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Estudos no Livro dos Salmos: Salmo 23

Carlos Osvaldo Cardoso Pinto


Reitor - Seminário Bíblico Palavra da Vida

Salmo 23 - Esboço

Mensagem: O cuidado constante e leal de Yahweh pelo salmista provoca neste o compromisso de
fidelidade na comunhão com Ele.

Esboço:
I. O cuidado constante e leal de Yahweh pelo salmista se assemelha ao do pastor pela ovelha e
ao do hospedeiro pelo hóspede (v. 1-5).
A. O cuidado constante e leal de Yahweh pelo salmista se assemelha ao do pastor pela ovelha
(v. 1-4).
1. O cuidado constante e leal de Yahweh pelo salmista lhe garante pleno suprimento das
necessidades (v. 1).
2. O cuidado constante e leal de Yahweh pelo salmista se traduz em provisão (v. 2)/
3. O cuidado constante e leal de Yahweh pelo salmista se traduz em restauração (v. 3a).
4. O cuidado constante e leal de Yahweh pelo salmista se traduz em direção (v.3b).
5. O cuidado constante e leal de Yahweh pelo salmista se traduz em proteção (v.4).
B. O cuidado constante e leal de Yahweh pelo salmista se assemelha ao do hospedeiro pelo
hóspede (v. 5).
1. O cuidado constante e leal de Yahweh pelo salmista lhe garante plena honra, proteção
e comunhão (v 5a).
2. O cuidado constante e leal de Yahweh pelo salmista lhe garante plena satisfação (v. 5b).
II. O compromisso de fidelidade na comunhão com Yahweh é motivado pela certeza do firme e
bondoso amor divino (v. 6).

Coisas Velhas & Novas

Bibliotecas inteiras poderiam ser destruídas sem que a Humanidade ficasse mais pobre por isso. A
perda deste pequeno poema hebraico, todavia, privaria o homem de um de seus mais ricos tesouros, o
testemunho claro de que o indivíduo que depende de Deus encontra nEle plena satisfação de suas
mais íntimas e profundas necessidades.
Analisar este salmo é, ao mesmo tempo, tarefa simples e árdua. Simples porque sua mensagem
é simples: árdua porque sua mensagem é eterna e eternamente desafiadora às mentes humanas. De
mais a mais, corre-se o risco de ignorar o Pastor-Hospedeiro, embora conhecendo os verbos e
substantivos que O descrevem.
Alguns livros têm vindo a lume, recentemente, que afirmam que o Salmo 23 contém apenas uma
figura, ou seja a do pastor cuidando de sua ovelha. Dentre estes o livro de Phillip Keller tornou-se o mais
popular.
Pessoalmente prefiro ver no Salmo 23 duas figuras, como já ficou claro no esboço acima.
Comentaristas judeus, desde tempos muito antigos, assim entenderam o salmo. Davi, como pastor,
entendia bem todos os detalhes do cuidado de um rebanho; como rei, conhecia as responsabilidades
de um hospedeiro, pois certamente recepcionara um grande número de pessoas da mais alta estirpe
em sua época. Por isso, a despeito dos argumentos aparentemente convincentes de Keller, creio que a
metáfora dupla nos permite entender melhor esta pequena mas valiosa jóia do saltério.

Pastor e Ovelha
O relacionamento que por tanto tempo experimentara como pastor, é invertido por Davi ao
descrever seu relacionamento com Yahweh. Ele encontra em Deus o mesmo cuidado e atenção que
suas ovelhas encontravam nele. Na sociedade agropastoril de seu tempo, era esta a figura mais clara
de proteção e provisão que Davi poderia encontrar.
O uso desta comparação já era antigo em Israel, pois o próprio Jacó chamara o Senhor de “o
Deus que me sustentou (lit. pastoreou) durante a minha vida até este dia”(Gn 48.15), e sua ênfase recai
sobre o ato de suprir as necessidades de alguém. A transferência do campo físico para o campo
espiritual é clara e tem como resultado a afirmação de que em nenhuma área de sua experiência
espiritual o salmista experimentará falta ou necessidade.
Os versículos que se seguem especificam a extensão e a intensidade do cuidado que o divino
Pastor tem por Sua ovelha.
Os pastor verdejantes são aqueles em que a ovelha encontra não apenas o alimento, mas o
repouso no calor do dia. Deuteronômio 32.2 sugere que em tal tipo de pastagem se encontrava o
orvalho da manhã (Moisés e Davi recorrem à mesma palavra). O verbo usado para descrever a direção
divina implica uma condução caracterizada pela gentileza e mansidão (cf. Jo 10.27); muitas vezes
descrentes dão a entender que Deus escraviza os que confiam nEle. Nada pode estar mais longe da
verdade; Ele não nos trata como um boiadeiro, com gritos e chicote; Ele não é um feitor de escravos.

Seguir a Deus é a mais libertadora das obrigações, pois emana de Seu profundo amor para conosco.
Águas de descanso eram muito necessárias ao rebanho, que era levado às águas geralmente
ao meio-dia. Ali, junto às águas, as ovelhas eram lavadas, além de serem dessedentadas. Por isso, era
necessário que se procurassem locais onde as águas eram mansas. Davi fala, assim, da satisfação de
sua sede espiritual e da purificação para seus pecados. Em todo este versículo a atividade parte de
Deus; sem Sua iniciativa a ovelha jamais buscaria alimento, água e limpeza nos lugares corretos.
O versículo 3 apresenta uma conseqüência do versículo 2. O salmista se descobre
espiritualmente restaurado pela ação de Yahweh. O verbo aqui utilizado indica “devolver ao seu
estado original”. Qual é este estado, no caso de Davi? Justiça, paz e alegria espiritual (cf. Rm 14.17).
A ovelha de Deus experimenta também uma reorientação em seus passos. A palavra aqui
usada não é a mesma utilizada em outras passagens para traduzir veredas; poderia ser traduzida
“trilhos”, isto é, as marcas deixadas por um veículo na terra.

A ovelha de Deus não pode alegar falta de segurança quanto ao caminho a seguir;
além de um Deus pronto a guiá-la, tem à sua frente marcas indubitáveis deixadas pelo Supremo Pastor,
que deixou “exemplo para seguirdes os seus passos” (IPe2.21). Deus empenha nisso a Sua reputação
(nome).
Por fim, o versículo 4 fala de absoluta proteção. A expressão “sombra da morte”é uma tradução
errada de uma palavra hebraica que significa “profunda escuridão”. Seu uso, todavia, se tornou tão
popular que é quase arriscado tentar modificá-la. A preocupação do salmista, entretanto, não é com a
hora da morte apenas, mas com toda e qualquer situação em que a ansiedade e o temor pudessem
apoderar-se de seu coração.
Quando ainda aluno do primeiro ano do IBPV tive, em várias ocasiões, que caminhar à noite, da
rodovia Fernão Dias até a Estância Palavra da Vida. Um lugar, em particular, era assustador, pois a
estrada mergulhava numa espécie de ravina muito escura, cercada de altos eucaliptos que vedavam
até a luz da lua. Ali, infelizmente, costumava reunir-se grande quantidade de cães vadios, que
tornavam sua travessia ainda mais difícil. Era, verdadeiramente, o “vale da profunda escuridão” e,
fisicamente, me lembrava a necessidade espiritual de termos alguém que remova toda e qualquer
ansiedade quanto à nossa segurança presente e futura.
A região montanhosa de Judá, marcada por ravinas profundas e cheias de cavernas nas quais
se escondiam animais de presa, ofereceu a Davi ilustração gráfica das dificuldades espirituais que
enfrentou em sua vida espiritual. Em todas elas, todavia, experimentou a proteção e a defesa de seu
Deus, aqui ilustradas pela vara e pelo cajado.

HOSPEDEIRO E HÓSPEDE
O mesmo pensamento da primeira divisão reaparece aqui, desta vez sob uma metáfora
diferente. No oriente Médio antigo, o hospedeiro considerava questão de honra garantir o conforto e a
segurança de seu hóspede (cf. Gn19).
Além da segurança, Yahweh concede aos que dEle dependem o alto privilégio de serem
identificados até por seus inimigos como “amigos do peito”de Deus. Juntamente com isso, vinha a
comunicação de profunda alegria na comunhão íntima; é de tal alegria que fala a unção com óleo,
especialmente reservada para o hóspede de honra. Não é mero trocadilho dizer que

Deus se alegra de quem nEle se alegra,


e nosso supremo modelo é nosso Senhor Jesus Cristo, sobre o qual o próprio Davi afirmou
profeticamente: “agrada-me fazer a tua vontade”(Sl 40.8) e, citando o Salmo 45.7, o autor da carta aos
Hebreus diz: “o teu Deus te ungiu com óleo de alegria ...”(Hb 1.9).
Lembro-me bem de quantas pessoas bem intencionadas me criticaram por abandonar a
carreira de engenheiro em favor do ministério cristão. Hoje, quinze anos depois, há mais de vinte mil
engenheiros desempregados só em São Paulo, e eu mal tenho tempo para tudo que tenho a fazer! Este
mês efetuei o último pagamento de minha casa própria, sem BNH ou armadilhas semelhantes. Meu
cálice transborda! Dia após dia, meu fardo de problemas e dúvidas pode ser deixado aos pés de Cristo,
e Ele o assume, concedendo-me paz e segurança, perdão e conforto. Meu cálice transborda.
A DECISÃO DO SALMISTA
Olhando para sua vida e meditando em seu relacionamento com o Senhor, Davi chega à
conclusão de que jamais poderá escapar ao cuidado leal e bondoso de Deus. Nossa tradução é suave
demais, já que o verbo hebraico significa realmente “perseguir”. Ele, que passara vários anos sob
perseguição, descobriu que
por mais próximos que soem os passos dos inimigos, as marcas do amor leal de Deus estarão ainda
mais perto.
A maioria das versões segue a leitura da Septuaginta na última parte do versículo 6, afirmando:
“e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre”. Em estudos, sermões e na hinódia cristã esta frase
tem significado “viverei eternamente no céu”, servindo como uma declaração da esperança
escatológica de Davi.
A mim não cabe bem a função de iconoclasta, mas penso que tal conceito não faz justiça ao
pensamento de Davi nem ao que a graça de Deus merece como resposta de um coração
agradecido. A preocupação de Davi não é tanto com o céu quanto com a busca da comunhão
diária com Deus em Seu tabernáculo. O texto hebraico se traduz: “e voltarei à casa do Senhor pela
extensão dos dias”. Davi contemplava uma longa vida de desfrute da graça e do favor de Deus,
buscando Sua presença e honrando Aquele cujo cuidado constante e leal encheu a vida do salmista
de valor e significado.
Um último comentário se faz necessário. O leitor deve ter já observado a proporção neste salmo;
há cinco versículos para o reconhecimento daquilo que Deus faz por mim, e apenas um (mais
exatamente meio) para o anúncio de minha resposta. Que esta mesma proporção possa estar presente
em nosso testemunho diante do mundo. A Ele cabe a glória; a nós o privilégio de anunciá-la.

SALMO 23
Se me ameaçam transes desta vida,
se me perturbam inimigo e dor,
minha alma sabe onde encontrar guarida
no Teu regaço, ó meu Fiel Pastor.

Se faltam bens para suster na lida,


e alívio ao pranto, ao sangue e ao suor,
A Ti recorre a alma enfraquecida
e se renova em Teu constante amor.

E assim, perante olhos arrogantes,


Tu me ungirás com óleo de alegria
e me darás de bens toda a fartura

para que eu siga cheio de ventura


buscando a Tua face a cada dia,
a cada dia mais feliz que antes.

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