Sumário
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Bons estudos!
Gilmar Possati
prof.possati@gmail.com
Pessoal, antes de mais nada, cabe destacar que o CPC 17 não é muito
explorado em provas, tendo em vista que sua aplicabilidade é bem restrita,
pois está mais voltado às empresas de construção (civil, naval, etc). Logo,
para não perdermos tempo com algo que possui pouca probabilidade de
ser exigido em prova, nossa abordagem será bem objetiva, ou seja,
filtramos o essencial, aquilo que você realmente deve saber para estar
preparado e detonar eventual exigência do assunto.
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Objetivo
Alcance
Definições
RECEITA DO CONTRATO
O CPC 17 destaca que uma variação deve ser incluída na receita do contrato
quando:
a) for provável que o contratante (cliente) aprovará a variação e o valor da
receita advinda da variação; e
b) a quantia da receita puder ser mensurada com confiabilidade.
Esquematicamente, temos:
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Quantia
inicial
Variações
Reinvindicações
Pagamentos de
incentivos
CUSTOS DO CONTRATO
específico;
b) os custos que sejam atribuíveis à atividade do contrato de modo geral e
possam ser alocados ao contrato; e
c) outros custos que sejam especificamente imputáveis ao contratante
(cliente), de acordo com os termos do contrato.
O CPC 17 destaca que esses custos podem ser reduzidos por qualquer
receita ocasional que não esteja incluída na receita do contrato, como, por
exemplo, a receita proveniente da venda de sobras de materiais ou da
alienação de instalações e equipamentos ao final do contrato.
Pessoal, não encontrei nenhuma exigência até o momento sobre esse ponto
do CPC 17. No entanto, creio ser um ponto forte, considerando as formas
de exigência dos pronunciamentos mais presentes em prova. Quer ver um
exemplo de como esse ponto pode ser facilmente explorado em prova?
Então se liga nessa questão inédita!
d) reivindicações de terceiros
e) custos estimados de retificação e garantia
Com exceção dos gastos gerais de construção (opção “C”), todos as opções
nos fornecem exemplos de custos relacionados diretamente a um contrato
específico.
Gabarito: C
Veja que essa questão ilustra bem como o examinador pode tornar um item
errado. Trata-se de uma forma clássica que o CESPE utiliza em suas provas.
Ele troca um termo (no caso a expressão “incluindo”) por um termo de
sentido oposto (no caso a expressão “exceto). Além disso, para induzir ao
erro, o examinador insere uma justificativa que parece ser bem razoável,
mas que na verdade é apenas uma “casca de banana”. Nessa questão essa
justificativa está na expressão “por ainda não ter ocorrido o fato gerador”.
Gabarito: Errado
Segundo o CPC 17, tais custos devem ser alocados por meio de métodos
que sejam sistemáticos e racionais e sejam aplicados consistentemente a
todos os custos que tenham características similares. A alocação deve estar
baseada no nível normal da atividade de construção.
O CPC 17 destaca que os gastos que não podem ser atribuídos à atividade
do contrato ou não podem ser alocados ao contrato devem ser excluídos
dos custos do contrato de construção. O pronunciamento nos fornece os
seguintes exemplos, os quais são importantes estarmos por dentro, pois é
uma provável fonte de exigência em provas!
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É claro que para ver como o assunto vem sendo exigindo, separei uma
questão bem interessante que vai servir como um “exemplo real”! Bora pra
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action!
Gabarito: C
exigida em concurso! É claro que a FGV não poderia ficar de fora! Pensa
numa banca que gosta dos CPCs!
Bora aplicar nosso passo a passo para “detonar” essa questão? Então,
“sigam-me os bons”, como diria o saudoso Chapolim Colorado
*16% = (80.000/500.000)
Gabarito: C
Gabarito: D
Pois bem... o CPC 17 nos informa algumas condições para que a empresa
considere uma estimativa como confiável. Além disso, estabelece alguns
detalhes na determinação do estágio de execução. Vamos estudar agora
esses pontos.
registros financeiros;
sistema orçamentário eficaz.
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O CPC 17 nos explica melhor esses pontos [(1) e (2)],, vamos transcrever
aqui esses itens, pois já foram alvo de exigência em prova, conforme
veremos na sequência.
Gabarito: B
SIM NÃO
De qualquer forma, ainda nos restam alguns pontos para finalizar o CPC
17... vamos estudá-los! Moral nessa carcaça!
Gabarito: Errado
Galera, aqui nesse ponto basicamente o CPC 17 replica alguns pontos que
estudamos sobre reconhecimento de perda.
Nos termos do CPC 17, quando for provável que os custos totais do
contrato excederão a receita total do contrato, a perda esperada
deve ser reconhecida imediatamente como despesa.
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ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Objetivo
Alcance (aplicabilidade)
a) ativo qualificável mensurado por valor justo, como, por exemplo, ativos
biológicos;
b) estoques que são manufaturados ou de outro modo produzidos, em larga
escala e em bases repetitivas. 01699177899
Definições
a) estoques;
b) plantas industriais para manufatura;
c) usinas de geração de energia;
d) ativos intangíveis;
e) propriedades para investimentos;
f) plantas portadoras.
Além disso, os ativos que estão prontos para seu uso ou venda
pretendidos quando adquiridos não são ativos qualificáveis. Exemplo
clássico desses ativos são as mercadorias para revenda.
Pessoal, esses exemplos costumam ser uma boa fonte para exigências em
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Para fixar! O CPC 20 destaca que ativos financeiros e estoques que são
manufaturados, ou de outro modo produzidos, ao longo de um curto
período de tempo, não são ativos qualificáveis. Além disso, os ativos que
estão prontos para seu uso ou venda pretendidos quando
adquiridos não são ativos qualificáveis.
Gabarito: Errado
Agora vamos ver um “exemplo real” de exigência. Para variar a FCC encheu
a questão de detalhes para acabar com os aventureiros.
estoques.
d) deveria capitalizar R$ 2.661,28 de custos dos empréstimos para os
estoques.
e) não poderia capitalizar custos dos empréstimos para os estoques.
Veja que nesse caso temos uma aquisição de mercadorias para revenda.
Conforme estudamos, mercadorias para revenda não se enquadram no
conceito de ativo qualificável. Logo, a empresa não pode capitalizar custos
de empréstimos para o estoque dessas mercadorias. Nesse caso, ela deve
apropriar esses custos como despesa no período em que forem incorridos,
conforme veremos na sequência da aula.
Gabarito: E
RECONHECIMENTO
Veja que o CPC 20 apenas aplica aqui os critérios para reconhecimento dos
ativos de um modo geral. Para reconhecer qualquer ativo esses dois
critérios devem ser satisfeitos. Logo, o CPC 20 apenas reforça isso.
Vamos ver mais uma questão teórica sobre o que estudamos até o
momento!
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a) estoques;
b) plantas industriais para manufatura;
c) usinas de geração de energia;
d) ativos intangíveis;
e) propriedades para investimentos;
f) plantas portadoras.
b. Errado. Não há essa previsão no CPC 20. Vale destacar que o CPC 20
não trata do custo real ou imputado a títulos patrimoniais (custo do capital
próprio), incluindo ações preferenciais classificadas no patrimônio líquido.
Gabarito: A
Agora, que tal ver uma questão padrão FGV, atualmente a banca mais
temível na exigência dos CPCs!?
Veja que logo no início a banca nos fornece algumas características que
permitem enquadrar a construção do edifício como um ativo qualificável,
Com isso já excluímos a opção “E”. Agora vamos ver quanto que poderá
ser capitalizado. Para tanto, vamos calcular os custos dos empréstimos
obtidos:
A banca não deixou claro, mas percebe-se que foram obtidos 10 milhões
de empréstimos, sendo apenas 7 milhões utilizados para a construção do
edifício, ou seja, 70%.
Gabarito: A
são aqueles que seriam evitados se os gastos com o ativo qualificável não
tivessem sido feitos. Quando a entidade toma emprestados recursos
especificamente com o propósito de obter um ativo qualificável particular,
os custos do empréstimo que são diretamente atribuíveis ao ativo
qualificável podem ser prontamente identificados.
de capitalização
a) a variação da taxa SELIC vigente durante o período dos empréstimos,
que não sejam os empréstimos feitos especificamente com o propósito de
obter um ativo qualificável.
b) o custo total de empréstimos da entidade que estiveram vigentes
durante o período, que não sejam os empréstimos feitos especificamente
com o propósito de obter um ativo qualificável.
c) a média ponderada dos custos dos empréstimos aplicáveis aos
empréstimos da entidade que estiveram vigentes durante o período, que
não sejam os empréstimos feitos especificamente com o propósito de obter
um ativo qualificável.
Gabarito: C
INÍCIO DA CAPITALIZAÇÃO
Mas, fica na paz que o CPC 20 explica o que seria essa data de início rsrsrs
SUSPENÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO
Gabarito: D
CESSAÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO
Já ouviu aquele ditado “só termina quando acaba!”? Pois é... basicamente
é essa a ideia do CPC 20, só que não! #SQN Rsrsrs
O CPC 20 informa que um ativo normalmente está pronto para seu uso ou
venda pretendidos quando a construção física do ativo estiver
finalizada, mesmo que trabalho administrativo de rotina possa ainda
continuar.
Além disso, nos termos do CPC 20, se modificações menores, tal como
a decoração da propriedade sob especificações do comprador ou do
usuário, resumirem-se a tudo o que está faltando, isso é indicador
de que substancialmente todas as atividades estão completas.
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DIVULGAÇÃO
Questões Comentadas
ponte, se tal nível elevado das águas for comum durante o período de
construção na região geográfica envolvida.
Gabarito: D
Conforme estudamos,
Gabarito: C
Gabarito: Errado
...
Bons estudos!
Gilmar Possati
prof.possati@gmail.com
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Resumo da Aula
Os contratos de construção devem ser classificados como contratos de preço fixo (fixed price) e contratos de custo
mais margem (cost plus).
Contrato de preço fixo (fixed price) é um contrato de construção segundo o qual a entidade contratada (fornecedora
dos serviços) concorda com o preço pré-fixado ou com a taxa pré- fixada, por unidade concluída que, em alguns casos,
está sujeito às cláusulas de custos escalonados (cost escalation clauses).
Contrato de custo mais margem (cost plus) é um contrato de construção segundo o qual a entidade contratada
(fornecedora dos serviços) deve ser reembolsada por custos projetados e aprovados pelas partes - ou de outra forma
definidos acrescido de percentual sobre tais custos ou por remuneração fixa pré-determinada.
A receita do contrato de construção deve ser mensurada ao valor justo da contraprestação recebida ou a receber e
compreende ...
CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO (CPC 17)
O CPC 17 nos fornece os seguintes exemplos de custos relacionados diretamente a um contrato específico:
O CPC 17 nos fornece os seguintes exemplos de custos que podem ser atribuíveis à atividade do contrato de modo
geral e imputados a contratos específicos:
Custos que podem ser atribuíveis à atividade do contrato de modo geral e imputados a contratos
específicos
Prêmios de apólice de seguro;
Custos de concepção e assistência técnica que não estejam diretamente relacionados a um contrato
específico;
Gastos gerais de construção (overhead);
Custos de Empréstimos
O CPC 17 destaca que os gastos que não podem ser atribuídos à atividade do contrato ou não podem ser alocados ao
contrato devem ser excluídos dos custos do contrato de construção. O pronunciamento nos fornece os seguintes
exemplos:
Despesas com pesquisa e desenvolvimento para os quais o reembolso não esteja previsto no contrato;
Depreciação de instalações e equipamentos ociosos que não sejam usados em um contrato em particular.
Quando a conclusão de um contrato de construção puder ser estimada com confiabilidade, as receitas e os custos
associados ao contrato de construção devem ser reconhecidos como receitas e despesas, respectivamente, tomando
como referência o estágio de execução (stage of completion) da atividade contratual ao término do período de reporte.
A perda esperada com o contrato de construção, por sua vez, deve ser reconhecida imediatamente como despesa.
A conclusão do contrato de construção pode ser estimada com confiabilidade quando todas as condições
seguintes estiverem satisfeitas...
Contrato de preço fixo (fixed price)
A receita do contrato puder ser mensurada com confiabilidade;
For provável que os benefícios econômicos associados ao contrato fluirão para a entidade;
Tanto os custos para concluir o contrato quanto o estágio de execução da atividade contratual puderem
ser mensurados com confiabilidade, ao término do período de reporte;
Os custos atribuíveis ao contrato puderem ser claramente identificados e mensurados com confiabilidade
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de forma tal que os custos atuais incorridos possam ser comparados com estimativas anteriores.
Custo mais margem (cost plus)
For provável que os benefícios econômicos associados ao contrato fluirão para a entidade;
Os custos atribuíveis ao contrato, quer sejam especificamente reembolsáveis ou não, puderem ser
claramente identificados e mensurados com confiabilidade.
Segundo o CPC 17, o reconhecimento da receita e das despesas tendo como referência o estágio de execução do
contrato é usualmente denominado como Método da Percentagem Completada.
Por esse método, a receita contratual é confrontada com os custos contratuais incorridos à medida que cada estágio
de execução do trabalho é alcançado, fato que resulta na divulgação de receitas, despesas e lucro que podem ser
atribuídos à proporção do trabalho realizado.
registros financeiros;
sistema orçamentário eficaz.
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Quando for provável que os custos totais do contrato excederão a receita total do contrato, a perda esperada deve
ser reconhecida imediatamente como despesa.
A entidade deve aplicar o CPC 20 na contabilização dos custos de empréstimos de ativos qualificáveis (em regra).
Custos de empréstimos são juros e outros custos que a entidade incorre em conexão com o empréstimo de recursos.
Ativo qualificável é um ativo que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar pronto
para seu uso ou venda pretendidos.
Ativos financeiros e estoques que são manufaturados, ou de outro modo produzidos, ao longo de um curto período
de tempo, não são ativos qualificáveis. Os ativos que estão prontos para seu uso ou venda pretendidos quando
adquiridos não são ativos qualificáveis. Exemplo clássico desses ativos são as mercadorias para revenda.
Reconhecimento
A entidade deve capitalizar os custos de empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, construção ou
produção de ativo qualificável como parte do custo do ativo. A entidade deve reconhecer os outros custos de
empréstimos como despesa no período em que são incorridos. Assim, temos:
Início da Capitalização
A entidade deve iniciar a capitalização dos custos de empréstimos como parte do custo de um ativo qualificável na
data de início , ou seja, a primeira data em que a entidade satisfaz todas as seguintes condições:
Suspensão da Capitalização
A entidade deve suspender a capitalização dos custos de empréstimos durante períodos extensos em que suspender
as atividades de desenvolvimento de um ativo qualificável.
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A entidade normalmente não suspende a capitalização dos custos de empréstimos durante um período em que
substancial trabalho técnico e administrativo está sendo executado.
A entidade também não deve suspender a capitalização de custos de empréstimos quando um atraso temporário é
parte necessária do processo de concluir o ativo para seu uso ou venda pretendidos.
Cessação da Capitalização
A entidade deve cessar a capitalização dos custos de empréstimos quando substancialmente todas as atividades
necessárias ao preparo do ativo qualificável para seu uso ou venda pretendidos estiverem concluídas.
Atenção! Mesmo se trabalho administrativo de rotina possa ainda continuar ou, ainda, se modificações menores
resumirem-se a tudo o que está faltando, a empresa deve cessar a capitalização dos custos de empréstimos.
A capitalização dos custos de empréstimos pode cessar por partes, à medida que o ativo for ficando pronto, desde
que cada parte possa ser utilizada enquanto a construção de outras partes continua.
R$285.000,00.
c) R$24.868,42.
d) R$92.368,42.
Nas demonstrações contábeis de 20x5, o valor que poderá ser capitalizado como
custo de construção do edifício empresarial, de acordo com o CPC 20 (R1) -
Custos de Empréstimos é:
a) R$ 901.250,00;
b) R$ 987.500,00; 01699177899
c) R$ 1.287.500,00;
d) R$ 2.703.750,00;
e) não deverá reconhecer os juros no custo de construção, pois o edifício
empresarial não é um ativo qualificável.
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
C E C C D B E E
9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16.
E A A C D D C E
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