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SETA – SEMINÁRIO EVANGÉLICA DA AMEOVALE

ACONSELHAMENTO CRISTÃO 1

O QUE SIGNIFICA SABER ESCUTAR

A Bíblia diz que há um tempo para todas as coisas, debaixo do céu,


cada coisa tem sua hora; “...tempo de estar calado e tempo de falar”. A
maioria das pessoas pensa que o ar deve estar cheio de som de suas vozes,
porém a Palavra diz que o tempo de calar é igual ao tempo de falar. Os
conselheiros de Israel necessitavam da capacidade de ouvir, de escutar.
Jesus disse: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”.
Terrivelmente esta é a época em que ninguém escuta. A tônica da
educação de hoje é que o aluno participe e se expresse. Isto nos leva a
pensar que o falar é mais importante que o escutar. Naturalmente não é
possível que um fale todo o tempo. Alguém tem que escutar. A maioria dos
que falam não deseja dar informes ou na realidade comunicar-se, mas tão
somente buscam um auditório. O ESCUTAR pode ser caracterizado por
distintos níveis.

I. NÍVEL SUPERFICIAL
Neste nível escutamos somente as palavras das outras pessoas. Não
procuramos avaliar ou compreende-las. Poderíamos repeti-las se fosse
necessário, porém nada mais (recado).
II. NÍVEL DA AVALIAÇÃO
Neste escutamos as palavras e logo avaliamos e talvez de alguma
forma aceitemos ou rejeitemos. Ex.: escutar o sermão aos domingos. O
visitador pode escutar e avaliar o que disse um paciente e até fazer um
diagnóstico de seu problema de maneira objetiva. Mas, cuidado para não
“rotular”.
III. NÍVEL DE ESCUTAR ALÉM DAS PALAVRAS
Há poucas pessoas que chegam a escutar neste nível porque nele se
escuta a pessoa em vez de escutar acerca dela. Isto é, compreender o que
fica atrás das palavras. Já não se é mais “observador do balcão” e se
avaliam nas palavras. Neste nível escuta-se a pessoa como uma verdadeira
pessoa, digna de ser ouvida.
O que significa escutar além das palavras? Jesus diss e: “Quem
tem ouvidos para ouvir, ouça”, naturalmente que uma pessoa não surda
pode ouvir bem, porém Jesus explicou: “Se tem ouvidos para ouvir que
escutem o verdadeiro sentido da palavra e o que a pessoa deseja dizer-lhe”.

1. Ouvir com simpatia – compreender a idéia expressada; os


motivos de sua atitude.
2. Escutar com compaixão; interesse.
3. Colocar-se no lugar do outro.
4. Não se importar se o que ele disse é justo ou injusto; correto ou
incorreto. Entrar em companheirismo emotivo com a pessoa.
5. Significa ouvir além das perguntas. Estas podem estabelecer uma
relação mais pessoal. A resposta não é tão importante. Ex.:
perguntas sobre algum livro, médico, horas, etc.

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6. Significa escutar o significado do silêncio. O silêncio como a


palavra pode cobrir ou descobrir. A tentação é nos apressarmos
em dizer alguma coisa.
7. Prestar verdadeira atenção. Escutar estimula o outro a
comunicar-se. Indiferença inibe o outro a expressar-se com
naturalidade.
8. Escutar é ouvir abertamente, sem julgamento.

IMPORTÂNCIA DO SABER OUVIR

 Prepare-se para ouvir


 Ouça segundo o ponto de vista do interlocutor
 Concentre-se no ponto principal e não apenas nos fatos
 Amenize sua sensibilidade às palavras
 Procure manter a mente aberta
 Preste atenção
 Mantenha seu pensamento no interlocutor
 Ouça nas entrelinhas
 Não antecipe pontos de vista ou idéias
 Não faça julgamentos ou pré conceitualize as falas
 Mantenha contato visual com quem fala

OITO MANDAMENTOS DA ARTE DE OUVIR

1. Julgar o conteúdo e não a forma de expressão.


2. Ser receptível.
3. Ser flexível, não Ter resistência às mudanças.
4. Ouvir a mensagem completa.
5. Prestar atenção às idéias.
6. Procure entender o ponto de vista do outro.
7. Deixar de lado os preconceitos e preferências.
8. Não se distrair.

“Falar é prata. Ouvir é ouro”

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DEUS TRABALHANDO A ALMA PARA CURAR O CORPO

Texto: Lucas 5:17-25


v. 17 – Jesus ensinava
v. 18-19 – A busca da cura:
De quem?
Do quê?
v. 20 – Alma curada
v. 21-22 – Coração doente
v. 23-24 – Olhos da fé
v. 25 – A cura completa.

 Como era minha vida antes de receber a Cristo.


 Explique sua religião, pecados e estilos de vida.
 Como eu percebi que precisava aceitar a Cristo.
 Onde e como eu aceitei a Cristo.
 Como é a minha vida hoje.

 Necessidade + Limitações = impulsiona-nos a pedir AJUDA.

A FIGURA DO CONSELHEIRO NUM CONSTANTE DESENVOLVIMENTO.


Esse é o título do próximo tema que iremos desenvolver em sala de aula.
Portanto, escreva aquilo que Deus já tem lhe falado de como deve ser o
conselheiro(a) cristão(ã).

O ACONSELHAMENTO CRISTÃO DEVE EVIDENCIAR O INTERESSE DE


DEUS POR CADA PESSOA INDIVIDUALMENTE.

As multidões, o povo, sempre estiveram no foco de Deus. Quando


Salomão concluiu a construção do maravilhoso templo em Jerusalém, e
depois que o dedicou a Deus, numa festa solene, Deus se manifestou à noite
e falou com ele: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se
humilhar, orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então
eu os ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2
Cr. 7:14). Os cuidados de Deus pelas pessoas como um todo são expressas
nas bem conhecidas palavras do profeta Isaías no cap. 53, anunciando a
ação redentora do Messias para o mundo: “Certamente ele tomou sobre si
as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o
reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido... e pelas sua pisaduras
fomos sarados” (v. 4,5).
Talvez a parábola da bodas seja a confirmação mais clara de que
Deus gostaria de cuidar de todos. O rei, citado por Jesus na parábola, diz:
“Ide, pois, para as encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas a
quantos encontrardes. E, saindo aqueles servos pelas estradas, reuniram
todos os que encontraram, maus e bons; e a sala do banquete ficou repleta
de convidados” (Mt. 22:10). O ministério de Jesus foi marcado pela cura

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indiscriminada de doentes, em grande número: “Chegada a tarde,


trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra
expeliu os espíritos, e curou todos os que estavam doentes; para que se
cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo
tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças” (Mt.
8:16,17). Este texto deixa entendido de que as curas aconteciam durante a
aglomeração de multidões.
Mas existe um grande número de textos indicando que os cuidados
de Jesus com as pessoas eram executados individualmente também, em
conversas privativas e discretas, como, por exemplo, a explanação sobre a
salvação a Nicodemos, que aconteceu altas horas da noite. A razão de
escolha do horário noturno não nos é dada, mas não é difícil imaginar
algumas razões. Nicodemos era um fariseu e um homem público e político.
O ministério de Jesus era um desafio e uma confrontação à liderança
espiritual dos fariseus no meio do povo. A fama pública de Jesus, o seu
poder de realizar milagres e a euforia das multidões em segui-lo tornou-se
uma ameaça política para a elite dominante. Ninguém podia se aproximar
pacificamente de Jesus sem entrar em conflito com eles. Mas Nicodemos
estava inquieto. Ele observou os frutos do ministério de Jesus. Ele, um
fariseu estudioso e intelectual, percebeu que Jesus alcançava o coração do
povo, realizava milagres e transmitia um poder e uma paz que somente
Deus poderia dar. Assim ele procurou a Jesus no sigilo d noite e Jesus
respeitou a sua decisão e o atendeu individualmente no abrigo da escuridão.
Não apenas com Nicodemos mas com certa freqüência Jesus atende as
pessoas em particular, como por exemplo: 1) Jesus saiu da multidão e foi
visitar Zaqueu em sua casa; A parábola do Bom Pastor também enfatiza a
busca de uma só ovelha, fugida, caída e sofrida.
Essa explanação serve para mostrar o cuidado individual que se faz
necessário exercitar dentro do aconselhamento, porém, lembrando sempre
que a maioria das conversas rodeiam em torno de assuntos bem evidentes:
solidão, auto-estima e medo. Portanto vou fornecer questionários que
tratam do assunto que poderá ser utilizado como ferramenta dentro do
aconselhamento, no entanto, faz-se necessário que você individualmente
seja sujeito ao questionário.

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE SENTIMENTO DE


ISOLAMENTE E SOLIDÃO.

Este exercício consiste em simplesmente ler cada questão, e depois


responder afirmativamente ou negativamente com um “x”. Às vezes a
resposta não estará clara, ou ela lhe parecerá subjetiva demais para
responder simplesmente “sim” ou “não”. Caso isto aconteça, então escreva
algo a respeito numa folha ou num caderno. Outras vezes a resposta da
questão dependerá das circunstâncias em que ela acontece, e você dirá,
depois de ter lido a questão: “Depende”. Neste caso responda,
simplesmente, pela média: o que é que acontece, e como acontece na
maioria das vezes. Não se preocupe em “acertar” as respostas, pois isto aqui

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não é uma prova, mas, apenas um questionário para levantamento de


dados.

SIM NÃO
1. Você tem amigos? ( ) ( )
2. Esta amizade consiste num mútuo dar e receber? Caso não você ( ) ( )
recebe mais do que dá? Ou você perde demais, tanto que se distancia?
3. Você tem procurado conversar sobre esta desproporção, este ( ) ( )
desequilíbrio?
4. Você consegue confiar em outras pessoas? Caso não: Por que não? ( ) ( )
a. más experiências: ( ) ( )
b. medo de ser decepcionado: ( ) ( )
c. porque não confia em sim mesmo: ( ) ( )
5. Você evita relacionamentos mais próximos com os outros? ( ) ( )
Caso sim: É por medo de...
a. não corresponder com as expectativas do outro? ( ) ( )
b. eventualmente ser deixado de lado? ( ) ( )
6. Você pensa que é preciso esforçar-se para ser aceito por outros? ( ) ( )
7. Você tem a impressão de que tem que esconder o seu verdadeiro ( ) ( )
jeito de ser diante dos outros?
Caso sim: você já experimentou ser você mesmo? ( ) ( )
8. Você consegue aceitar alguém que se apresenta em sociedade de ( ) ( )
modo desajeitado ou inadequado?
Consegue aceitar quem se comporta de modo errado sem ter esta ( ) ( )
intenção?
9. Você tem medo de errar (sem intenção) porque os outros poderiam ( ) ( )
criticar ou rir de você?
10. Você já refletiu sobre o que poderia fazer para ser integrado na
sociedade? Num grupo? Num grupo familiar? Ou numa célula da igreja?
Caso sim:
a. falando coisas positivas: ( ) ( )
b. escutando mais e melhor aos outros: ( ) ( )
c. mostrando mais cordialidade: ( ) ( )
d. convidando as pessoas: ( ) ( )
e. e o que mais?

E então, como foi a sua experiência de preencher este formulário? Ele o fez
pensar em algo novo? Você descobriu algo a respeito de si mesmo? Não
passe simplesmente a diante. Reflita sobre a necessidade e a maneira de
fazer algo a respeito das questões que não estão em ordem. Ore a respeito,
e tome algum propósito agora mesmo. Escreva o seu propósito e seu plano
a seguir:

OBS.: Os próximos questionários serão sobre auto-estima e medo.

A. Características da Pessoa que Possui uma Baixa Auto-Estima (que


gosta muito pouco de si mesma):

 Ofende-se com facilidade.


 Argumenta demais – “ser sempre do contra” (achar sempre que o que
mais vale é a sua própria opinião).
 Critica muito os outros.

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 Intolerante (“...tem que ser assim e não me venha com outra...”).


 Irritável (qualquer coisa lhe aborrece).
 Tem dificuldade em perdoar.
 Sente ciúme exagerado.
 Tem dificuldade em ouvir o que os outros têm a dizer.
 É materialista – complexo de pobreza.
 Dá valor exagerado a títulos, honrarias etc.
 É um mau perdoador.
 Tem dificuldade em aceitar elogios.

B. Reflexão sobre a auto-estima


Em certa ocasião Jesus foi inquirido pelos intelectuais da época e
os conhecedores da Lei Mosaica. Perguntaram a ele: “Mestre, qual é o maior
mandamento da Lei?” “Respondeu Jesus: “Amarás o Senhor teu Deus de
todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento”. Este
é o primeiro e maior mandamento. E o segundo semelhante a ele: “Amarás
a teu próximo como a ti mesmo”. Destes dois mandamentos dependem toda
a Lei e os Profetas” (Mt. 22:36-40).
Há estudiosos da Bíblia que entendem que aqui existem apenas
dois mandamentos, o de amar a Deus e o de amar ao próximo. Estes
estudiosos entendem de que Jesus não designou mais um mandamento, o
de amar a si mesmo. A palavra “como” faz uma digressão comparativa
apenas para algo pré-existente. Para eles o amor a si mesmo é apresentado
por Jesus como uma precondição para o amor ao próximo. É o fundamento,
a base, sobre o qual se baseia o amor ao próximo. Portanto, o amor a si
mesmo faz parte dos fundamentos de uma natureza humana sadia, como
criada por Deus. Se aqui alguém esta deficiente, estará também no amor ao
próximo.
Outros estudiosos interpretam a frase “amarás ao teu próximo
como a ti mesmo” como um mandamento para o amor a dois objetos: ao
próximo e a si mesmo. Pode-se perceber que freqüentemente os autores
que estudam e escrevem sobre os problemas da vida e os conselheiros que
querem ajudar pessoas com problemas tendem a interpretar o amor a si
mesmo como mandamento de Jesus. Estes certamente entram em contato
com os efeitos nefastos da falta do amor a sim mesmo, e então, em busca
de uma ênfase, conseguem enxergar mais facilmente o amor a si mesmo
como mandamento também.
De qualquer maneira, o amor a si mesmo é necessário para que
haja cuidados pessoais, para que haja estrutura psicológica, emocional e
espiritual para que a pessoa possa interagir com o seu meio, especialmente
com o meio agressivo e com as dificuldades que a vida diariamente
apresenta. Muito embora não encontremos na Bíblia palavras como auto-
estima, auto-conceito, auto-valorização e auto-realização, estes conceito nos
facilitam a compreensão do que é este amor a si mesmo, que é uma
precondição para o amor ao próximo.
Ao mesmo tempo, o conselheiro pastoral não deve esquecer que
existem problemas humanos que nascem no amor próprio exclusivo. Isto é,

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quando não acontece o equilíbrio do amor próprio e do amor a si mesmo.


Neste casos podem instalar-se atitudes egoístas, orgulho, inveja e ciúme,
reações perdulárias (gastadoras, esbanjadoras) e sérias dificuldades de
relacionamento. Estas coisas são descritas na Bíblia como pecado. E elas
causam também sensações de infelicidade em quem vive sob esta
determinante do amor exclusivo a si mesmo, sem considerar equilíbrio com
o amor ao próximo.
Ter auto-estima e sentir seu valor pessoal é uma necessidade
psicológica básica para a sobrevivência do indivíduo, além de ser uma
necessidade básica para se ter a ousadia de fazer alguma coisas pela obra
de Deus e pelas pessoas. Se alguém não confia em si mesmo, não reunirá
as forças necessárias para muitas das tarefas diárias a que o ser humano é
exposto como: levantar os recursos para viver, entrar em contato com
pessoas, confrontar, desafiar, conquistar, trabalhar e vencer na vida. Muitos
cristãos anularam-se a si mesmos e consideram o amor a si mesmo como
pecaminoso em função de textos como o da videira e dos ramos, onde em
João 15:4 diz: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não
pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira,
assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim... porque sem
mim nada podeis fazer“. Um outro texto que pode ser interpretado
unilateralmente e fora do contexto geral da Bíblia é João 3.27: “O homem
não pode receber cousa alguma se do céu não lhe for dada”, e o texto de 2
Coríntios 3.5, que enfatiza: “Não que por nós mesmos sejamos capazes de
pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa
suficiência vem de Deus”. Baseados em passagens semelhantes a estas,
muitos afirmam que o amor a si mesmo, a auto-confiança, o auto-conceito e
a valorização própria não recebem respaldo.
Mas, ao analisar o segundo maior mandamento, não podemos ter
dúvidas de que ao cristão cabe o equilíbrio entre o amor ao próximo e o
amor a si mesmo, seja este um mandamento ou não. Através de pregações
com conteúdos como os anteriormente expostos freqüentemente encontro
cristãos que pecam de maneira inversa, isto é, amam ao próximo mais do
que a si mesmos. Acho que devemos considerar como um pecado amar
próximo mais do que a si mesmo, tanto quanto consideramos amor egoísta
como um pecado.
Romanos 12.3 oferece a solução para esta discussão. O apóstolo
Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu: “Ninguém tenha a si mesmo
um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um
conceito equilibrado, de acordo com a fé que Deus lhe concedeu”. Gosto de
comparar o conceito de auto-estima às plantas, a diferentes tipos de
vegetais. Se a auto-estima for como uma grama, como relva no chão, cada
pessoa e qualquer animal poderá pisoteá-la até que ela seque ou morra. Se
ela se tornar grande como uma árvore, então poderá lançar tanta sombra
que impedirá outras plantas de crescerem ao seu pé. Mas, se a planta for
como uma cerca viva, constantemente tratada, podada e cuidada, então ela
não será pequena demais, a ponto de ser pisoteada, nem grande demais de
modo que outra plantas deixem de ter seu espaço. Uma cerca viva se faz

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presente, marca e diferencia espaços, mas faz isto com clareza e estética,
sem prejudicar as outra plantas.
Volte agora às Características da Pessoa que possui uma Baixa
Auto-estima, e após a pequena reflexão acima, tente avaliar-se mais uma
vez. Se mesmo assim você chegar à conclusão de que sua auto-estima sofre
de déficit, então procure alguns livros como: Você é alguém especial, de
Bruce Narramore; Construindo uma nova auto-imagem, de Josh McDowell
ou outras obras semelhantes. Se estes livros não forem suficientes para lhe
ensinar crescimento de auto-estima, então não se constranja em buscar um
conselheiro. Se o seu pastor não se sentir à vontade em ajudar nesta
questão, ouse mesmo procurar um conselheiro profissional. Com os
resultados obtidos você certamente poderá viver mais satisfatoriamente, e
será de maior benção mesmo no trabalho do Reino de Deus.
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de
propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele
que vos chamou das trevas para sua maravilha luz” (1Pe. 2.9). Poderíamos
valorizar-nos a nós mesmos mais do que o próprio Deus nos valoriza?
Certamente que não! E percebamos bem: esta valorização é “a fim de
proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua
maravilha luz”. Uma pessoa que não se valoriza adequada e
equilibradamente não é capaz de proclamar nenhuma virtude e talvez
proclame apenas pessimismo, medo, desesperança, etc.
C. Algo para pensar:
O que um homem pensa de si mesmo, determina o seu destino. (Henry D.
Tohreau)
Vai-te, e seja feito conforme a tua fé. (Mt. 8:13)
Tudo posso naquele que me fortalece: Cristo. (Fl. 4:13)

D. O que o amor-próprio não é:


 A pessoa que se aceita tal qual é não se deixa dirigir por uma ambição
neurótica e/ou egocêntrica.
 Uma pessoa que está de bem consigo mesma não tem a necessidade
doentia de dizer sempre “sim” a tudo. Ela também consegue dizer “não”
quando isso for necessário.
 Quem se ama adequadamente não fica arrasada com facilidade.
 Pessoas que conseguem se aceitar a si mesmas não são exageradamente
sensíveis, não se ofendem por qualquer coisa.
 Pessoas que se aceitam não vivem no passado.
 Pessoas que se aceitam não esperam que as outras as façam felizes ou
preencham todas as suas necessidades.

E. Teste psicológico para determinar o grau de auto-estima.


Marque com um “X” a resposta que corresponde à sua situação.

1. Recebi de meus pais quase todo amor que precisava.


 verdadeiro  falso
2. Não sou mais autoconsciente do que as pessoas comuns.

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 verdadeiro  falso
3. Raramente me vejo criticando fortemente as pessoas.
 verdadeiro  falso
4. Tenho tantos amigos quanto gostaria de ter.
 verdadeiro  falso
5. Não me importo muito quando pessoas que conheço fazem coisas
absurdas.
 verdadeiro  falso
6. Penso que consegui quase tudo que desejava na vida.
 verdadeiro  falso
7. Não tenho sido incomodado por muitos problemas físicos ou emocionais.
 verdadeiro  falso
8. Tenho a tendência de confiar na maioria das pessoas sem muita
dificuldade.
 verdadeiro  falso
9. Os políticos são quase tão honestos quanto as pessoas comuns.
 verdadeiro  falso
10. Provavelmente não sou mais sensível do que a maioria das pessoas.
 verdadeiro  falso
11. Dificilmente penso que as pessoas possam estar rindo de mim.
 verdadeiro  falso
12. A maioria das pessoas não conseguiria me deixar sem saída ao tentar
me pôr em apuros.
 verdadeiro  falso
Ao mesmo tempo em que estas afirmações acima querem ajudá-lo a avaliar
a sua auto-estima, elas em si já oferecem conceitos e dicas a respeito da
mesma.

SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS MÉTODOS DE


ACONSELHAMENTO
- ordenar,
- proibir,
Método autoritário/centralizador: - repreender,
- ameaçar,
- o conselheiro possui o
conhecimento e experiências.
(*)
- termo de compromisso e
Método exortativo: promessas formais como
estímulo para modificação de
atitudes.

- repreensão da problemática
Método sugestivo: através de encorajamento e
suporte.

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- verbalização de problemas e de
vivências emocionais
Catarse: conscientes e inconscientes a
alguém que proporcione
aceitação e compreensão.

O conselheiro: (*)
- dirige a entrevista,
Método diretivo: - seleciona os tópicos,
- define os problemas,
- sugere soluções e planos de
ação,
- baseia-se na orientação
médica.
- esclarecimentos a respeito das
Método interpretativo: motivações (às vezes
inconscientes) do
comportamento e atitudes.

O aconselhando: (*)
- dirige a entrevista,
- visa ao amadurecimento
emocional e não apenas
Método não-diretivo: solução de problemas,
- focaliza o conteúdo emocional
expresso pelo aconselhando,
- proporciona atmosfera propícia
para autodeterminação por
parte do conselheiro.
- emprega, simultaneamente ou
Método eclético: não, os vários métodos, de
acordo com a natureza do
problema e a necessidade do
aconselhando.

(*) Acréscimos pessoais.


(*) Método diretivo: O conselheiro assume a responsabilidade de achar a
solução.
(*) Método não-diretivo: O conselheiro orienta a encontrar o caminho.

FORMAS DE CASAMENTO

 Monogamia: um homem e uma mulher. Pv. 5:15-19 (é louvável para


Deus)

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 Poligamia: um homem e mais de uma mulher. Gn. 4:19 (seu início é bem
cedo, através de Lameque)
 Poliandria: uma mulher e mais de um homem.
 Casamento em grupo: não há casais fixos e as crianças são criadas pela
comunidade inteira. Ex.: comunidades hippies.
 Casamento levirato: um irmão ficava com a esposa viúva de um irmão
falecido.

FORMAS E ABORDAGENS DE TERAPIA/ACONSELHAMENTO FAMILIAR

1. Terapia familiar conjunta: refere-se àquela situação em que o


terapeuta encontra-se com uma família e tenta enfocar os padrões de
interação dentro dela. Isto amiúde significa que toda a família acha-se
presente, mas tal não é de modo algum exigido, enquanto o enfoque for
o da patologia familiar e não apenas a patologia deste ou daquele
membro. Alguns denominam esta abordagem à terapia de psicoterapia
conjunta. Murray Bowen chama-a de terapia familiar grupal. Seja qual for
o nome que se lhe dê, sua marca distintiva é o enfoque da família.
2. A terapia de impacto múltiplo: refere-se à abordagem em que
diversos membros de uma equipe trabalham com membros individuais e
variadas combinações familiares por um período intensivo de 2 ou 3 dias.
Alguns acham que a família é então engolfada pelo assalto dos terapeutas
e, através de um bombardeio constante das defesas familiares, torna-se
possível uma mudança real. Mais um vez, o enfoque aqui é o do sistema
familiar.
3. A terapia de rede ou entrelaçamento: expande a terapia desde a
família nuclear para outros que nela têm interesse ou lhe são
significativos, vizinhos e amigos inclusive, e isto é considerado necessário
ou útil. O objetivo da terapia de rede é a “retribalização”, isto é, a criação
de uma rede social viável para a pessoa ou a família que se acha em
dificuldade. Baseada primeiramente no pensamento de R. D. Laing, a
noção básica de terapia de entrelaçamento é que tais “tribos” ou redes
sociais têm dentro de si o poder de curar. Ademais, este poder é
atribuído ao fato de a doença mental ser resultado de um colapso das
redes sociais tradicionais, que historicamente davam às pessoas o senso
de pertencer a algo e poder enfrentar as adversidades. A doença é o
resultado da alienação, por parte de uma pessoa, não apenas de um
senso do eu, mas também de sua raízes. A terapia, pois, é a tentativa de
“retribalizar” essa pessoa. Mais uma vez, trata-se de ser a pessoa
avaliada não em isolamento, mas dentro do contexto de uma
configuração social mais ampla.
4. A terapia familiar múltipla: refere-se à abordagem em que um certo
número de famílias é visto ao mesmo tempo. Este método, utilizado pela
primeira vez por Peter Laqueur, vem ganhando popularidade. O emprego
de outras famílias tende a superar um pouco da distância existente entre
o terapeuta e seus clientes. O autor a experimentou ele próprio, ao lidar

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com famílias negras e carentes. As oportunidades de observar, imitar e


identificar-se com outras famílias aumentam, o que parece diminuir
algumas das barreiras existentes entre terapeuta e família. Premissa
básica, contudo, é o emprego de uma abordagem de sistema à terapia.

O MODELO SISTÊMICO
Todas as partes de um organismo formam um circuito. Portanto, toda parte
é começo e fim. (Hipócrates)

A idéia central desse modelo é ser o “doente”, ou membro sintomático,


apenas um representante circunstancial de alguma disfunção no sistema
familiar.
FAMÍLIA: membro sintomático/membro assintomático.

OBS.: Continuando sobre regras familiares.

Cada família desenvolve formas básicas, específicas de transações,


ou seja, uma seqüência padronizada de comportamentos, de caráter
repetitivo, que garantem a organização familiar e que permite um mínimo
de previsibilidade sobre a forma de agir de seus membros. Considera-se que
essas formas padronizadas e repetitivas de se comportar na família são
governadas por regras. Regras que não são na sua maioria verbalizadas,
mas que podem ser inferidas a partir da observação das qualidades das
transações na família. Regras que em parte são vinculadas aos valores de
nossa cultura, mas que em grande medida se originam das vivências
psicológicas do casal. Às vezes, elas representam simplesmente repetição de
vivências que o casal teve em suas respectivas famílias de origem.
A família pode, então, ser vista como um sistema que se auto-
governa através de regras, as quais definem o que é e o que não é
permitido. Estabiliza-se equilibra-se em torno de certas transações que são a
concretização dessas regras. O sistema familiar oferece resistência a
mudanças além de um certo limite, mantendo, tanto quanto possível, os
sues padrões de interação – sua homeostasia. Existem padrões alternativos
disponíveis dentro do sistema, mas qualquer desvio que vá além do seu
limite de tolerância aciona mecanismos que restabelecem o padrão usual. O
mecanismo utilizado na família para restabelecimento da homeostase é
denominado retroalimentação negativa, ou feedback negativo. (Ex.:
adolescência de um ou mais membros da família; o nascimento de um bebê,
etc...)
O feedback negativo terá, então, a função de manter o equilíbrio –
a homeostasia do sistema familiar.
Homeostase: conjunto de ajustamentos compensatórios que
tem por missão enfrentar qualquer ameaça à estabilidade da
personalidade.
É importante ressaltar neste momento que estabilidade ou
equilíbrio do sistema familiar não significam necessariamente sanidade,

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significam apenas um modo de interação que permite a sobrevivência da


família. A família pode também equilibrar-se em torno de padrões
difuncionais.
Quando existem obstáculos à transformação, ou seja, quando
existe dificuldade de se reorganizar um novo equilíbrio na família, vê-se
freqüentemente que as transações existentes eram disfuncionais.

 Quando as mudanças em suas regras funcionais são


necessárias? De exemplos.
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_____________________________________________________________
_________________.
 Quais seriam os subsistemas existentes dentro do sistema
família?

 Como interagem entre si?

CONTINUAÇÃO
EXERCÍCIO

OBS.: Homeostasia e transformação: processos básicos de


manutenção da família.

1. Adoecimento e hospitalização da figura do pai que é aquele quem


administra toda a casa. A mãe, dona de casa, necessita ficar com ele no
hospital. A casa fica sobre os cuidados da filha mais velha que tem também
de cuidar dos dois irmãos mais novos.
Segundo seu ponto de vista, o restabelecimento da família deverá
ficar como?
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_____________________________________________________________
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___________________________________________________________

1. Família constituída de dois filhos homens mais velhos e duas meninas


pré-adolescentes, pai mantenedor e mãe dona de casa. O filho mais velho
que ajudava na manutenção da casa engravida a namorada e sai de casa
para morar com o sogro.
Qual a transformação ocorrida nessa família e como você as vê?
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_____________________________________________________________
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SETA – SEMINÁRIO EVANGÉLICA DA AMEOVALE
ACONSELHAMENTO CRISTÃO 14

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ESTUDANDO AS EMOÇÕES E SENTIMENTOS

 EMOÇÃO: a palavra emoção significa movimentação ou agitação do


organismo. É o estado em que o organismo sai do seu equilíbrio. A
manifestação emocional é um distúrbio da atividade glandular e
muscular.

 EMOÇÃO: são expressões afetivas acompanhadas de reações intensas e


breves do organismo em resposta a um acontecimento inesperado.
Comoção, perturbação.
1) Dinâmica do fio(corda) a ser ultrapassado sem cair no abismo.
2) Dinâmica do rótulo: Riam de mim, Me desprezem, “me adorem”.
Exemplos de características emocionais: Medo, raiva, riso, etc...

Medo: Quando um indivíduo se confronta com o perigo surge o medo, uma


reação de surpresa ou sobressalto.

Raiva: O que produz a raiva em uma pessoa poderá ser a contrariedade ou


a dor. Quando um indivíduo está com raiva ou dor, há a possibilidade de
“perder a cabeça” ou o controle.

Riso: O riso surge pela satisfação ou diante de um fato engraçado. Na piada


o riso surge porque determinada situação se apresenta de forma inesperada,
completamente diferente do que se esperava.

Químicas na emoção
Existem vários estados emocionais, não se podendo assim identificar todas
as mudanças físicas químicas e psicológicas provenientes das emoções,
porém, na cólera e medo é possível distinguir dois elementos químicos na
corrente sangüínea. Na cólera conseguimos identificar a adrenalina. Nos
filmes violentos existe até a expressão popular que tal aventura é “pura
adrenalina”. No medo de consegue identificar dois elementos químicos:
Adrenalina e noradrenalina. Este segundo elemento químico é tão poderoso,
que é possível um cão percebê-lo.

REAÇÕES FÍSICAS NA EMOÇÃO

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SETA – SEMINÁRIO EVANGÉLICA DA AMEOVALE
ACONSELHAMENTO CRISTÃO 15

A emoção não encontrando evasão pode gerar resultados como frustração


ou depressaõ. Nos estados emocionais temos muitas das vezes consciência
de reações físicas: coração pesado, músculos tensos, palmas das mãos
úmidas de suor, alteração na cor das faces, tremor, etc.

 SENTIMENTO: difere das emoções por serem mais duradouros, menos


“explosivos” e não serem acompanhados de reações orgânicas intensas.

 SENTIMENTO: ato ou efeito de sentir- (se). Disposição afetiva em


relação a coisas de ordem moral ou intelectual.

“Se vocês encontrarem tempo para conversar todos os dias,


jamais se tornarão estranhos.”
(Léo F. Buscaglia)

SENTIMENTOS

 SENTIMENTO: difere das emoções por serem mais duradouros, menos


“explosivos” e não serem acompanhados de reações orgânicas intensas.

 SENTIMENTO: ato ou efeito de sentir- (se). Disposição afetiva em


relação a coisas de ordem moral ou intelectual.

Os sentimentos estão diretamente ligados aos pensamentos (ou ao


monólogo interior) – e também ao comportamento.

PENSAMENTOS  SENTIMENTOS  COMPORTAMENTO

Exemplo: Pensamentos negativos levam a sentimentos negativos,


que levam a um comportamento negativo. Uma criança pensa num copinho
de sorvete, o que cria um sentimento (desejo de um sorvete de chocolate
com cobertura dupla), que leva ao comportamento (fazer alguma coisa para
obter o sorvete).
Ao lidar com essa situação você poderá ou não decidir comprar o
sorvete para seu filho. Se escolher não comprá-lo, será muito fácil negar,
sem refletir, os sentimentos dele (“Você de fato não deveria sentir isso antes
do jantar”). Em vez disso, reconheça e aceite seus sentimentos (“É claro que
você quer um sorvete agora”), e então intervenha no nível do pensamento
(“Mas está muito perto da hora do jantar, e é provável que o sorvete
estrague o seu apetite”), ou no nível do comportamento(“Não podemos lhe
dar um sorvete agora, meu bem”).
Algumas pessoas lidam com os sentimentos negativos gritando,
batendo ou assumindo outros comportamentos agressivos, como o de

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SETA – SEMINÁRIO EVANGÉLICA DA AMEOVALE
ACONSELHAMENTO CRISTÃO 16

“monstro”. Este tipo de “expressão” pode dar um alívio ilusório, mas na


realidade prejudica não só o outro, como o relacionamento e a auto-estima
de todos.
Os sentimentos são experiências particulares, interiores, que nos
falam do nosso mundo. Não podemos esperar que as pessoas sintam como
nós, pois com isso estaremos desrespeitando sua integridade. Ao ditar como
as pessoas deveriam ou não se sentir, nós os estamos pressionando para
que desistam de sua própria realidade emocional. Jamais poderemos fazer
isso, os impediremos de fabricar emoções. Apenas reprimirão seus
sentimentos verdadeiros e fingirão sentir-se de maneira diferente da que de
fato se sentem.
Os sentimentos têm um propósito legítimo. Eles são parte do ser
humano e devem ser aceitos, como conteúdo psicológico. “Os sentimentos
parecem inadequados apenas quando não são entendidos”.
A repressão dos sentimentos cria uma tensão corporal que
continuará a aumentar até que seja aliviada. Esta pressão pode voltar-se
contra o eu – sob a forma de problemas psicossomáticos ou psicológicos –
ou dirigir-se contra os outros, na família ou na sociedade.
O maior exemplo de situações como esta estão representadas na
fase da adolescência. Podemos lembrar dos filhos que estão na fase da
adolescência ou lembrarmos de nós mesmos, quando nossos sentimentos
foram reprimidos e de que maneira reagimos e não agimos.

“Se dermos a uma semente terra boa, muita água e sol, ela não
precisará esforçar-se para desabrochar. Ela não precisará de
autoconfiança, de disciplina nem de perseverança. Ela apenas
despontará. De fato, ela não poderá deixar de brotar.”
(Bárbara Sher)
COMUNICAÇÃO

A comunicação é mecanismo pelo qual as Relações Humanas


existem e se desenvolvem. É através dela que uma sociedade funciona.
Comunicar significa compartilhar com alguém um certo conteúdo
de informações, tais como: pensamentos, idéias, intenções, desejos e
conhecimentos.
As pessoas podem comunicar-se em muitos níveis, por muitas
razões e através de várias formas.
Comunicar-se é transmitir informações; é emitir idéias e
pensamentos. Ou, em seu sentido mais elevado, entrar em comunhão com o
nosso semelhante.
A palavra comunicar vem do latim “COMUNICARE” que significa:
“pôr em comum”.

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SETA – SEMINÁRIO EVANGÉLICA DA AMEOVALE
ACONSELHAMENTO CRISTÃO 17

O grande objetivo da comunicação é o entendimento entre as


pessoas e por conseguinte, quem fala e quem ouve, estão comprometidos
com um processo cuja finalidade é a compreensão.
A palavra é o instrumento básico e primário da comunicação.
Segundo o sacerdote Marcel Quoist, ela é o vínculo da alma que permite aos
homens comunicarem-se uns com os outros.
A função da palavra, portanto, é transmitir o que somos e o que
sentimos. Mas, falada ou escrita, não é o único meio de comunicação, já que
existe também a comunicação não-verbalizada, ou seja, sem palavras. Essa
pode ser expressa de várias maneiras.
Uma delas está subentendida na sabedoria do velho adágio
popular: “As suas ações falam mais alto do que as palavras”. Mensagens
feitas de belas palavras são ofuscadas pela dissonância de ações que as
contradizem.
Outra linguagem altamente expressiva é a do corpo – a expressão
do rosto, mãos crispadas revelando nervosismo, posição dos pés, rictus
facial, serrar de lábios, arqueamento de sobrancelhas, piscar de olhos... toda
essa mímica é uma comunicação inconsciente, que não apenas transmite
mas põe a descoberto nossos verdadeiros sentimentos, não poucas vezes
alterando por completo o sentido de nossas palavras. A mensagem verbal
consciente pode por exemplo ser esta: “Não se preocupe, estou
perfeitamente calma”, enquanto simultaneamente crispamos as mãos e
contraímos os pés, revelando uma mensagem inconsciente de nervosismo e
angústia interiores.
Salomão no seu livro de Provérbios 6:12,13 escreveu – o homem
vil, anda com perversidade na boca, acena com os olhos, arranha com os
pés e faz sinais com os dedos.” Salomão transmite neste texto uma
linguagem toda corporal.
Os psicólogos admitem que 60 a 80 por cento de toda a
comunicação é não-verbal, o que significa que dizemos mais coisas com o
corpo do que com a boca. Inclusive os animais enviam mensagens não-
verbalizadas, exemplo são os cachorros através de seus rabos.

VÍNCULOS FAMILIARES:
Linguagem, sistema e relações do grupo.

Que são vínculos?


Parece impossível a compreensão das relações familiares sem ter
claro para nós o conceito de vínculos. São eles o objeto de nosso trabalho
quando lidamos com um grupo familiar, o elemento de mediação entre o eu
e tu, na família e no mundo.

1. Vínculos
A compreensão da família como um sistema implica na
consideração de que ela é um grupo de pessoas ligadas através de vínculos,

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SETA – SEMINÁRIO EVANGÉLICA DA AMEOVALE
ACONSELHAMENTO CRISTÃO 18

que os vínculos compõem a estrutura mesmo dos sistemas e das relações


familiares.
Vínculo pode ser definido como estrutura dinâmica que liga uma
pessoa à outra e que engloba a pessoa em sua totalidade. O mesmo pode
ser edificador ou não, podendo ajudar na edificação de personalidades
sadias ou comprometendo definitivamente a integridade pessoal.
É impossível a não existência de vínculos na família, da mesma
forma que a comunicação é uma condenação, da qual o homem não
consegue escapar por toda a sua vida. O vínculo está presente onde quer
que haja sistema e estrutura. A linguagem é uma forma de manifestação
destes vínculos. A pessoa é condenada a comportar-se, a relacionar-se e a
comunicar-se toda uma curta existência neste mundo.
O VÍNCULO É:
 indestrutível,
 inconsciente,
 afetivo.
Como ligação entre as pessoas, o vínculo é a ponte lançada entre o
eu e o tu. Depois de construída, torna-se indestrutível. É inconsciente na
medida em que temos os mais diversos tipos de elos, variando em termos
quantitativos e qualitativos, intensidade e tantos outros aspectos, sem que
tenhamos consciência deles.
Existem vários tipos de vínculos que passaremos a citar
resumidamente:

A) VÍNCULOS PARANÓICOS
São caracterizados pela desconfiança entre os elementos de um
sistema ou de um grupo quando não encontramos razões objetivas para
isto. Exemplo: a pessoa vê dois indivíduos conversando e tem impressão
constante de que estão falando dela. É o vínculo do medo, do descrédito
exagerado em relação aos outros.

B) VÍNCULOS DEPRESSIVOS
É permanentemente carregado de culpa e de expiação em que
alguém se submete a um contínuo sofrimento pelos outros. A depressão
acontece quando estamos aprisionados pelo sentimento de débito, já por
muito tempo.

C) VÍNCULOS OBSESSIVOS
É o vínculo da auto-exigência consigo mesmo e com os outros, de
severidade extremada e do excesso de cuidados, do medo assustador de
cometer erros. Ex.: Ocorre em família de militares.

D) VÍNCULOS HIPOCONDRÍACOS
É estabelecido com a simulação de uma enfermidade que passa a
ser utilizada como meio de receber atenção e suscitar a auto-piedade.

E) VÍNCULOS HISTÉRICOS

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ACONSELHAMENTO CRISTÃO 19

Vale-se da dramatização e da teatralidade para chantagear e


manipular os elementos do grupo. Na histeria de angústia o vínculo se
caracteriza pelo medo exagerado de tudo e chega a se confundir com o
vínculo paranóide. Na histeria de conversão o desejo de chamar atenção
atinge o próprio corpo. Ex.: Tomar uma dose excessiva de remédio
simulando uma tentativa de suicídio.

F) VÍNCULOS MANÍACOS
É o exagero de falsa alegria que pode às vezes confundir-se com o
vínculo histérico, com a diferença de que este se apresenta conjugado ou
alternando os vínculos depressivos. Na fase maníaca, tudo é motivo de
alegria eufórica que logo se apaga.

G) VÍNCULOS PSICOSSOMÁTICOS
Estão presentes nas famílias psicossomáticas que sobrevivem às
custas do sacrifício de um dos seus elementos que chamamos Paciente
Identificado (PI) que assume a doença do grupo. Neste tipo de vínculos o
doente mantém seu auto-sacrifício em benefício da família e funciona como
sustentáculo das relações familiares em crise. Sua doença melhora ou piora
na medida em que oscilam as relações conjugais e funcionam como sintoma
o SOS, a linguagem, o pedido de socorro da família.

H) VÍNCULO NORMAL
É o vínculo em que a comunicação é fluente e a relação é bem
definida. Há o mínimo de mistificação. O sistema é semi-aberto e permeável.
Os limites são estabelecidos e todos crescem de forma equilibrada e sem
chantagens.

ELEMENTOS DO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

Codificação
É a transformação da mensagem transmitida pelo emissor num
código conhecido:
Exemplo: A língua portuguesa.
Procure usar termos ou expressões que sejam facilmente
compreendido pelo Aconselhando/Aconselhado.
Emissor
É quem toma a iniciativa da comunicação e quem se encarrega da
codificação da mensagem.
Receptor
É quem recebe a mensagem.
Mensagem

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SETA – SEMINÁRIO EVANGÉLICA DA AMEOVALE
ACONSELHAMENTO CRISTÃO 20

Constitui o conteúdo da comunicação. É o que se quer transmitir. A


eficiência da mensagem está relacionada à preocupação do emissor em
construí-la de maneira mais clara e objetiva possível.
Código
É o conjunto de símbolos utilizados para formular a mensagem, de
tal modo que ela seja compreendida.
Exemplo:
- O código usado para nos comunicarmos através desta apostila é a
língua portuguesa.
Nem sempre o que transmitimos corresponde ao que queríamos
transmitir. Dentre os motivos que nos levam a esta falha, temos:
 Inadequação do código à idéia:
A clareza e exatidão da mensagem são fatores importantes para a
comunicação. Para consegui-las, recorra às palavras adequadas que
realmente expressem o que você quer transmitir.
 Pouca objetividade:
Ser claro e objetivo é importante, mas você não pode esquecer-se
de dois aspectos:
 FALTA DE INFORMAÇÃO – Com a intenção de ser objetivo, as
vezes o emissor acaba dando informações mínimas, o que pode levar o
receptor a completar a mensagem com suas próprias idéias, impressões ou
opiniões.
 EXCESSO DE INFORMAÇÃO – Por outro lado, o excessivo
número de informações, satura o receptor que acaba se desviando da
mensagem e deixando de ouvir coisas importantes.
Portanto, é preciso ser objetivo, sem, no entanto, deixar de
falar tudo o que é importante. No momento certo.
 INADEQUAÇÃO DO CÓDIGO AO RECEPTOR – Se o emissor
não adequar seu vocabulário, certamente sua mensagem não será captada
pelo receptor.
A linguagem, portanto, deve ser ajustada ao nível do
receptor, e é essencial ter em mente que a comunicação é um
processo bilateral. Perceber o outro é fundamental para haver
sintonia, sem a qual ninguém consegue se comunicar.
Canal
É o meio utilizado para que a mensagem atinja o receptor.
É o veículo da mensagem.

Decodificação
É decifrar a mensagem. Num processo que depende de cada
receptor.
Do que transmitimos ao que o outro recebe.
Mesmo que o emissor adeqüe bem sua mensagem ao receptor,
entre a transmissão e a recepção, podem surgir interferências que deturpam
a MENSAGEM:

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SETA – SEMINÁRIO EVANGÉLICA DA AMEOVALE
ACONSELHAMENTO CRISTÃO 21

 A ocorrência de RUÍDOS, externos ou internos, como barulhos e


diálogos paralelos que acabam desviando a atenção e a mensagem não é
captada.
 Há ainda outras dificuldades que podem dificultar a captação da
mensagem por parte do receptor: CRISES EMOCIONAIS, SENTIMENTOS DE
SIMPATIA OU ANTIPATIA EM ASSIMILAÇÃO DA LINGUAGEM UTILIZADA,
ETC.
 Vale destacar a questão da percepção seletiva onde o receptor
tende a solucionar, dentre as informações, aquelas que têm o maior
interesse para ele.
Deste modo, a mensagem pode chegar incompleta ao receptor.
 O ser humano tende a “desligar-se” da conversa quando supõe já
saber o que o outro vai dizer e, a partir disso começa a refletir sobre a
resposta que dará aquilo que acha que será dito antes mesmo de escutar.
Isto também prejudica a compreensão da mensagem.

Portanto, é essencial também que o receptor desenvolva


sua capacidade de escutar, de captar todos os componentes da
mensagem, para, efetivamente, compreender a idéia transmitida.

Feed-back
Retorno, resposta – Corresponde ao retorno que o emissor
consegue e pelo que sabe se sua mensagem foi captada pelo receptor.
Mesmo adequando sua linguagem à do receptor, se este não
souber ouvir, a comunicação não vai acontecer.
Para haver o processo de comunicação, é necessário que as
pessoas cheguem a um consenso, que se compreendam. A comunicação
deve permitir um intercâmbio em que haja equilíbrio entre a quantidade de
informações transmitidas e recebidas.
Os problemas da comunicação não existem sozinhos, refletem
dificuldades inerentes às pessoas:
 Quantas vezes conversando com alguém, ficamos mais
preocupados em preparar a resposta que vamos dar, do que em
ouvir o que a pessoa está dizendo?
 Quantas vezes nos concentramos em nossa própria
argumentação e não na mensagem do emissor?

Barreiras
O ruído é qualquer distúrbio indesejável que ocorre em uma
comunicação, podendo distorcê-la ou até mesmo bloqueá-la.

É HORA DE DERRUBAR BARREIRAS

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SETA – SEMINÁRIO EVANGÉLICA DA AMEOVALE
ACONSELHAMENTO CRISTÃO 22

RESUMO: O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO

FONTE OU EMISSOR: É a pessoa (ou pessoas) que emitem uma


mensagem. Porque compõem a mensagem, a Fonte é também o
CODIFICADOR.
MENSAGEM: É a expressão de idéias ou pensamentos em forma
organizada.
CANAL: É o meio utilizado – voz, expressão facial, gestos. A
escrita, a imagem, o código Morse, o Braille etc., são também canais.
DESTINATÁRIO OU RECEPTOR: É a pessoa (ou pessoas) que
recebe a mensagem. É o DECODIFICADOR, porque interpreta, decodifica a
mesma.
RUÍDO: É a interferência de qualquer natureza, e resulta numa
interpretação errada ou imperfeita da mensagem.

O PODER DAS EXPECTATIVAS

Papai espera que eu cresça.


Se eu lhe provar que cresci,
ele me amará.
Mas me sinto assustado,
pois sou apenas uma criancinha.
Fico aterrorizado porque, se ele
descobrir que estou assustado
e não cresci,
aí ele não vai me amar.
Assim, finjo que não estou assustado
e ele se orgulha porque sou
o que não sou.
Agora ele acredita que cresci,
suspiro de alívio.
Porém, já que sou o que não sou,
ele espera que eu seja ainda mais quem não sou,
o que me assusta ainda mais,
porque agora esperam que eu seja, cada vez mais,
alguém que jamais fui.

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SETA – SEMINÁRIO EVANGÉLICA DA AMEOVALE
ACONSELHAMENTO CRISTÃO 23

Para complicar a situação, ele me diz que nunca devo mentir.


Mas se eu lhe disser que não cresci,
ele se orgulhará de eu lhe dizer a verdade.
Contudo não posso dizer a verdade
sobre não estar falando a verdade,
porque isso seria admitir a mentira.
Portanto, preciso me esforçar
para ser quem não sou.
(Anônimo)

DAQUI A CINQUENTA ANOS

Daqui a cinqüenta anos


não importará
que marca de carro você dirigia,
em que tipo de casa morava,
quanto tinha em sua conta bancária,
e nem como eram suas roupas.
Entretanto, o mundo será
um pouco melhor
porque você foi importante
na vida de uma criança.

(Anônimo)

PASSOS PARA A RESTITUIÇÃO EM NOSSAS VIDAS

2. ARREPENDIMENTO
Jamais conseguiremos algum triunfo se não nos arrependermos
dos nossos erros, das nossas ideologias erradas, dos nossos “achismos”, da
nossa cegueira, de desobediências e insensibilidade à voz e à Palavra de
Deus.
Davi somente encontrou cura para si pelo caminho do
arrependimento (Sl. 32). Absalão foi morto porque não se arrependeu (2
Sm. 15). Ainda que tenhamos alguma razão a ser apresentada para
justificar a nossa atitude errada, se não houver arrependimento, jamais
desfrutaremos da restituição que Deus preparou para nós.
Arrependimento não é remorso. É um sentimento genuíno e puro,
que nos leva a reconhecer o erro e a não voltar mais a ele. Sabemos que
cada vez que pecamos, perdemos algo precioso e, se quisermos ser
restituídos, precisamos nos arrepender genuinamente, não apenas pela
metade. O genuíno arrependimento gera em nós quebrantamento e chora,
pois ficamos desprovidos das nossa armas de defesa. Uma vez que, nos
tornamos reflexivos e perplexos a respeito dos nossos próprios erros.

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SETA – SEMINÁRIO EVANGÉLICA DA AMEOVALE
ACONSELHAMENTO CRISTÃO 24

3. CONFISSÕES DE PECADOS
Todo arrependimento genuíno leva-nos a confissão de pecados.
Arrependo-me e então confesso. A confissão deve ser feita a Deus e, em
algumas situações, deve ser feita a determinadas pessoas.
A Deus – “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo
para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo. 1:9).
A homens – “Portanto confessai os vossos pecados, uns aos outros
e orai uns pelos outros para serdes curados” (Tg. 5:16).
É óbvio que devemos ser sábios no confessar os nossos pecados
aos outros. Não devemos estar abrindo o nosso coração a toda pessoa que
encontrarmos. Podemos abri-lo para ao nosso discipulador. Se não
confiamos integralmente na pessoa, devemos buscar falar a alguém de
nossa confiança, mas é importante que confessemos. Não é o discipulador,
nem alguém específico, que perdoará os nossos pecados, é o Senhor quem o
faz; por isso em primeiro lugar, precisamos confessar a Deus. O fato de
também confessar a alguém é para que, de alguma forma, sejamos curados
e para que Satanás não tenha nenhum argumento sobre nós. Quando
confessamos, recebemos cura, recebemos alívio do jugo do pecado e
acontece a quebra dos argumentos de Satanás sobre nós.

4. PERDÃO
Após nos arrependermos e confessarmos, precisamos perdoar
(inclusive a nós mesmas), então somos perdoados. O perdão é o topo desse
processo. Se não caminharmos os passos anteriores, jamais desfrutaremos
dos benefícios do perdão.
Se perdoamos o outro, fazemos o bem inicialmente a nós mesmos,
depois ao outro. Somos beneficiados primeiramente. Esse benefícios nos dão
o direito de desfrutarmos de todas as bênçãos que Jesus conquistou para
nós.
Em Mateus 18:35 vemos um homem que recebeu perdão, mas não
perdoou, por isso foi amaldiçoado. Muitos de nós queremos o perdão de
Deus e do outro, mas não dispomos o nosso coração a essa prática, por isso
maldições são atraídas até nós.
Não esqueçamos também, que para perdoar, precisamos de uma
característica importante: a humildade. Se você quer ser honrado e exaltado
por Deus, precisa conhecer o caminho da humildade. (1 Pe. 5:5-6).

5. JEJUM
O jejum, feito com uma alma quebrantada, mortifica nossa
natureza pecaminosa e promove a santificação; esta traz consigo a
restituição. O jejum é uma atitude também de arrependimento diante de
pecado. Todo pecado é uma porta aberta para Satanás entrar. Nós pecamos
trazendo muitos entendimentos humanos para a Palavra de Deus no que diz
respeito a nossa atuação na Sua obra, por isso fomos tão roubados e
destruídos. Nós também nos omitimos no processo, colocando a culpa no
abuso do poder. No entanto, poucos pagam o preço de restituição, para que
tal realidade, da atuação da mulher no Ministério Cristão, seja uma realidade

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SETA – SEMINÁRIO EVANGÉLICA DA AMEOVALE
ACONSELHAMENTO CRISTÃO 25

bem mais marcante em nossos dias. Debaixo desse entendimento, o jejum,


em prol desta causa é fundamental para aquilo que esperamos em oração
diante de Deus.

6. ORAÇÃO
Orar é estar em relacionamento íntimo e diário com Deus. Para
podermos seguir Sua voz, precisamos aprender a desenvolver tal comunhão.
Muito desse relacionamento íntimo com Deus é perdido por conta de nossas
centenas de atividades, que muitas vezes nos escraviza, culminando em um
cansaço e um desestímulo de busca da presença de Deus. Precisamos
resgatar essa atitude de busca da presença de Deus na nossa vida para que
dele recebamos a direção para nossa restituição. O segredo do sucesso na
vida de qualquer mulher é a oração. Ninguém poderá caminhar muito longe
se não for através dos caminhos percorridos até o altar do Senhor. Muitas
mulheres estão vivendo uma vida muito alheia às coisas de Deus. Envolvidas
em seus próprios “mundos” da depressão, “disse-me-disse”, conversas ao
pé do ouvido, problemas dos filhos na escola, as últimas tendências da
moda, etc. Que nos da a sensação de “falta” de tempo para estar com Deus.

7. GUERRA ESPIRITUAL
Precisamos entrar em batalha espiritual, se queremos ser
restituídas das coisas que Satanás levou da nossa vida. Como venceremos
se não guerrearmos? Não existe vitória sem guerra.
Essas são algumas das estratégias para que possamos desfrutar da
restituição e de tudo o que Deus tem para nós. Se não cumprirmos os
princípios, jamais chegaremos à promessa. Precisamos percorrer esses
caminhos para chegarmos à restituição e isto significa bênçãos para nós.
Entretanto, precisamos primeiramente dar os passos certos, acreditando que
Deus nos honrará grandemente, pois está escrito: “A mulher que teme ao
Senhor, essa será honrada” (Pv. 31:30).

AUTOR DA APOSTILA: Sandra Cintra PSICOLOGO

Referências Bibliográficas
Aconselhamento Cristão
CRABB, Lawrence J. Jr. Princípios Básicos de Aconselhamento Bíblico. 1ª ed.,
Brasília: Editora Refúgio, 1984.
___________________.Aconselhamento Bíblico Efetivo. Brasília: Editora
Refúgio, 1985.

MACHADO, Remo Cardoso. Psicoterapia centrada na Bíblia. Rio de Janeiro:


JUERP,1993.

COLLINS, Gary R. Aconselhamento cristão. Trad. De Neyd Siqueira. São


Paulo: Vida Nova, 1984.

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SETA – SEMINÁRIO EVANGÉLICA DA AMEOVALE
ACONSELHAMENTO CRISTÃO 26

______________. Ajudando uns aos outros: o papel dos cristãos no


aconselhamento. Trad. de Gordon Chown. São Paulo: Vida Nova, 1982.

Aconselhamento Cristão: Familiar


CARTER, Betty. As mudanças no ciclo de vida familiar. Betty Carter e Monica
McGoldridk; trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese. 2ª ed. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1995.

MINUCHIN, Salvador. A cura da família: Histórias de esperança e renovação


contadas pela terapia familiar. Salvador Minuchin e Michael P. Nichols;
trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes Médicas,
1995.

WORTHINGTON, Everett. Casamento ainda resta uma esperança. Modelo


para terapia breve. Ed. Sepal.

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