A partir da próxima reunião do Órgão de Solução de Controvérsias (OSC) OMC, que será
realizada no dia 24 de abril, a Argentina poderá pedir o estabelecimento de painel para
analisar as medidas brasileiras do caso Brazil- Anti-dumping Measures on Imports of
Certain Resins from Argentina (DS355). Isso ocorre porque já transcorreu o prazo mínimo
de 60 dias entre o recebimento do pedido de consultas e a solicitação de estabelecimento
de painel pela Argentina (artigo 4.7 do Entendimento sobre Solução de Controvérsias -
ESC).
A controvérsia entre Argentina e Brasil teve início em março de 2004, quando a empresa
Rhodia Ster Fibras e Resinas Ltda. - pertencente ao grupo italiano Mossi & Ghisolfi - pediu
o início de investigação antidumping relativa às importações de determinadas resinas de
tereftalato de polietileno [resinas PET] à Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do
Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio do Brasil (MDIC). Na seqüência, por
meio da Circular nº 10, a SECEX iniciou a investigação para verificação da prática de
dumping nas importações de resinas PET oriundas de Argentina, Coréia do Sul, Estados
Unidos da América (EUA) e Taiwan. Em 26 de agosto de 2005, a Câmara de Comércio
Exterior (CAMEX), também vinculada ao MDIC, determinou a aplicação de medidas
antidumping apenas sobre as importações de resinas PET originárias da Argentina e dos
EUA (Resolução nº 29); em relação a Coréia do Sul e Taiwan foi identificado que os
volumes exportados por estes países ao Brasil eram insignificantes.
Verificou-se que a margem absoluta de dumping (isto é, a diferença entre o valor normal
de venda do produto no mercado interno e seu preço de exportação) das exportações
argentinas era de US$ 641,01 por tonelada de resina PET. A tarifa antidumping aplicada à
Voridian Argentina S.R.L, empresa do grupo estadunidense Eastman Chemichal Company,
no entanto, foi de apenas US$ 345,09 por tonelada exportada - tal prática diferenciada é
expressamente autorizada pelo artigo 9.1 do Acordo Relativo à Aplicação do Artigo VI do
GATT (Acordo Antidumping).
Conforme dados do MDIC, entre 1998 e 2003 (período coberto pela investigação), as
exportações argentinas de resinas PET para o Brasil passaram de US$ 10,26 milhões, em
1998, para US$ 74,67 milhões, em 2003 - ou seja, aumentaram 627,8%. Por outro lado,
em 2006, quando as medidas antidumping já haviam entrado em vigor, o montante total
das exportações de resinas PET da Argentina para o Brasil caiu para US$ 1,54 milhão.
As consultas entre os dois países, com base nos procedimentos do Entendimento Relativo
a Normas e Procedimentos para Solução de Controvérsias da OMC, iniciaram-se em 1º de
fevereiro de 2007. O governo brasileiro respondeu a 188 perguntas apresentadas pelo
governo argentino aproximadamente 10 dias antes. Tais perguntas referem-se ao processo
de investigação de dumping realizado pelo Brasil e à legislação brasileira concernente à
aplicação de medidas antidumping. Além disso, o Brasil alegou que as medidas e a
normativa questionadas são compatíveis com as obrigações assumidas no sistema
multilateral de comércio.
Embora não haja certeza a respeito dos desdobramentos destas consultas, especula-se
que a Argentina aguardará os resultados do pedido de revisão administrativa apresentado
pela Voridian Argentina S.R.L. ao Departamento de Defesa Comercial (DECOM), também
ligado ao MDIC, para decidir se solicitará ou não a instauração de painel na OMC. Ainda
que a Argentina o solicite - seja na próxima reunião de abril do OSC seja mais adiante - o
Brasil poderá bloquear a aprovação do pedido na primeira vez em que este for
apresentado. Por outro lado, na segunda vez em que for considerado, a aprovação será
automática - salvo se houver consenso negativo entre os Membros (art. 6.1. do ESC).
Fontes Consultadas:
Brasil. MDIC. Circular SECEX nº 10. 02 mar. 2004. Disponível em . Acesso em: 02 abr.
2007.
Brasil. MDIC. Resolução CAMEX nº 29. 26 ago. 2005. Disponível em . Acesso em: 02 abr.
2007.
World Trade Organization. Agreement on Implementation of Article VI of the General
Agreement on Tariffs and Trade 1994. Disponível em . Acesso em: 02 abr. 2007.
https://www.ictsd.org/bridges-news/pontes/news/brasil-argentina-e-as-resinas-pet-novo-
painel-na-omc
na semana passada.
A Argentina questiona a sobretaxa imposta pelo Brasil de até US$ 641 por tonelada
da resina PET. Buenos Aires alega que a sobretaxa foi imposta de forma irregular e
que o Brasil feriu os acordo de antidumping da OMC.
O governo argentino alega que o Mercosul ainda não conta com normas
harmonizadas para o tratamento de questões de dumping e que, portanto, não
adiantaria ser tratada regionalmente. Segundo os argentinos, como a OMC tem
uma lei que é valida para todos, seria o melhor local para discutir o assunto.
Apenas dois casos até hoje foram levados à OMC entre os dois países. Em ambos
os casos, a queixa foi feita pelo Brasil. Uma delas foi realizada em 2000 e se referia
às barreiras argentinas aos produtos têxteis. No ano seguinte, o Brasil também
levou ao tribunal um caso sobre as barreiras ao frango.
Qual são os próximos passos na OMC?
Até agora, o que os argentinos fizeram foi apenas pedir consultas com o Brasil, o
que deve ocorrer em Brasília no final de janeiro. Se nada for solucionado, os
argentinos têm o direito de pedir que a OMC convoque três árbitros que irão avaliar
o caso.
Mas se os árbitros derem razão aos argentinos, o Brasil será obrigado a retirar sua
sobretaxa. Se não cumprir a determinação da OMC, o Brasil poderá ser retaliado
pela Argentina.
https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2007/01/070105_qaargentinaomc.shtml
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Agência EFE
O Brasil criticou o passo dado pela nação vizinha e propôs que os dois
países trabalhem em conjunto para resolver a desavença. Neste sentido, o
delegado brasileiro disse que o país "acredita que a decisão da Argentina
de abandonar as consultas e pedir a criação de um grupo de especialistas é
prematura". Com esse argumento, a delegação brasileira se opôs à criação
do grupo de árbitros, mas, se a Argentina reiterar seu pedido na próxima
reunião do Órgão de Solução de Controvérsias, prevista para 24 de julho, o
Brasil não conseguirá impedir o estabelecimento do órgão, de acordo com
as regras da OMC.
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Uma fonte que acompanha o assunto diz que a resina PET importada da
Argentina pode ficar de 15% a 20% mais barata do que a comprada no país, no
caso da aquisição de volumes grandes.
É nesse cenário que a Argentina enviou sua ação no dia 26 de dezembro à OMC,
que ainda não foi oficialmente comunicada aos outros países. Pelas regras da
entidade, primeiro o governo argentino teve que pedir consultas ao Brasil.
Essas consultas devem ocorrer no prazo de 60 dias, para tentativa de
conciliação. Mantida a divergência, Buenos Aires pode então partir para a fase
seguinte, a instalação de um painel (comitê de especialistas), o que
teoricamente poderia conduzir até à retaliação contra produtos brasileiros. A
Argentina também deflagrou o mecanismo de disputa contra o Chile, para
tentar derrubar sobretaxa de 23% na entrada de leite em pó naquele mercado.
Em outra disputa envolvendo o Brasil, a OMC adiou pela segunda vez a decisão
a briga do pneu entre o país e a União Européia (UE), que envolve comércio,
saúde e meio ambiente. A decisão preliminar estava prevista para o dia 8, mas
os juízes pediram mais tempo. A decisão final fica para abril. A importação de
pneu usado ou reformado está proibida no Brasil, por isso o país foi acusado
pela UE de violar as regras da OMC. Liminares concedidas pela Justiça a
empresas reformadoras no Brasil garantem a importação de 9 milhões de pneus
usados por ano, quase todos procedentes da UE.
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,AA1408144-9356,00-
ARGENTINA+VAI+A+OMC+CONTRA+SOBRETAXA+BRASILEIRA.html
A resina PET para embalagens rígidas é caracterizada por possuir uma viscosidade
intrínseca (VI) maior do que a do PET para aplicações de filmes e fibras. A
viscosidade intrínseca, comumente expressa em dl/g, é diretamente proporcional
ao peso molecular.
O monômero é então transferido para a polimerização, onde, sob alto vácuo, ocorre
a policondensação líquida.
Nesta operação, o glicol é eliminado da reação com o aumento da VI do
polímero(reação 2).
Neste ponto, o polímero amorfo é retirado do polimerizador, resfriado, solidificado,
cortado e então armazenado.
CARACTERÍSTICAS DO PET
Peso Molecular:
A Morfologia do PET
A morfologia dos polímeros envolve o arranjo, o formato, o tamanho e o efeito do
cristal no polímero sólido. Esta morfologia é importante pelo seu efeito nas
propriedades finais do polímero sólido.
- Amorfos: são aqueles que não possuem capacidade de cristalizar, sendo amorfo
sem qualquer condição ou história térmica.
- Cristalização térmica, e
- Cristalização induzida por tensão.
A resina PET é um dos mais recentes materiais para embalagem. Embora seja
largamente utilizada em todo o mundo para a fabricação de embalagens,
notadamente garrafas para bebidas carbonatadas (refrigerantes, águas com gás,
cervejas, etc), tem várias outras utilidades, sendo encontrada em diversos
segmentos de mercado.
http://www.abipet.org.br/index.html?method=mostrarInstitucional&id=65
OMC - Organização Mundial do Comércio
O que é a OMC, objetivos, funções, Rodada de Doha, comércio mundial, combate ao
protecionismo
O que é
Funções da OMC
- Criar situações e momentos (rodadas) para que sejam firmados acordos comerciais internacionais;
Atualmente, a OMC coordena a Rodada de Doha, que teve início em 2001 e ainda não terminou.
Com a participação de 149 países (inclusive o Brasil) esta rodada tem como objetivo principal a
diminuição das barreiras comerciais e do protecionismo comercial no mundo, focando o livre
comércio para as nações em processo de desenvolvimento econômico. Os principais temas tratados
na rodada de Doha são: tarifas de comércio internacional, processos de facilitação de comércio,
subsídios agrícolas e regras comerciais.
https://www.suapesquisa.com/economia/omc.htm
OMC - Organização Mundial do
Comércio
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Logotipo da Organização
Mundial do Comércio
Objetivos
Negociar a redução ou eliminação de barreiras comerciais, como as tarifas comerciais;
gerir a regras de conduta do comércio, como subsídios;
administrar os bens e serviços gerados pela atividade comercial, como a propriedade
intelectual;
acompanhar a revisão das políticas comerciais dos estados-membros;
atuar para o desenvolvimento dos estados-membros;
aplicar pesquisas comerciais e divulgar os dados como forma de apoio aos países
integrantes.
Países Membros
A Organização Mundial do Comércio conta, atualmente, com 162 membros e continua
somando adesões. São eles:
https://www.todamateria.com.br/omc-organizacao-mundial-do-comercio/
principais atores internacionais, sua existência é de vital importância para países como o
Brasil que dependem de um sistema de normas para defender seus interesses. Os países
cabe a eles fazer valer os seus interesses, já que as decisões na OMC são tomadas por
consenso.
Para a vigilância do cumprimento das normas contidas nos vários acordos que regem o
http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/negociacoes-
internacionais/805-omc-organizacao-mundial-do-comercio
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/omc.htm