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NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

Memória

– O Rosário, arma poderosa.

– Contemplar os mistérios do Rosário.

– A ladainha lauretana.

Esta festa foi instituída por São Pio V para comemorar e agradecer à Virgem a sua ajuda na
vitória sobre os turcos em Lepanto, no dia 7 de Outubro de 1571. É famoso o seu
Breve Consueverunt (14-IX-1569), que via no Rosário um presságio da vitória. Clemente XI
estendeu a festa a toda a Igreja no dia 3-X-1716. Leão XIII conferiu-lhe um nível litúrgico mais
elevado e publicou nove admiráveis Encíclicas sobre o Santo Rosário. São Pio X fixou
definitivamente a festa no dia 7 de Outubro. A celebração deste dia é um convite para que
todos rezemos e meditemos os mistérios da vida de Jesus e de Maria, que se contemplam
nesta devoção mariana.

I. E, ENTRANDO O ANJO onde ela estava, disse-lhe: Salve, cheia de graça,


o Senhor é contigo1. Com estas palavras, o anjo saudou Nossa Senhora, e nós
as vimos repetindo incontáveis vezes em tons e circunstâncias muito
diferentes.

Na Idade Média, saudava-se a Virgem Maria com o título de rosa (Rosa


mystica), símbolo de alegria. Adornavam-se as suas imagens – como agora –
com uma coroa ou ramo de rosas (em latim medieval Rosarium), como
expressão dos louvores que brotavam dos corações cheios de amor. E os que
não podiam recitar os cento e cinquenta salmos do ofício divino substituíam-no
por outras tantas Ave-Marias, servindo-se para contá-las de uns grãos enfiados
por dezenas ou de nós feitos numa corda. Ao mesmo tempo, meditava-se a
vida da Virgem e do Senhor. A Ave-Maria, recitada desde sempre na Igreja e
recomendada frequentemente pelos Papas e Concílios, tinha inicialmente uma
forma breve; mais tarde, adquiriu a sua feição definitiva quando lhe foi
acrescentada a petição por uma boa morte: rogai por nós, pecadores, agora e
na hora da nossa morte; em cada situação, agora, e no momento supremo de
nos encontrarmos com o Senhor. Estruturaram-se também os mistérios, o
argumento de cada dezena, contemplando-se assim os acontecimentos
centrais da vida de Jesus e de Maria, como um compêndio do ano litúrgico e de
todo o Evangelho. Também se fixou a recitação da Ladainha: um cântico cheio
de amor, de louvores a Nossa Senhora e de súplicas, de manifestações de
júbilo e de alegria.

São Pio V atribuiu a vitória de Lepanto – obtida no dia 7 de Outubro de 1571


e com a qual desapareceram graves ameaças à fé dos cristãos – à intercessão
da Santíssima Virgem, invocada em Roma e em todo o orbe cristão através do
Santo Rosário. Por esse motivo, foi acrescentada à ladainha a
invocação Auxilium christianorum. Desde então, esta devoção à Virgem foi
constantemente recomendada pelos Sumos Pontífices como “oração pública e
universal pelas necessidades ordinárias e extraordinárias da Igreja santa, das
nações e do mundo inteiro”2.

Neste mês de Outubro, que a Igreja dedica a honrar a nossa Mãe do Céu
especialmente através do rosário, devemos verificar com que amor o rezamos,
como contemplamos cada um dos seus mistérios, se oferecemos cada dezena
por intenções cheias de santa ambição, como aqueles cristãos que, com a sua
oração, alcançaram da Virgem uma vitória tão decisiva para toda a cristandade.
Perante as dificuldades que experimentamos, perante a ajuda tão grande de
que precisamos no apostolado, para levarmos adiante a família e aproximá-la
mais de Deus, nas batalhas da vida interior, não podemos esquecer que “como
em outros tempos, o Rosário há de ser hoje arma poderosa para vencermos na
luta interior e para ajudarmos todas as almas”3.

II. O NOME ROSÁRIO provém do conjunto de orações, à maneira de rosas,


que dedicamos à Virgem4. Também como rosas foram os dias da Virgem:
“Rosas brancas e rosas vermelhas; brancas de serenidade e pureza,
vermelhas de sofrimento e amor. São Bernardo diz que a própria Virgem foi
uma rosa de neve e sangue. Já tentamos alguma vez desfiar as contas da sua
vida, dia a dia, por entre os dedos das nossas mãos?”5 É o que fazemos ao
contemplarmos as cenas – mistérios – da vida de Jesus e de Maria que se
intercalam a cada dez Ave-Marias.

Nas cenas do Rosário, divididas em três grupos, percorremos os diversos


aspectos dos grandes mistérios da salvação: o da Encarnação, o da Redenção
e o da vida eterna6. Nesses mistérios, de uma forma ou de outra, temos
sempre presente a Virgem. Não se trata apenas de repetir monotonamente as
Ave-Marias a Nossa Senhora, mas de contemplar também os mistérios que
se consideram em cada dezena. A meditação desses mistérios causa um
grande bem à nossa alma, pois vai-nos identificando com os sentimentos de
Cristo e permite-nos viver num clima de intensa piedade: alegramo-nos com
Cristo gozoso, sofremos com Cristo paciente, vivemos antecipadamente na
esperança, na glória de Cristo glorificado7.

Para realizarmos melhor essa contemplação dos mistérios, pode ser-nos útil
seguir este conselho prático: “Demora-te por uns segundos – três ou quatro –
num silêncio de meditação, considerando o respectivo mistério do Rosário,
antes de recitares o Pai-Nosso e as Ave-Marias de cada dezena” 8. É
aproximarmo-nos da cena como um personagem mais, imaginar os
sentimentos de Cristo, de Maria, de José...

Desse modo, procurando com simplicidade “assomar” à cena que se propõe


em cada mistério, o Rosário “é uma conversa com Maria que nos conduz
igualmente à intimidade com o seu Filho”9. Familiarizamo-nos no meio dos
nossos assuntos quotidianos com as verdades da nossa fé, e essa
contemplação – que pode ser feita mesmo no meio da rua, do trabalho –,
ajuda-nos a estar mais alegres, a comportar-nos melhor com as pessoas que
se relacionam connosco. A vida de Jesus, por meio da Virgem, torna-se vida
também em nós, e aprendemos a amar mais a nossa Mãe do Céu. Quanta
verdade nestes versos do poeta: “Tu que achas esta devoção / monótona e
cansada, e não rezas / porque sempre repetes os mesmos sons..., / tu não
entendes de amores e tristezas: / que pobre se cansou de pedir dons, / que
enamorado de dizer coisas ternas?”10

III. DEPOIS DE CONTEMPLARMOS os mistérios da vida de Jesus e de


Nossa Senhora com o Pai-Nosso e a Ave-Maria, terminamos o Rosário com a
ladainha lauretana e algumas petições que variam conforme as regiões, as
famílias ou a piedade pessoal.

A origem das ladainhas remonta aos primeiros séculos do cristianismo. Eram


orações breves, dialogadas entre os ministros do culto e o povo fiel, e tinham
um especial carácter de invocação à misericórdia divina. Rezavam-se durante
a Missa e, mais especialmente, nas procissões. A princípio, dirigiam-se ao
Senhor, mas em breve surgiram também as invocações à Virgem e aos santos.
As primícias das ladainhas marianas são os elogios cheios de amor dos
cristãos à sua Mãe do Céu e as expressões de admiração dos Santos Padres,
especialmente no Oriente.

A Ladainha que se reza actualmente no Rosário começou a ser cantada


solenemente no Santuário do Loreto (de onde procede o nome de ladainha
lauretana) por volta do ano 1500, mas baseia-se numa tradição antiquíssima.
Desse lugar espalhou-se por toda a Igreja.

Cada invocação é uma jaculatória cheia de amor que dirigimos à Virgem e


que nos mostra um aspecto da riqueza da alma de Maria. Agrupam-se em
torno das principais verdades marianas: a maternidade divina de Maria, a sua
virgindade perpétua, a sua mediação, a sua realeza universal e a sua
exemplaridade como caminho para todos os seus filhos. Assim, ao invocá-la
como Santa Mãe de Deus, professamos expressamente a sua maternidade;
quando a louvamos como Virgem das virgens, reconhecemos a sua virgindade
perpétua; quando a invocamos como Mãe de Cristo, professamos a sua íntima
união com o verdadeiro Mediador e Rei, e reconhecemo-la, portanto, como
Rainha e medianeira...

A Virgem é Mãe de Deus e Mãe nossa, e é esse o título supremo com que a
honramos e o fundamento de todos os outros. Por ser Mãe de Cristo, Mãe do
Criador e do Salvador, também o é da Igreja e da divina graça, é Mãe
puríssima e castíssima, intacta, amável, imaculada, admirável. E pelo privilégio
da sua virgindade perpétua, é Virgem prudentíssima, veneranda, digna de
louvor, poderosa, clemente, fiel...

A Mãe de Deus é além disso, Medianeira em Cristo 11 entre Deus e os


homens, e por isso invocamo-la sob três belíssimos símbolos e outros aspectos
da sua mediação universal: Ela é a nova Arca da Aliança, a Porta do
Céu através da qual chegamos a Deus, e a Estrela da manhã, que nos permite
sempre orientar-nos em qualquer momento da vida; é Saúde dos enfermos,
Refúgio dos pecadores, Consoladora dos aflitos, Auxílio dos cristãos...

Maria é Rainha de todas as coisas criadas, dos céus e da terra, porque é


Mãe do Rei do universo. A universalidade do seu reinado começa pelos anjos e
continua depois pelos santos (pelos do céu e pelos que na terra buscam a
santidade): Ela é Rainha dos anjos, dos patriarcas, dos profetas, dos
apóstolos, dos mártires, dos confessores (dos que confessam a fé), das
virgens, de todos os santos. E a seguir recordamos quatro outros títulos da sua
realeza: Maria é Rainha concebida sem pecado, assunta aos céus, do
Santíssimo Rosário e da paz.

Depois de invocá-la como exemplo perfeito de todas as virtudes, aclamamo-


la enfim com estes símbolos e figuras de admirável exemplaridade: Espelho da
justiça, Sede da sabedoria, Causa da nossa alegria, Vaso espiritual, Vaso
honorável, Vaso insigne de devoção, Rosa mística, Torre de David, Torre de
marfim e Casa de ouro.

Ao determo-nos devagar em cada uma destas invocações, podemos


maravilhar-nos com a riqueza espiritual, quase infinita, com que Deus ornou a
sua Mãe. Causa-nos uma imensa alegria ter como Mãe a Mãe de Deus, e
assim lho dizemos muitas vezes ao longo do dia. Cada uma das invocações da
Ladainha pode servir-nos como jaculatória para lhe manifestarmos quanto a
amamos, quanto precisamos d’Ela.

(1) Lc 1, 28; (2) João XXIII, Cart. Apost. Il religioso convegno, 29-IX-1961; (3) Josemaría
Escrivá, Santo Rosário, pág. 7; (4) cfr. J. Corominas, Diccionário crítico etimológico castellano
e hispánico, Gredos, Madrid, 1987, verbete Rosa; (5) J. M. Escartin, Meditación del Rosario,
Palabra, Madrid, 1971, pág. 27; (6) cfr. R. Garrigou-Lagrange, La Madre del Salvador, Rialp,
Madrid, 1976, pág. 350; (7) cfr. Paulo VI, Exort. Apost. Marialis cultus, 2-II-1974, 46; (8) São
Josemaría Escrivá, op. cit., pág. 15; (9) R. Garrigou-Lagrange, op. cit., pág. 353; (10) cit. por A.
Royo-Marín, La Virgen Maria, BAC, Madrid, 1968, págs. 470-471; (11) cfr. João Paulo II,
Enc. Redemptoris Mater, 25-III-1987, n. 38.

Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI

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