Estava contando muito em dar uma revisão no próximo sábado, porém após
conversar com Said, não será possível, pois a faculdade estará em recesso. Eu
também estou preocupado, pois é muita matéria e pouco tempo de estudo. Irei
fazer uma lista para que vocês possam estudar e se basear para prova. Também
estava um pouco transtornado naquela quarta feira (Espero, sinceramente que
não tenha afetado MUITO a qualidade da aula), pois infelizmente, fui vítima da
crise e perdi o meu emprego em macaé. Mas em contrapartida, terei mais tempo
para dedicar a vocês, casos tenham alguma dúvida na lista que irei fazer deixarei
aqui meu facebook.
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Tratamentos térmicos
Os aços são ligas com até 2 % de carbono, ou seja, é o produto obtido a partir
do resfriamento da austenita. Ou seja, segundo a figura 2 acima, é o que se encontra
a esquerda da reta vermelha acima. Acredito que boa parte dos alunos já devem ter
estudado isso nas matérias anteriores, de qualquer forma irei fazer uma breve revisão
visando recordar esse conhecimento que é de suma importância para o curso (Sei
que muitos detestam essa matéria, muitos não conseguem entender, acham
chato, ou de difícil visualização, porém eu quero deixar claro que cerca de 20 %
das questões de concurso envolvem essa disciplina e vocês irão lidar com
esses nomes e situações o tempo todo).
O carbono é uma impureza intersticial no ferro e forma uma solução sólida com
a ferrita ∝, e também com a austenita 𝛾, a solubilidade do carbono na austenita é
cerca de 100 vezes maior do que o valor máximo para a ferrita CCC. Uma vez que as
posições intersticiais (posições dos vazios na estrutura CFC são maiores)
Enquanto a liga se resfria a fase ∝ vai crescendo cada vez mais nos contornos
da austenita. Ao passarmos pelo patamar eutetóide (linha eutetóide) toda a austenita
irá se transformar em ferrita e cementita. Como podemos perceber a fase ferrita estará
presente tanto na fase perlitica quanto na fase ferrita que já existia anteriormente,
chamada ferrita proeutetoide. Assim temos na estrutura do aço hipoeutetóide, grãos
ferríticos que já existiam antes de passarmos pela linha eutetoide e grãos perlíticos
que se formaram dos grãos austeníticos que já existiam antes.
Figura 4 – (a) formação da estrutura do aço hipoeutetóide partindo do resfriamento
lento da austenita. (b) Estrutura do aço hipoeutetóide.
Aço hipereutetóide - Aço com teor de carbono entre 0,77% e 2,11%. Transformações
e microestruturas análogas (ver figura 5) resultam para as ligas hipereutetóides,
aquelas que contêm entre 0,76 e 2,14% C, quando estas são resfriadas da
temperaturas no campo da fase 𝛾 (Austenita). Vamos considerar uma liga com
composição C que que se move verticalmente para baixo ao longo da linha (com
resfriamento lento). A microestrutura irá aparecer conforme mostrado na figura, no
ponto g apenas a fase austenítica estará presente, com o resfriamento atingimos o
campo 𝐹𝑒3 𝐶 + 𝛾, a fase cementita irá se formar a partir dos contornos de grãos da 𝛾.
Na medida que a temperatura é reduzida atingindo o ponto eutetóide Toda a austenita
se transforma em ferrita e cementita, novamente, segundo a reação abaixo.
Diagrama TTT
A perlita conforme estudamos antes é uma fase com lamelas alternadas entre ferrita e
cementita. E com propriedades mecânicas intermediárias as estas duas fases.
A depender do tipo de resfriamento, poderemos obter dois tipos de perlita. Perlita
grossa e perlita fina.
Figura 7 – Transformações possíveis envolvendo a decomposição da austenita.
Bainita
A bainita é uma estrutura intermediária entre perlita e martensita, apresentando
características entre as duas. Sua semelhança com a perlita é que sua microestrutura
consiste nas fases ferrita e cementita, e portanto processos de difusão estão
envolvidos na sua transformação. E sua semelhança com a martensíta é que a
estrutura se apresenta na forma de agulhas ou como placas (dependendo da
temperatura da transformação, muito finais e de tamanhos nanometricos); os detalhes
microestruturais da bainita são tão finos que sua resolução é possível como auxílio de
um microscópio eletrônico. A micrografia mostra um grão de bainita; ele é composto
por uma matriz de ferrita e por partículas alongadas de Fe3C; as diferentes fase foram
identificadas na micrografia. E envolvida pela fase martensitica.
Bainita Superior : Para temperaturas entre aproximadamente 300 e 540°C, a bainita
se forma como uma série de ripas paralelas (isto é tiras finas e estreitas) ou agulhas
de ferrita que se encontram separadas por partículas alongadas de cementita.
Bainita inferior : Entre 200 e 300°C, a bainita inferior é o produto da transformação.
Para bainita inferior, a fase ferrita existe na forma de placas finas (em vez de ripas,
como ocorre para bainita superior),e partículas estreitas de cementita (na forma de
bastões ou lâminas muito finas) se formam no interior dessa placa de ferrita.
Figura 9 – Micrografia da Bainita superior (a) e inferior (b) (Estrutura de agulhas).
Martensíta
A ferrita tem capacidade muito pequena de dissolver carbono no reticulado. Já
a austenita pode dissolver, em alta temperatura, até 100 vezes a quantidade de
carbono contido no aço. Durante um resfriamento muito rápido (não difusional), não
há tempo suficiente para a austenita se transformar novamente em ferrita ou cementita
e o carbono em excesso fica retido na estrutura martensítica promovendo forte
distorção e introduzindo tensões elevadas no reticulado. As tensões internas são tanto
maiores quanto maior o teor de carbono em excesso, sendo responsáveis pelo
aumento de dureza no aço. O reticulado TCC da martensíta é um reticulado CCC (da
ferrita) distorcido devido ao excesso de carbono contido.
Os grãos de martensíta assumem a aparência de agulhas.
Recozimento
Seus objetivos principais são os seguintes remover tensões devidas aos
processos de fundição e conformação mecânicas a quente ou a frio, diminuir a dureza,
melhorar a ductilidade, ajustar o tamanhos dos grãos, diminuir a dureza, melhorar a
ductilbilidade, ajustar o tamanhos dos grãos, regularizar a textura bruta de fusão,
produzir uma estrutura definidas, eliminar, enfim, os efeitos de quaisquer tratamentos
mecânicos e térmicos a que o material tenha sido anteriormente submetido.
Figura 12 – Diagrama do tratamento térmico de recozimento pleno.
Tratamentos termoquímicos
São assim chamados, porque são realizados em condições que promovem
uma modificação parcial da composição química do material. Essa modificação é
superficial e o tratamento é aplicado nos aços, tendo como objetivo fundamental
aumentar a dureza e a resistência ao desgaste da superfície, até uma certa
profundidade, ao mesmo tempo que o núcleo das peças, cuja composição química
não é afetada, se mantém tenaz. Esses tratamentos são ideias para peças que serão
submetidos a um alto desgaste na superfície (ou seja, deve manter sua forma
inalterada), porém precisa de uma certa ductilidade para que o material não quebre.
Exemplo: Ferramentas de corte.
Figura 20 – Ilustrção de uma peça cementada (uma camada com alto teor de carbono
e uma material mais dúctil e seu interior).( Duro por fora e macio por dentro).
Ora, se a idéia é imitar a ação de um músculo, por que não partir para algo que tenha
o mesmo princípio de funcionamento?
Um músculo nada mais é do que uma massa de células que mudam de forma
com a ação dos impulsos elétricos enviados pelas células nervosas, conforme mostra
a figura 24.
Um material desse tipo poderia ser usado como um músculo "eletrônico" num
robô ou num mecanismo com uma simplicidade muito maior do que a exigida por um
motor, conforme mostra a figura 26.
Se os leitores pensam que este material ainda está por ser descoberta estão
enganados. Este material já existe e robôs com "músculos eletrônicos" não só já estão
em funcionamento como até podem ser construídos pelo próprio leitor.
Shape Memory Alloys ou Ligas Com Memória de Forma é o nome dado para
os fantásticos materiais que podem ser usados como "músculos" em diversos tipos de
equipamentos, acionados diretamente por correntes elétricas.
Se fabricadas na forma de fios, estes fios podem ser usados como verdadeiras
"fibras musculares" e combinados de modo a fazer acionamentos de dispositivos de
diversas maneiras.
O que é a SMA:
Quando aquecemos um material ele se dilata pelo calor. O que ocorre neste
caso é um fenômeno de aumento e diminuição das dimensões de um material
denominado dilatação térmica.
Estas ligas possuem uma estrutura cristalina bem definida que muda em uma
determinada temperatura de transição com facilidade.
Em outras palavras, um fio fabricado com uma liga deste tipo é flexível o
bastante para ser esticado com facilidade na temperatura ambiente. Quando
passamos uma corrente elétrica por este fio e ele se aquece até a temperatura de
transição ocorre uma contração até o tamanho original que permite a realização de
esforço mecânico (o fio tentará restabelecer seu formato normal que é o distendido,
podendo ser utilizado como atuador).
Para uma liga típica SMA a contração neste processo pode chegar a 8% do
comprimento total, o que é o bastante para se obter um bom acionamento.
Evidentemente, um fio feito com esta liga pode ser fundir com uma corrente
excessiva, o que exige que os circuitos de acionamento sejam precisos.