. harpagesometha) que diz
respeito ao que com freqüência é chamado “Arrebatamento”, e “a encontrar o Senhor” (gr. eis
apantesin tou kuriou) pode ser traduzido por “para um encontro com o Senhor”. A palavra
“encontro” freqüentemente era usada como um termo técnico, que descrevia o povo saindo ao
encontro de um rei ou general à alguma distância da cidade para acompanhá-lo até a entrada. Isto
corresponde ao uso do vocábulo “parousia”, que significa “manifestação, “vinda do Senhor”, o qual
tem um status técnico quando se refere à volta de Jesus e é, muitas vezes, usado para indicar o
Arrebatamento.

​Teologicamente, o Arrebatamento Pré-Tribulacional da Igreja é um ensino bíblico,


doutrinário e autoritativo. Vários textos o expressam, ora de forma explícita ora de forma implícita.
Dentre os principais, temos João 14.1-3; 1 Coríntios 15.51-54; 1 Ts 4.13-17; 2 Ts 2.1-3; Tt 2.13; Ap
3.10. Quanto à sua história teológica, muitos estudiosos contrários a este ensino dizem que ele não
tem (ou não dar) base bíblica ou teológica; que é oriundo dos EUA; que é fruto de um malabarismo
exegético; que é uma idéia do dispensacionalismo; que é um problema, pois a primeira geração de
cristãos passou por tribulações, e porque a última não vai passar? etc. Posições como estas, são
muitas vezes frutos de um sentimento desprovido de uma postura racional sem uma análise precisa
dos fatos bíblicos, históricos e hermenêuticos. Seria, pois, o ensino do Arrebatamento Pré-
Tribulacional da Igreja um ensino antigo ou recente?

A HISTÓRIA DO ENSINO DO ARREBATAMENTO PRÉ-TRIBULACIONAL DA IGREJA

​Historicamente, o ensino bíblico-teológico acerca do Arrebatamento da Igreja antes da


Tribulação tem sido respaldado por muitos expoentes. Porém, alguns dizem que o ensino em
questão nunca foi ensinado nos primeiros dezoito séculos da História da Igreja, indicando que ele é
um ensino recente (de 1830 em diante) e fruto de uma revelação oriunda de uma adolescente
(Margaret Macdonald), estruturada e disseminada por John N. Darby e pela Bíblia de Estudo
Scofield, e que por isso, não tem validade doutrinária para o cristão. Além disso, dizem que o termo
“Arrebatamento” nunca foi usado antes de 1830. Tal idéia, de que para um ensino ser aceito como
bíblico e normativo leva em conta, além da Bíblia, a História da Igreja como critério que autentica
algum ensino antigo ou recente como sendo doutrinário ou não. Isso nada mais é do que dizer que a
História tem a mesma autoridade da Bíblia, o que acaba ferindo o princípio do Sola Scripture. Por
outro lado, tal exposição contrária ao ensino do Arrebatamento Pré-Tribulacional, ou mesmo do
Arrebatamento da Igreja independente de quando o mesmo ocorrerá, caracteriza-se como sendo
infiel à História Eclesiástica, pois a idéia de que a Igreja seria arrebatada, mesmo antes da
Tribulação, foi exposta por muitos cristãos antes de John N. Darby. Para medidas de comprovação,
vejamos alguns relatos históricos do referido ensino segundo os seus respectivos períodos:

a) Período Patrístico (100 d.C. – 590 d.C.): (1) Tim La Haye, no seu livro Sem medo da tempestade,
p.171, cita St. Victorino (270 d.C.), Bispo de Petau, que escreveu um comentário do Apocalipse,
onde ele diz o seguinte: “Vi outro grande e prodigioso sinal, sete anjos com os sete últimos flagelos;
pois neles se completa a indignação de Deus. A ira de Deus sempre ataca os obstinados com nove
pragas, ou seja, perfeitamente, como é dito em Levítico, e elas virão no fim dos tempos, quando a
igreja tiver saído do meio”. Nota: O comentário em questão indica através das expressões “quando
a Igreja tiver saído do meio” das “pragas”, de forma clara, a idéia de um arrebatamento da Igreja
(“do meio”) e de uma situação calamitosa, ou seja, uma grande tribulação (“nove pragas”); (2)
Thomas Ice e Timothy Demy apresentam no seu livro Profecias de A a Z, p.159-161 o seguinte
comentário: “[...]. Como fonte histórica, Pseudo-Efraim é uma referência a um sermão apocalíptico
que contém duas declarações sobre o “proto-arrebatamento”, datadas entre os séculos IV e VII d.C.
Hoje em dia ela é conhecida como o “Sermão a respeito do fim do mundo”. [...]. Algumas das
palavras mais significativas no sermão são: “Portanto, por que não rejeitam os cuidados com as
coisas terrenas e se preparam para se encontrar com o Senhor Jesus Cristo, para que assim Ele
possa nos tirar dessa confusão que toma conta do mundo?... Todos os santos e eleitos de Deus serão
reunidos antes da Tribulação vindoura e serão levados à presença do Senhor, para que não vejam a
confusão que se apossa do mundo proveniente dos pecados da humanidade”. Nota: Pseudo-Efraim
acreditava que os cristãos estavam vivendo nos últimos dias e que em breve experimentariam um
ajuntamento ou arrebatamento de crentes que antecederia o período de Tribulação de 42 meses,
durante o qual o Anticristo reinaria. [...]. O sermão proclama a expectativa de remoção dos cristãos
da terra antes de um período específico de tribulação – e fez isso há mais de 1.200 anos;

b) Período Medieval (590 d.C. – 1500 d.C.): (1) Tim La Haye e Thomas Ice, no livro Glorioso
Retorno, p.50 dizem: “Embora a igreja dos primeiros três séculos não usasse a palavra
arrebatamento para descrever essa ressurreição dos crentes que já haviam morrido e o translado dos
cristãos vivos, ela esperava ansiosamente o evento. Mesmo durante a Idade das Trevas, quando a
interpretação literal da Bíblia foi ofuscada, alguns ainda aguardavam o translado iminente da igreja.
Mais tarde, os santos cristãos, tais como, Hugh Latimer (queimado na estaca, em 1555, por causa de
sua fé) que expressou sua segurança no arrebatamento: “Talvez aconteça em meus dias, velho como
estou, ou nos dias de meus filhos... os santos serão levados ao encontro com Cristo nos ares e
depois voltarão com Ele novamente”; (2) Thomas Ice e James Stitzinger (Enciclopédia Popular de
Profecia Bíblica, 2008, p.91-92) diz: “Um estudo recente do texto do século XIV, A História do
Irmão Dolcino, composto em 1316 por uma fonte anônima, revela outra importante passagem
tribulacional. Como líder dos Irmãos Apostólicos no norte da Itália, o Irmão Dolcino conduziu o
seu povo através de tempos de tremenda perseguição papal. Uma pessoa deste grupo escreveu as
seguintes palavras espantosas: O Anticristo estava entrando neste mundo dentro dos limites do dito
período de três anos e meio; e depois de sua vinda, então ele [Dolcino] e seus seguidores seriam
transferidos para o Paraíso, no qual estão Enoque e Elias. E desse modo seriam preservados ilesos
da perseguição do Anticristo. [...] o escritor desta História acreditava que Dolcino e seus seguidores
seriam transferidos para o paraíso, expressando esta crença com a palavra latina transferrentur, ou
“transladação”, um sinônimo de arrebatamento. Dolcino e seus seguidores se retiraram para as
montanhas do norte da Itália para aguardarem a sua remoção por ocasião do aparecimento do
Anticristo”;

c) Período Moderno (1500 d.C. – 2000...):

(1) Thomas Ice e James Stitzinger (2008) apresentam como o termo e o ensino do Arrebatamento já
eram usados antes de 1830 para indicar o arrebatamento da Igreja: “Increase Mather (1639-1723),
presidente do Harvad College (1685), foi um importante puritano americano. No que diz respeito à
futura vinda de Cristo, ele escreveu que os santos “seriam apanhados nos ares” com antecedência,
desse modo escapando da batalha final. [...]. O reformador francês Peter Jurien [...] (1687), ensinou
que Cristo viria nos ares para arrebatar os santos e voltaria para o céu antes da batalha do
Armagedom. Ele falou de um arrebatamento secreto antes da sua vinda em glória e do juízo no
Armagedom. Ambos os comentários de Philip Doddridge sobre o NT (1738) e de John Gill (1748)
usaram o termo arrebatamento e falaram deste como iminente. [...]. James Macknight (1763) e
Thomas Scott (1792) ensinaram que os justos serão transportados para o céu, onde estarão seguros
até que o tempo do juízo termine. A mais clara referência [...] pré-Darby, de um arrebatamento pré-
tribulacional vem de Morgan Edwards (1722-1795), que via um arrebatamento distinto ocorrer três
anos e meio antes do início do Milênio. [...]. Edwards escreveu: “A distância entre a primeira e a
segunda ressurreição será de pouco mais de mil anos [...] devido ao fato de que os santos mortos
serão ressuscitados, e os vivos transformados na ‘manifestação’ ou ‘aparecimento’ de Cristo ‘nos
ares’ (1 Ts 4.17)””;

(2) Quanto ao período mais recente, que diz respeito principalmente a John N. Darby (1800-1882) e
à Bíblia de Estudo Scofield, o ensino acerca do Arrebatamento Pré-Tribulacional foi intensamente
estudado à luz de muitos estudiosos que criam e pregaram o ensino de um arrebatamento como
doutrina bíblica e esperança de vida eterna. Lamentavelmente, os críticos dizem que este ensino é
uma inverdade, pois é fruto de uma revelação exposta por uma adolescente (Margareth Macdonald).
Tal conclusão é fruto de uma postura racional infiel à história do ensino e de não ser provida de
análises atenciosas, pois quando se lê o relato da revelação da mística adolescente Margareth
Macdonald, ver-se-á que tal revelação não ensina o arrebatamento pré-tribulacional da Igreja, e sim,
outra forma de arrebatamento. Vejamos o que diz o Dr. Charles C. Ryrie (1997) a respeito: “A
mística mencionada foi uma adolescente chamada Margaret Macdonald [...], e que, segundo se
alega, influenciou tanto os seguidores de Irving como Darby, a respeito do Arrebatamento pré-
tribulacionista. Esta acusação é feita por Dave MacPherson no livro The Incredible Cover-Up (O
Incrível Disfarce). [...]. Permita citar alguns trechos do relato de MacPherson sobre os manuscritos
de Margaret Macdonald a respeito da sua revelação pré-tribulacionista, recebida em 1830, para que
possamos ver se ela de fato ensinou o Arrebatamento pré-tribulacionista: “...o templo espiritual
deve ser e será reerguido, e a plenitude de Cristo derramada em Seu corpo, e então nós seremos
tomados para encontrá-lO... A tribulação da Igreja vem do Anticristo. E será pela plenitude do
Espírito que nós seremos guardados... Oh! Não é conhecido o sinal do Filho do homem... eu o vi, e
era o próprio Senhor descendo do céu com grande vozeiro... Agora o iníquo será revelado, com
todo poder e sinais e maravilhas mentirosas, de tal forma que, se fosse possível, os próprios eleitos
seriam enganados – Esta é a dura tribulação que virá tentar a todos nós”. Três coisas me
preocupam aqui. 1. Essa adolescente fez uma distinção entre crentes espirituais e outros crentes, e
viu somente os espirituais participando do Arrebatamento. MacPherson conclui erradamente, a
partir desse fato, que Macdonald quis ensinar a vinda secreta [de Cristo]. Na realidade, ela estava
ensinando o ponto de vista do arrebatamento parcial. 2. Ela viu a Igreja (“nós”) sendo purificada
pelo Anticristo. MacPherson entende isso como sendo que a Igreja será arrebatada antes que o
Anticristo surja, ignorando o “nós”. na verdade, Macdonald viu a Igreja suportando a perseguição
do Anticristo durante os dias da Tribulação. 3. Macdonald identificou o sinal da vinda do Filho do
Homem (Mt 24.30), o qual claramente aparece no fim da Tribulação, como que acontecendo ao
mesmo tempo que o Arrebatamento. MacPherson diz que Macdonald cria ou em um período muito
curto de Tribulação, ou, tal como ele, ela entendeu que o sinal seria visto somente pelos crentes
cheios do Espírito antes que o iníquo fosse revelado. Na verdade, Macdonald se mostra totalmente
confusa ao fazer tais afirmações. No máximo, sua visão equacionaria o sinal do fim da Tribulação
com o Arrebatamento, o que dificilmente seria o ponto de vista pré-tribulacionista! Quanto a essa
jovem [...], temos que classificá-la como “uma defensora confusa do Arrebatamento”. Ela defendeu
elementos de Arrebatamento parcial, pós-, talvez midi-, mas nunca pré-tribulacionista.”

​O Arrebatamento Pré-Tribulacional da Igreja é terminantemente ensinado desde os


tempos mais antigos da História da Igreja e desenvolvido com mais claridade e exatidão por outros
expoentes ao longo de outros períodos históricos.

2.1. Características do Arrebatamento da Igreja

a) A descida de Cristo a partir dos céus para arrebatar a Igreja, se encontrar com ela nos ares e estar
para sempre com ela (Jo 14.1-3; 1 Ts 4.13-17);
b) A reunião da Igreja através do alarido, da voz do arcanjo e da trombeta de Deus;
c) Ressurreição dos mortos em Cristo (1 Co 15.23; 1 Ts 4.16);
d) Transformação dos vivos (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.17);
e) Os fiéis ressuscitados ou transformados terão um corpo como o corpo de Cristo (1 Jo 3.2): Real
(Lc 24.39), reconhecível (Lc 24.31; At 7.55, 56) e livre das limitações terrenas (Jo 20.19);
f) Todos os que foram arrebatados estarão sendo libertos do mundo apóstata (2 Ts 2.1-3) que sofrerá
o juízo divino da Tribulação de sete anos (Ap 3.10), e comparecerão ao Tribunal de Cristo nos ares
(2 Co 5.9,10) e, depois serão conduzidos às Bodas do Cordeiro e à Ceia das Bodas (Ap 19.7-9).

2.2. Tribunal de Cristo

​Logo após o Arrebatamento da Igreja, terá início (nos ares ou no céu?), o TRIBUNAL
DE CRISTO, com a finalidade de examinar as obras dos crentes (Rm 14.10,11; 1 Co 3.11-15; 4.5; 2
Co 5.9,10). Este Tribunal é chamado de “Bema” ou palanque do juiz (como em uma pista de
corridas), perante o qual os participantes ou “corredores” eram reunidos para receber sua “coroa de
louros” ou coroas de vitória. Este julgamento dos crentes não será para condenação, mas para
galardão, pois servirá para verificar “como temos trabalhado” para o Senhor, durante nossa jornada
nesta terra (Ap 22.12).

a) Características do Tribunal de Cristo:


(1) Julgamento das obras (1 Co 4.5; 1 Co 3.5-10): As obras realizadas para a glória de Deus serão
manifestas e aquelas que são frutos da sabedoria ou energia humanas e feitas para atender à vaidade
pessoal são as que se queimam;
(2) Julgamento da vida íntima (1 Co 11.31, 32; 2 Co 5.10): O procedimento do cristão por meio do
corpo e a disciplina do “eu” serão julgados;
(3) Julgamento do tratamento com o próximo (Rm 14.10; Gl 6.9, 10): Assim como as nações serão
julgadas quanto ao tratamento dispensado aos judeus, nós também o seremos quanto ao tratamento
dado aos nossos semelhantes (Rm 14.15). Do resultado desse juízo os cristãos receberão galardões
ou após esses acontecimentos, iniciar-se-ão dois grandes períodos de grande contraste, com a
duração de sete anos: As Bodas do Cordeiro – No céu, tendo Cristo e a sua Igreja como
participantes e a Tribulação de sete (07) anos – Na Terra, com Satanás e os que ficaram.

b) Os galardões: A base desse julgamento, que visa o recebimento ou não de galardões e envolverá
exclusivamente os crentes, aparece no trecho de 1 Coríntios 3.11-15. Quantos aos galardões, os que
não terão suas obras queimadas (ouro, prata e pedras preciosas) receberão as seguintes recompensas
ou “coroas”:
(1) Coroa de gozo ou alegria: recompensa da evangelização (1 Ts 2.19,20; Fp 4.1);
(2) Coroa da justiça: recompensa para aqueles que amam a Sua vinda (2 Tm 4.7,8; Lc 12.35-37);
(3) Coroa da vida: recompensa pela fidelidade (Tg 1.12; Ap 2.10);
(4) Coroa incorruptível: recompensa para os que tem poder de auto-domínio (1 Pe 5.4);
(5) Coroa de glória: recompensa para os pastores e mestres fiéis (1 Pe 5.4; Hb 2.9);
c) Perdas: Haverá perda neste Tribunal – “a obra que se queima” (1 Co 3.13-15). Toda obra que se
tem feito por mera sabedoria terrena (Cl 3.22-24), estas obras são chamadas: “palha, feno e
madeira”.

​A Palavra de Deus nos exorta para que não percamos o nosso galardão (2 Jo v.8; Ap
3.11; 22.12; 1 Co 3.15). O galardão é a recompensa das obras dos salvos. Será distribuído, no
futuro, para a Igreja glorificada após o Arrebatamento. Pois todos os salvos entram na posse da vida
eterna sem nenhum mérito próprio, mas somente porque aceitou, pela fé, o que Cristo já realizou. O
cristão glorificado não perderá a salvação, mas poderá perder o seu galardão.

2.3. As Bodas do Cordeiro e a Ceia das Bodas

As Bodas do Cordeiro é a gloriosa reunião de Cristo com os seus santos no céu (Ap
19.1-8). Alguns estudiosos crêem que as Bodas do Cordeiro terão a duração de sete anos, mas
parece mais adequado pensar que ela seja realizada no final dos sete anos, no céu (Ap 19.7,8). Os
convidados nas Bodas do Cordeiro devem ser distinguidos da Esposa. Os santos do Antigo
Testamento, os anjos e outros serão os convidados ou “amigos do esposo” que assistirão a tão
insigne festa. Um dos atos posteriores dessa maravilhosa festa é a celebração da Ceia do Senhor
(Mt 8.10-12; Lc 22.16, 27-30).

​Quanto a Ceia das Bodas (Ap 19.9), alguns especulam que esse evento ocorrerá durante
o intervalo de 75 dias (entre a volta gloriosa de Cristo e o início do Milênio) mencionado em Daniel
12.11,12. No entanto, parece fazer mais sentido vermos a ceia ocorrendo durante o Milênio (Lc
22.18).

3. A Tribulação

A Tribulação (Jr 30.7; Dn 12.1; Mt 24.21; Mc 13.19; Lc 21.22) é um período de sete anos
no qual Deus derramará a Sua ira sobre a Terra. É a septuagésima semana profética de Daniel 9.27.
Grande parte do livro de Apocalipse é dedicada a ela (Ap 6 a 18). Ela começa com uma batalha (Ez
38.39,22) e termina com outra (Zc 12.3; Ap 16.14), a do Armagedom. E divide-se em dois períodos de
três anos e meio cada. Cada metade desse período é apresentada pelas expressões “42 meses” e “1.260
dias” (Ap 11.2,3); no primeiro, Deus fala ao homem através dos 144.000 judeus salvos; no segundo
(Grande Tribulação), através das duas testemunhas (Ap 7; 14.1-5; 11.1-3). Entre as descrições gerais
da Tribulação, destacamos as seguintes:

3.1. Ela será um período de juízo, conversão e restauração do povo de Israel (Dt 4.30; Dn 12.1,12).
3.2. Ela será um período do julgamento de Deus sobre o mundo. As três séries de juízos descrevem
esse julgamento (selos, Ap 6; trombetas, Ap 8-9; taças, Ap 16).
3.3. O Anticristo escatológico se manifestará e se tornará o governante do mundo (Ap 13).
3.4. Os judeus terão reconstruído o templo em Jerusalém (Is 66.1; Ap 11.1, 2) e aceitarão um pacto
de sete anos com o Anticristo (Dn 9.27 e Jo 5.43).
3.5. Após três anos e meio, o Anticristo trairá o pacto e revelará o seu verdadeiro caráter (Dn 9.27;
2 Ts 2.3; Ap 11.7 e 13.1).
3.6. Começa a “Grande Tribulação” ou “Tempo da Angústia de Jacó” ou, ainda, “Abominação da
Desolação”, principalmente para os judeus (Ap 7.14; Jr 30.7; Mt 24.15).
3.7. As nações e os reis da Terra se reúnem contra Jerusalém (Zc 14.2) na batalha contra o Senhor e
Seu Ungido – Batalha do Armagedom (Ap 16.14, 16; 17.14; 19.19).
3.8. O Senhor sairá com os Seus santos a fim de destruir os inimigos e libertar o Seu povo (Is 13.3-
6; 26.21; Zc 12.9, 10; Mt 24.29ss).
​Quanto ao Anticristo escatológico, vários nomes têm sido aplicados a ele: Besta (Ap
13.1); Anticristo (1 Jo 2.18); O iníquo (2 Ts 2.8); o rei que faz conforme a sua vontade (Dn 11.36);
rei feroz (Dn 8.23); homem da iniqüidade (2 Ts 2.3); pastor inútil (Zc 11.17); chifre pequeno (Dn
7.8); o tirano (Is 51.13); o opressor (Is 16.4,5) etc. Seu principal nome é “anticristo”, que significa
“contra Cristo”, assim como substituição ou oposição. No NT, a palavra aparece 5 vezes (1 Jo
2.18,22; 4.3; 2 Jo 7).

​Sua personalidade, gênio e outros aspectos:


(1) Ele será diferente de todos os outros homens (Dn 7.24);
(2) Possuirá alta inteligência (Dn 7.8);
(3) Será grande orador (Dn 8.23);
(4) Será um político muito habilidoso (Dn 8.25);
(5) Terá forte aparência física (Dn 8.23);
(6) Maravilhará o mundo (Ap 13.3,4);
(7) Ele será a própria encarnação e consumação do pecado, orgulho, arrogância, rebelião e ambição
humana;
(8) Em religião, ele será um panteísta-materialista (Deus em todas as coisas, ou seja, cada coisa
existente no mundo tem um pedacinho de Deus, logo, o conjunto destas coisas é que seria deus).
Assim sendo, ele honra o deus das fortalezas (Dn 11.38);
(9) Será da tribo de Dã (?), um judeu (Gn 49.17). Por este motivo, a tribo de Dã não se acha inscrita
em Apocalipse 7 (?);
(10) Ele iniciará sua marcha “triunfal”, logo após o arrebatamento da Igreja (2 Ts 2.7,8; Ap 6.1,2);
(11) Politicamente ele começará como uma pequena figura (Dn 7.8);
(12) Iniciará o seu poder com grande violência (Dn 7.20,24);
(13) Tornar-se-á a cabeça de uma confederação de dez poderes (Ap 13.1; 17.12,13);
(14) Estenderá seu poder sobre muitos países (Sl 110.6; Is 14.5,6);
(15) Reunirá os reis do norte e do sul com aparente sucesso;
(16) Finalmente atingirá o poder mundial (Ap 13.7);
(17) Empregará vários meios para sua elevação ao poder:
a) Condições mundiais caóticas – poderá ferir a terra com fome (Ap 6.3,8);
b) Terá grande habilidade pessoal (Ap 13.3,4). Ele será ferido e providenciará a sua própria cura;
c) Durante os três anos e meio da grande tribulação, o anticristo terá o apoio da nação judaica (Dn
9.27). Nesta época, os judeus estarão confusos, e olharão para o anticristo, como o messias
prometido;
d) Terá o poder de satanás (Ap 13.2). Grande poderio;
(18) Seu apogeu se dará nos últimos três anos e meio da Tribulação de sete anos, nos quais se vários
acontecimentos importantes se realizarão:
a) Quebra o seu tratado com os judeus e interrompe o sacrifício no templo (Dn 9.27);
b) Mata as Duas Testemunhas de Deus (Ap 11.3-7);
c) Tendo interrompido a adoração no templo, apresenta-se no mesmo e exige adoração e honrarias
divinas (2 Ts 2.4; Ap 13.14,15);
d) Essa adoração tornar-se-á quase universal (número/666 e marca da besta – Ap 13.8);
e) Visto que muitos judeus resistirão a ele, tornar-se-á seu perseguidor e prevalecerá contra eles por
três anos e meio (Dn 7.21,22,25; Ap 13.15; Mt 24.15,21);
f) Em seguida iniciará a destruição da igreja apóstata (Ap 17.16,17); e
g) Finalmente chegará ao apogeu de todos os poderes terrenos, religiosos, econômicos e militares
(Ap 13.18);
(19) Sua queda:
a) Seu reino e súditos serão consumidos no julgamento (Dn 7.25,26; Ap 16);
b) Sua cidade e seu sistema de comércio são destruídos (Ap 18.1);
c) Ele se levantará contra Cristo (Dn 8.25). Virá com um exército contra Cristo, porém será lançado
no lago de fogo, junto com o falso profeta (Ap 19.19).

4. A Batalha do Armagedom

Armagedom (Montanha de Megido) é o nome que se dá a um campo de batalha


profético, onde os reis de toda a Terra se reunirão para a batalha no grande dia do Deus Todo-
Poderoso (Ap 16.16). Esse local fica a sudoeste da Galiléia e tem sido famoso como o campo de
batalha, dado a importante posição estratégia que ocupa. Essa batalha não deve ser confundida com
a de Ez 38 e 39, que se dará nos três primeiros anos e meio da Tribulação, enquanto que esta se dará
no fim. Veja a diferença entre as duas batalhas:

4.1. 1ª (Início da Tribulação): Ezequiel 38 e 39 – O bloco das nações do norte, liderado pela Rússia,
invadirá Israel (v.12) e será destruído por intervenção divina (v.20), através de uma rebelião entre as
próprias nações (v.21). Será grande o morticínio e os judeus e as nações da Terra reconhecerão a
presença de Deus. Ez 39.21, 22 – É a batalha das Nações Confederadas.
4.2. 2ª (Fim da Tribulação): Batalha do Armagedom – Aqui, a Besta chefiando todas as nações do
mundo, investirá contra Israel (Ap 16.14; 19.19; Zc 12.3; 14.2). Os judeus, cercados, clamarão pelo
Messias que operará sobrenaturalmente entre os exércitos atacantes. Os exércitos serão levados para
Armagedom onde serão destruídos (Ap 19.21; Zc 14.12, 13, 16; etc.).

5. A Manifestação Gloriosa de Jesus

A Manifestação Gloriosa ou a Volta Pessoal de Jesus diz respeito à 2ª fase da Sua


Segunda Vinda. Nesta Manifestação, Jesus Cristo virá novamente, após a Tribulação, derrotar seus
inimigos e reinar sobre a terra por mil anos (Ap 19.11-20.1-6).

Esta fase escatológica se processará quando as nações chefiadas pela Besta (Anticristo)
se reunirão contra Jerusalém (Zc 14.2). O remanescente fiel dos judeus volta-se para o Senhor (Is
10.20, 21; Zc 13.9; etc.) e são cercados pelos reis da Terra para a grande Batalha do Armagedom
(Ap 16.14; 17.14; 19.19). Nesse exato momento, Israel clamará a Deus (Is 64.8-12) e Jesus virá em
seu socorro com os Seus santos e anjos (Is 14.3-6; 26.21; Jr 49.20-22; Joel 3.12,13; Zc 14.12-15;
Mt 24.30; At 1.11; Ap 14.19,20).

A Manifestação gloriosa de Cristo contém os seguintes aspectos:

5.1. Cristo virá literal e visivelmente (At 1.11; 1 Jo 3.2; Ap 1.7).


5.2. Cristo virá com poder e glória (Mt 25.30,31).
5.3. Descerá sobre o Monte das Oliveiras (Zc 14.4, 5).
5.4. Será um grande sinal (Ap 16.17-21; etc.).
5.5. Virá corporalmente (At 1.11; Ap 1.13; 1 Tm 2.5).
5.6. Todo o olho o verá (Ap 1.7).

​A Manifestação Gloriosa é, por essência, um evento de resgate, pois marca o momento


que Cristo retornará à terra, descendo triunfante para derrotar o Anticristo e julgar todas as nações,
no trono da Sua glória (Mt 25.41-46).

6. O Juízo das Nações

Após a batalha do Armagedom, Cristo se assentará no trono da Sua Glória e reunirá as


nações em torno de Si (Mt 25.31, 32). A base do juízo será o trato dispensado aos judeus (Mt 25.41-
43; Gn 12.3). Os acontecimentos dos v. 35 a 44 só podem referir-se aos judeus (v.45). Nesse
julgamento, se determinará quais as nações que participarão do Milênio. Nele, três classes de
pessoas serão tratadas:

6.1. Ovelhas: Aquelas que trataram os judeus com benevolência (Mt 25.35, 36);
6.2. Bodes: Aquelas que maltrataram ou perseguiram os judeus (Mt 25.41-45); e
6.3. Irmãos: Os judeus que reconheceram a Cristo como o seu Messias (Is 4.1-3).

As nações “bodes” serão destituídas do seu poderio e passarão por uma assolação (Joel
3.12, 19). Esse juízo não deve ser confundido com o de Ap 20.11-15.

​Além do Tribunal de Cristo e do Juízo das Nações, dois outros juízos futuros de grande
expressão irão ser realizados, um antes do Milênio (Juízo de Israel) e outro, depois do Milênio
(Juízo Final). Quanto ao Juízo de Israel, Kepler Nigh (1998, p.144) diz o seguinte: “...Este juízo
acontecerá no final da tribulação. Cristo fará com que os judeus sejam reunidos e julgados...” (Ez
20.33-38; Mt 19.28).

7. O Milênio

O Milênio é um período de mil anos, inaugurado com a 2ª Vinda de Cristo à Terra, tendo
Jesus como Rei (Gn 49.10; Ap 20.4-6), e que terá começo por uma série de juízos. É a última
dispensação da história da humanidade (1ª - Inocência; 2ª - Consciência; 3ª - Governo Humano; 4ª -
Promessa; 5ª - Lei; 6ª - Graça; 7ª - Milênio). Alguns títulos usados na Palavra de Deus em
referência ao Milênio:

(1) O Reino dos Céus – Lc 1.32, 33; Mt 6.10.


(2) A Regeneração (Mt 19.28).
(3) Tempos de Refrigério (At 3.19, 20, 21).
(4) Dispensação da Plenitude dos Tempos (Ef 1.10).
(5) O “século dos séculos” (no original grego - Ef 3.21).
(6) O Reino de Cristo (Ap 11.15).
(7) Os “mil anos” (reino mediatório ou temporário – Ap 20.4-6; 1 Co 15.24-28).

​O termo “milênio” vem do latim Millennium, e do grego Chilliad. Ambos querem dizer
“mil anos”, e são empregados em referências a um futuro período de governo justo sobre a terra,
que se prolongará por mil anos. Nas Escrituras Sagradas não aparece a palavra “milênio”, como
também são omitidas as palavras Bíblia e Trindade. Contudo, há referências claras que mostram
que este reinado será literal e terreno, além de se desenvolver por 1.000 anos (At 1.6,7; Ap 20.4-6;
1 Co 15.24-28).

7.1. Aspectos gerais do Reino Milenial

a) Jesus Cristo será o Governante no Milênio (Jr 23.5; Lc 1.31-33; Ap 11.15; 19.6);
b) Quanto ao caráter do governo de Cristo, as Escrituras nos ensinam que será na plenitude do
Espírito (Is 11.2-5), que será em equidade e justiça (Jr 23.5-6), que o pecado será castigado (Salmo
2.9; 72.1-4; Is 65.20; Zc 14.16-21), que será próspero e glorioso (Jr 23.5; Is 24.23), e que será um
reinado de paz (Is 2.4; 11.5-9; 65.25; Mq 4.3);
c) O centro do governo no Milênio será Jerusalém (Is 2.3). Jerusalém será um lugar santo (Is 4.3-5);
um lugar de grande glória (Is 24.23); o local do futuro templo (Is 33.20); reconstruída (Jr 31.38-40);
o centro espiritual de toda a terra (Is 62.1-7); e o regozijo de toda a terra (Sl 48.2);
d) Três grupos de pessoas serão relacionados com o governo milenial:
(1) Israel: Será reunido e restaurado pelo Senhor em sua salvação, exaltado, abençoado e favorecido
através deste período.
(2) Nações: As nações serão súditos do Rei durante o Milênio (Sl 72.11; 86.9; Dn 7.13,14; Mq 4.2;
Zc 8.22).
(3) Igreja: A Igreja (glorificada) reinará com Cristo, não como súdita do Rei, e sim, como uma que
de direito compartilhará o reino, ou seja, como a rainha do Rei dos reis (2 Tm 2.12; Ap 5.10; 20.6).

7.2. Aspectos específicos do Reino Milenial

a) Paz universal (Lc 2.14; Sl 85.10; Is 9.6).


b) Era de bênçãos sem par (Is 11.6-9; 55.12, 13; 35.1; Mq 4.3).
c) A glória de Deus manifestada (Is 24.23);
d) Longevidade (Is 65.22);
e) Plenitude de Poder (Jl 2.28);
f) Salvação (Jl 2.32);
g) O Tabernáculo (Ez 37.26, 27);
h) O Templo (Ez 40-44; Zc 6.12): A Bíblia ensina em Ezequiel 40-48 que haverá um quarto templo.
Esse último templo será o centro da adoração a Jesus Cristo durante o Milênio. Destinado a ser o
edifício mais belo e magnífico na história humana, o quarto templo (ou templo do Milênio) é
descrito em Ezequiel 40.5-43.27. O Antigo Testamento também se refere aos sacrifícios que
acontecerão no templo do Milênio nas seguintes passagens: Isaías 56.7; 60.7,13; 66.20-23; Jeremias
33.15-22; Zacarias 14.16-21. O templo milenar será o centro da adoração a Jesus Cristo durante o
Milênio. Ele existirá em Jerusalém durante todo o reinado de mil anos de Cristo. Israel e o Templo
serão o centro dos rituais e ofertas sacerdotais que guiarão a adoração a Jesus, o Messias. Já que o
Milênio será um tempo em que Israel será exaltado e Cristo governará o mundo através de uma
teocracia a partir de Jerusalém, realmente será uma época maravilhosa: a glória do Senhor voltará
ao templo enquanto Israel cumprirá sua vocação como nação (Ezequiel 43.1-5);
i) Conhecimento do Senhor (Is 11.9; Hc 2.14);
j) Abundância de Saúde (Is 33.24; 35.5, 6);
k) Gêneros alimentícios em abundância (Jr 31.12; Is 30.23).
l) O pecado será uma realidade restrita (Is 65.20; Zc 14.17-19).
m) Não haverá morte como hoje (Is 65.20).

7.3. A revolta de Satanás

No fim do Milênio, Satanás será solto e sairá a enganar as nações (Ap 20.7-10). Por que
satanás será solto novamente? É bom saber que:

a) Muitos nascerão no Milênio e terão de ser evangelizados e ensinados sobre Cristo, sua obra e seu
reinado;
b) Depois de mil anos de bênçãos na Terra, os homens terão de ser “testados” quanto à sua
obediência para com Cristo.

Essa revolta será de caráter mundial e o destino das nações rebeladas (Gogue e Magogue –
Ap 20.8) será a morte, a ressurreição para o juízo e o lago de fogo (Ap 20.11-15).

8. O Juízo Final

É o último juízo escatológico ensinado na Bíblia, sendo conhecido como “julgamento do


grande trono branco”, onde todos os mortos incrédulos ou todos os ímpios, tanto anjos como
homens, serão julgados e condenados (Dn 7.10; 1 Co 6.1-3; Ap 20.11-15). Sua realização se dará
depois dos mil anos do reinado de Cristo sobre a terra e, especificamente após a revolta de satanás
(Ap 20.7-10). Seu local será onde o Grande Trono Branco estiver, num tempo em que a Terra e os
céus estiverem sendo destruídos pelo fogo (2 Pe 3.10-12). O juiz será o Senhor Jesus Cristo (Jo
5.22, 27; At 17.31; 2 Tm 4.1), que será auxiliado pela Igreja glorificada (1 Co 6.1-3).

Os réus serão todos os “mortos, grandes e pequenos, postos diante do trono”. Os


“grandes” parece ser uma referência aos anjos maus, e os “pequenos” refere-se aos homens ímpios
ressuscitados após o Milênio (Jo 5.29; Ap 20.5; 21.8). Estes ímpios são todos os que se recusaram a
obedecer ao Evangelho, rejeitando a Cristo como Salvador e Senhor (1 Pe 4.17,18; 2 Ts 1.8,9; Jo
3.35; 6.28,29; At 17.30,31). Os que morreram sem conhecer o Evangelho, Deus saberá, de forma
justa e verdadeira, aplicar o julgamento correspondente (Rm 2.2; Ap 16.9; 2 Tm 4.8).

O propósito do juízo é exclusivamente para aplicação da sentença de condenação (Jo


3.18), mediante o que está escrito nos livros, que denunciarão todas as obras exercidas pelos ímpios
(Ap 20.12):

8.1. Consciência (Rm 2.15; 9.1).


8.2. Natureza (Jó 12.7-9; Rm 1.20; Sl 19.1-4).
8.3. Lei (Rm 2.12; 3.20).
8.4. Evangelho (Jo 12.48; Rm 2.16).
8.5. Memória (Lc 16.25).
8.6. Atos dos Homens (Mt 12.36; Lc 12.7; Ap 20.12).
8.7. Livro da vida (Ap 3.5; 13.8; 17.8; 20.12; Sl 69.28; Lc 10.20; Fp 4.3): A presença do Livro da
Vida no juízo final terá a finalidade provar aos ímpios que seus nomes não estão nele (Mt 7.22, 23).

O local do castigo dos condenados é chamado de “lago de fogo” (Ap 19.20;


20.10,14,15; 21.8), também como “segunda morte” (Ap 2.11; 21.8). É um lugar real, preparado
para o diabo e seus anjos, e que é constituído de fogo e enxofre, que nunca se apagará (Mt 3.12;
25.41; Ap 20.10), ou seja, o castigo será eterno! Além disto, haverá diferentes graus de punição
sobre os condenados (Lc 12.46-48), e nele serão lançados a morte e o inferno (ou estado
intermediário dos mortos) (Ap 20.13; 1 Co 15.26).

8. O Estado Eterno

8.1. Características gerais

a) Refere-se ao “dia de Deus” (2 Pe 3.12), ou seja, o tempo de Deus, a história e a cronologia de


Deus;
b) É a base substancial e existencial dos novos céus e da nova terra, pois estes se constituem em
realidades físicas, através das quais o Estado Eterno se desenvolverá;
c) Especificamente, indica a própria “eternidade”, que é um tempo sem limites (Sl 90.2; Pv 8.23; Ec
3.11);
d) Sendo o dia de Deus, se concretizará depois do “dia do Senhor” (1 Ts 5.1-3; Is 2.12; 2 Pe 3.10),
que abrangerá três grandes eventos escatológicos (Tribulação, Manifestação Gloriosa e Milênio)
antes do dia de Deus ou eternidade (futura), a qual será inaugurada quando novos céus e uma nova
terra começarem a existir (Ap 21.1);
e) O Estado Eterno ou o dia de Deus é a sujeição de todas as coisas sob o domínio de Deus​​, através
do qual Ele será “tudo em todos” (1 Co 15.28), ou seja, tudo será criado de novo por Ele, tudo será
dEle e tudo é para Ele, eternamente (Rm 11.36).

8.2. Dimensões físicas (Novos Céus, Nova Terra e Nova Jerusalém)

a) A expressão “Novos Céus” é usada no plural, na maioria das vezes que é citada quanto ao fato de
ser uma nova criação (Is 65.17; 66.22; 2 Pe 3.10-13; Hb 1.10-12; Sl 102.25,26;), o que implica ser
uma nova referência a todo o universo, ou seja, todo o Cosmo celestial ou espaço sideral com suas
galáxias, planetas e demais astros serão destruídos e desaparecerão, sendo substituído por outro
melhor;
b) O termo hebraico usado para céus está no plural (Shamayim – quer dizer “as alturas”). Já o termo
grego usado é “ouranos”, que significa “o que está elevado”. São termos usados por mais de 700
vezes na Bíblia e, em geral, referem-se a três diferentes locais: atmosfera (nosso céu), ao universo
(espaço sideral) e à morada de Deus (2 Co 12.1-4);
c) Os céus abaixo do céu de Deus (a atmosfera terreno-celestial e o universo) serão destruídos,
pelos seguintes motivos:
(1) Eles não são mais puros à vista de Deus, pois se tornaram pecaminosos (pecado dos anjos e dos
homens – Jd v.6; Rm 8.18-23; Gn 3);
(2) Se tornaram um campo de batalha espiritual (Jó 1.6-12; 2.1-6; 15.15; Ef 2.2; 6.10-12; Ap 12.7-
9);
(3) Estes céus (e a terra), de agora, são uma habitação inadequada para o Estado Eterno ser
concretizado;
(4) Eles serão destruídos (tanto os céus de hoje como a terra) não em termos de renovação, e sim,
no sentido de serem extintos ou desintegrados. A Bíblia usa expressões como “passarão”,
“mudados” e “guardados” e “guardados para o fogo” (serão queimados com grande estrondo, o que
resultará num desaparecimento total dos atuais céus e terra e de tudo o que eles contém (2 Pe 3.10-
12).
d) A Nova Terra será um novo planeta, onde habitará justiça em todos os aspectos, sejam eles
geográficos (não haverá mais mar; novos pontos cardeais serão implantados), políticos (o trono de
Deus estará na Nova Terra), climáticos (não haverá mais sol, noite etc.) e ético-espirituais (não
haverá pecado) (2 Pe 3.10-13; Ap 21 e 22).
e) Nova Jerusalém: A Nova Jerusalém será a principal cidade do Estado Eterno, pois nela estará o
trono de Deus e do Cordeiro. Ela é uma cidade literal, construída por Deus (Hb 11.10,16), através
de materiais celestiais e com uma arquitetura igual em comprimento, altura e largura, tendo
moradas suficientes para todos os seus moradores (Jo 14.1-3). Será uma realidade visível apenas no
Estado Eterno (Ap 21;22), proporcionando muitas bênçãos para os seus moradores e para os povos
e nações da Nova Terra, através, principalmente do fruto da árvore da vida (Ap 22.1-5). Segundo
alguns teólogos, a Nova Jerusalém terá 8.000.000 (oito milhões) de avenidas, com o comprimento
de 2.200 km (dois mil e duzentos quilômetros) cada uma, segundo as medidas apresentadas em
Apocalipse 21.9-17.

➢ Razões da Nova Jerusalém ser uma cidade literal: (1) Jesus voltou ao céu para preparar um
lugar ou cidade para a Igreja (João 14.2,3); (2) Ela foi arquitetada e construída por Deus
com sólidos alicerces celestiais (Hebreus 11.10); (3) Os heróis da fé desejavam uma cidade
celestial, a qual foi preparada por Deus (Hebreus 11.16); (4) A Nova Jerusalém ora
preparada para a Igreja, pertence a Deus (Hebreus 12.22). Ao aceitarmos a Cristo, nos
aproximamos da Nova Jerusalém como futuros moradores dela; (5) Hebreus 13.14 diz que
não temos na terra uma cidade ou morada fixa, pois vivemos em busca de uma cidade que
foi preparada, prometida e que virá aos moradores que lhe buscam; (6) A Igreja é cidadã do
céu, apesar de morar na terra. Mas, do céu ela aguarda vir a sua cidade ou morada preparada
por Deus, que é o Senhor Jesus, que ao voltar glorificará o nosso corpo terreno em um
celestial, semelhante ao Seu, adaptando-nos assim, à Jerusalém celestial (Filipenses 3.20,21;
Hebreus 12.22); (7) A Nova Jerusalém é o nome da cidade construída por Deus. Apocalipse
3.12 diz que o nome dela vai ser gravado na vida de todo membro da Igreja que será
reconhecido como vencedor; (8) A "Jerusalém do alto", como Paulo a identifica (Gálatas
4.26) ou "a nova Jerusalém, que desce do céu" como João a nomeia (Apocalipse 3.12), é
contrastada por Paulo com um cidade real, ou seja, a Jerusalém atual (Gálatas 4.25). Assim,
é lógico dizer que a Nova Jerusalém é uma cidade real ou literal, e não um símbolo da
Igreja; (9) O apóstolo Paulo trata simbolicamente a nova Jerusalém de "a nossa mãe", tendo
em vista, ensinar que somos (a Igreja) gerados e acolhidos por ela. Tal expressão de Paulo
assemelha-se à expressão "minha cidade natal", que indica que você não é cidade, mas tem
uma cidade; (10) Os capítulos 21 e 22 de Apocalipse a descrevem com tantos detalhes de
arquitetura e de construção, que, pelo bom senso hermenêutico, é mais adequado reconhecer
que é uma cidade literal do que um símbolo da Igreja ou da nova criação. O uso de inúmeros
símbolos ou imagens terrenas tencionam destacar (de forma aproximada) sua grandeza
arquitetonicamente celestial.

8.3. A vida no Estado Eterno

a) Deus e o Cordeiro governarão a nova terra e os novos céus a partir da Nova Jerusalém (Ap
22.3,5);
b) A nova vida se concentrará em conviver com Deus, servi-lo com adoração e reinar junto com
Ele, sem ter lembranças das coisas antigas (Ap 22.3-5; Is 65.17,18);
c) Os santos glorificados da Igreja e da antiga Aliança morarão na Nova Jerusalém e governarão a
Terra sob Cristo (Dn 7.18, 27; Ap 22.1-5);
d) Os salvos oriundos do Milênio (povos e nações) viverão para sempre na Terra, mediante a árvore
da vida (Ap 2.7) e não pela ressurreição (Ap 22.1-5).

IV – SISTEMAS ESCATOLÓGICOS

1. Sobre o Plano Divino e a História da Salvação

1.1. Dispensacionalismo

​O termo “dispensacionalismo” deriva seu nome de sua compreensão acerca da


existência de uma série de “dispensações” (palavra que deriva do grego oikonomia) na história da
salvação. O movimento (quanto à sua fase moderna) foi aprimorado sistematicamente na Inglaterra,
por John Nelson Darby (1800-1882). E foi popularizado, especialmente nos Estados Unidos, sob a
influência de C. I. Scofield (1843-1921), cuja Scofield Reference Bible [Bíblia de referência
Scofield] (1909) tornou-se um marco no pensamento dispensacionalista.

A visão dispensacionalista de interpretação literal (coerente) defende uma visão


futurista; isto é, muitas passagens bíblicas ainda têm um cumprimento futuro. A distinção entre
Israel e a Igreja é importante porque a Igreja, como entidade distinta no plano de Deus, provê a base
teológica para o arrebatamento pré-tribulacional. Já as promessas do Antigo Testamento para Israel
serão cumpridas literalmente no futuro, o que requer uma compreensão detalhada e aprimorada da
profecia das Escrituras.

​A característica mais marcante no dispensacionalismo é a forma como divide a história


em períodos. Scofield dividiu a história da salvação em sete períodos ou “dispensações”, cada qual
representando uma aliança diferente entre Deus e seu povo. Os períodos ou dispensações são os
seguintes:

a) Dispensação da Inocência, que ocorreu entre a criação e a queda;


b) Dispensação da Consciência, que ocorreu entre a queda e o dilúvio;
c) Dispensação do Governo Humano, que ocorreu entre o dilúvio e o chamado de Abraão;
d) Dispensação da Promessa, que ocorreu entre o chamado de Abraão e Moisés;
e) Dispensação da Lei, que ocorreu entre Moisés e a morte de Cristo;
f) Dispensação da Graça ou da Igreja, que ocorreu entre a ressurreição e o tempo presente;
g) Dispensação do Milênio.

​Uma das características clássicas do dispensacionalismo de maior relevância diz


respeito à sua interpretação da palavra “Israel”. Para alguns como Scofield e Charles C. Ryrie,
Israel sempre designa o povo judeu e nunca representa a Igreja cristã. Israel e a Igreja são duas
entidades distintas, cada qual com sua própria história e destino. “Israel” refere-se a um povo cuja
esperança se concentra em um reino terreno; “a Igreja”, por outro lado, é um termo que se refere a
um povo celeste cujo destino encontra-se além desse mundo.

​Assim, os dispensacionalistas apresentaram um interesse particular pela história (e pelo


desenvolvimento do plano de Deus nessa história) moderna da nação de Israel (criada em 1948),
vendo esse fato histórico como o cumprimento das visões proféticas do AT. É importante destacar
que os escritores dispensacionalistas mais recentes tendem a amenizar essa diferença entre Israel e a
Igreja (Dispensacionalismo Progressivo).

​O “arrebatamento” e a “tribulação” são duas noções centrais e características do


dispensacionalismo. A primeira diz respeito à expectativa do cristão de ser arrebatado “com ele nas
nuvens” para encontrar a Cristo quando ele voltar (1 Ts 4.15-17). A segunda baseia-se nas visões
proféticas do livro de Daniel (Dn 9.24-27) e é entendida como um período de sete anos de juízo
divino sobre o mundo. Os escritores dispensacionalistas ainda se dividem quanto ao fato do
arrebatamento ser visto como pré-tribulacional (de acordo com o qual os cristãos serão capazes de
escapar do sofrimento da tribulação) ou pós-tribulacional (de acordo com o qual os cristãos
deverão passar pela tribulação, porém com a certeza de que se juntarão posteriormente a Cristo).

1.2. Teologia das Alianças

​A teologia das alianças é um sistema teológico baseado em duas alianças abstratas,


numa tentativa de organizar as Escrituras.

​Ela propõe a idéia de que as Escrituras podem ser divididas em duas alianças: 1)
Aliança das Obras e 2) a Aliança da Graça. Os participantes da primeira aliança eram Deus e Adão.
A promessa da aliança era a vida. O requisito era a total obediência de Adão. Caso não fosse
cumprida, a penalidade seria a morte. Para salvar o homem da penalidade de sua desobediência,
uma segunda aliança, feita para toda a eternidade, passou a ser usada, ou seja, a Aliança da Graça.

​A Aliança da Graça é tratada sobre dois aspectos. O primeiro diz respeito a Deus, por
isso algumas vezes ela chamada de Aliança da Redenção. Os participantes, nesse caso, são Deus e
Cristo; a exigência era a total obediência do Filho, a ponto de sofrer a penalidade da desobediência
humana, ou seja, a morte. A promessa era a salvação para todos os crentes. No segundo aspecto, os
participantes eram Deus e o crente, a promessa era a vida eterna e a exigência era a fé em Jesus
Cristo como a única “obra” necessária do crente (Jo 6.29).

​A teologia das alianças tem muitos aspectos maravilhosos, por exemplo, a ênfase na
graça de Deus. No entanto, essa perspectiva não permite que o único decreto ou plano divino possa
operar na história através de múltiplas maneiras, como o tratamento distinto dado à Igreja e a Israel.
Essa teologia reduz o plano multifacetado de Deus a apenas um – os que serão salvos por toda a
eternidade. A teologia das alianças muitas vezes é contrária a um entendimento literal e futurista
das profecias.
2. Sobre o Livro de Apocalipse

2.1. Preterismo

​O preterismo tenta responder à pergunta: “Quando é que uma profecia será cumprida na
história?” Ele é uma das quatro possíveis interpretações sobre os tempos finais na profecia bíblica.
Os quatro pontos de vista refletem as únicas possibilidades em relação ao tempo: passado
(preterismo), presente (historicismo), futuro (futurismo) e atemporal (idealismo).

​Os preteristas ensinam que a maioria, se não todas as profecias, já foram cumpridas.
Eles alegam que porções proféticas importantes da Bíblia (como o Sermão Profético e o livro de
Apocalipse) foram cumpridas nos eventos associados à destruição de Jerusalém pelos romanos em
70 d.C. Eles acreditam que são impelidos a ter essa perspectiva porque Mateus 24.34 e suas
passagens paralelas dizem: “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto
aconteça”. Eles afirmam que isso significa que essas coisas precisavam ser cumpridas no primeiro
século. Para os preteristas, Apocalipse refere-se a algo similar quando afirma que Cristo vem “em
breve” e que seu retorno está próximo. Após terem concluído que essas profecias precisavam ter se
cumprido no século I, eles passaram a argumentar que estão agindo corretamente ao crerem que
todas as passagens referem-se ao cumprimento local (Jerusalém), ao invés de tratar-se de um
cumprimento mundial.

​Existem três tipos de preteristas, ou seja, os parciais, os moderados e os extremistas.


​Os preteristas parciais ensinam que o cumprimento passado ocorreu durante os
primeiros três séculos, enquanto Deus estimulava a guerra contra os dois inimigos terrenos da
Igreja: Israel e Roma. Israel foi derrotado em 70 e Roma no século IV.

​Já
os preteristas moderados acreditam que quase todas as profecias bíblicas foram
cumpridas no evento do ano 70, mas também pensam que algumas passagens ensinam sobre uma
Segunda Vinda futura (At 1.9-11; 1 Co 15.51-53; 1 Ts 4.16,17).

​Por sua vez, os preteristas extremistas ou consistentes, como eles preferem ser
chamados, acreditam que toda a profecia bíblica foi cumprida na destruição de Jerusalém, em 70 d.
C. Eles acreditam que, existe uma Segunda Vinda futura, mas a Bíblia não fala sobre ela.

2.2. Historicismo

​O historicismo é uma das quatro possíveis interpretações do tempo na profecia bíblica.


Ele iguala a atual era da Igreja ao período da Tribulação utilizando-se da teoria dia/ano. Essa teoria
dia/ano toma literalmente números como 2.300 dias (Dn 8.14) e 1.290 dias (Dn 12.11) e afirma que
tratam-se de anos. Então, se alguém encontrar o ano inicial certo, basta apenas acrescentar 2.300 ou
1.290 anos para descobrir a data da volta de Cristo. Além disso, os historicistas também relacionam
os juízos dos selos, das trombetas, e das traças a importantes eventos históricos nos últimos 2.000
anos. Por exemplo, o quinto selo em Apocalipse 6 é identificado com o martírio sob o imperador
romano Diocleciano (284-304). Se isso for verdade, então pode-se imaginar que a Revolução
Francesa foi um dos cinco primeiros julgamentos das taças de Apocalipse 16. Esta abordagem,
juntamente com a teoria dia/ano, naturalmente leva os historicistas a marcar datas.

​Essa teoria foi defendida quase unanimemente pelos protestantes da Reforma até quase
100 anos atrás, sendo também a teoria adotada por muitas seitas que tiveram início no século 19,
como os mórmons, os adventistas do sétimo dia e as testemunhas de Jeová.

​Outra teoria do historicismo é a equivalência da Igreja Católica Romana e seus papas


com o Anticristo. Por isso fica fácil entender o porquê desse ponto de vista seguidamente ser
chamado de “protestante”. A maioria dos esquemas elaborados pelos historicistas se concentra na
história da Europa, mas existe um segmento que substitui a Europa pelos Estados Unidos. Algumas
dessas pessoas acham que o EUA estão cumprindo as profecias referentes à Babilônia.

2.3. Futurismo

​O futurismo defende a idéia de que todos os eventos proféticos só ocorrerão depois de


encerrada a era da Igreja em que vivemos, alegando que eles ocorrerão na Tribulação, na Segunda
Vinda e no Milênio vindouros. Dos quatro pontos de vista, o único que apóia de maneira lógica e
histórica o pré-tribulacionismo é o futurismo. Isso ocorre porque o tempo em que ocorrerá o
Arrebatamento está relacionado com o momento histórico em que ocorrerá a Tribulação. O
preterismo declara que a Tribulação já ocorreu. O historicismo afirma que a Tribulação começou no
século IV com os eventos relacionados com a cristianização do Império Romano iniciada por
Constantino e que ela continuará até a Segunda Vinda. O idealismo nega que seja possível
estabelecer a data desses eventos. Portanto, apenas o futurismo permite a aplicação do método de
interpretação literal.

​É possível desenvolver uma defesa do futurismo a partir da Bíblia, contrastando e


comparando o futurismo com as outras três abordagens interpretativas. Por exemplo, é possível
mostrar que o futurismo é preferível ao preterismo, demonstrando que textos específicos da
Escritura indicam que o termo “vinda”, nas passagens debatidas, refere-se a uma volta corporal de
Cristo à terra, não uma vinda mística mediada pelo exército romano (como dizem os preteristas).
Uma área que dá vantagem ao futurismo sobre o historicismo é a demonstração de que os números
que se relacionam a dias, meses e anos devem ser aceitos literalmente. Não há base bíblica para que
dias sejam interpretados como anos. Um argumento principal que dá vantagem ao futurismo sobre o
idealismo é o fato de que os números são importantes. Em outras palavras, por qual razão Deus
forneceria centenas de indicadores cronológicos e temporais na Bíblia se não tivesse a intenção de
cumpri-los?

​Somente o futurista pode interpretar toda a Bíblia de maneira literal e, depois de fazê-lo,
harmonizar suas conclusões num sistema teológico coerente. Assim como pessoas, lugares e
tempos devem ser entendidos literalmente em Gênesis 1-11, também os textos relacionados ao
tempo do fim devem ser entendidos da mesma forma. Dias significam dias; anos significam anos;
meses significam meses. Assim, a única maneira pela qual o livro do Apocalipse e outras porções
proféticas da Bíblia farão qualquer sentido, é se forem entendidas de forma literal. Isso significa
que a maior parte delas ainda não aconteceu, sendo, portanto, futuras.

​Cerca de um terço da Bíblia consiste de profecia, e a maior parte dessa profecia versa
sobre o futuro. Uma vez que uma abordagem coerentemente literal de toda a Bíblia, inclusive das
partes proféticas, principalmente do Apocalipse, é a maneira correta de entender a revelação de
Deus ao homem, a abordagem futurista é a maneira mais adequada de considerar a cronologia da
profecia bíblica.

2.4. Idealismo

​O idealismo é uma das outras quatro possíveis interpretações do tempo na profecia


bíblia. Apesar das muitas declarações da profecia bíblia que parecem tratar do cumprimento
temporal de um evento em relação a outro, os idealistas não crêem que a Bíblia indique qualquer
cronologia de eventos e nem que possamos determinar antecipadamente o tempo de sua ocorrência.
Os idealistas pensam que as passagens proféticas ensinam principalmente grandes idéias ou
verdades sobre Deus e a vida cristã, por isso podem ser aplicadas como princípios atemporais. O
idealismo nega que haja uma cronologia dos eventos. Para os idealistas a cronologia (se é que ela
existe) é um mistério não revelado.
​A abordagem não-literal da profecia raramente é adotada por conservadores e
evangélicos. Muitos liberais, que não crêem em um Deus sobrenatural que pode prever o futuro,
apóiam esse ponto de vista por seu potencial de fazer com que o texto diga virtualmente qualquer
coisa.

3. Sobre o Arrebatamento da Igreja

3.1. Pré-Tribulacionismo

​O pré-tribulacionismo ensina que o Arrebatamento da Igreja ocorrerá antes que comece


o período de sete anos da Tribulação e da revelação do Anticristo. Dessa maneira, a Igreja não
passará pela Tribulação.

​Quatro aspectos principais caracterizam o Pré-Tribulacionismo:


a) A Igreja tem a promessa de ser guardada da hora da provação. Os crentes ficarão livres do
período da Tribulação que virá sobre toda a Terra (Ap 3.10);
b) A Igreja será removida da Terra como habitação do Espírito Santo. A remoção dos crentes se
dará no Arrebatamento da Igreja (2 Ts 2);
c) A Tribulação é um período de derramamento da ira de Deus, da qual a Igreja estará isenta. Os
crentes estarão livres quando a angústia e a tribulação se manifestarem com o início do Dia do
Senhor (Ap 6.17; cf. 1 Ts 1.10; 5.9);
d) O Arrebatamento da Igreja só pode ser iminente, se for pré-tribulacional. O Arrebatamento
ocorrerá antes que ocorram as tribulações do Grande Dia do Senhor (1 Ts 5.6).

​O Pré-Tribulacionismo declara que a Igreja não provará qualquer parte dos sete anos da
Tribulação, visto que estará com o Senhor. Ele chega a esta posição mantendo uma clara distinção
entre o modo de Deus lidar com a Igreja de Cristo e o tratamento divino para com a nação de Israel.
Os que apóiam este ponto de vista crêem que Deus retirará a Igreja do mundo e, então, Sua atenção
voltará a Israel e às alianças que fez com a nação no Antigo Testamento. Além do mais, pré-
tribulacionistas concluem que, visto que a Igreja está isenta da ira de Deus (1 Ts 1.9,10; 5.9), ela
não estará na terra durante aqueles sete anos da Tribulação. Este ponto de vista também mantém o
conceito da iminência (“a qualquer momento”) do retorno do Senhor Jesus para retirar a Igreja do
mundo, significando que não há sinais ou eventos que precisem ocorrer antes do Arrebatamento.

3.2. Mid-Tribulacionismo ou Mesotribulacionismo

​O Mid-Tribulacionismo ensina que o Arrebatamento da Igreja ocorrerá durante a


Tribulação, depois de o Anticristo ter subido ao poder, mas antes dos julgamentos severos que
preparam o caminho para a volta de Cristo, que virá a fim de estabelecer o seu reino na terra.

​A posição mid-tribulacionista se fundamenta em três pensamentos destacáveis:


a) O Arrebatamento da Igreja ocorre em Apocalipse 11.11,12. As Duas Testemunhas são descritas
nesse capítulo como a igreja dando testemunho na primeira metade da Tribulação. O martírio das
testemunhas, que são depois ressuscitadas e levadas ao céu, simboliza o Arrebatamento da Igreja.
Assim, o Arrebatamento da Igreja terá lugar no meio da Tribulação;
b) A sétima trombeta de Apocalipse 11.15 diz respeito a última trombeta de 1 Coríntios 15.52. A
última trombeta de 1 Coríntios 15.52 é a sétima trombeta de Apocalipse 11.15, que soa na metade
da Tribulação;
c) A Grande Tribulação ou o tempo da ira refere-se aos últimos três anos e meio. A Grande
Tribulação é composta apenas dos últimos três anos e meio da septuagésima semana da profecia de
Daniel 9.24-27, e a promessa de libertação da Igreja só se aplica a esse período (Ap 11.2; 12.6). A
Igreja será purificada ao passar pelos três anos e meio preliminares da Tribulação.

3.3. Pós-Tribulacionismo
​O Pós-Tribulacionismo ensina que o Arrebatamento da Igreja ocorrerá ao final da
Tribulação, e que será removida no fim do período quando Cristo voltar em poder. O arrebatamento
é distinto da Segunda Vinda, embora seja separado dela por um pequeno intervalo de tempo. A
Igreja permanecerá na terra durante todo o período da Tribulação.

​É uma teoria comum a praticamente todos os amilenistas e pós-milenistas. É seguida


por muitos protestantes conservadores, assim como liberais modernos. Pelo menos quatro escolas
diferentes de pensamento prevalecem entre os pós-tribulacionistas no que diz respeito à sua
interpretação da Tribulação: (1) Pós-Tribulacionismo clássico; (2) Pós-Tribulacionismo
semiclássico; (3) Pós-Tribulacionismo futurista; e (4) Pós-Tribulacionismo dispensacional.

​Seus principais postulados são:


a) O Arrebatamento e a Segunda Vinda. O Arrebatamento da Igreja e a Segunda vinda são descritos
pelas mesmas palavras: epifania, manifestação, revelação, parusia, o dia, o dia de Jesus Cristo, o dia
do Senhor Jesus e o dia do Senhor. Portanto, dizem respeito ao mesmo evento e não a dois eventos
separados. Em geral, nega o retorno iminente de Cristo;
b) Preservação da ira. Preservação da ira significa proteção sobrenatural para os crentes durante a
Tribulação, na libertação por ausência, assim como Israel permaneceu no Egito durante as pragas,
mas foi protegido de seus efeitos. A Igreja é avisada nas Escrituras para aguardar perseguição e
tribulação, e que não deve esperar estar isenta do período da Tribulação;
c) Santos na terra. Durante a Tribulação haverá santos na terra, e como a Igreja é constituída de
santos, portanto, ela passará pela Tribulação (Mt 24.22). Quanto a estes santos, não faz uma
distinção clara ente a Igreja e a nação de Israel.

3.4. Teoria do Arrebatamento Parcial

​Ensina que somente os que foram fiéis na Igreja serão arrebatados no início da
Tribulação. Somente os crentes considerados dignos serão arrebatados antes da ira de Deus ser
derramada sobre a Terra; os que não tiverem sido fiéis permanecerão na Terra durante a Tribulação.

3.5. Teoria do Arrebatamento Pré-Ira

​Esta é a interpretação mais recente acerca do Arrebatamento da Igreja. Ensina que a


Igreja é isenta da ira de Deus, mas limita o tempo da ira a um curto período de tempo antes do final
da Tribulação, talvez durante apenas um ano e meio. Os que sustentam este ponto de vista crêem
que o Arrebatamento se dará depois de transcorridos cerca de três quartos do período de sete anos
da Tribulação.

4. Sobre o Milênio

4.1. Pré-Milenismo

​O Pré-Milenismo é uma das três principais perspectivas da profecia bíblica (as outras
são o amilenismo e o pós-milenismo). O pré-milenismo ensina que a Segunda Vinda de Cristo à
terra ocorrerá antes do estabelecimento do seu reino de mil anos descrito em Apocalipse 20.1-7.

​O pré-milenismo, ou quilialismo, como era conhecido na Igreja primitiva, foi o mais


antigo dos sistemas de interpretação do Milênio. Durante a Idade Média, o milenismo foi
praticamente (mas não totalmente) abandonado no Ocidente, até que os puritanos e outros
protestantes começaram a reavivá-lo no final do século XVII. Esse é o ponto de vista da maioria
dos são conservadores em sua maneira de interpretar a Bíblia.

​Há diversas formas de pré-milenismo, que diferem quanto ao momento em que ocorrerá
o Arrebatamento com relação à Tribulação, mas todos ensinam que o Milênio vai durar mil anos e
seguirá ao Segundo Advento de Cristo. Quanto a estas formas, duas delas se destacam:
a) Pré-Milenismo Histórico ou Clássico. Este ponto de vista expressa os seguintes ensinos:

(1) A volta de Jesus se dará antes do Milênio, mas não reconhece a existência das dispensações;
(2) O reinado de Cristo é literal e de mil anos aqui na terra;
(3) Antes da vinda de Cristo acontecerá a evangelização das nações, a grande tribulação, a grande
apostasia e a manifestação do Anticristo escatológico;
(4) Quando Cristo voltar, os crentes que estiverem vivos serão transformados e os que estiverem
mortos serão ressuscitados;
(5) Com a vinda de Cristo, o Anticristo será exterminado. Nessa época haverá a conversão da maior
parte dos judeus;
(6) Jesus Cristo reinará na terra por mil anos. Seu trono e sede do reinado será em Jerusalém, de
onde governará todo o universo. O Templo de Jerusalém e o sacerdócio do AT serão novamente
restaurados;
(7) O Milênio não é visto como um estado final, já que depois dele ainda haverá um novo Céu e o
Inferno; (8) A ressurreição das pessoas não-salvas só se dará no final do Milênio, após a vitória
final de Cristo sobre satanás.

b) Pré-Milenismo Dispensacionalista. Esta forma refere-se ao Dispensacionalismo. Caracteriza-se


pelos seguintes aspectos:

(1) Essa linha de interpretação de interpretação profética é pré-milenista porque crê que a volta de
Cristo se dará antes do Milênio (Ap 20.4-6);
(2) Esta forma chama-se dispensacionalista por dividir a história humana em grandes dispensações.
Uma dispensação normalmente é entendida como um período de tempo caracterizado por um modo
distinto de Deus se relacionar com o ser humano;
(3) Faz distinção fundamental e permanente entre Israel e a Igreja, Deus tem, então, dois povos com
os quais lida ainda nos dias de hoje;
(4) O Antigo Testamento ensina que haverá um reino futuro, milenar e terreno;
(5) O reino seria dado aos judeus quando Cristo veio pela 1ª vez, e nesse tempo se cumpriria a
Septuagésima Semana de Daniel 9. Mas quando os judeus rejeitaram e crucificaram Jesus, essa
semana foi adiada e, conseqüentemente, o reino foi transferido para o futuro;
(6) O tempo entre a semana 69 e 70 de Daniel é chamado de Era da Igreja, sendo encarado como
um parêntese na história e no plano divino. Isso faz com que seja necessário arrebatar a Igreja da
terra para que os propósitos de Deus se cumpram em Israel;
(7) A volta de Cristo se dará em duas fases: Primeiro, Ele virá buscar sua Igreja; e depois de um
curto período (7 anos), voltará para reinar no Milênio. Entre o Arrebatamento da Igreja e o Milênio
acontecerá a Grande Tribulação;
(8) Jesus Cristo reinará na terra por mil anos. Seu trono e sede do reinado será Jerusalém, de onde
governará todo o Universo. O Templo de Jerusalém e o sacerdócio do Antigo Testamento serão
novamente restaurados.

4.2. Amilenismo

​De acordo com o Amilenismo não haverá no futuro um período de mil anos no qual
Cristo reinará sobre a terra; ele ensina que existe uma presença espiritual do reino na terra desde a
1ª vinda de Cristo até à 2ª vinda. O termo escatológico usado em português é formado de três partes
diferentes: o prefixo a, que quer dizer “não”; as palavras latinas mille, que significa “mil” [chilias
em grego], e annus, que significa “ano” [etos em grego]. Portanto, amilenismo significa “não mil
anos”. Outros títulos: milenismo simbólico, milenismo realizado etc.

​O Amilenismo não estava presente na Igreja primitiva. [Pelo menos não há registro de
sua existência]. Aparentemente ele se desenvolveu como resultado da oposição ao literalismo pré-
milenista e depois evoluiu até tornar-se um sistema positivo. Ele chegou a dominar a Igreja quando
Agostinho (354-430), um grande pai da Igreja e teólogo, abandonou o pré-milenismo e adotou o
amilenismo. Provavelmente seria correto dizer que o Amilenismo foi a posição mais aceita durante
grande parte da história da Igreja, inclusive pela maioria dos reformadores protestantes dos séculos
XV e XVI.
​Seus principais ensinos são:
a) O milênio já real no meio da humanidade. Os crentes mortos já reinam com Cristo no céu;
b) O milênio não é literal e nem terreno. É figurado e espiritual ou celestial;
c) Cristo já está governando seu povo através da sua Escritura e de seu Espírito, e irá governar de
forma visível na Nova Terra e no Novo Céu;
d) Até o fim do mundo deve-se esperar que o pecado e o mal continuem a existir;
e) O estado final, para todos os seres, só se dará com a Segunda Vinda de Jesus;
d) Antes da volta de Cristo a apostasia se intensificará, bem como a Tribulação. Haverá também a
manifestação de um Anticristo pessoal;
e) A Segunda Vinda de Cristo é um evento único, seguido imediatamente da ressurreição geral de
crentes e incrédulos;
f) Os crentes que estiverem vivos quando Cristo voltar serão transformados e glorificados.

4.3. Pós-Milenismo

​O Pós-Milenismo ensina que o reino de Cristo está se estendendo agora em todo o


mundo através da pregação do Evangelho. Segundo essa visão, a maioria das pessoas se converterá
a Cristo, o que resultaria na cristianização da sociedade mundial atual. Como o nome indica,
segundo essa visão, Cristo voltará à terra “depois dos mil anos”.

​O Pós-Milenismo só se desenvolveu em um sistema distinto de escatologia depois da


Reforma. Antes disso, consistia de vários elementos que depois foram incluídos na mistura
teológica do pós-milenismo moderno. Mas é correto dizer que o pós-milenismo foi a última grande
posição teológica a ser criada acerca do Milênio. Na América, o pós-milenismo foi a principal
concepção do Milênio durante grande parte do século dezenove, mas foi praticamente extinto até a
década de 1960. Nos últimos 25 anos houve um ressurgimento do pós-milenismo em algumas
arenas conservadoras através do movimento chamado Reconstrucionismo Cristão.

​Há dois tipos principais de pós-milenismo: (1) um tipo bíblico que tira seu material da
Bíblia e seu poder de Deus; (2) e o tipo evolucionário ou teológico-liberal que baseia-se na
confiança de que o homem pode alcançar progresso através de meios naturais. Esses dois sistemas
muito diferentes entre si têm uma coisa em comum: a idéia de progresso e da solução definitiva das
dificuldades atuais.

​O Pós-Milenismo caracteriza-se pelas seguintes idéias:


a) O milênio não será literalmente um período de tempo de mil anos;
b) O reino de Deus está, desde a ressurreição de Jesus até os dias de hoje, sendo estendido no
mundo através da pregação do Evangelho e da obra salvadora do Espírito Santo nos corações dos
crentes;
c) O mundo, por fim, será cristianizado, o que resultará num longo período de justiça e paz, que
precederá a volta de Jesus;
d) A Segunda Vinda de Jesus será imediatamente seguida pela ressurreição geral, o juízo geral e a
conseqüente entrada no céu ou inferno;
e) A história mundial vai melhorando cada vez mais até estar preparada para a inauguração,
imperceptível, do Milênio.


Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!!!
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Escatologia Bíblica – Prof. Israel de Jesus

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