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2º Semestre – Processo Processual Penal – Jacinto

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Procedimento, Prova, Recurso, Coisa Julgada

Procedimento: lei seca, Elio Tornaghi, Tourinho Filho, Frederico Marques,


Prova: Tornaghi. Nilo Brum
Coisa Julgada: Liebeman
Recursos:

Teoria Geral Procedimento


1) Processo versus Procedimento:
Fazzalari (teoria para o processo: Processo é procedimento em
contraditório). Ele parte da distinção dos dois. E trata o procedimento como
um gênero. Isola o procedimento nos atos isolados. Procedimento em
contraditório.
Elio Tornaghi, Tourinho Filho, Frederico Marques, são livros antigos, lei
desatualizada.
Auri, Rangel
Lei como base

Frederico: elementos do DPP.

Processo: Conjunto de atos destinados à sentença para efetiva atuação da jurisdição,


o conjunto de atos pelo qual se reconstitui o fato por meio das provas. Tem como
finalidade o acertamento do caso penal. Atividade jurisdicional na sua função de
aplicar a lei. Forma intrínseca da atividade jurisdicional. Tornar essa atividade
realidade. É o caminhar. O processo como um todo: um conjunto de atos. Uma
espécie do procedimento. Modus faciendi.

Procedimento: modo pelo qual se chega à sentença. Modo como vamos aplicar a lei
ao caso concreto. O caminho, o iter, o modo concatenado e coordenado de atos
processuais. Forma extrínseca porque é o modus procedendi que a jurisdição é
exercida. É o modo como se caminha. A descontinuidade, fragmentário, uma
sequência de atos. O Gênero.

Processo Penal B\Material de Apoio\Processo Penal B\Caderno DPP B


página 21:
Para Frederico Marques, o processo é atividade jurisdicional na sua função de
aplicar a lei. É o modus faciendi com que essa atividade se realiza e se
desenvolve.
 Processo é a forma INTRÍNSECA da atividade jurisdicional, uma vez que
ele torna realidade essa atividade. O procedimento é a forma
EXTRÍNSECA, nele se exterioriza o modus procedendi com que a
jurisdição é exercida.
Vários são os caminhos, mas dependendo do destino final, um deles será
escolhido.

Tentativa estados em suprimir um Agravo de Instrumento. Não pode, pois é lei


processual e só a União legisla sobre. Tribunais tentaram justificar como rito interno
do tribunal. Não pode. Supressão que afeta o procedimento, a sequencia de atos.
Dizer que A.I não pode é dizer que aquele ato não cabe. Mexe no procedimento. Não
pode. Procedimento é previsão, previsão em lei.

Tourinho Filho
Ato subsequente vinculado ao antecedente. Movimento propulsivo, não refaz o
mesmo ato a menos que viciado.

Aula 09/08

Livro Fazalari – “instituições de processo civil”


Classificação dos procedimentos de Tourinho Filho. Isso é dada pelo Direito Penal
historicamente. Tem autonomia o processo penal, mas há resíduo. Não é sujeito qualquer,
é o sujeito ativo do crime.
A) Quanto ao sujeito que cometeu o suposto crime
a. Com prerrogativa de função
i. STF no 102,CR
ii. STJ no 105,CR;
iii. 108, TRF
iv. 125§1º TJs
v. 101,VII, Constituição Estadual
vi. Lei 8.038/90 – procedimentos STF,STJ
vii. Lei 8.658/93 – TRF e TJ segue a de cima.
Competência pode alterar o rito. Se cometer crime federal remete
competência ao TRF.
Conexão e continência, 76 e 77,CPP.

Não se deve mexer na competência, não se pode mexer no juiz natural. O rito
da 8.038 praticado nos tribunais não é o rito do código, tem diferenças
básicas.

Pela continência, quando um crime é cometido por alguém que tem


prerrogativa de função e outra pessoa que não tenha prerrogativa, altera a
competência. Fica na prerrogativa. E mexe no rito, pois pela prerrogativa em
face da 8.038.

b. Sem prerrogativa de função

B) Quanto à Natureza do Crime


a. Comum
i. Ordinário
ii. Sumário
iii. Sumaríssimo
b. Especial
i. Júri
ii. Funcionário Público
iii. Honra
iv. Crimes falimentares: Lei 11.101 de 2005.
v. Crimes dolosos contra a vida: competência do tribunal do júri,
conforme disciplinado no CPP entre os art. 406 e 497. O
procedimento foi alterado com a reforma de 2008.
vi. Crimes eleitorais: Lei 4737 de 1965.
vii. Crimes de drogas: Lei 11.343 de 2006 (antiga Lei 6368).
viii. Abuso de autoridade: Lei 4898 de 1965.
ix. Crimes contra a economia popular: Lei 1521 de 1951.
x. Crimes de responsabilidade dos funcionários públicos: art. 513 a 518
do CPP. Não apresenta grandes peculiaridades.
xi. Crimes contra a honra: art. 519 a 523 do CPP.
xii. Crimes contra a propriedade imaterial: art. 524 a 530, I, CPP e Lei
9279 de 1996.
C) Quanto à Pena
A reforma de 2008 deixa de ser a natureza da pena para ser o quantum da pena.
Para os crimes comuns.
a. Ordinário
i. Acima de 4 anos (CPP 395 a 405)
b. Sumário
i. Entre 2 e 4 anos (CPP 531 a 538)
c. Sumaríssimo
i. Até 2 anos de pena máxima. Lei 9.099/95
Juizados Especiais criminais

Art. 394. O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº
11.719, de 2008).

§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo:


(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).

I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for
igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído
pela Lei nº 11.719, de 2008).

II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja
inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº
11.719, de 2008).

III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na


forma da lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).

Ex: Prefeito comete uma contravenção penal. Não tem chance. É prerrogativa de
função. Rito da lei 8.038. Se o crime tiver interesse da união será Justiça Federal. Se não
tiver, Justiça Estadual.

Aula 10/08
As fases do procedimento se dividem em fase postulatória, fase instrutória e decisória.

1. Postulatória: é aquela que se dá durante a formação do processo, formada pelo


oferecimento da denúncia e da queixa, assim como da defesa prévia. Propulsiva. Não é
analise do mérito em si aqui ainda.
2. Instrutória: fase em que as provas são produzidas. Inicia-se na audiência de instrução e
acaba nas alegações finais. Oitiva de testemunhas, realização de perícias, complementação
de perícias.

3. Decisória: prolação da sentença. Alguns autores dizem que a fase recursal e a execução
da pena estariam aqui inseridas.

Concepção marcada pela Teoria da Relação Jurídica. Sendo uma relação jurídica, saber a
fase propulsiva, depois instrutória e depois decisória. Depois disso, segue o curso (re-
curso). Estrutura da relação jurídica a fase propulsiva de formação do processo
(Constituição): postula autor e reu, juiz forma o caso e diz “tem um processo, tem um
conteúdo, esse conteúdo é o caso, logo decido sobre essa decisão”. Narra-me o fato e te
dou o direito. Vincula a todos. Essa é a ideia da relação e da estrutura da relação jurídica.
Estrutura de três fases.

A postulatória está ligada à intervenção do juiz. É a formação do processo. Já no velho Code


Napoleão. O réu postula perante o juiz. O juiz decide sobre procedência ou improcedência
“sim, você tem um caso”. O conteúdo conformado pela estrutura do processo e o juiz fará
um processo para conhecer bem o negócio e poder decidir.

Se o conteúdo está conformado, aqui está o juízo de admissibilidade. Se positivo é como se


completasse a estrutura e abre a possibilidade de se fechar o triângulo da relação jurídica:
juiz com jurisdição, autor e réu.

Há uma chance de defesa prévia, na fase postulatória, situação em que o Advogado vem
com sua artilharia na tentativa do juiz apreciar o mérito e de plano ao invés de apenas juízo
de admissibilidade já absolver o réu. Na postulatória o juiz pode apreciar o mérito tão só
para absolver. Isso é uma sacanagem, pois empurra o cara para tomar uma decisão de
mérito e, tomada, pede para que ele esqueça disso (caso não vá absolver o réu) para não
se contaminar na fase instrutória. Há um confito com a 396,CPP pois o juiz receberá a
denúncia ou queixa

Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar
liminarmente, recebe-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no
prazo de 10 (dez) dias.

Isso é um retorno ao código antigo, a formação se dava antes. Professor Jacinto acredita
que se quebra estrutura do processo, inconstitucional, escreveu um artigo junto com o
Lênio.

Processo Penal B\Material de Apoio\Processo Penal B\Caderno DPP B


página 27:
O termo recebimento é utilizado duas vezes, o que trouxe uma discórdia
quanto ao momento em que a denúncia seria recebida. No início, os
autores garantistas falaram que o recebimento da denúncia se daria no
momento do art. 399, havendo contraditório antes do recebimento. O
juiz decidiria apenas após o oferecimento da defesa prévia.
Não obstante, essa tese não foi acolhida. Quase majoritariamente a
jurisprudência acolhe o art. 396 como momento de recebimento da
denúncia ou queixa-crime.
Jacinto: a questão que torna esse tema absolutamente fundamental é o
contraditório prévio, que significa estabelecer uma base para que se
discuta sobre a procedência ou não da ação antes de seu recebimento.
O que se julga é a ação, não o mérito da causa. A decisão mais
importante do processo é aquela que diz: “é verdade, você preenche as
condições da ação e por isso eu aceito a inicial”. Você permitir a quem
está sendo processado fazer parte do contraditório antes do
recebimento da denúncia é fundamental, porque assim se está
cumprindo a constituição, chegando-se também em um patamar mais
ou menos democrático no processo penal.
Se a admissão é um ato decisório, deve haver contraditório, podendo o
acusado se manifestar quanto à existência ou não da questão de fundo.
José Frederico Marques defendia essa regra. Vê-se, assim, que não algo
defendido apenas pela teoria crítica.
Isso tanto é necessário que nos processos com prerrogativa de função
há a previsão do contraditório prévio. Se era democrático para quem
tem prerrogativa de função, era democrático que todo mundo tivesse,
especialmente frente à constituição. Não foi assim, porque a ideia de
que ao invés do juiz fazer um juízo de admissibilidade e mandar citar ele
notificaria para que houvesse o contraditório prévio, não havendo no CP
previsão dessa hipótese de suspensão da prescrição.
A única forma de salvar a reforma do art. 396, com a mesóclise, é
considerar que o juiz receberá a denúncia ou queixa-crime para
NOTIFICAR o réu, a fim de que seja o contraditório prévio exercido antes
do juízo de admissibilidade, de acordo com Jacinto.

Code Napoleon: persecução penal tem duas fases: a primeira de instrução e a segunda
processual. Essa instrução napoleônica não é a fase da instrução de nosso processo penal
(a instrução nossa seria a fase após a postulatória). Na fase postulatória é que está a
formação do processo (e a fase instrutória napoleônica). Não se mistura.

Comecemos pela análise do rito ordinário (que é o mais completo).


1) Denúncia, artigo 41,CPP.
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identifica-lo, a classificação do crime e,
quando necessário, o rol das testemunhas.

Conjur 396-A comentário prof Jacinto sobre a inconstitucionalidade do artigo. Prof


Breda, Prof Camilin também comentam. Dissertação prof Alini. Sobre o contraditório
prévio do 396-A.

Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar
liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no
prazo de 10 (dez) dias.

Art. 396-A.
Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer
documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e
requerendo sua intimação, quando necessário.

Mesóclise da discórdia.

Ao retornar o juiz tem um novo recebimento da denúncia. 399.

Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a
audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público
e, se for o caso, do querelante e do assistente.

Não esquecer o 363,


Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do
acusado.
Mas se o juiz ordena a citação já tendo recebido a denúncia, o processo já está
formado. Não há um segundo recebimento da denúncia.

O “primeiro” recebimento da denuncia, que o prof Jacinto acredita ser a notificação


para defesa prévia, não deveria interromper a prescrição. No fim, acredita-se que
tudo isso foi feito para interromper a prescrição.

Se o juiz achar que não deve aceitar a denúncia, MP pode recorrer com Recurso de
Sentido Estrito, 581,I,CPP. Não rejeitou, mandou citar, tem a defesa no 399. Nova
análise da defesa e a 397 permite uma nova hipótese de absolvição sumária.
Terminou com mérito em tese cabe Apelação.
Aula 15/08
O termo recebimento é utilizado duas vezes, o que trouxe uma discórdia quanto ao
momento em que a denúncia seria recebida. No início, os autores garantistas falaram que o
recebimento da denúncia se daria no momento do art. 399, havendo contraditório antes do
recebimento. O juiz decidiria apenas após o oferecimento da defesa prévia.

Linha do tempo.
Pensando na Ação Penal Pública Incondicionada.


Artigo 41 – denúncia ou queixa
Juiz recebe a denúncia e já pode fazer uma rejeição preliminar (inepta, pressuposto, justa
causa) sem citar o réu. Aqui o MP pode fazer um Recurso em Sentido Estrito, 581,CPP.


Manda citar, 363,CPP. “Na pessoa do acusado”, significa que não pode entregar ao porteiro
do prédio, salvo alguns casos de citação ficta, hora certa, 362,CPP.
É um problema: tomar por pressuposto que regra seja 100% coerente.
Defesa técnica, dativo, na ocasião de citação por hora certa. Fica faltando a outra
componente da ampla defesa.
Também outra forma de citação, por edital. 361,CPP.
Por edital, 366,CPP. Pelo prazo máximo.
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o
processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas
consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.

Suspensão aqui entenda-se pelo prazo máximo da pena. Não é uma espada na cabeça ad aeternum.

Analisando-se o 395 e 396 o juiz vai mandar citar. Se o réu receber a citação.
Teoria da relação jurídica estaria completada aqui com a citação do réu.


Acusado tem prazo de 10 dias para apresentar resposta, a defesa preliminar, sob pena de preclusão inclusive
(dado que recebido pelo 393 e defesa preliminar e já houve citação, agora, pelo entendimento do 399, a defesa
preliminar melhor seria chamar uma resposta prévia, ao invés de citação uma notificação. Por isso que ele
notifica). Se tiver testemunha para arrolar será nesse momento. Competência relativa, arguição de incompetência.
Paralelo (próximo) da contestação do processo civil.
Passados estes 10 dias, juiz nomeia defensor dativo, fulcro na Constituição.
Defesa 396-A volta para o juiz e sobrevém nova análise (juízo de admissibilidade aqui), relativos inclusive à justa
causa, 395, e como o juiz rejeitaria uma denúncia se já recebida antes com fulcro no 393 (o primeiro receber)? O
problema é que aqui teria que se cancelar a denúncia recebida anteriormente (ou seria julgar improcedente o
pedido, com coisa julgada!!)

Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar
liminarmente, recebêla-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no
prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do
comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído.
Art. 396-A.
Na resposta, o acusado poderá argüir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer
documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e
requerendo sua intimação, quando necessário.
§ 1o A exceção será processada em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código.
§ 2o Não apresentada a resposta no prazo legal, ou se o acusado, citado, não constituir defensor, o juiz
nomeará defensor para oferece-la, concedendo-lhe vista dos autos por 10 (dez) dias.
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá
absolver sumariamente o acusado quando verificar:
I a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
II a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
III que o fato narrado evidentemente não constitui crime (tipicidade); ou
IV extinta a punibilidade do agente.

O item III quando o código está falando de crime, está falando de tipicidade. O artigo 397 é
uma decisão de mérito. Logo o item III não engloba os demais. É tipicidade aparente. A falta de
tipicidade aparente é uma causa da condição de ação, mas aqui já recebemos a denúncia, então,
será mérito. Maluquice que os caras fizeram. Rejeição de mérito, incide coisa julgada, o juiz absolve
quem quer.
Item IV já superada no direito material que a punibilidade não está no conceito analítico de
crime. Pelo material não tinha como absolver pela inexistência de punibilidade, mas o CPP veio aqui
dizer que pode haver rejeição. É um Deus nos acuda. Mérito = absolvição.

Na resposta à acusação:
 Ordinário: 8 testemunhas;
 Sumário: 5 testemunhas para os fatos


Se não for o caso de absolvição sumária, segue o 399,CPP.
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para a audiência, ordenando a intimação do
acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente.
§ 1o O acusado preso será requisitado para comparecer ao interrogatório, devendo o poder público providenciar
sua apresentação.
§ 2o O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença.

Essa audiência tem diferença conforme o rito:


 Ordinário: 60 dias de prazo, impróprio, para audiência;
 Sumário: 30 dias de prazo;

Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60


(sessenta) dias,
Proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela
acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como
aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas,
interrogando-se, em seguida, o acusado.

§ 1o As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as


consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias; (isso em face à Constituição da
ampla defesa não pode vingar).
§ 2o Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes.

Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e
8 (oito) pela defesa.
§ 1o Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas.
§ 2o A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o
disposto no art. 209 deste Código.

Começa MP perguntas para testemunhas de acusação, defesa para acusação, depois MP para
testemunhas de defesa e o advogado de defesa para as testemunhas de defesa.
Cross-examination.
A testemunha não é do MP ou das partes, ela é do processo. Na prática vemos desistência de
uma testemunha na hora. A parte é obrigada a consentir? Juiz mesmo pode orientar à desistência
das testemunhas, se a primeira falou e já convenceu para a elucidação do fato, resguardados o
contraditório, desistência bilateral das partes deve haver.

Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não
admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou
importarem na repetição de outra já respondida. Parágrafo único. Sobre os pontos não
esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição.


Interrogatório do acusado. Será bom ele ficar por último?
Separação auto-defesa e defesa técnica.
Acusado pode ficar em silêncio.
Silêncio não diz nada. Nemo tenetur.
 Sumário 5 testemunhas, 532,CPP
o Prazo pelo 531,CPP
o 394,CPP procedimentos

Art. 402. Produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e o


assistente e, a seguir, o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de
circunstâncias ou fatos apurados na instrução.

Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas
alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa,
prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz,
a seguir, sentença.
§ 1o Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será
individual.
§ 2o Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10
(dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa.
§ 3o O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder
às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse
caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.

Art. 404. Ordenado diligência considerada imprescindível, de ofício ou a requerimento da


parte, a audiência será concluída sem as alegações finais.
Parágrafo único. Realizada, em seguida, a diligência determinada, as partes apresentarão, no
prazo sucessivo de 5 (cinco) dias, suas alegações finais, por memorial, e, no prazo de 10 (dez)
dias, o juiz proferirá a sentença.

Art. 405. Do ocorrido em audiência será lavrado termo em livro próprio, assinado pelo juiz e
pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes nela ocorridos.
§ 1o Sempre que possível, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e
testemunhas será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital
ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informações.
§ 2o No caso de registro por meio audiovisual, será encaminhado às partes cópia do registro
original, sem necessidade de transcrição.

Aula 16/08

Base da diferença entre ordinária, sumária, sumaríssima.


Ordinário: residual, porém o que mais se aplica. Também usado em outros procedimentos em que
nada há previsão. 394,§4º,CPP.

Sumário estava no 531~~ e sofreu alterações na reforma de 2008. Objetivo do sumário: celeridade
do processo.
Expressas em lei:
- 5 testemunhas (ordinário 8), 532,CPP.
- prazo da audiência de instrução a partir do recebimento 396 e 399, o 531,CPP prazo máximo de 30
dias.

Construções doutrinárias
- antigo 538,§4º,CPP previa-se pela diligencias e não está mais expressa (402,CPP do ordinário).
Como deixou de existir, pela revofação, vácuo normativo, o Giovani advoga pela continuidade pela
inexistência de vedação e à luz da COnstituião e do 394,4º,CPP.
- não há memoriais escritos, 534,CPP “serão orais”. Mais uma vez, não proíbe. As circunstâncias e os
problemas casuísticos podem permitir os memoriais. 403,§3º,CPP do ordinário prevê memoriais
escritos;
- possibilidade de sentença escrita pelo juiz. No ordinário o juiz pode, mas aqui 534,CPP o juiz
“deverá proferir a sentença”, entendendo-se que deveria ser oral, prevalecendo a oralidade do
procedimento sumário.

Na prática, o rito sumário acaba sendo o mesmo ordinário só que com 5 testemunhas.
Situação em que o sumaríssimo caberia, mas a matéria não permite que seja no Juizado.
538,CPP. Será no juízo tradicional com o procedimento sumário.

Como se preenche lacunas? O fato do legislador tirar, significa que não tem mais? O professor
remete à emenda de 69. A expressão “soberana” do júri. Criada a lacuna, mantem-se como era.
Logo, soberano. Ou seja, não se resolve porque está escrito. A regra do parágrafo 4º vale dizer “na
falta, chama-se o ordinário”. Para que ter um procedimento sumário se na prática se faz igual? Por
causa das lacunas. As lacunas apresentam-se nas situações quotidianas. A busca pela celeridade é
em si. O procedimento sumário, 5 testemunhas ao invés de 8, justo porque se arrolar 8 testemunhas
“acaba o dia”.

Busca-se concentrar tudo, em mira a celeridade, mas aí vêm os problemas: carta precatória,
problemas com testemunhas, não acham uma de acusação. A audiência é una, mas ela é diferida.
Una para ser condescendente na higidez dos atos.

Testemunhas numerárias. Só 5. Está expresso no código. Não adianta pautar-se na constituição.


Poder-se-ia pensar em mais do que 5? Sim, talvez, haja vista que são testemunhas diferentes destas
“numerárias”.

Sumaríssimo: 98,º1,CR. Juizado Especial Criminal.


EC 45/04 98,1º Lei federal no âmbito da Justiça Federal. L. 9.099 dizia até 1 ano de pena. Com essa
reforma, Constituição ficou 2 anos e Lei 1 ano. Construção doutrinária estendeu 2 anos também
11.313 alterou 61, L.9099 colocou pena máxima 2 anos infrações de menor potencial ofensivo.

Princípios do juizado expresso no 62 da Lei:


- oralidade
- informalidade
- economia processual
- celeridade

Objetivos: 1) reparação danos e 2) pena não privativa de liberdade

Lei Contravenções penais: incluem-se no âmbito dos Juizados.


Leis especiais: aquelas que preveem. Ex: Estatuto do Idoso (L 10.741, art 94) – vide exceção aqui:
pena privativa de liberdade até 4 anos é juizado.
 Outra exceção: Maria da Penha não se aplica o JECrim. Construção doutrinária: para os crimes
dolosos da lei maria da penha, como lesão corporal culposa poderia caber no JECrim.
 ADIN 4424, STF entende não se aplica regra prevista na lei, ação publica incondicionada.

Suspensão condicional do processo: L.9.099.


- A lei Maria da Penha não permitia a suspensão.

Institutos despenalizadores:
- transação (art 76)
- suspe condi pro (art 89)
- reparação do dano (art 74)
- necessidade de representação no caso de lesão culposa e dolosa leve

Inquerito:
- acao publica condicionada precisa representação.
- juizado especial: termo circunstanciado, não é obrigatório o inquérito. A termo é uma espécie de
inquérito abreviado: ouve-se ofendido e ofensor e encaminha ao JECRIM. Audiênai de conciliação do
juizado já sai com a data na delegacia mesmo (aqui no PR) com objetivo: recomposição civil dos
danos.
- justiça negociada, prof Gianberardino
- havendo-se acordo entre ofendida e ofensor isso seria homologado pelo juiz e há renúncia
ao direito de queixa ou representação. Fez o acordo é renúncia expressa, conforme lei juizados
artigo 74,p.unico., composição civil de danos. No juízo comum essa recomposição é renúncia
expressa.
- não exitosa essa audiência, há futuramente nova tentativa de recomposição civil.
- se o ofendido não for, processo é finalizado e ele poderia entrar novamente em 6
meses;
- se o ofensor não for, nada acontece. Nova tentativa de audiência.
- não havendo composição, MP tenta transação penal. Pena alternativa. Transação, artigo 76
(APP incondicionada): restritiva de direitos ou multas. Tem que ter condições da ação para que o MP
proponha a transação. Requisitos, §2º.

Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública


incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a
aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na
proposta.
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:

I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de
liberdade, por sentença definitiva;
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação
de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente,
bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da
medida.

Aula perdida 17/08

Aula 22/08
Procedimento sumaríssimo. Continuação.

Caso Penal  Termo Circunstanciado  Audiência de Conciliação (notificados já na delegacia)


1ªtentativa de composição civil, sem composição equivale à denuncia.
Ministério Público pode oferecer a transação penal.
Ação penal pública condicionada: necessário ter a representação.

 Com isso é feita a denúncia ou queixa  Defesa oral  Recebimento ou não da denúncia 
Possibilidade da suspensão condicional do processo (L 9099 art 89). Pelo mínimo da pena prevista do
crime em abstrato (ex: mínima 1 ano ou menor que isso, a pena mínima será possível suspensão do
processo: sursis processual. O juiz atendendo proposta ministério publico e defesa aceitando a
proposta de suspensão mediante condições> pessoa cumpre requisitos como reparação do dano,
proibição frequentar determinados lugares, ausentar comarca, comparecer pessoal ao juízo para
justificar atividades; cumpriu tudo ao fim juiz extingue punibilidade.
 Serventuário com um formulário pré-preenchido. Na cabeça do acusado ele já recebeu a
pena e está cumprindo porque cometeu um fato tido como criminoso. Dificil entender isso
como um beneficio processual pelo acusado.
 Juízo comum é possível a suspensão (bem comum: ex crimes de furto 1 ano, receptação
simples 1 ano, embriaguez ao volante)

 Composição processual, art 81, defensor responde à acusação, debates orais  Prolação de
sentença oral

Crimes contra a honra CPP 519 a 523.


Procedimento especial.

Aplicado para os delitos previstos nos art. 138 a 140 do CP (calúnia, injúria e difamação). O
CPP não fala em difamação no art. 519, porque quando da redação do CPP, a difamação era
uma espécie de injúria. Porém, é de entendimento pacífico da doutrina e da jurisprudência
que por ter havido a tripartidação da difamação, sendo ela separada da injúria, que se
aplica o procedimento especial também para a difamação.
O artigo 520 fala em sem advogado, mas isso é inconstitucional. É obviamente com a
presença do advogado.

Art. 520. Antes de receber a queixa, o juiz oferecerá às partes oportunidade para se
reconciliarem, fazendo-as comparecer em juízo e ouvindo-as, separadamente, sem a
presença dos seus advogados, não se lavrando termo.

Essa é uma questão muito importante. É possível se aplicar à difamação, porque é mais
benéfico para o réu.

Aplica-se esse rito se houver concurso de crimes contra a honra, escapa e vai para o
comum. Caso contrário, aplica-se o rito da Lei 9099, pois julgados no JECrim.

Cenário 1: Acusação -> Audiência de reconciliação -> reconciliação -> acusação arquivada.

Aqui entende-se pela disponibilidade da ação. A parte pode desistir antes do juiz recebê-la.

Ou

Cenário 2: Acusação -> Audiência de reconciliação -> não reconciliação -> juízo de
admissibilidade -> citação -> resposta à acusação -> audiência de instrução e julgamento -
> sentença -> apelação.

Em não havendo a reconciliação, o procedimento segue como o rito ordinário.

Na resposta à acusação pode ser oposta exceção da verdade (art. 523), abrindo prazo de 2
dias para que a outra parte conteste.

Art. 523. Quando for oferecida a exceção da verdade ou da notoriedade do


fato imputado, o querelante poderá contestar a exceção no prazo de dois dias,
podendo ser inquiridas as testemunhas arroladas na queixa, ou outras
indicadas naquele prazo, em substituição às primeiras, ou para completar o
máximo legal.

Artigo 85 CPP.
Art. 85. Nos processos por crime contra a honra, em que forem querelantes
as pessoas que a Constituição sujeita à jurisdição do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais de Apelação, àquele ou a estes caberá o julgamento,
quando oposta e admitida a exceção da verdade.

145,§ único,CP: caso de crime deste tipo causado contra funcionário público, ação
pública incondicionada, então querelante não é quem entrou contra o funcionário
público. Abre-se então para o Ministério Publico? Entende-se que sim.

Objetivo: mostrar a boa-fé do querelado. Fato supostamente narrado como crime


(todo mundo acha que era assim que tinha que ser feito) exclusão da tipicidade.
Ausência de dolo, crimes contra a honra só preveem dolo, afastam o crime.

E se o querelante tem prerrogativa de função? Ex: Prefeito entra contra


alguém que o caluniou. Esse alguém vai oferecer a exceção da verdade. O
julgamento é pelo Tribunal, artigo 85, CPP. Juiz fica sem chance de julgar, deve-se
acatar o que o Tribunal decidiu na “reconvenção”.

E se o querelado, que não tem prerrogativa de função, opta por apenas defender-se
sem opor a exceção da verdade? O processo não sobe para o Tribunal e o juiz acaba
decidindo mesmo. Não dá chance para o querelado mudar a versão ou propor novas
testemunhas. É estratégia!

No juizado não pode ter exceção da verdade.

Pedido de explicação. Por escrito. 144,CP.

Quando o querelante tem prerrogativa de função, mas o querelado não, a ação será
oferecida perante o juiz de primeiro grau. Caso o querelado ofereça exceção da verdade
como meio de defesa, será ela remetida ao tribunal competente para julgar o querelante
com prerrogativa de função, pois o juiz de primeiro grau não tem competência para julgá-
lo. Caso o tribunal acolha a exceção, o processo será extinto. Caso não acolha, remeterá os
autos novamente para a primeira instância para que seja o querelado julgado.

Aula 23/08
FAE 24 e 25 Direito Penal e Linguagem.
Vives Anton, Pepe Gonzalez.
Resumo abertura ou encerramento + Certificado de Participação.

Procedimento especial da lei de drogas


Portaria 344/1998 do Ministério da Saúde: tipos de droga que não são permitidos.

CPP. 394, 397.


Procedimento da lei de drogas – há crimes previstos aqui como é o caso do consumo (uso) artigo 28
e 33,§3º e 38 – mas que serão competência JECRIM pela quantidade de pena. Para os demais será o
procedimento previsto na lei de drogas.
- Será aplicado aos crimes previstos nesta lei, em especial art. 33, §§1° e 2°, art. 34, 35, 36, 37 e 39.

Procedimento parecido com o ordinário: caso penal, inquérito com prazo diferenciado: se preso até
30 dias, se solto até 90 dias prorrogável por igual período.
Denúncia
Citação: expresso que é mera notificação para apresentar uma defesa (ainda não recebeu) para
juízo de admissibilidade.
Poderia rejeitar liminarmente antes da notificação? Não está previsto no procedimento da lei.
Precisa de um laudo provisório ao menos. 50,caput + §1º
Laudo definitivo possível, pois é um crime que deixa vestígios; 58.

52,§ único,

Transnacionalidade competência Justiça Federal, artigo 70.

Caderno “Processo Penal.doc”


RITO DE TÓXICOS (LEI 11.343/06)

- Será aplicado aos crimes previstos nesta lei, em especial art. 33, §§1° e 2°, art. 34, 35, 36, 37 e 39.

Mas se for o crime do art. 28 (uso) será de competência do juizado especial e não do juízo comum.

- art. 33, §3° - § 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para
juntos a consumirem e art. 38, (Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou
fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar) também serão de competência
do juizado especial e não da justiça comum.
Art. 48, § 1o O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo se houver concurso com os
crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei
no 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais.

- não possui a possibilidade de absolvição sumária, mas aplica-se o 394 §§ 4° e 5° do CPP, para dizer que há absolvição sumária (e
também interrogatório como último ato). O interrogatório é feito ao final.

- para que haja prisão em flagrante é preciso um laudo provisório (art. 50), que disponha sobre a natureza e quantidade do tóxico
(laudo de constatação e quantidade de droga). Este laudo é feito pelos próprios agentes de polícia.

§ 1o Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do delito, é suficiente
o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa
idônea.

Este laudo não isenta a apresentação do laudo definitivo, que deverá ser realizado no decorrer da instrução, nos termos do art. 150
do CPP.

Sumula 361 STF - o exame deve ser realizado por mais de um perito, que deve ser diferente daquele que realizou o laudo inicial.
Não vale para o perito judicial.

NO PROCESSO PENAL, É NULO O EXAME REALIZADO POR UM SÓ PERITO, CONSIDERANDO-SE IMPEDIDO


O QUE TIVER FUNCIONADO, ANTERIORMENTE, NA DILIGÊNCIA DE APREENSÃO.

Inquérito 30 dias preso 90 dias se estiver solto, podendo ser prorrogado (art. 51).

Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa)
dias, quando solto.

Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o Ministério Público,
mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária.

Se for caracterizado a transnacionalidade a competência será da JF (art. 70).

Art. 70. O processo e o julgamento dos crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, se caracterizado ilícito
transnacional, são da competência da Justiça Federal.

Art. 52 - mesmo depois de oferecida a denúncia e iniciado o processo, podem ser feitas diligências complementares, é uma espécie
de instrução paralela a qual a defesa não tem acesso. Este material pode integrar os autos do processo se juntado em ao menos 3
dias antes da audiência.

1. Denúncia (art. 54, III) no prazo de 10 dias

2. Notificação do acusado - é uma espécie de defesa preliminar (art. 55, §1°). Máximo de 5 testemunhas.

§ 1o Na resposta, consistente em defesa preliminar e exceções, o acusado poderá argüir preliminares e invocar todas
as razões de defesa, oferecer documentos e justificações, especificar as provas que pretende produzir e, até o
número de 5 (cinco), arrolar testemunhas.

3. Juízo de admissibilidade da acusação, em que pese a lei não preveja absolvição sumária, é pacífico que ela é possibilitada pelo
art. 394 §§ 4 e 5 do CPP. Ademais, o juiz poderá requerer diligências. Absolvição sumária (art. 397 c/c art. 394, par 4 e 5).

Pode receber ou rejeitar a denúncia - art. 56.

4. Citação - art. 56 - AIJ - pela lei, o interrogatório é o primeiro ato,

Diligências pelo 402,CPP.

5. Sentença - art. 58, cabe apelação art. 593, inciso I.

Desclassificação:
Normalmente o juiz desclassifica o tráfico e entende que é uso e remete ao juizado.
Giovani disse que não está previsto e deveria ser rejeição.

Procedimento do 4.898.
Abuso de autoridade e desacato não são as faces da moeda.
Art 3º, qualquer atentado.
1) Flagrante delito ou ordem expressa do juiz
2) Inviolabilidade do lar.
3) Sigilo correspondência
a. Não há sigilo em carta de pessoa presa, tudo vigiado, isso viola. Tem decisão
judicial permitindo gravar conversa advogado-cliente. Absurdo.
4) Liberdade de consciência e crença
5) Liberdade de exercício culto religioso
6) Liberdade de associação
7) Direitos e garantias livre exercício do voto
8) Reunião
9) Incolumidade física do indivíduo
10) Exercício profissional
Art 4º
1) Medida privativa liberdade individual em ordem ou com abuso poder
2) Submeter pessoa sob guarda a vexame ou constrangimento
3) Não comunicar ao juízo prisão ou detenção de pessoa
a. audiência de custódia
4) Deixar juiz ordenar relaxamento de prisão que lhe seja comunicada
Prender em fagrante por abuso de autoridade.

Art 5º, conceito de autoridade.


Cargo, emprego ou função.
Aula 24/08

4.898/65 – a exigência da representação caiu. Reconhecimento da autoridade vale de qualquer


maneira. Hibrido: pode-se representar (dando autorização) mas mesmo sem ela o MP deve agir.
Mudança da lei. MP deve mesmo agir, pois aqui é que ele está verdadeiramente a favor da
sociedade.

Denúncia e recebimento.

17,§2º mandado suscinto.

Art 22.

Lei 8.038 + Lei 8.658 (aplicando a 8.038 também para os tribunais estaduais).

Competência material por prerrogativa de função: procedimento usa esse.


Aula 29/08
Lei 8.038

Prazos – específicos para o processo ordinário


Oferecer denuncia: MP 5 dias se preso. Solto: 15 dias.

Dativo se não apresentar defesa.


Interrogatório do réu pela lei primeiro ato, mas há decisão do supremo deslocando para o ultimo ato.

Oitiva testemunhas, realizada toda a instrução, defesa e acusação 5 dias manifestar-se possíveis
diligencias.
Alegações finais depois de 15 dias.
Outras provas que entender necessário.

Nas ações de iniciativa privada


Querelante alegações, depois defesa, por ultimo prazo MP apresentar alegações depois das duas
partes falarem.

Rito do Juri (prof Aline)


Crimes dolosos contra a vida 121 a 126 CP, tentados e consumados, 5º XXXVIII ‘d’,CR. + 78,I,CPP.
Rol que não pode ser reduzido.
Pode ser aumentado.

Crimes conexos.

Homicídio + Ocultação de cadáver (211,CP).

Vis atrativa sobre o conexo.

É um rito bifásico: bem no meio tem uma decisão que o encaminha à júri.
Primeira fase: IUDICIUM ACUSATIONES (admitir ou não a denúncia)
Inicia-se com a denúncia (ou queixa subsidiária da pública).
Presidido pelo Juiz sumariante.
Fase sumário da culpa. É juiz togado.

Segunda fase: IUDICIUM CAUSAE


Presidido pelo Conselho de Sentença
Inicia-se com a decisão de pronúncia

CPP art. 406.

Linha do tempo
1. Denúncia ou queixa (8 testemunhas)
2. Recebe ou rejeita (art. 395)
3. Citação
a. Réu, apresente resposta à acusação
b. Prazo citação – resposta : 10 dias a partir da data em que o réu é pessoalmente
citado.
c. 8 testemunhas
d. Especifique as provas que pretende produzir
i. Prova pericial
ii. Prova documental..
4. Vista ao MP.
a. 5 dias
b. Sobre o que a defesa arguir na sua resposta
5. Audiência de Instrução e Julgamento
a. Art 411
Art. 411. Na audiência de instrução, proceder-se-á à tomada de declarações do
ofendido, se possível, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela
defesa, nesta ordem, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao
reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e
procedendo-se o debate.
Orais, se possível, 20 minutos + 10 acusação e 20 minutos + 10 para a defesa.
Pode ser que o advogado do assistente da acusação deseje falar. Ele terá 10 minutos.
Se ele falar, mais 10 minutos para a defesa também.
6. Quatro decisões são possíveis pelo juiz sumariante:
a. Pronúncia (vai para o Conselho de Sentença); art 413.
Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da
materialidade do fato e da
existência de indícios suficientes de autoria ou de participação
- prova da materialidade do fato: prova de que o crime existiu. Ex: laudo de necropsia
(homicídio);
- indícios suficientes de autoria: bastam indícios.

§ 1o A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e


da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz
declarar o dispositivo legal em que julgar incurso o acusado e especificar as
circunstâncias qualificadoras e as causas de aumento de pena.
Está presente o motivo fútil.
E o que consiste o motivo? Tem que vir indicado
Assim o réu se defende: em cima da pronúncia, sob pena de anular o
julgamento depois.
Pronuncia não pode julgar fora do que está na denúncia ou queixa.
Manifestamente improcedente a qualificadora, pode o juiz afastar.
Dúvida razoável, portanto, mantem-se.

Agravante não faz parte da pronúncia, pois não são quesitadas.

Qualificadoras:
- Ciúme como qualificadora, Tribunal de Justiça afastou. Não é.
- Qualificadora do artigo 121,CP.

Medidas cautelares: reu preso preventivamente (mantem-se? Substitui por outra


alternativa – cautelar diversa?)

Decisão de pronúncia não é sentença. Preclusão garante que o processo continue


daqui pra frente. A decisão de pronúncia não transita em julgado: ela preclui. Da decisão de
pronúncia que exclui uma qualificadora, por exemplo, cabe Recurso em Sentido Estrito.

Excesso de linguagem enseja nulidade do ato. Ato viciado.

b. Impronúncia
CP 414, pode haver nova denúncia ou queixa.

O cenário no recebimento da denúncia não se confirmou.

Revogar as cautelares.

c. Absolvição sumária

CPP 415,

Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:


I – provada a inexistência do fato;
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato;
III – o fato não constituir infração penal;
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de
inimputabilidade prevista
no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo
quando esta for a única tese defensiva.
Vem após a audiência de instrução. No ordinário a absolvição sumária vem antes da
instrução. 397,CPP só no procedimento comum ordinário.

d. Desclassificação

Conexo. STJ diz: segue o principal em caso de pronúncia. Assim, ocultação de cadáver segue o
homicídio. E não precisa ser fundamentado. Mas.. como você se defende de algo que não está
fundamentado?
Sem prova para o conexo, impronuncia o conexo.

Aula 31/08
Desaforamento art. 427

Desclassificação art. 419


Trocar o crime tipificado. Não mais se subsume a um crime doloso contra a vida.
Ex: 121 para o 129 §3º. Sem animus necandi retira o homicídio e sobra a lesão corporal
seguida de morte. Crime preterdoloso. Retirado isso, deixou de ser crime do júri. Ele não pode mais
julgar. Então encaminha para o juízo. Na verdade a desclassificação o juiz só diz que não está
presente, mas não diz para qual crime está desclassificando, pois ele não tem competência.

Se o juiz acredita não ser no tipo da denúncia tentará primeiro abrir vista ao MP. Se o MP não
emendar, virá uma sentença de desclassificação (a qual cabe Recurso em sentido estrito).
Desclassificado virá nova imputação.

Nova imputação (novo procurador) quando o caso sairá do júri.


Nova imputação quando o caso permanece no júri. Emendatio libeli.
Emendatio não mudou o fato, mas mudou o tipo penal.
Mutatio alguma circunstancia mudou o fato.

Sentença de desclassificação não interrompe prescrição.


Se fosse nulidade, interromperia. Volta-se a marcha com o prazo reiniciado.

Diante de desclassificação o juiz sumariante não tem mais a competência para decidir sobre a
cautelar.

2ª fase do rito do júri


Marco inicial: preclusão da primeira fase.
A parte pode requerer a juntada de documento – fase de diligências. Há possibilidade de juntar
documento posteriormente. Antecedência mínima, art. 479,CPP. No rito do júri o art 231,CPP é
mitigado. Pode juntar a qualquer momento, mas precisa resguardar 3 dias.
Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a
exibição de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de
3 (três) dias úteis, dando-se ciência à outra parte.

Numa segunda-feira, o último dia do prazo é terça-feira (prof Aline) mas quarta-feira
(prof Jacinto).
T Q Q S S D S
Termo é o dia da contagem.

Artigo 422,CPP.
Juiz toca processo a partir dali
Vista às partes para provas que pretende produzir
5 testemunhas por fato.
Não pode requerer oitiva de testemunha por precatória. A ideia é que as testemunhas
sejam ouvidas perante Conselho de Sentença.
Requerimentos feitos, juiz aprecia, 423. Faz um relatório dos atos até ali. Relatório
entregue aos jurados. Ele não pode juízo de valor. Pede pra incluir o julgamento em pauta.
Pauta = “reunião periódica”.

- 448, 449, 466, CPP: avaliação dos jurados. Impedimentos, Suspeição ou interesse na causa.
- Incomunicabilidade dos jurados.
- sorteio dos jurados (instalado se houver ao menos 15).
- defesa e acusação se vão recusar
- recusa motivada, sem limites;
Causas de suspeição, impedimento e incompatibilidade que o próprio jurado não
reconheceu. Muito raro.
- recusa imotivada, máximo 3.

Exortação: compromisso de julgar imparcialidade (sabe-se lá o que isso signifique) e conforme


ditames da justiça 472,CPP.
Ordem: Vitima, testemunha acusação, testemunha defesa
Quem começa a perguntar é o juiz (terceiro imparcial), depois depende do caso:
Se testemunha acusação, segue o MP.
Se testemunha defesa, segue advogado.

Júri de cadeira vazia (sem o réu). É possível pela alteração normativa de 2008.

Aula de 12/09

Art. 477. O tempo destinado à acusação e à defesa será de uma hora e meia para cada, e de uma
hora para a réplica e outro tanto para a tréplica. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1o Havendo mais de um acusador ou mais de um defensor, combinarão entre si a distribuição do
tempo, que, na falta de acordo, será dividido pelo juiz presidente, de forma a não exceder o
determinado neste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2o Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo para a acusação e a defesa será acrescido de 1
(uma) hora e elevado ao dobro o da réplica e da tréplica, observado o disposto no § 1 o deste
artigo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)

Quesitação artigo 483.


- materialidade
- autoria
- absolvição
- causa de diminuição de pena
- qualificadoras e causas de aumento de pena

Inovar em sede de tréplica: pode inovar? Sim. A defesa sempre fala por último. Ela tem uma vantagem no que
tange o contraditório. No mais, 5º XXXVIII, CR plenitude da defesa. Injusta provocação da vítima em sede de
tréplica para a questão de ciúme. Privilegiadora. Defesa muda.

Mas por que não há desequilíbrio? Ou porque há ampla defesa antes de mais nada? Sabatini. Ampla defesa
porque a acusação também foi ampla na medida em que é ela que estabelece.

Tréplica: para defender-se do que ocorreu no plenário ou na réplica. A réplica é desconstituição do plenário e da
tese de defesa.

Alegações em plenário. O que pode e o que não pode?

- mencionar nem o fato de ter pronúncia nem o conteúdo dela “ah mas o juiz deu pronúncia”.
Não pode.
- mencionar o uso de algema

Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer referências:
I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a
acusação ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que
beneficiem ou prejudiquem o acusado;
II – ao silêncio

Quesitação artigo 483: ordem dos quesitos.


- materialidade
- autoria
- absolvição genérica
- causa de diminuição de pena
- qualificadoras e causas de aumento de pena (= majorante)
a) Sempre afirmativa.
Jurados para a sala secreta onde começa a votação.
Cada jurado recebe as duas cédulas: resposta SIM e NÃO.
Votação por maioria. No 4º voto do mesmo sentido encerra-se a votação daquele quesito para não
violar o sigilo. Imagina se dá unanimidade.

Majorante e minorante: forma de fração.


Qualidifcadora é tipo penal derivado: mínimo e máximo.
i. Materialidade
O crime existiu?
“A vítima foi alvejada por arma de fogo?” não inclui quem.
Ausência de nexo de causalidade. O juiz pode desmembrar essa pergunta. É levado para o
hospital, bate no poste e o cara morre. O primeiro acidente não foi causa suficiente.

ii. Autoria
O réu foi o autor dos disparos da arma de fogo?
Partícipe: O réu contribuiu instigando, emprestando a arma de fogo?

iii. Absolvição genérica


Quesito único, vindo com reforma 2008.
Antes, era necessário quesitar cada tese de defesa. Não raro os jurados não conseguiam
compreender o instituto.
“O jurado absolve o réu?”
Crítica da professora: problema da inimputabilidade. Solução: desdobrar. “O jurado absolve o
reu?” e depois “O jurado acredita que o réu tinha domínio do que estava fazendo?” (artigo 26,
inimputabilidade).

iv. se tiver minorante, eventuais qualificadoras de cunho subjetivo estão prejudicadas. Por isso
quesita-se primeiro as minorante.
As qualif. De cunho objetivo (asfixia, fogo, violência...) continuam.

v. qualific e aumento de pena

Desclassificação

Precisa ser quesitado. Artigo 483,§4º. Entre o 2º e 3º quesito, conforme o caso. Vai depender das
teses de defesa. A defesa é pela desclassificação (o réu é autor, assume, mas quer dizer que foi
lesão corporal seguida de morte). Então a pergunta sobre desclassificação vem primeiro à
legitima defesa (defesa genérica). Agora, se a tese principal é justamente a desclassificação,
então primeiro pergunta-se sobre defesa genérica.

Na desclassificação do júri é o juiz presidente do júri quem julga, 492,§1º,CPP.

Princípio da intima convicção (do júri) então a sentença é bem simples, não precisa ser
fundamentada. O juiz presidente apenas lerá a pena final, pois a fixação da pena é calculada
pelo presidente. Decisão soberana, cabe recurso, juiz não pode mudar o veredito (só o Tribunal).
593,III,CPP.

As partes assinam uma ata. Teses de nulidade têm que ser consignadas em ata para eventual
recurso de apelação.

Aula 19/09
Imputação – imputar é atribuir. Exprime o que se faz na acusação: atribuir a alguém a conduta de
fato criminoso devidamente individualizado. É importante porque define a esturutra de limitação.
Princípio da correlação.

Caderno Material de Apoio\Penal B\2ºbimestre.doc


A imputação é o ponto central daquilo que é a acusação, tanto que baliza todas as
estruturas das defesas. Quem se defende se defende da imputação. Há muita precisão
técnica em relação a cada um desses pontos.
A doutrina tradicional diz que a imputação é atribuir a alguém um determinado fato
criminoso devidamente individualizado. O verbo imputar ai se define como atribuição.
Aparece nesse conceito uma tríplice análise, que salta fora disso e fundada na base da
teoria grega: sujeito, objeto e relação. Dizer isso já reclama pelo menos essas três
vertentes.
A atribuição num fato da vida. Fato da vida que, em termos de direito penal, está
marcado por uma conduta comissiva/omissiva tratada como criminosa. Não se imputa
um não ser do ponto de vista criminal, um indiferente penal. Fato que se atribui a um
fato criminoso. Isso se mede a partir da relação sujeito/objeto, que aqui foi tomado
como tipificação/conduta. Por isso que a marca é atribuição do fato criminoso.
Isso é da maior importância, porque dentre outras coisas sendo verdadeiro que o reu
se defende toda a estrutura da defesa, basicamente em face da imputação, é de se
imaginar que ai está o grande delimitador de ate onde se pode chegar com a
acusação. Justo porque de um lado faz com que se não pegue de surpresa a defesa e
de outro lado se limite a atividade jurisdicional – para não julgar nem ultra, nem extra
petita. Eis a relevância da imputação.
Quem faz a imputação não pode falar tanto que faça a defesa para o reu, nem tão
pouco que torne a denúncia inepta. Uma denúncia de 250 páginas ninguém lê aquilo.

São duas hipóteses, portanto: elementares e circunstâncias. Deve ser claro e preciso.

Processo penal marcado pela estratégia.

Controle: um dos elementos para a acusação.

Volume fático naturalmente transborda o tipo. Ex: o homicídio. Por isso é expresso em elementos
objetivos e subjetivos sendo necessário chamar elementares e circunstâncias na descrição e narrar
suficiente para que não seja nem de menos, nem de mais. Se for de menos, evidente o caso de
inépcio e se for demais também, pois importa o fato penalmente relevante. Se o cara tem cueca azul
turquesa só faz sentido se isso era o móvel do homicídio, mas se não era não tinha que estar lá.

Segundo elemento: qualificação jurídica. Fato penalmente relevante diga respeito a um tipo de
crime. Controle decorre do que está adequado.

Qualificação jurídica equivocada. Pode mudar? Ex: Cometeu crime A (artigo 155,CP) e descreve a
conduta, mas na descrição percebe-se que cidadão cometeu crime B. Evidentemente equivocado,
pois houve violência ou grave ameaça (artigo 157,CP). O CPP permite, artigo 383 uma emendatio
libeli e no 384 uma mutatio libeli. Dois institutos importantes no processo penal.

Emenda na acusação, consertando-a, a emendatio (383) o juiz pode fazer ou tomar providências
para pedir ao acusador que a altere, mutatio.

Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa,
poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de
aplicar pena mais grave.

§ 1o Se, em consequência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de


proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o
disposto na lei.
§ 2o Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão
encaminhados os autos.

Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica
do fato, em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância
da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a
denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido
instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento,
quando feito oralmente.

Imputação no processo penal é como uma fundamentação no processo civil. Acrescido com um
pedido genérico pela condenação.
Filosofia ontológica: a verdade está no objeto.
Filosofia da consciência: Sim, mas a verdade precisa ser extraída. Vale o que se extrai.

Sistema inquisitório. Tem uma falsa limitação. Um sistema tem que ser limitado, mas no inquisitório
é falso. Teria que reconstruir o sistema. Sistema acusatório veio com a limitação. Cobrando limitação
à prova. O juiz é que cuida disso.

Aula 20/09

Diferença entre denúncia e queixa.


Em comum, denúncia e a queixa são atos formais de dedução da ação. Pela denúncia na ação
pública e pela queixa na ação de iniciativa privada.
Limitação. Delimitar os fatos.
- Prazo da queixa: 6 meses da data do fato.
- Prazo da denúncia:
1. ENDEREÇAMENTO. “Excelentíssimo Senhor Doutor...”.
2. QUALIFICAÇÃO de quem pede e qualificação contra quem se pede. Qualifica-se para poder
se apresentar o que se quer.
3. IMPUTAÇÃO - Fase de fundamentação. Importância da imputação. Descrição do fato através
da análise do tipo, com todas as suas circunstâncias que importam (artigo 41 CPP). O esforço
aqui é circunscrever aquilo que está lá estabelecido.
Não tão pobre que seja inepta, pouca narrativa, tem que trazer as circunstancias:
elementares, circunstancias do preceito do tipo. E nem tão larga que você defenda o
denunciado (ou o querelado). Tipo seco: elementar ou circunstância.
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas
circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa
identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.

Os romanos, quando tratavam disso, e foi o que sobrou para os italianos – que gerou
uma cultura de esforço de clareza – apontavam 5 questões vitais para quem vai
peticionar. Aquilo que de essência se tira dos objetos. Algo que respondesse a cinco
perguntas:
a) Quem?
b) Quando?
c) Onde?
d) Como?
e) Por quê?
Comunica a acusação, abre perspectiva da defesa e vincula o juiz.

4. PEDIDO. Pedido de processamento daquilo como expressão do caso penal para efeitos de que
ele seja processado e depois julgado – se for o caso – procedente ou não. Pedido objetivo em
função daquilo que foi fundamentado.
Faz-se aqui uma qualificação jurídica que é sempre provisória, apenas para efeitos de controle, para
justificar a razão pela qual aquilo que se diz na imputação você está dizendo daquela forma. É por isso
que há a possibilidade que alguém se equivoque. O que vale então é a imputação e não essa
qualificação jurídica aqui exposta, por isso que é necessário que se tenha uma imputação clara. O
problema é que na prática não é sempre assim aceito.
5. AUTENTICAÇÃO. É preciso data e assinatura. O professor falou bastante disso quando tratou
do processo processual, no que se refere à estrutura formal do ato para controle da higidez do
ato e das consequências que podem existir em razão do ato.
O artigo 41 não fala em autenticação, não fala da data e da assinatura. Mas é da estrutura lógica do ato
essa autenticação. Uma denúncia não assinada é apenas um pedaço de papel escrito. O que dá caráter
fechado, final, ao ato é, justamente, a autenticação.
Aqui está o problema da tipicidade. Vejam, já se chegou a entender que o ato é inexistente por falta de
autenticação. Mas ela sequer está prevista no art. 41.
Datar e assinar precisa e fecha o conjunto todo da inicial.

Aditamento
Restrita à denúncia – o que reclama as regras de competência. Incluir hipóteses criminosas e se adita
para incluir pessoas.
Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica
do fato, em consequência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da
infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou
queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o
processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito
oralmente.
o
§ 4 Havendo aditamento, cada parte poderá arrolar até 3 (três) testemunhas, no prazo
de 5 (cinco) dias, ficando o juiz, na sentença, adstrito aos termos do aditamento.

Rejeição

A decisão do recebimento é interlocutória simples e se tem como consequência a possibilidade de


recurso caso haja rejeição. Mas da decisão de recebimento não cabe recurso (é um despacho).
Não está hígido, pressupostos não batem. Natureza jurídica. Se é hipótese de rejeição de denúncia,
volta-se à discussão do artigo 40. Ou ocorre por falta de condições prévias ou por falta de condição da
ação.
Se é matéria de prova, a decisão é meramente de arquivamento, não transita, não é mérito. Enquanto
não aparecer prova nova e melhor não se pode reabrir o caso.
- fixa competência

- perpetuatio jurisdictiones

- induz à litispendência

Mas se é tão importante, porque é tratado como um despacho (com carga decisória pequena) de onde
não cabe recurso?

 O recebimento é causa interruptiva da prescrição. 117,CP.

Decisão de recebimento: o juiz vai usar a fase probatória para testar aquilo que decidiu, afinal.

Citação

Ciência da acusação. Defender-se.

Doutrina tradicional, Tornaghi, é pressuposto de existência. Importância das partes estarem lá. Não
feita, é inválida. Processo é fraude.

Professor, é ato de chamamento, comunicação do fato e chamamento. Para defender-se sob pena de
consequência. Para o professor, é pressuposto de validade (conceito contemporâneo).

Aula 27/09

Nemo inauditus damnar potest: ninguém pode ser julgado sem ser citado. Citação por edital é farsa.

359 - o dia do func público comparecer é cientificado a ele e ao chefe da repartição; ele não é citado
não pessoa do chefe; o chefe tem que ter ciência daquilo, mas não há o que fazer além da ciência.
Militar: convocam o funcionário a qualquer hora. Ele precisa estar bem, controle do vínculo é maior.
Dedicação exclusiva.
Súmula 351 – réu preso não pode citar por edital se estiver preso na mesma unidade da federação em
que o juiz exerce sua jurisdição.

Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos
o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das
provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no
art. 312. Prescreve pela súmula 415. Para tentar solucionar isso, problema do estado passado ao réu,
aceitou-se a citação por hora certa.

415-pelo máximo da pena abstrata.

Notificação ou cientificação x intimação x citação

Na reforma de 1973, o CPC unificou os conceitos no ponto de vista da intimação: ciência do que foi feito
e notificação do que deve ainda ser feito. O problema é que as alterações posteriores não foram
suficientes para consertar essa reforma.

O juiz recebe a denúncia para efeitos de notificação, para que o réu compareça e responda. É algo que
deve ser feito.

Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam
tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no
Capítulo anterior. (Redação dada pela Lei no 9.271, de 17.4.1996)

A regra de base, o CPP como expressão máxima da CF, não deixa muita dúvida. Diz o art. 261:

Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado
sem defensor.
Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será
sempre exercida através de manifestação fundamentada. (Incluído pela Lei no 10.792,
de 1o.12.2003)

Art. 262. Ao acusado menor dar-se-á curador.

Faz-se uma distinção entre o advogado e o curador. Ao menor seria necessária uma tutela para efeitos
de autodefesa. O menor mereceria algo mais do que apenas a defesa prévia. A defesa será
fundamentada ainda que seja dativo.

Diferença entre defesa processual e mérito (fundo).

Tendo em vista a importância da defesa, fala-se em defesa preliminar e defesa de mérito.


 Defesa preliminar (se contrapõe à defesa de mérito): na estrutura da defesa se opera na
preliminar. Isto é, antes de alguma coisa. Aqui se discute as questões processuais, que de regra
tem caráter dilatório (efeitos dilatórios). Aqui aparece as condições da ação e os pressupostos
processuais. A higidez dos atos está nessa questão. 396,CPP.
o Pode estar dentro da defesa prévia, alegações preliminares. Não é a peça, mas a
estrutura.
o Preliminar: alegue antes de entrar no mérito!!
Prova:

Sujeito, Objeto, Relação.

Princípio kantiano :quem traz a prova? Com que finalidade?

Verdade material: precisamos da verdade toda. A matéria é (a prova). Será provado como um todo.
Conhecimento como um todo. Mas não conhecemos como um todo. Então a matéria é apenas uma
forma dela, por isso verdade material.

No processo civil. Réu confessa. Toma-se como verdade (ainda que a confissão seja uma mentira).
Processo civil dispensa prova. Processo penal não dispensa. Antigo artigo 334.
Aula 25/10

Vimos provas, pulamos prova em espécie, mas é importante.


Teoria da prova

Aula 31/10
Sentença.
Jurisdição poder retirado do povo, organizando estrutura da sociedade. Estruturação do Estado
Moderno.

Direitos básicos dos cidadãos individualmente tomados, e a decisão até contramajoritaria. Reconheça p
direito de um só ainda que seja contra o de todos. Complexo.
O verdadeiro interesse público e a proteção do cidadão individualmente tomado.

Sentença tem que ser:


Fundamentada
Compositiva
Acertamento do caso real.

Aula 07/11
Cr 93,ix
Por que não está no artigo 5º? É garantia constitucional!

Decisões: Publicidade dos atos. Fundamentadas, sob pena de nulidade.

Sentença não tem essência. Estrutura de linguagem. No entanto têm variação. Não há, portanto, teoria
das decisões que possa tratá-la em si.
800,593,595,CPC. Despachos. Interlocutorias. Sentenças.

Decisao: Controvérsia a ser suprida para acertamento do caso penal.


Despachos: meros impulsos ao processo. À marcha.
Somatória das questões, no processo civil, Carnelutti chamou de lide.

Decisao interlocutora simples: é uma decisão, é de certa forma uma ordem ao processo, há
controvérsia. É por exemplo, arbitrar fiança. Há previsão de recurso. Estamos ordenando a marcha,
Já despacho diz com o mero impulso, a força motriz, sem ordem. A ordem será dada pelas decisões.

Interlocutoras mistas: terminativas ou não terminativas. Por fim processo sem julgamento mérito ou põe
fim a uma etapa do processo (como a pronúncia).
Aula 08/11
Sentença é o que põe fim ao processo. Esse tipo de classificação é problemático. Interlocutórias mistas
são um exemplo dessa exceção. É o problema de não se ter uma teoria geral da decisão.

Dualidade das sentenças. Procedência (condenatórias a fim de valer o preceito secundários em face do
primário) e improcedência (absolutórias).

Absolutória imprópria. É a medida de segurança. Absolve, mas tem que prender o cara porque ele é
perigoso.
Medida de segurança. Reconhece o DP e DPP que não há culpabilidade. Mas o crime remanesce. É
conduta típica ilícita.

Sentença definitiva em sentido estrito. Extingue o processo, mas não é condenatória nem absolutória.
Tem julgamento de mérito. Extinção de punibilidade é um exemplo. Extinção de medida de segurança
outra.

Estrutura lógica. É como perguntar a natureza jurídica da sentença.


Voltemos à modernidade. Base cartesiana. Sujeito a dizer sobre objeto. Domínio do que diz sobre o
objeto forçando modelo de pensamento analítica aristotelismo. Dialética. Métodos. Caminho de ir na
verdade da coisa. Relação sujeito objeto. Aristóteles adequar sujeito com objeto é chegar na verdade.
Esvaziar a essência do fato pelo caminho, tirando de lá sua essência. Essência a verdade. Fôrma,
estrutura, modelo de pensamento.

Estrutura silogística. Duas premissas infere uma terceira. “Todos os homens são mortais, gregos são
homens, logo gregos são mortais”. Quem sabe disso trata de dominar as premissas.

Ciência do direito. Jacinto detesta. Não é ciência. Me prove. E isso foi modelo de pensamento moderno.
O sujeito que diz o que pensa sobre o objeto. O juiz que decide sobre o que são os fatos.

Sentença: Enlace. Adequação. A uma situação particular, específica e concreta que se adequou a uma
estrutura abstrata.

Poder. Arrogância humana. Weber. Conter.

Hermenêutica ontológica. No próprio método. Filosofia num lugar não tocável. Toca-se nos entes, ou
seja, intangível é a linguagem. É o ser aí. Incompletude do ser. Ontologia - ser. Hermenêutica -
construído a partir de um sentido naquilo que as palavras carrega. Gadamer inverteu o polo: a
hermenêutica que produz esse lugar. Cada um tem pra si seu lugar. Psicanálise do sujeito inconsciente.
Inconsciência.

Sujeito filosófico, de um meu que pensa. Mesmo que o lugar seja intangível como Heideger mostrou.

Todo método é literal e o sentido quem dá é voce. Estrutura de consciência. A palavra por ela constrói,
às vezes até contra o sujeito. Muitas vezes contra o sujeito. Uma palavra que ele não sabe o que
significa ou não se expressa. Prejulgamentos no regime do apartheid, nazista alemão. Modelo de ódio.

Requisitos da sentença, 381.cpp.


I e II - relatório.expressa aquilo que é a história relevante do processo. (Pontes de Miranda) sem esses
Requisitos é nula 564-M.
Relevância: intervenção das partes (fazzalari) na estruturada Decisao. Sobre o que se vai decidir. Tratar
de Todas as nulidades são importantes.
Não se deve ter liberdade para transgredir nem sobre a lei (dos direitos) nem sobre os fatos (dos fatos).
Não dá pra fugir. Livre convencimento porém com accountability.
Imputacao demarca a sentença. São os fatos.

III - motivação/fundamentação.
Aqui vem o livre convencimento. Lenio Streck.

Bom senso. Moral. Moralismo. Sua verdade imposta aos outros.

IV-autenticação e registro. Para ganhar publicidade.

Habbermas. Teoria da argumentação. Nilo Brum.

Requisitos retóricos da sentença penal.

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