Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade 06
Assista a suas aulas 29
Unidade 2: Objetivos das demonstrações contábeis 38
Assista a suas aulas 57
Unidade 3: Usuário da informação contábil 69
Assista a suas aula 82
Unidade 4: Normas contábeis 92
Assista a suas aulas 123
2/232
Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade
Autoria: Fabrício Aquino dos Santos
Como citar este documento: AQUINO, Fabricio. Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade. Valinhos:
2016.
Sumário
Unidade 5: Características qualitativas da informação e fundamentais 132
Assista a suas aulas 145
Unidade 6: Características qualitativas de melhoria 154
Assista a suas aulas 164
Unidade 7: Pressuposto básico: premissas subjacentes 172
Assista a suas aulas 186
Unidade 8: Elementos das demonstrações contábeis 195
Assista a suas aulas 221
3
3/232
Apresentação da Disciplina
Objetivos
6/232
Introdução
11/232 Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
1. Os Princípios Fundamentais • Objeto da contabilidade é analisar e
de Contabilidade - Conceito controlar o patrimônio das empresas.
Portanto, os princípios são a forma, o meio
A contabilidade, como ferramenta para e a estrutura de que a Contabilidade se uti-
decisão, requer que as informações sejam liza para atingir seus objetivos ou entender
apresentadas com uniformidade e os Princí- o que vem sendo praticado de forma har-
pios Fundamentais de Contabilidade são os monizada e padronizada nas mais diversas
conceitos básicos que compõem os alicer- empresas.
ces necessários para guiar a coleta e apre-
Os notáveis professores Sérgio de Iudíci-
sentação das informações contábeis.
bus, José Carlos Marion e Ana Cristina Faria
Convém, a partir deste momento, separar- (2009) nos apresenta de forma didática a
mos adequadamente os Princípios Funda- diferença entre princípios versus objetivos:
mentais de Contabilidade com o Objetivo
ou Objeto da Contabilidade:
• Objetivo da contabilidade é informar
o usuário;
12/232 Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
Os princípios são como as grandes placas de direção e atenção de uma ro-
dovia moderna. O objetivo é o lugar ou cidade onde pretendemos chegar.
Eventualmente, mas com muito maior possibilidade de erro, poderíamos
chegar quase sem sinalização. Os Princípios Fundamentes, na Contabilida-
de, exercem a mesma função. São “guias” de direção que, devidamente ob-
servados, vão nos levar aos objetivos desejados, sem grandes problemas,
sem desvio de rota, sem entrar na variante ou rodovia errada e, às vezes,
quando a cidade (objetivo) é grande demais (objetivos complexos) vão nos
ajudar a acessar o lado certo da cidade: Cento, Zona Sul, Zona Norte, etc.
(Iudícibus; Marion; FARIA, 2009, p. 150).
Os notáveis professores colocam também “que toda Contabilidade nada mais é do um gigantesco
painel de indicadores [...]”. Essa afirmação é totalmente coerente, visto que a contabilidade cole-
ta, registra, expõe em relatórios toda a movimentação dos atos e fatos administrativos da em-
presa. Assim, a contabilidade, apresentando todas as ocorrências da empresa, traz aos gestores
informações para uma tomada de decisão baseada em indicadores socioeconômicos.
13/232 Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
2. Órgãos Reguladores princípios contábeis em nosso país. A con-
tribuição foi feita através da circular 179/72
O início da emissão de pronunciamen- do Banco Central do Brasil e o IBRACON
tos sobre Princípios de Contabilidade para continuou com seus esforços emitindo pro-
orientação da prática dos contadores teve nunciamentos, chegando até o ano de 1986
seu início nos EUA, na década de 1930, logo com a publicação de um trabalho intitulado
após a quebra da Bolsa de Nova Iorque. Fica- “Estrutura Conceitual Básica da Contabili-
ram conhecidos como Princípios Contábeis dade”, baseado nos PCGAs.
Geralmente Aceitos (PCGAS), mas, dentro
No ano de 1981, o Conselho Federal de Con-
das empresas multinacionais de capital ori-
tabilidade, através da resolução nº 530, se
ginal norte-americano, ficaram conhecidos
pronunciou sobre os princípios contábeis.
como “GAAPs”. Podemos verificar que, a
Na sequência, o CFC publicou a Resolução
partir desse fato ocorrido, já havia a preo-
nº 750 de 29-12-93, que define os Princí-
cupação de uma uniformização de princí-
pios Fundamentais de Contabilidade (PFC),
pios para guiar a contabilidade.
sendo que a observação na prática contábil
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Contado- é obrigatória.
res (IBRACON) teve uma participação fun-
damental no início da normatização dos
14/232 Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
3. Princípios, Postulados e Convenções
A compreensão dos princípios, postulados e convenções pode ser sintetizada a partir da ilustra-
ção “edifício contábil”, conforme mostra a figura a seguir:
15/232 Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
Com relação à entidade, esse postulado é para atuar nas formas usuais de comércio
uma das bases importantes dos Princípios por um período relativamente longo. No fu-
da Contabilidade, determinando que a con- turo da vida da empresa, somente é abolida
tabilidade existe, é mantida e produz suas a continuidade quando há um histórico de
avaliações e demonstrações relativas às prejuízos persistentes, com uma perda de
empresas de qualquer natureza e fim, desde substância econômica e de competitivida-
que tenham exercida atividade econômica. de de mercado ou mesmo com o fim jurídico
Os sócios ou quotistas de uma determina- da empresa, em que a contabilidade sinali-
da empresa podem ser considerados tam- ze para que aquela empresa esteja prestes a
bém como uma empresa, possuindo distin- uma descontinuidade.
tamente seus patrimônios. Dessa forma, o O Custo Histórico, também conhecido por
princípio da entidade determina que não Custo Histórico com Base no Valor, determi-
devem ser confundidos os patrimônios de na que os elementos que compõem um pa-
ambas as empresas; elas são entidades dis- trimônio de uma empresa devem ser regis-
tintas e para cada uma deverá existir uma trados na data correta de aquisição, inde-
contabilidade. pendentemente da sua data de pagamen-
Com relação à Continuidade, esse é um con- to, e pelo valor de aquisição ou fabricação,
ceito de ambiente, pois a empresa é criada expresso em moedas nacionais. Além disso,
16/232 Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
ele também determina que o valor do objeto O Denominador Comum Monetário deter-
em questão é o valor efetivamente pago por mina que a contabilidade seja processada
ele. na mesma moeda corrente do país. Portan-
Nesse princípio, podem ocorrer algumas di- to, quando tratamos de eventos como im-
ficuldades para a sua aplicação. Uma delas é portação ou exportações, os pagamentos
a inflação, em que o preço do produto varia ou recebimento, mesmo que operacionali-
ao longo do tempo, inclusive entre a data de zado em moeda diferente do país, devem ser
aquisição e o seu pagamento efetivo. Outro convertidos e registrados na moeda nacio-
problema é em relação ao custo do produto, nal. Também quando consolidamos a con-
principalmente quando falamos de aquisi- tabilidade de uma filial de outro país, há que
ção de Ativo Imobilizado, pois, quando se se efetivar a conversão entre as moedas.
fala em valor pago por ele, há a inclusão de A receita é reconhecida no período contábil
todos os gastos para colocar o bem em con- em que foi gerada, ou seja, quando os bens
dições de uso, como, por exemplo, seguros ou serviços são transferidos aos comprado-
pagos, fretes de transporte incorridos, pre- res em troca de dinheiro, à vista ou a prazo,
paração do local de instalação deste bem ou por permuta.
etc. A empresa existe com um objetivo de obter
lucro. Para tanto, é necessário que ela gere
17/232 Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
receita. Porém, para que ela gere a receita, gal não for clara, a essência econômica da
necessitará gerar gastos que consumirão transação deve prevalecer sobre a forma.
seus ativos. A partir daí, temos o fato ge- O contador deverá escolher, entre vários
rador da despesa. Dessa forma, podemos procedimentos existentes, o mais adequado
consumir ativos pagos no mesmo período e objetivo possível para descrever e registrar
ou adquiridos em períodos anteriores, sen- um evento contábil. Os registros contábeis
do que a contabilidade deverá registrar esse deverão ter suporte, sempre que possível,
sacrifício juntamente com o período ocorri- em documentação gerada nas transações
do com a receita. Vale destacar que existem ou evidência que possibilite o registro, mas,
despesas que ocorrem de forma recorrente principalmente, a avaliação. O contador po-
independentemente da geração de receita, derá basear-se por meio de laudos elabora-
por exemplo, pagamento de aluguel. Mes- dos por peritos, documentos fiscais, extra-
mo não ocorrendo uma receita, a empresa tos bancários, contratos, entre outros.
deverá pagá-lo nos períodos contratuais.
A materialidade poderá ser analisada pelo
Em termos do registro de uma transação viés “custo versus benefício”. Existem infor-
comercial, a contabilidade deverá observar mações contábeis nas quais o custo para
sua forma legal e também a sua essência poder evidenciá-las, como tempo de tra-
econômica. Entretanto, quando a forma le- balho do pessoal da contabilidade, material
18/232 Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
etc., é superior ao benefício que a informa- mações não terão um excessivo otimismo.
ção trará ao usuário da informação. Muitas Quando o contador estiver em dúvida sobre
vezes, os esforços para encontrar uma pe- um determinado valor de uma obrigação,
quena diferença, que não é recorrente nos ele deverá assumir a prudência de registrar
relatórios contábeis, por exemplo, não trará sempre o maior valor para ela. Em contra-
benefício para entendimento de uma deter- partida a essa, ele também deverá registar o
minada operação. menor valor para os bens e direitos, no caso
Na convenção Consistência ou Uniformida- de incerteza de determinar os valores exa-
de, determina-se que, uma vez adotado um tos para estes .
critério contábil, dentro dos mais variados e
igualmente relevantes, esse não deverá so-
frer mudanças de um ano para outro, pois,
Para saber mais
Alguns termos contábeis são corriqueiros numa
desse modo, a informação contábil poderá
empresa. Fica como sugestão a leitura de um
ser comparada.
glossário. Disponível em: <http://www.por-
O contador deverá ser conservador (pru- taldecontabilidade.com.br/glossario.htm>.
dente) em sempre antecipar prejuízo e nun- Acesso em: 10 dez. 2016.
ca antecipar lucro. Assim, ele garante para
o gestor tomador de decisão que as infor-
19/232 Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
4. Normas Internacionais de No Brasil, o órgão responsável pela as con-
Contabilidade vergências das normas internacionais é o
CPC, que foi concebido pela união das en-
Com a globalização das economias mun- tidades ABRASCA, APIMEC NACIONAL, BO-
diais, as fronteiras para empresas foram VESPA, Conselho Federal de Contabilidade,
derrubadas. Investidores de qualquer parte FIPECAFI e IBRACON.
do globo podem investir em uma empresa
fora de seu local de origem. Desse modo, a
contabilidade precisou adequar-se a esse
novo cenário. Os esforços do IASB trazem
Para saber mais
para esses investidores segurança de análi- A APIMEC é uma instituição que representa os
se e interpretações da informação contábil. profissionais do mercado de capitais e certifica
Com isso, um investidor da França poderá os analistas de investimento. Outras informa-
analisar as informações contábeis de uma ções podem ser obtidas no site. Disponível em:
empresa brasileira e seu entendimento da <http://www.apimec.com.br>. Acesso em: 10
contabilidade será o mesmo praticado pe- dez. 2016.
las empresas francesas.
20/232 Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
Link
Os sites dessas entidades estão disponíveis em: CPC – <http://www.cpc.org.br/CPC/; ABRASCA –
http://www.abrasca.org.br>; BOVESPA – <http://www.bmfbovespa.com.br>; CFC – <http://cfc.
org.br>; FIPECAFI – <http://www.fipecafi.org>; IBRACON – <http://www.ibracon.com.br>. Acesso
em: 10 dez. 2016.
Segundo as informações no site do CPC, a união desses órgãos foi em função das necessidades de:
22/232 Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
Figura 3 – Países que adotam o IFRS
Fonte: Pesquisa PricewatherhouseCoopers (2008).
23/232 Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
Para saber mais
Os CPCs estão disponíveis para download. Dis-
ponível em: <http://www.cpc.org.br/CPC/
Documentos-Emitidos/Pronunciamentos>.
Acesso em: 10 dez. 2016.
24/232 Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
Glossário
Contabilidade: ciência social que tem como o principal objetivo estudar o patrimônio de uma
empresa, que é constituído por todos os seus bens, direitos e obrigações para com terceiros.
IFRS: as normas internacionais de contabilidade que em inglês International Accounting Stan-
dard, IAS, hoje conhecidas como International Financial Reporting Standards, IFRS, traduzidas
para o português brasileiro como “Normas Internacionais de Relatório Financeiro”, são um con-
junto de normas internacionais publicado e revisado pelo International Accounting Standards
Board (IASB). No Brasil, o responsável pelos os pronunciamentos contábeis harmonizados com
as IFRS é o CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
CPC PME: o Pronunciamento Técnico PME Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas
(Contabilidade para PMEs) é apresentado nas Seções de 1 a 35. Correlação às Normas Interna-
cionais de Contabilidade – The International Financial Reporting Standard for Small and Medium-
-sized Entities (IFRS for SMEs).
25/232 Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
?
Questão
para
reflexão
26/232
Considerações Finais
27/232
Referências
IUDÍCUBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos; FARIA, Ana Cristina de. Introdução à Teoria da Con-
tabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
28/232 Unidade 1 • Definição dos princípios contábeis e das normas internacionais de contabilidade
Assista a suas aulas
Aula 1 - Tema: Definição dos Princípios Contá- Aula 1 - Tema: Definição dos Princípios Contá-
beis no Brasil e as Normas. Bloco I beis no Brasil e as Normas. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/269bf1a1292398a5a4408202a6a00bce>. 1d/466e63355e946d8e8ce5dd28f3d46ae9>.
29/232
Questão 1
1. A contabilidade é uma poderosa ferramenta para tomada de decisão, per-
mitindo que o gestor, ao aplicar a correta compreensão das informações
contábeis, poderá administrar com grande chance de sucesso as empresas.
30/232
Questão 1
d) A partir da depressão econômica mundial ocorrida após a quebra da bolsa de Nova Iorque, a
contabilidade vem sofrendo várias mudanças, com o objetivo sempre de melhoria na trans-
parência das informações contábeis.
e) No Brasil, mesmo com as grandes mudanças ocorridas com a Lei nº 11.638 de 2007 e com
a criação do Comitê de Pronunciamento Contábil, ainda sim temos uma Contabilidade ba-
seada apenas para satisfazer às necessidades tributárias, em especial a Receita Federal do
Brasil.
31/232
Questão 2
2. Assinale a alternativa que apresenta quais são os Postulados Contábeis.
a) Entidade e Descontinuidade.
b) IFRS e CPC.
c) Entidade, Continuidade.
d) Conservadorismo e Objetividade.
e) Custo Histórico e Entidade.
32/232
Questão 3
3. Assinale a opção que identifica quais são as Convenções Contábeis.
33/232
Questão 4
4. Assinale a alternativa que contempla quais são os princípios contábeis.
34/232
Questão 5
5. Assinale a alternativa que menciona os principais órgãos internacional
e nacional, respectivamente, que tratam de pronunciamentos contábeis.
a) IFRS, IAC.
b) IBRACON, CFC.
c) CFC, CVM.
d) IASB, IFRS.
e) IASB, CPC.
35/232
Gabarito
1. Resposta: E. 3. Resposta: A.
36/232
Gabarito
pelas normas brasileiras de forma harmoni-
zada com as IFRS.
37/232
Unidade 2
Objetivos das demonstrações contábeis
Objetivos
38/232
Introdução
O Balanço Patrimonial é um dos principais relatórios de posição, pois contempla os saldos das
contas de uma empresa após todos os lançamentos realizados. Ele é como uma fotografia da
posição econômica da empresa em um determinado momento do tempo.
Mesmo o Balanço Patrimonial sendo uma peça fundamental, devemos levar em consideração o
fato de possuirmos uma hierarquia, que podemos explicar de uma forma resumida e apresenta-
da na Figura 4.
Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto
prazo e não para investimento ou outros propósitos. Para que um investimento seja qualificado como
equivalente de caixa, ele precisa ter conversibilidade imediata em montante conhecido de caixa e estar
sujeito a um insignificante risco de mudança de valor. Portanto, um investimento normalmente qualifica-
-se como equivalente de caixa somente quando tem vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses
ou menos, a contar da data da aquisição. Os investimentos em instrumentos patrimoniais (de Patrimônio
Líquido) não estão contemplados no conceito de equivalentes de caixa, a menos que eles sejam, subs-
tancialmente, equivalentes de caixa, como, por exemplo, no caso de ações preferenciais resgatáveis que
tenham prazo definido de resgate e cujo prazo atenda à definição de curto prazo.
Sugerem-se o estudo de três vídeos a respeito da Devido a esse fator, as Companhias elabo-
Demonstração de Fluxo de caixa elaborados pela ram, em lugar da DLPA, a Demonstração das
Oficina técnica Conselho Regional de Contabi- Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL),
lidade-SP. Disponível em: <https://www.you- que aborda todas as contas do PL, inclusive
tube.com/watch?v=GFttsOOd6v0>; <ht- a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. A
tps://www.youtube.com/watch?v=I8i1wA- DMPL, portanto, possui a DLPA “dentro dela”.
Qy_58>; <https://www.youtube.com/wat- Desse modo, torna uma demonstração com-
ch?v=Fcr3a-XcRaA>. Acesso em: 10 dez. 2016. pleta e aceita pelas normas contábeis.
4. Demonstração de Lucros ou
Prejuízos Acumulados
Para saber mais
A DMPL é uma demonstração contábil importan-
A Demonstração de Lucros ou Prejuízos te, pois, além das finalidades inerentes, esta tam-
Acumulados (DLPA) traz como informação bém é utilizada para o entendimento e elabora-
a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados. ção da DFC pelo método indireto.
54/232
Considerações Finais
IUDÍCUBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos; FARIA, Ana Cristina de. Introdução à Teoria da Con-
tabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
TIBURCIO, C. Nova lei: Lei nº 11.638/07. Disponível em: <https://cesartiburcio.wordpress.com/
category/lei-11638/>. Acesso em: 10 dez. 2016.
Aula 2 - Tema: Objetivo das Demonstrações Aula 2 - Tema: Objetivo das Demonstrações
Contábeis. Bloco I Contábeis. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
1d/8a528a8752d4312f7acb8d744cbca2e0>. b6d0601325c8f36ca95eb3682b936b15>.
57/232
Questão 1
1. Analise os itens a seguir e identifique com V caso esteja correto ou F caso
falso.
58/232
Questão 2
2. Analise as alternativas a seguir e assinale a INCORRETA.
a) A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) traz para os gestores a informação da capacida-
de de as empresas gerarem caixa ou equivalentes de caixa, mostrando também como foram
utilizados estes fluxos de caixas dentro da empresa, demonstrando as entradas e saídas de
recursos financeiros.
b) Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são
prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insig-
nificante risco de mudança de valor.
c) A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) traz como informação a conta Lu-
cros ou Prejuízos Acumulados, portanto, o seu desdobramento fica restrito a uma única conta.
d) A DMPL demonstra o “estilo” da empresa, pois, como ela traz as movimentações das contas
PL, podemos, através deste relatório, entender como funcionam na empresa os aumentos
de capital, pagamento de dividendos, constituição de reservas e sua utilização. Nesse caso,
por exemplo, um investidor disposto a colocar seus recursos em uma determinada empresa
poderá entender na DMPL estes tipos de transação, observando o comportamento da em-
presa quanto ao tratamento dado ao Lucro.
59/232
Questão 2
e) Além das Demonstrações Contábeis que estudamos, as Notas Explicativas também fazem
parte das informações contábeis não obrigatórias para divulgação das informações contá-
beis das empresas. Elas têm como objetivo complementar as informações contábeis e for-
necer dados sobre as Demonstrações, melhorando o entendimento da situação patrimonial
da empresa.
60/232
Questão 3
3. Analise os itens a seguir e identifique com V caso esteja correto ou F caso
falso.
( ) No Ativo Circulante, são registrados no BP todas as contas que são realizável a curto prazo, ou
seja, contas que podem serem realizáveis dentro exercício social.
( ) No Passivo Circulante, são registrados no BP todas as contas que são exigíveis a curto prazo,
ou seja, contas exigíveis dentro exercício social.
( ) No Ativo não Circulante, são registradas no BP todas as contas que são realizáveis após o
exercício social; geralmente, encontramos as contas de investimentos e do Ativo Permanente
registrados nesse grupo.
( ) Consideramos exigíveis a longo prazo todas as obrigações cujo vencimento seja superior a
data de 31 de dezembro de cada ano, conforme determinam as regras legais aqui no Brasil.
( ) Um determinado direito que a entidade possa ter contra outra, cujo recebimento seja datado
após 31 de dezembro, deve ser registrado em contas alocadas no BP no grupo de Ativo não Cir-
culante.
61/232
Questão 3
62/232
Questão 4
4. Sabemos que no BP é um relatório de posição. Ele é dividido entre Ativo,
Passivo e Patrimônio Líquido. No caso do Ativo, encontramos desse lado do BP
todas as contas patrimoniais consideradas para entidade como bens (móveis e
imóveis) e direitos (valores que a entidade tem “a receber” contra qualquer ou-
tra entidade). Analise os itens a seguir e identifique com V caso esteja correto ou
F caso falso, referentes às contas geralmente utilizadas no BP, que representam
um bem ou direito.
( ) Conta Corrente Banco X; Aplicação em Renda Fixa; Máquinas e Equipamentos; Estoque Produ-
tos Acabados; Adiantamento a Fornecedores.
( ) Fornecedores de Matéria-Prima; Outras Contas a Pagar; Salários a Pagar; Financiamentos a
Pagar a Curto Prazo; Financiamentos a Pagar a Longo Prazo.
( ) Veículos; Investimentos em Coligadas; Máquinas e Equipamentos; Contas a Receber a Longo
Prazo; Licenças de Sistemas de Gestão.
( ) Conta Corrente Banco X; Veículos; Investimento em Coligadas; Impostos a Pagar; Capital So-
cial.
63/232
Questão 4
64/232
Questão 5
5. Sabemos que o BP é um relatório de classificado como de posição. Ele é di-
vidido entre Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. No caso do Passivo Circulan-
te e Não Circulante, encontramos deste lado do BP todas as contas patrimo-
niais consideradas para entidade como obrigações exigível. Analise os itens
a seguir e identifique com V caso esteja correto ou F caso falso, referentes às
contas geralmente utilizadas no BP que representam uma obrigação.
65/232
Questão 5
66/232
Gabarito
1. Resposta: E. 4. Resposta: C.
O Balanço Patrimonial é um relatório ape- Todas as contas que finalizam com os ter-
nas de posição e a Demonstração de Fluxo mos “a pagar” são contas exigíveis classifi-
de Caixa é um relatório de fluxo. cadas no passivo. A conta Investimento em
Coligadas é uma conta em que é registrada
2. Resposta: E. no BP toda participação que a entidade pos-
sui em outra entidade, ou seja, a entidade é
As notas explicativas fazem parte das de- sócia de outra. A conta Adiantamento a For-
monstrações e ela é obrigatória. necedores é uma conta na qual a entidade
realiza um adiantamento a algum fornece-
3. Resposta: A. dor, portanto, a entidade passa a ter um di-
reito contra outra entidade, que irá fornecer
Todas as afirmações contidas nesta questão algum produto a ela.
são verdadeiras.
67/232
Gabarito
5. Resposta: A.
68/232
Unidade 3
Usuário da informação contábil
Objetivos
69/232
Introdução
Uma empresa não é um “corpo isolado”, ou seja, ela sempre estará inserida em uma sociedade,
com participação de várias entidades, outras empresas, órgãos reguladores etc., conforme mos-
tra a Figura 8. Ela precisa constantemente conquistar mercado, gerar lucros, entre outros atribu-
tos, pois é desta forma que o negócio da empresa se perpetuará. A informação contábil deverá
apoiar a empresa nos cenários na qual ela está inserida.
Link Link
Explanação sobre os usuários da informação con-
Conceitos fundamentais sobre stakeholding. Dis-
tábil. Disponível em: <revista.unicuritiba.edu.
ponível em: <https://www.youtube.com/wat-
br/index.php/admrevista/article/downlo-
ch?v=Jc66oDD5ySs>. Acesso em: 10 dez. 2016.
ad/1031/718>. Acesso em: 10 dez. 2016.
79/232
Considerações Finais
80/232
Referências
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 16 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
_______. Contabilidade Básica. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
Aula 3 - Tema: Os Usuários da Informação Con- Aula 3 - Tema: Os Usuários da Informação Con-
tábil. Bloco I tábil. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
ae746822e615f4387c8c8edec25b203d>. 1d/92a6b021599ddb24038444d96b126b29>.
82/232
Questão 1
1. Analise os itens a seguir.
I – A empresa não é um corpo isolado. Ela possui um único direcionamento: ganhar dinheiro,
conquistar mercado, exercer seu papel social e integração entre as funções.
II – Os usuários internos da informação contábil geralmente são a alta administração da empre-
sa, as pessoas que tomam decisões com relação aos caminhos da empresa. Utiliza-se da infor-
mação contábil para uma radiografia da sua “saúde financeira”, podendo tomar decisões com
relação a investimentos dos mais variados ou até mesmo antever cenários ruins, buscando meios
para superá-los.
III – Os usuários externos da informação contábil são todos aqueles que, de uma maneira ou de
outra, possuem um relacionamento direto ou indiretamente com uma determinada empresa.
Através do acesso às informações contábeis, outras entidades poderão conhecer com exatidão a
situação econômica e financeira da empresa;
IV – Órgãos reguladores e de pesquisas, como IBGE, utilizam-se das informações contábeis para
medir estatisticamente como está a economia ou a situação de um determinado setor da eco-
nomia.
83/232
Questão 1
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Questão 2
2. A empresa Flores Transportes e Logísticas S.A. possui sua matriz na cida-
de de Campinas/SP e uma filial em todas as capitais do Brasil. A alta admi-
nistração da empresa elabora orçamentos anuais para determinadas metas
de faturamento e controle de gastos para cada filial. Consequentemente, os
parâmetros orçados são controlados mensalmente pela alta administração
e os gestores das filiais precisam responder a vários quesitos feitos pela alta
administração em conferências mensais. Baseado nisso, analise os itens a
seguir que contemplam com o que a contabilidade poderá ajudar os gesto-
res de filiais.
I – Analisando o BP e DRE, os gestores poderão analisar qual a posição financeira e gastos reali-
zados mês a mês;
II – O orçamento anual também será realizado considerando o BP e DRE, portanto, a todo orça-
mento deverá ser apresentado um “novo BP e DRE”, refletindo o orçamento;
III – Com o BP e DRE orçado e o que foi fechado mês a mês, torna-se possível acompanhar os des-
vios para mais ou menos, sempre tomando como base a posição orçada. Na sequência, torna-se
necessário analisar os desvios;
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Questão 2
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Questão 3
3. Na relação apresentada a seguir representam usuários da informação
contábil. Assine com a letra V se eles representam usuários Internos e F para
usuários externos. Qual a sequência correta está representada?
( ) Diretor financeiro.
( ) Presidente.
( ) Sócios quotistas.
( ) Sócios acionistas.
( ) Diretor de operações.
A sequência correta corresponde a:
a) V, F, F, F, V.
b) F, F, F, V, V.
c) V, V, V, V, V.
d) F, V, V, F, V.
e) V, V, F, V, F.
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Questão 4
4. Na relação apresentada a seguir representam usuários das informação
contábil. Assine com a letra V se eles representam usuários Internos e F para
usuários externos. Qual a sequência correta está representada?
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Gabarito
1. Resposta: D. posição e nele é possível verificar a posição
financeira e medir o tamanho do patrimônio
A informação contábil pode ser útil para da entidade. A DRE é um relatório de fluxo
uma infinidade de usuários que necessitam que analisa o desempenho das entidades.
das informações para análise de algum ce- Quando falamos em orçamento anual nas
nário econômico e comportamento de se- entidades, é obrigatório que o BP e a DRE
tores específicos da nossa economia, na sejam analisados e também sejam feitas si-
qual as demonstrações contábeis poderiam mulações com eles baseando-se nos novos
mostrar tendências e instituições financei- números orçados.
ras analisam os relatórios para analisar qual
a saúde financeira de uma determinada en- 3. Resposta: C.
tidade que possa estar solicitando recursos
financeiros. Qualquer usuário interno ou colaborador
poderá utilizar informações contábeis para
2. Resposta: A. tomada de decisão de suas atividades. Ob-
viamente, devemos levar em consideração
Quando tratamos de tomada de decisão, as que os usuários devem ser capazes de inter-
demonstrações financeiras apresentam in- pretar as informações.
formações para tal. O BP é um relatório de
90/232
Gabarito
4. Resposta: A.
Qualquer usuário externo poderá utilizar
informações contábeis das entidades para
acompanhar as tendências de mercado na
qual as entidades estão inseridas, entre
outras informações para planejamento de
ações econômicas nos mais diversos níveis.
5. Resposta: A.
Posição Financeira, Endividamento e Eco-
nômica são considerados o tripé da infor-
mação contábil.
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Unidade 4
Normas contábeis
Objetivos
92/232
Introdução
Todas as ciências possuem normas e na ci- Portanto, as normas são balizadoras para os
ência contábil não poderia ser diferente, já registros das informações, mas é totalmen-
que ela produz as informações necessárias te necessária a interpretação do homem
para a tomada de decisão, fazendo-se ne- sobre ela, neste caso, do contador que irá
cessárias a padronização e a normatização. analisar a informação recebida, atentando
Também temos de levar em consideração para os vários desdobramentos que esta in-
que nosso país possui um emaranhado de formação possa trazer em resposta. Assim,
leis e normas das mais variadas áreas: tri- o contador toma a decisão da melhor forma
butária, cível, societária, penal entre outras de registro da informação, pensando sem-
diversas. pre na forma de divulgação dela, ou seja,
sabendo como esta informação deverá ser
Para a contabilidade, temos as normas que divulgada, o contador irá embasar-se nas
determinam as diretrizes de condução dos normas vigentes e aplicará sobre o registro
trabalhos desde o momento da coleta de da informação.
dados até a divulgação da informação. Es-
sas normas respaldam as mais diversas
operações, porém não interferem na ação
humana de quem interpreta os dados para
registrá-los de uma forma ou outra.
93/232 Unidade 4 • Normas contábeis
1. Origem da criação das normas
A Resolução do CFC nº 750 de 1993 define os princípios contábeis. Já as Normas Brasileiras de
Contabilidade (NBC) estão regulamentadas pela Resolução do CFC nº 1.328/11.
Essas resoluções determinam a criação dos princípios contábeis e definem as normas contábeis,
separando-as em Normas Profissionais e Normas Técnicas.
Fonte: O autor
Nome do arquivo: Figura 13 - Quadro da NCB PA Auditor Independente
-Financeiro – é o ponto de partida das normas para as demais normas, a qual é enunciada por:
O quadro a seguir mostra o relacionamento entre as normas emitidas pelo CFC, CPC e IASB.
Link
Apresentação de alterações em normas brasileiras de contabilidade pelo Conselho Federal de Contabili-
dade. Disponível em: <http://portalcfc.org.br/noticia.php?new=24004>. Acesso em: 10 dez. 2016.
As NBC Específicas, como o próprio nome diz, tratam de normas para entidades de nossa socie-
dade, que possuem uma regulamentação específica. Essas entidades são geralmente ampara-
das pelo código civil brasileiro, como entidades sem fins lucrativos, entidades desportivas, coo-
perativas, entre outras.
O quadro a seguir mostra o relacionamento entre as normas emitidas pelo CFC, CPC e IASB.
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Referências
Aula 4 - Tema: Normas Contábeis. Bloco I Aula 4 - Tema: Normas Contábeis. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/192bd1b6eabcbfbeb74a42c5d4a8c177>. 1d/2b0f1211b75dcaf04fb7d3895bb15100>.
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Questão 1
1. Analise os itens a seguir e identifique com V para o caso de alternativa cor-
reta ou F para falsa
( ) O Conselho Federal de Contabilidade é um órgão federal que está subordinado ao CPC.
( ) A resolução do CFC 1.374/11 é meramente uma norma inócua, que não representa muito peso
dentro das NBCs.
( ) O CPC nunca poderá emitir uma norma sem a consonância com CFC.
( ) As NBC normatizam todas as ações da contabilidade.
( ) Mesmo que as NBC normatizem as ações da contabilidade, o que vale é a decisão do contador
de como ele deverá proceder com a tratativa das informações contábeis.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) V, F, V, V, F.
b) V, V, V, V, V.
c) F, F, V, V, V.
d) V, F, F, V, F.
e) F, V, F, F, V.
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Questão 2
2. Com relação às normas, analise as alternativas que se seguem e identi-
fique a INCORRETA.
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Questão 3
3. Com relação às normas, analise as alternativas que se seguem e identi-
fique a INCORRETA.
a) As normas técnicas são divididas em três grupos: específicas, geral e de setores específicos.
b) As normas gerais são normas técnicas.
c) As normas específicas são adaptadas para entidades da nossa sociedade que possuem re-
gras e legislações específicas.
d) As Normas simplificadas para PMEs seguem as normas gerais, mas com algumas adapta-
ções devido à sua necessidade de porte.
e) As normas para perícia são para os profissionais que atuam com regras geradas apenas pelo
mercado ou por regras contidas nos códigos legais.
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Questão 4
4. Baseado na Resolução CFC 1.374/11: Estrutura Conceitual para a Elabo-
ração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, analise as alterna-
tivas a seguir identificando com V caso a assertiva contemple aspectos
dessa norma ou F caso contrário.
( ) A Estrutura Conceitual foi desenvolvida de forma a ser aplicável a uma gama de modelos con-
tábeis e conceitos de capital e sua manutenção.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) V, F, V, F, V.
b) V, V, V, V, V.
c) F, F, V, F, V.
d) V, F, F, V, F.
e) F, F, F, F, V.
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Questão 5
5. Assinale a alternativa que apresenta a norma que NÃO pertence às nor-
mas de setores específicos.
a) NBC TSP.
b) NBC PMEs.
c) NBC TA.
d) NBC TO.
e) NBC TR.
129/232
Gabarito
1. Resposta: A. 2. Resposta: C.
O item II discorre sobre resolução do CFC As normas técnicas não tratam das ques-
1.374/11, a qual é importante para a con- tões do exercício da profissão propriamente
tabilidade porque nela estão contidos os dita.
objetivos das demonstrações contábeis. O
item V está incorreto, pois o contador é a fi- 3. Resposta: E.
gura central para o registro das informações
contábeis. Cabe a ele as principais decisões As normas para perito contábil possuem re-
quanto ao registro e forma de divulgação da gras para o exercício da profissão, entretan-
informação contábil, entretanto ele seguirá to o perito irá trabalhar com as informações
as normas contábeis e deve respeitá-las no na contabilidade, e essas, por sua vez, de-
trato do registro das informações na conta- vem seguir as outras normas quando perti-
bilidade. nentes.
4. Resposta: B.
5. Resposta: B.
A NBC PMEs pertence ao grupo de normas
gerais.
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Unidade 5
Características qualitativas da informação e fundamentais
Objetivos
132/232
Introdução
Nas últimas décadas, a informação contábil dessas informações para que seja atendida
vem sendo estudada e investigada buscan- a principal finalidade da contabilidade. Por-
do minimizar a divergência no entendimen- tanto, a contabilidade procura mostrar, em
to provocada por problemas de comunica- seu trabalho final, o máximo de transparên-
ção entre a contabilidade e seus usuários. cia de compreensão e legibilidade dos da-
Podemos denominar esses problemas de dos coletados e apresentados, para atender
ruídos na informação, os quais atrapalham plenamente às necessidades dos usuários
o processo de comunicação, comprome- da informação contábil.
tendo o objetivo da informação prestada,
pois de nada adianta o uso das mais avan-
çadas ferramentas de tecnologia se não há
a compreensão da informação, tampouco Link
o seu compartilhamento. Logo, percebe-se Apresentação de um estudo aplicado das carac-
que essa informação de nada serviria por terísticas qualitativas da informação contábil.
não ser útil na tomada de decisão. Disponível em: <revistas.ufcg.edu.br/reunir/
index.php/uacc/article/download/216/pdf>.
Para que se possa ter o benefício propor-
Acesso em dez. 2016.
cionado pela informação contábil, é mui-
to importante e necessária a evidenciação
133/232 Unidade 5 • Características qualitativas da informação e fundamentais
O entendimento da informação também preensíveis aos que possuem uma noção
depende da capacidade de interpretação razoável dos negócios e das atividades eco-
do usuário e da premissa que toda a abor- nômicas e se dispunham a estudá-las com
dagem das informações apresentadas está certa diligência”.
ligada à ideia de que o usuário possui co- As dificuldades na exposição da informação
nhecimento suficiente para compreender o contábil podem ser consideradas relevan-
conteúdo dos demonstrativos contábeis. tes tendo em vista que a Estrutura Concei-
O embasamento necessário encontra apoio tual Básica da Contabilidade, aprovada pelo
no ponto de vista do Financial Accounting Instituto Brasileiro dos Contadores (IBRA-
Standards Board (FASB), em que a contabili- CON) em 1986, previne possíveis erros de
dade encontra na figura do contador, que é o comunicação por problemas de linguagem
produtor da informação, o esforço de apre- inadequada que pode resultar no menor
sentar as informações contábeis, de forma aproveitamento da informação contábil
que seja possível para o entendimento das apresentada nas demonstrações contábeis.
informações contábeis a seus usuários. Portanto, para o processo de tomada deci-
Assim, as informações segundo o CPC (nor- são pelo usuário final da informação contá-
mas nacionais), que são as mesmas do IASB bil poderá estar comprometido, ocasionan-
(normas internacionais), “devem ser com- do erros de interpretação, que resultarão em
134/232 Unidade 5 • Características qualitativas da informação e fundamentais
tomadas de decisões problemáticas para a ários, antes e após o recebimento das in-
entidade, podendo gerar os mais diversos formações (DIAS FILHO, 2000, p. 35). Dias
prejuízos de ordem financeira quando há Filho (2000) destaca que a contabilidade
perda de dinheiro na decisão mal tomada, não consegue atingir um nível satisfatório
ou perda na credibilidade da informação de informação para alguns usuários e enfa-
contábil apresentada, que colocará em dú- tiza que a contabilidade, à luz da teoria da
vida as futuras informações divulgadas. comunicação, deveria distinguir quais são
as necessidades dos usuários, para, a partir
1. Teoria da Comunicação e In- dessas, desenvolver o meio de comunicação
formação Contábil a ser utilizado. No entanto, sabe-se que os
usuários das informações contábeis são ca-
Qualquer tipo de Informação é o resultado pazes de serem identificados a partir de sua
obtido do processamento, manipulação e perspectiva sobre a informação, que po-
organização de dados. Ela produzirá uma dem ser usuários internos e externos, e que
mudança (quanti ou qualitativa) no conhe- os diversos tipos de usuários da informação
cimento de quem a recebe, diminuindo as contábil apresentam-se diferentes quanto
incertezas e sua utilidade pode ser medida à utilização dessas informações geradas.
pela divergência entre a dúvida dos usu- Desse modo, as informações precisam ser
142/232
Referências
HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. Teoria da Contabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
145/232
Questão 1
1. Analise os itens a seguir e identifique quais fazem parte da nova redação
dada pelo CPC 00 sobre os atributos das características fundamentais da in-
formação contábil.
I – Compreensibilidade.
II – Relevância.
III – Comparabilidade.
IV – Confiabilidade.
V – Representação Fidedigna.
a) I, II, III.
b) II, IV.
c) III, V.
d) I, IV, V.
e) II, V.
146/232
Questão 2
2. Analise os itens a seguir e identifique a alternativa INCORRETA.
a) Existe uma forma de comunicação que deve ser analisada antes do processo de coleta dos
dados pela contabilidade para entender a necessidade do usuário da informação contábil.
b) Devido à possibilidade de vários usuários com diferentes necessidades para a tomada de
decisão, a informação contábil poderá sofrer restrições.
c) Para a divulgação da informação contábil, precisamos atentar os três passos: reconhecer se
o fenômeno econômico é útil; acessibilidade da informação; mesmo que ela esteja acessível,
ela deverá ser divulgada com fidedignidade.
d) Podemos adaptar as informações contábeis para os diferentes usuários da informação con-
tábil.
e) Independente do custo operacional, a contabilidade tem por obrigação adaptar suas infor-
mações aos mais diferentes usuários da informação contábil.
147/232
Questão 3
3. Sobre as características qualitativas da informação contábil, analise os
itens a seguir.
I – Compreensibilidade e Relevância.
II – Comparabilidade e Confiabilidade.
III – Representação Adequada e Primazia da Essência sobre a Forma.
IV – Neutralidade e Integridade.
V – Comparabilidade e Prudência.
São corretos os itens:
a) I, III, IV.
b) I, II.
c) IV, V.
d) III, V.
e) I, III.
148/232
Questão 4
4. A característica qualitativa da confiabilidade foi reclassificada dentro da
norma básica, que corresponde à seguinte alternativa:
a) Representação Fidedigna.
b) Representação Fidelizada.
c) Representação Fiduciária.
d) Representação Econômica.
e) Representação Financeira.
149/232
Questão 5
5. Sobre as características qualitativas fundamentais, elas são eficientes e
efetivas quando:
( ) Reconhecer o ato administrativo ou o fenômeno econômico que possa ser útil para os usuários
da informação (internos e externos).
( ) Identificar qual o tipo de informação que teria maior relevância se estivesse acessível e que
poderia ser desempenhado com fidedignidade.
( ) Avaliar se a informação está acessível e pode ser desempenhada com fidedignidade.
( ) Mensurar se a informação contábil é ideal para a divulgação.
( ) Examinar a origem da informação contábil e caso não possa ser atribuída a origem dela, colo-
cá-la em notas explicativas a parte das demonstrações financeiras.
150/232
Questão 5
151/232
Gabarito
1. Resposta: E. 3. Resposta: B.
152/232
Gabarito
5. Resposta: A, B e C.
153/232
Unidade 6
Características qualitativas de melhoria
Objetivos
154/232
Introdução
161/232
Considerações Finais
162/232
Referências
164/232
Questão 1
1. Marque V para o caso que a alternativa esteja correta ou F caso contrário.
165/232
Questão 1
A sequência correta é:
a) V, V, V, V, V.
b) V, F, V, V, V.
c) F, F, F, V, F.
d) F, V, V, F, F.
e) V, F, V, F, V.
166/232
Questão 2
2. Conforme trata a estrutura conceitual básica, as características de me-
lhoria da informação contábil são:
I – Comparabilidade e Verificabilidade.
II – Tempestividade e Compreensibilidade.
III – Assertividade e Representação Fidedigna.
IV – Primazia sobre a forma e Comparabilidade.
V – Prudência e Assertividade.
São corretos os itens:
a) I, II.
b) I, III, IV.
c) IV, V.
d) II, III.
e) I, III.
167/232
Questão 3
3. A Verificabilidade é muito utilizada pelos auditores durante o processo de
auditoria das informações contábeis. Ela pode ser aplicada de que forma?
I – Direta.
II – Indireta.
III – Reversiva.
IV – Teste de probabilidade.
V – Indiretamente.
São corretos os itens:
a) I, III.
b) II, IV.
c) III, V.
d) I, II.
e) IV, V.
168/232
Questão 4
4. No processo decisório, é muito importante que a informação chegue até
os gestores que estão incumbidos de tomada de decisão dentro de uma
entidade. Portanto, a informação contábil deverá ser apresentada para o
processo de tomada decisão em tempo suficiente para que ela exerça pa-
pel relevante neste processo, afinal como diz um ditado popular: “águas
passadas não movem mais o moinho”. Qual é a característica de melhoria
da informação contábil que trata esta situação?
a) Subjetividade.
b) Comparabilidade.
c) Tempestividade.
d) Competência.
e) Sustentabilidade.
169/232
Questão 5
5. O senhor Takashi é um CEO de uma empresa situada na cidade de Tóquio
no Japão. A empresa acabou de abrir uma filial no Brasil e, ao final do primei-
ro semestre, o sr. Takashi solicitou um BP e DRE prévio do final do primeiro
semestre e questionou se a unidade brasileira apresentou lucro ou prejuízo.
O gestor da filial brasileira atendeu prontamente enviando o BP e a DRE e
informou, orgulhosamente, que a unidade apresentou lucro líquido de R$ 2
milhões. O CEO da empresa, ao receber as informações, informou que os va-
lores estavam em moeda que ele não compreendia (R$), portanto era neces-
sário que fizesse uma conversão para moeda norte-americana ou japonesa.
Existe uma característica de melhoria que orienta que as informações sejam
repassadas aos usuários de uma forma compreensiva a eles. Qual seria ela?
a) Compreensividade.
b) Compreensão.
c) Transformação.
d) Conversão.
e) Modificação.
170/232
Gabarito
1. Resposta: B. 4. Resposta: C.
2. Resposta: A. 5. Resposta: A.
A estrutura conceitual básica CPC 00 traz As informações contábeis devem ser envia-
estes atributos sobre as características qua- das dentro do máximo possível de compre-
litativas de melhoria da informação contá- ensibilidade, para que o usuário da infor-
bil. mação possa tomar decisão.
3. Resposta: D.
Objetivos
172/232
Introdução
Para que possamos ter o reconhecimento, Toda entidade é criada com um propósito
a mensuração e apresentação das informa- de continuidade da entidade, ou seja, deve-
ções contábeis de forma útil, a fim de que mos considerar que ela estará em atividade
os usuários possam desempenhar asserti- em um futuro previsível, sem intenção nem
vamente o processo de tomada de decisão, necessidade de interromper ou reduzir de
essas são apresentadas dentro da Estrutura maneira material sua atividade.
Conceitual Básica CPC 00, com uma pre-
missa subjacente. Essa premissa é a da Con- Obviamente, caso ocorra a quebra dessa
tinuidade da Entidade. continuidade, ou seja, por qualquer moti-
vo a empresa reduza suas atividades ou até
mesmo a interrompa, a informação contá-
bil-financeira deverá ser elaborada e apre-
Link sentada normalmente, porém em bases di-
Detalhamento acerca dos Princípios da Contabi- ferentes.
lidade. Disponível em: <https://www.youtube. Mesmo que a entidade apresente o pior ce-
com/watch?v=TRItWYqsCqE>. Acesso em: 10 nário, ou seja, interrupção de suas ativida-
dez. 2016. des, os recursos poderão não ter valor de
uso. Portanto, seu custo não é relevante,
mas terá importância para o mercado o seu
173/232 Unidade 7 • Pressuposto básico: premissas subjacentes
valor para fins de alienação dos respectivos Não podemos afirmar que não seja possível
recursos. a ideia da existência de entidades em des-
continuidade quando existirem fortes evi-
1. Princípio da Continuidade dências de que ela irá descontinuar em de-
corrência de dificuldades financeiras ou de
No Princípio da Continuidade, a empresa mercado, de deliberação dos sócios ou de
deve ser considerada como um organismo qualquer outra situação; o que queremos
em movimento constante e contínuo de dizer é que esse fato deverá ser necessaria-
produção, venda, compra, consumo, inves- mente considerado na elaboração das de-
timentos, etc. É o que podemos chamar de monstrações contábeis.
“entidade ou empresa em marcha”, a qual
Assim, a continuidade ou não da entidade,
deve concretizar seus objetivos continua-
bem como sua vida definida ou provável,
mente.
deve ser considerada quando da mensura-
Em via de regra, a empresa não pode ser cria- ção e a apresentação dos componentes do
da com prazo estabelecido para o seu encer- patrimônio, considerando que a entidade,
ramento. Quando uma entidade é criada, até evidências em contrário, terá sua vida
partimos do pressuposto de que a mesma continuada no futuro.
operará indefinidamente ao longo do tempo.
174/232 Unidade 7 • Pressuposto básico: premissas subjacentes
Quando uma entidade estiver em proces- Na ausência de continuidade, não teríamos
so de descontinuação, os demais princípios como apurar o resultado com exatidão, pois
deixam de ser observados e aplicados, pelo muitos valores estocados no Ativo, para se-
simples fato de não haver mais movimenta- rem transformados em despesas. Posterior-
ções que poderão impactar o patrimônio da mente, teriam de ser descarregados para o
entidade. resultado no ano de sua própria aquisição.
Vamos mencionar, como exemplo, uma si- Segundo o item 4.1 do CPC 00 Estrutura
tuação hipotética em que determinada en- Conceitual para Elaboração e Divulgação
tidade adquira sob encomenda uma má- de Relatório Contábil-Financeiro, as Pre-
quina pelo preço de R$ 500.000,00. Caso a missas Subjacentes são definidas da se-
descontinuidade for dada como certa, não guinte forma:
será possível ativar a máquina por esse valor.
Nesse caso, a máquina deverá ser avaliada
pelo seu valor de mercado e, na hipótese de
ela ter utilidade apenas para a própria em-
presa, pode ser que valha o seu peso em su-
cata, mesmo estando completamente nova.
Link
Explanação sobre o Princípio da Realização da Receita. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=Yt3jR8EuTpc>. Acesso em dez. 2016.
Esse fato ocorre corriqueiramente nas en- • A entidade Z: irá recolher os tributos
tidades para vendas de serviços e também IRRF e CSL em guias aproprias no mês
quando ela vende produtos ou serviços para de recebimento da nota, descontan-
qualquer órgão público, ou seja, haverá a do do valor total a ser pago para en-
antecipação do imposto diretamente na tidade A;
nota fiscal. • A entidade A: irá considerar o valor
bruto da receita no mês da venda (mês
de competência Janeiro), que irá com-
180/232 Unidade 7 • Pressuposto básico: premissas subjacentes
por sua base de lucro real para pa-
gamento do IRPJ, Adicional e CSLL. O
crédito tributário de direito só poderá
ser utilizado como abatimento do seu
imposto, apenas na competência do
mês de abril (mês de recebimento da
nota fiscal regime de caixa).
Portanto, para o Fisco no Brasil, em termos
de Regime de Caixa e Competência, deve-
-se analisar o contexto de cada lei tributá-
ria, pois cada uma apresenta regras especí-
ficas, que nada tem a ver com a Contabili-
dade. Com isso, as entidades são forçadas
a possuírem controles gerenciais para as
operações tributárias e também devem ser
refletidas dentro das demonstrações.
183/232
Considerações Finais
184/232
Referências
IUDÍCUBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos; FARIA, Ana Cristina de. Introdução à Teoria da Con-
tabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MARTINS, Eliseu, GELBCKE, Ernesto Rubens, SANTOS, Ariovaldo dos, IUDÍCIBUS, Sérgio de. Ma-
nual de Contabilidade Societária FIPECAFI. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
TAX CONTABILIDADE. Disponível em: <http://www.tax-contabilidade.com.br/matTecs/matTec-
sIndex.php?idMatTec=57>. Acesso em: 1 dez. 2016.
Aula 7 - Tema: Pressupostos Básicos: Premissas Aula 7 - Tema: Pressupostos Básicos: Premissas
Subjacentes. Bloco I Subjacentes. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
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Questão 1
1. Analise as alternativas a seguir e assinale a INCORRETA.
a) Quando é criada uma entidade, ela nasce com o propósito de continuidade por período in-
determinado.
b) Segundo o texto da Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Con-
tábil-Financeiro, é definida a Premissa Subjacente da seguinte forma: “As demonstrações
contábeis normalmente são elaboradas tendo como premissa que a entidade está em ati-
vidade (going concern assumption)”, salvo se a entidade passar por algum tipo de problema
financeiro. Neste caso, a Contabilidade deixará de ser obrigada a registrar as operações e
será decretada como uma empresa inativa.
c) No regime de caixa, registramos os atos administrativos no momento de recebimento, no
caso de direitos ou créditos para com terceiros da entidade.
d) No regime de competência, a contabilidade registra todos os fenômenos econômicos para
data do fato que a gerou.
e) Usualmente, o fisco brasileiro utiliza-se como um critério padrão aceito o regime de compe-
tência para fins de pagamento de tributos e entrega de declarações.
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Questão 2
2. Analise as alternativas a seguir e assinale a INCORRETA.
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Questão 3
3. As entidades pagam alguns tributos, que são calculados levando em con-
sideração as receitas e/ou despesas do mês que elas ocorreram. Assinale a
alternativa que apresenta o nome do regime atribuído a essa prática.
a) Regime aduaneiro.
b) Regime de caixa.
c) Regime tributário.
d) Regime do SPED.
e) Regime de competência.
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Questão 4
4. As entidades sofrem retenções de alguns tributos no momento da venda,
ficando a cargo da entidade tomadora o desconto do valor e recolhimen-
to do tributo pertinente àquela operação. Porém, a entidade que sofreu a
retenção do tributo em sua nota só poderá utilizar deste direto quando re-
ceber o montante do cliente. Assinale a alternativa que apresenta o nome
do regime atribuído a esta prática?
a) Regime aduaneiro.
b) Regime de caixa.
c) Regime tributário.
d) Regime do SPED.
e) Regime de competência.
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Questão 5
5. Analise os itens a seguir.
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Questão 5
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Gabarito
1. Resposta: B. 3. Resposta: E.
Mesmo que a entidade apresente algum O fisco aplica o regime de competência den-
problema e diminua seu ritmo de trabalho, tro do seu processo fiscalizatório para reco-
ela deverá manter sua contabilidade ativa, lhimento de impostos.
obviamente registrando se existe alguma
movimentação, até a decretação final de 4. Resposta: B.
sua existência.
O fisco aplica o regime de caixa dentro do
2. Resposta: A. seu processo fiscalizatório para recolhimen-
to de impostos, quando se trata de anteci-
Confunde-se muito afirmando que o Regi- pação de impostos, indo contra o princípio
me de Competência é um princípio contábil. básico utilizado por ele mesmo para o paga-
O que de fato é um princípio contábil é o da mento dos tributos mensais pela entidade.
realização da receita.
5. Resposta: A.
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Unidade 8
Elementos das demonstrações contábeis
Objetivos
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Introdução
A melhor definição que temos para o ativo vem do próprio CPC 00:
Para a definição do conceito dos elementos que classificam como passivo, o CPC 00 nos traz a
seguinte definição:
Provisões: são acréscimos de exigibilidade que reduzem o Patrimônio Líquido, cujos valores ou prazos
não são ainda totalmente definidos. Representam, assim, estimativas de valores a desembolsar que, ape-
sar de financeiramente ainda não efetivadas, derivam de fatos geradores contábeis já ocorridos (como o
risco por garantias oferecidas em produtos já vendidos, estimativas de valores a pagar a título de indeni-
zações relativas a tempo de serviço já transcorrido, probabilidade de ônus futuro em função de proble-
mas fiscais já ocorridos, etc.). (FIPECAFI, 2013, p. 412).
Reservas: correspondem a valores recebidos dos sócios ou de terceiros que não representam aumento
de capital, ainda não formal e juridicamente incorporado a ele (capital social) (Reservas de Capital); ou
que se originam de lucros não distribuídos aos proprietários (Reservas de Lucros). Não possuem qualquer
característica de exigibilidade imediata ou remota. Se, em algum momento, houver essa característica
de exigibilidade, deixam de ser reservas para passarem a ser reconhecidos como passivo, como no caso
de decisão de distribuição de dividendo, utilização de saldo para resgate de partes beneficiárias etc. (FI-
PECAFI, 2013, p. 412).
4.1. Receitas
Os tipos de receitas que a contabilidade deve reconhecer na DRE basicamente são aqueles que
trazem a estrutura conceitual para elaboração e apresentação das demonstrações contábeis –
CPC 00.
Definições dos principais tipos de lucro. Dispo- A criação do plano de contas varia de em-
nível em: <https://maiscontabilidademenos- presa para empresa, ou seja, cada qual irá
problemas.wordpress.com/2014/05/05/ elaborar um plano de contas que atenda às
dre/>. Acesso em: 10 dez. 2016. necessidades de geração de informação.
Entretanto, o plano de contas, mesmo que
cada entidade possa criar o modelo que
4.4. Plano de contas
mais lhe convém, é obrigado a ser criado le-
Para os elementos das demonstrações con- vando em consideração os elementos das
tábeis, existem as contas contábeis, que demonstrações contábeis, conforme estu-
são os registros das informações nas quais damos nos itens anteriores.
recebem os lançamentos das transações.
Através de uma sistematização de contas, a 4.4.1. Níveis de contas e seus
entidade elabora um Plano de Contas capaz agrupamentos
de receber os lançamentos e consolidar os
totais de informações por grupos para que No momento da criação do plano de con-
tas, para a maioria dos sistemas informati-
215/232 Unidade 8 • Elementos das demonstrações contábeis
zados, precisamos criar uma máscara inicial
para definir os níveis de quebra das contas
contábeis, a fim de que que possamos sepa-
rar os grupos de contas.
Após a criação desta máscara, iremos criar
as contas contábeis, que geralmente são
Figura 18 – Máscara para plano de contas
separadas em dois tipos: Fonte: Elaborada pelo autor.
Link
Figura 19 – Grupos, Subgrupos e Contas Contábeis Verifique o modelo sugerido de plano de con-
Fonte: Elaborada pelo autor. tas oferecido pelo Conselho Regional do Ceará.
Podemos utilizar como exemplo a seguinte Disponível em: <http://www.crc-ce.org.br/
codificação: crcnovo/download/contab_contrucao_ci-
vil_02.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2016.
1. Grupo Ativo;
2. Grupo Passivo e Patrimônio Líquido;
3. Grupo Receita e Deduções da Receita;
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Referências
IUDÍCUBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos; FARIA, Ana Cristina de. Introdução à Teoria da Con-
tabilidade. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MARTINS, Eliseu, GELBCKE, Ernesto Rubens, SANTOS, Ariovaldo dos, IUDÍCIBUS, Sérgio de. Ma-
nual de Contabilidade Societária FIPECAFI. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
Aula 8 - Tema: Elementos das Demonstrações Aula 8 - Tema: Elementos das Demonstrações
Contábeis. Bloco I Contábeis. Bloco II
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
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1d/7e036282219704ea109340ef1e0d51a6>. 1d/50e489968a70b286aaeacc75ce147dda>.
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Questão 1
1. Baseado no que foi exposto em Elementos das Demonstrações Contábeis,
analise os itens a seguir.
I – Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se
espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.
II – Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação
se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
III – Patrimônio Líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos
os seus passivos.
IV – Balanço patrimonial é elemento de posição financeira.
V – A demonstração do resultado do exercício apresenta elementos que irão medir o desempe-
nho da entidade.
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Questão 1
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Questão 2
2. Analise os itens a seguir e assinale a alternativa INCORRETA.
a) Ativo Circulante é tudo que está disponível e conversível dentro de um período social.
b) Ativo não Circulante é tudo que está disponível e conversível além do período social.
c) O termo curto prazo refere-se a tudo aquilo que possui um vencimento dentro do período do
exercício social que vai até o dia 31/12 de cada ano.
d) O termo longo prazo refere-se a tudo aquilo que possui um vencimento fora do período de
exercício social que vai até o dia 31/12 de cada ano.
e) Embora consideremos o dia 31/12 como sendo o último dia do exercício social, existe uma
flexibilização e qualquer entidade poderá fechar o balanço e registrar suas movimentações
no padrão de data que melhor atender a suas necessidades internas.
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Questão 3
3. Considerando a definição que o CPC 00 no traz sobre o Ativo: “O be-
nefício econômico futuro incorporado a um ativo é o seu potencial em
contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes
de caixa para a entidade”. Indique qual a alternativa está em DESACORDO
com a referida norma.
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Questão 4
4. Analise os itens a seguir e identifique com V para os itens verdadeiros e
F para os falsos.
( ) Uma característica essencial para a existência de passivo é que a entidade tenha uma obriga-
ção presente.
( ) Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou de desempenhar uma dada tarefa
de certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis em consequência de contrato
ou de exigências estatutárias.
( ) Obrigações surgem também de práticas usuais do negócio, de usos e costumes e do desejo de
manter boas relações comerciais ou agir de maneira equitativa.
( ) Caso a entidade decida, por questão de política mercadológica ou de imagem, retificar defei-
tos em seus produtos, mesmo quando tais defeitos tenham se tornado conhecidos depois da ex-
piração do período da garantia, as importâncias que espera gastar com os produtos já vendidos
constituem passivos.
( ) As obrigações para sua liquidação exigem da entidade algum tipo de sacrifício financeiro.
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Questão 4
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Questão 5
5. Analise as alternativas a seguir e assinale a CORRETA.
a) A definição de receita abrange tanto receitas recebidas quanto ganhos. A receita surge no
curso das atividades usuais da entidade e é designada por uma variedade de nomes.
b) A Estrutura conceitual para elaboração e apresentação das demonstrações contábeis – CPC
00 traz a definição de Despesas que surgem no curso das atividades usuais da entidade. As
perdas não são consideradas como despesas na DRE, surgindo fora das atividades normais
da entidade.
c) Como a DRE é apresentada de forma dedutiva, encontramos em vários momentos o termo
Lucro. Entretanto, o único lucro que de fato devemos levar em consideração para fins de
análise de desempenho é o lucro líquido, pois ele apresenta todo o resultado final e líquido
da operação da entidade.
d) A Resolução CFC nº 1.376/11 determina a adoção de duas demonstrações: a do resultado do
exercício e a do resultado abrangente. A entidade deve apresentar todos os itens de receita
e despesa realizados no período dentro da tradicional Demonstração do Resultado do Exer-
cício. As demais variações do Patrimônio Líquido (reservas de reavaliação, certos ajustes de
instrumentos financeiros, variações cambiais de investimentos no exterior e outros), que po-
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Questão 5
derão transitar no futuro pelo resultado do período ou irem direto para Lucros ou Prejuízos
Acumulados, são apresentadas como Outros Resultados Abrangentes dentro da Demons-
tração do Resultado Abrangente do período; esta última corresponde à soma do resultado
do período com os outros resultados abrangentes.
e) A criação do plano de contas varia de empresa para empresa, ou seja, cada qual irá elaborar
um plano de contas de acordo com a lei e regra que estabelecem regras básicas e rígidas
para que possamos ter uma padronização da informação contábil.
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Gabarito
1. Resposta: E. 3. Resposta: E.
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Gabarito
5. Resposta: D. operação da entidade. O plano de contas
deve ser criado para atender à necessidade
Independentemente de ser recebida, a re- de cada empresa, levando em consideração
ceita é reconhecida pelo fato que a gerou seu tamanho ou os usuários da informação
(venda de produtos, serviços etc.), dentro contábil. Apenas a estrutura conceitual bá-
do regime de competência. As perdas tam- sica que o CPC 00 deve ser respeitada.
bém são consideradas como despesas e elas
podem surgir tanto nas atividades usuais
da entidade quanto em momentos que não
são usuais da entidade, como, por exemplo,
acidentes, incêndios, inundações etc. O lu-
cro líquido não é o lucro final da operação
da empresa. Ele é o lucro que apresenta to-
dos os efeitos: operacionais e não opera-
cionais da empresa. Para considerar como
efeito operacional, devemos extrair do lucro
líquido os efeitos financeiros, depreciação e
amortizações e de ganhos que não são da
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