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Rodada #2

Política e Segurança
Professor Danuzio Neto

Assuntos da Rodada

POLÍTICA E SEGURANÇA: 1 Relações internacionais: conceitos básicos, atores,

processos, instituições e principais paradigmas teóricos. 2 Sistema mundial de poder.

2.1 A bipolaridade da segunda metade do século XX e o cenário pós-Guerra Fria.

2.2 A cultura de massas. 2.3 O nacionalismo e a construção de identidades. 2.4 A

ordem mundial pós-11 de setembro. 2.5 O Oriente Médio e seu impacto nas relações

internacionais. 3 Conflitos étnico-religiosos contemporâneos. 4 A política externa

brasileira. 4.1 Evolução desde 1945, principais vertentes e linhas de ação. 4.2 A agenda

internacional e o Brasil. 4.3 O multilateralismo de dimensão universal: a ONU. 4.4 As

conferências internacionais. 4.5 Os órgãos multilaterais. 4.6 O Brasil e o sistema

interamericano. 4.7 A dimensão da segurança na política exterior do Brasil. 4.8 O Brasil

e as coalizões internacionais: o G-20, o IBAS e o BRICS. 4.9 O Brasil e a América do Sul.

4.10 Integração na América do Sul. 4.11 O Brasil e a cooperação sul-sul. 5 Comunidade

dos Países de Língua Portuguesa. 6 Sistema financeiro internacional. 7 Desarmamento

e não-proliferação. 8 Terrorismo. 9 Narcotráfico. 10 Espionagem. 10.1 Espionagem

comercial. 10.2 Espionagem industrial. 11 Sabotagem. 12 Interferência externa. 13

Segurança cibernética. 14 Radicalização e extremismo. 14.1 Processos de radicalização.

15 Fatos 38 históricos importantes do crime organizado no Brasil na Nova República.

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9.610/98.

 Boa aula!!!

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Sobre a aula

Prezados alunos, como dito na nossa aula inaugural, por conta do tempo exíguo, do

tamanho da matéria e a fim de otimizar os estudos de vocês, tentarei ser sempre

objetivo em nosso material. Diferententemente da nossa primeira aula, no entanto, e

após as nossas conversas no fórum, contextualizei melhor o nosso assunto desta vez.

Aviso ainda que o subitem “2.5 O Oriente Médio e seu impacto nas relações

internacionais”, que estava planejado para ser estudado nesta aula, será objeto de

estudo da próxima, por conta da correlação com o próximo item do edital “3 Conflitos

étnico-religiosos contemporâneos”.

Bons estudos e parabéns pelas participações no nosso fórum. Tá dando pra ver como

esse turma está com sangue nos olhos e disposta a não deixar essa chance escapar.

Sinto o maior prazer em participar desse processo!

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a. Teoria

Sistema mundial de poder

1. A bipolaridade da segunda metade do século XX – As duas grandes guerras do

século XX, também conhecidas como Guerras Mundiais, significaram um rompimento

da ordem europeia. Neste desequilíbrio, a tentativa nazista significou o colapso final

do equilíbrio europeu, que seria substituído pelo sistema bipolar na Guerra Fria,

“conflito” que sucedeu a Segunda Guerra Mundial. Em poucas palavras, a Guerra Fria

foi o período de permanente tensão Mundial (1947 a 1989), em que ocorreu uma

intensa disputa Econômica, diplomática e tecnológica entre Estados Unidos e União

Soviética pela hegemonia Mundial. Uma das suas principais consequências desta

disputa foi a escalada de uma corrida armamentista em ritmo inédito. A União

Soviética, em 1949, fez seu primeiro teste bem-sucedido com a bomba atômica. Em

resposta, o governo americano estimulou a pesquisa de armas ainda mais mortíferas.

Desde então, as duas superpotências passaram a tentar superar tanto em tecnologia

quanto em armamentos o seu opositor. Um dos pontos de partida para a Guerra Fria

foi o discurso de Winston Churchill em que ele usa a expressão “cortina de ferro” para

se referir aos países marxistas do leste europeu que haviam optado por se isolar do

resto do mundo. Com a Doutrina Truman, que nasceu em 1947 de um

pronunciamento de Harry S. Truman, então presidente norte-americano, os Estados

Unidos se colocaram no papel de conter o socialismo soviético. O Plano Marshall, que

previa contribuir economicamente com a reconstrução dos países europeus, foi

fundamental para a estratégia norte-americana na Guerra Fria, ao se tornar o braço

econômico da Doutrina Truman.

2. Os frutos da competição – Um dos grandes trunfos da corrida armamentista foi a

conquista do espaço, disputa em que a União Soviética foi duas vezes pioneira.

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POLÍTICA E SEGURANÇA

Primeiro, com a Sputnik 1, o primeiro satélite artificial, e, segundo, com a nave espacial

Vostok 1, pilotada por Yuri Gagarin, o primeiro homem a viajar no espaço, em 1961.

Para superar este feito, em 1969, um astronauta americano pisaria na lua. Um dos

desdobramentos da tecnologia espacial foi a criação do ICBM, Míssil Balístico

Intercontinental, que, lançado de uma base terrestre ou naval, é capaz de atingir um

alvo a milhares de quilômetros – inclusive quando carregado com armas nucleares.

Como medida de defesa, em seguida o míssil antibalístico, capaz de detonar um míssil

antes que ele atinja o alvo, foi criado. Bases de lançamento foram construídas nos

países da Otan e do Pacto de Varsóvia, para os mísseis americanos e soviéticos,

respectivamente (a Otan – a Organização do Tratado do Atlântico Norte, em francês,

era uma Aliança Militar sob liderança dos Estados Unidos que reunia os países

capitalistas, enquanto o Pacto de Varsóvia foi uma aliança militar do bloco “inimigo”, o

socialista, que estava sob o comando da URSS, a União das Repúblicas Socialistas

Soviéticas). Se por um lado a disputa armamentista permitiu um rápido avanço

tecnológico em vários ramos da ciência, por outro colocou o mundo sob a ameaça de

uma guerra nuclear com capacidade de destruir a humanidade. A tecnologia militar,

adaptada, permitiu o surgimento de milhares de produtos para a economia civil nos

Estados Unidos, na segunda metade do século XX. A União Soviética, por outro lado,

não conseguiu aproveitar o desenvolvimento da tecnologia militar da mesma forma.

3. O poder da propaganda – Outra arma largamente utilizada nesta guerra foi a

propaganda. Os países capitalistas exaltavam os seus valores que julgavam ser mais

atraentes, como a liberdade de expressão, a sociedade de consumo e as

oportunidades de enriquecimento a quem estivesse disposto a trabalhar, além

disso, “denunciavam” que no comunismo não havia liberdade e o estado

controlava tudo. Por outro lado, a propaganda Soviética denunciava as enormes

desigualdades sociais, o desemprego e a decadência moral do mundo ocidental

(como a prostituição e as drogas, por exemplo). Paralelamente, os soviéticos exaltavam

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POLÍTICA E SEGURANÇA

a superioridade do regime comunista, em que o estado garantia emprego, educação

e moradia para o cidadão.

4. O mundo bipolar e as relações internacionais – Como estamos vendo, a

geopolítica bipolar, marcada pela supremacia dos Estados Unidos e da União Soviética,

influenciou de maneira decisiva tanto as relações internacionais quanto o destino de

quase todos os países nas décadas seguintes ao fim da Segunda Grande Guerra. Os

grandes acontecimentos políticos e militares que ocorreram entre 1947 e 1989 tinham

relação direta com a Guerra Fria. Como exemplo, podemos citar a Guerra da

Coreia, a Guerra do Vietnã, a divisão da Alemanha, a descolonização na África e

na Ásia, a Revolução Cubana e os conflitos no Oriente Médio. As duas

superpotências, por meio desses conflitos regionais, buscavam demarcar e ampliar

suas áreas de influência pelo globo. Passados poucos anos do fim da Segunda Grande

Guerra (em 1950), os dois países já estavam indiretamente envolvidos na guerra da

Coréia. Em 1959, a Revolução Cubana angariou a antipatia dos Estados Unidos, o que

levaria Cuba, depois, a se alinhar com a União Soviética - ou seja, a Revolução Cubana

não começou como um movimento comunista. Ainda que não tenha começado com

caráter comunista, a Revolução Cubana iria representar, na América, um dos

momentos mais tensos da Guerra Fria, quando os Estados Unidos descobriram, na

década de 60, a existência de mísseis soviéticos na ilha. Este alinhamento de Cuba com

a URSS significou a primeira ruptura aos Estados Unidos na América Latina, que era

tida como uma espécie de quintal norte-americano. Em situação semelhante à

ocorrida com os Estados Unidos, a União Soviética também viveu conflitos em seus

domínios: em 1956, houve tentativas de insurreição na Hungria, e, 1968, na

Tchecoslováquia, ambas, porém, foram sufocadas pelo exército soviético. Em 1964,

houve a intervenção direta dos Estados Unidos no Vietnã, também no contexto da

Guerra Fria (em linhas gerais, o Norte do Vietnã estava sob influência comunista,

enquanto o Sul era capitalista). Neste conflito, porém, a participação dos norte-

americanos se revelou desastrosa. O saldo dos Estados Unidos foi de cerca de 50.000

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mortos, 800.000 feridos, um custo financeiro gigante e a opinião pública norte-

americana desfavorável. Em 1973, os Estados Unidos retiraram-se derrotados da

Guerra. Importante ainda ressaltar que, de 1960 a 1980, Estados Unidos e União

Soviética mantiveram uma política de coexistência pacífica, chamada détente, em que

buscavam a diminuição da tensão entre as duas superpotências. Esta política, ressalte-

se, não fez cessar a pesquisa e a produção de armas dos dois blocos, tampouco

diminuiu o apoio, pelos dois blocos, aos conflitos nas mais diversas regiões do planeta.

5. O fim da ordem bipolar – De 1945 a 1970, o mundo passou por um ciclo de

prosperidade econômica e tanto o bloco capitalista quanto o socialista se beneficiaram

desta fase – em diferentes níveis, porém. Apesar desta longa fase de prosperidade, os

dois modelos econômicos começaram a apresentar sintomas de crise a partir da

década de 1970. No lado capitalista, a origem da crise estava nos crescentes déficits

dos Estados Unidos – o que fez o país decretar, em 1973, abandonar a paridade

dólar/ouro, que havia sido estabelecida na conferência de Bretton Woods. Assim, o

dólar foi desvalorizado, aumentando a competitividade dos produtos norte-

americanos no comércio exterior – o que fez com que este país, consequentemente,

diminuísse suas importações. A diminuição das importações norte-americanas, que

beneficiavam os países do bloco capitalista, fez a crise se alastrar por todos então

alinhados aos Estados Unidos. Esse cenário ainda seria agravado, na primeira metade

da década de 1970, pelo primeiro choque do petróleo, que foi um forte aumento do

preço do petróleo em 1973. No bloco socialista, por outro lado, a crise se dava por

conta do esgotamento do próprio modelo econômico, que era baseado no

planejamento estatal, menos criativo e menos ágil que o sistema capitalista. Afora

esses fatores, devemos lembrar ainda que tanto os Estados Unidos quanto a União

Soviética gastaram quantias exorbitantes em armamentos, naves, satélites e foguetes.

Apesar do arrefecimento econômico da década de 1970, a Guerra Fria iria ceder

mesmo no fim da década de 1980, quando a União Soviética, com seu modelo

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esgotado, com crise econômica e uma população que ansiava por democracia, acabou

por fazer, sob o comando de Mikhail Gorbachev, uma abertura política (Glasnost) e

econômica (Perestroika) no começo da década de 1990, quando a Alemanha já estava

reunificada (1989). Interessante ainda observar que o fim da Guerra Fria não fez

surgir um sistema internacional que fosse organizado para diminuir os conflitos

e garantir o equilíbrio entre todos os países do mundo.

6. O cenário pós-Guerra Fria – A bipolaridade, que persistiu pelas décadas seguintes

à Segunda Guerra, acabou com a Guerra Fria. A queda do muro de Berlim, um dos

símbolos dessa transição, deu-se em 1989. Em junho de 1991, o Pacto de Varsóvia foi

extinto. A Otan permaneceu, mas com funções redefinidas e assumindo missões

relacionadas à paz mundial, além disso, passou a agregar também alguns países do

leste europeu, como a Polônia, a República Tcheca e a Hungria, que antes estavam sob

influência soviética. A nova ordem europeia passou a buscar uma maior integração

entre os países. Em 1993, entrou em vigor o Tratado da União Europeia, então

assinado por 15 países da Europa Ocidental. A política de abertura comandada por

Gorbachev e o consequente fim da União Soviética influenciaram outros países

comunistas. A China, por exemplo, desde 1960 tinha uma política autônoma, isolada

tanto do ocidente quanto da URSS, com quem chegou a rivalizar em poderio nuclear.

Outro ponto que demonstra a autonomia chinesa, é que, desde a década de 1980, o

governo chinês já assinava acordos comerciais, a fim de atrair investimentos

estrangeiros. Já com a abertura econômica, e inspirados na glasnost de Gorbatchev, os

jovens chineses passaram a exigir a abertura política. Em 1989, em muitas cidades

chinesas, houve manifestações estudantis. Na ocasião, o Governo, reprimindo o

militarmente o movimento, ordenou que o exército abrisse fogo contra os estudantes

que estavam concentrados na Praça da Paz Celestial, em Pequim. O massacre, que

chocou o mundo, demonstrou que o governo chinês não aceitava a abertura política.

No final da década de 1990, por conta de antigos tratados internacionais, voltaram a

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ser de domínio chinês a ex-colônia Britânica de Hong Kong (1997) e a portuguesa

Macau (em 1999), ambas capitalistas. O governo comunista da China, no entanto, e

consagrando o lema “um país, dois sistemas”, comprometeu-se a não intervir na

economia capitalista destes dois territórios. A Perestroika também repercutiu na

Coreia do Norte, que no começo da década de 1990 mitigou o seu isolamento ao

assinar acordos com os Estados Unidos. À época, por conta desses acordos, a Coreia

do Norte suspendeu o seu programa atômico militar. Em junho de 2000, os dirigentes

das duas Coreias iniciaram as negociações para a reunificação de ambos os países,

separados desde 1948. As tratativas, que estavam suspensas desde o início de 2016,

voltaram a acontecer nos primeiros dias de 2018.

7. Os efeitos do fim da bipolaridade e o surgimento de novas identidades – A

Alemanha reunificada, ao se tornar o país europeu com maior influência na porção

oriental do continente, provocou mudanças profundas na geopolítica europeia. Na

União Soviética, a população apoiou aqueles que se posicionaram de forma mais

contundente a favor da transição, o que beneficiou os chamados ultrarreformistas,

que conquistaram maior espaço no governo, inclusive na presidência, que foi

conquista em 1990 pelo principal representante desse grupo, Boris Yeltsin. Em 1991,

Yeltsin declarou total autonomia da Rússia em relação à União Soviética, no que foi

acompanhado pelas outras repúblicas soviéticas, marcando, assim o fim da União

Soviética. As 15 repúblicas socialistas transformaram-se, então, em 15 países

independentes. Doze delas associaram-se a uma entidade supranacional mais ampla,

a CEI (Comunidade dos Estados independentes), que atualmente conta com 11

membros, já que Turcomenistão saiu do grupo e passou a ser apenas um membro

associado. Letônia, Estônia e Lituânia não aderiram à CEI. Com o desmembramento da

Tchecoslováquia, surgiram a República Tcheca e a Eslováquia. A Iugoslávia, a partir de

conflitos separatistas da década de 1990, dividiu-se em ainda mais países, com

nacionalidades e culturas distintas: Croácia, Bósnia e Herzegovina, Montenegro,

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POLÍTICA E SEGURANÇA

Eslovênia, Macedônia, Sérvia e Kosovo (que é apenas parcialmente reconhecido como

independente). Diante desta nova configuração geopolítica, podemos afirmar que a

derrocada do socialismo significou o colapso de todo o sistema de relações

internacionais desenvolvido após a Segunda Guerra Mundial e que perdurou durante a

Guerra Fria.

8. A questão do nacionalismo e das identidades – Com a onda de transformações

políticas e econômicas que varreu a Europa Oriental com o fim da Guerra Fria, veio à

tona antigos conflitos étnicos e questões nacionalistas da região que estavam

encobertos sob a mão pesada do regime comunista. Ademais, os russos eram a

maioria étnica dessas populações. Na Europa Oriental, surgiram novos países e

desapareceram outros, como a Alemanha Oriental. A Tchecoslováquia, numa transição

pacífica, deu origem a duas repúblicas: a Eslováquia e a República Tcheca. Já a

Iugoslávia, que foi palco de guerras como a da Bósnia (1992-1995), viu milhares de

seus cidadãos morreram por conta de conflitos étnico-nacionalistas. Como dito, estes

conflitos eram anteriores à Guerra Fria, pois a região historicamente já era conflituosa

por conta de questões religiosas e políticas. Como vimos, após o fim da União

Soviética foi formada a CEI por doze das repúblicas que formavam a URSS. A Rússia,

nesse novo contexto, tornou-se a Federação Russa e agregou repúblicas menores a

título de repúblicas federadas. Essa nova República Russa, formada pela Rússia e essas

repúblicas independentes, também têm entre as suas populações, assim como tinha a

União Soviética, uma enorme variedade de grupos étnicos – ou seja, têm vários povos

com características comuns, como a língua, religião, vestuário, música, comidas. Com

o fim da União Soviética, portanto, vários desses grupos étnicos, religiosos ou de

nacionalidades diferentes encontraram a oportunidade que faltava para formarem

Estados independentes. Na grande maioria das vezes, no entanto, esses Estados

independentes só nasceram por meio de sangrentas lutas separatistas. No Leste

europeu, a região do Cáucaso foi a principal arena desses conflitos nacionalistas. Ainda

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hoje, encontram-se, na região, mais de quarenta povos de diferentes grupos étnicos e

religiosos que se envolvem em disputas político-territoriais potencializadas pelas

questões étnico-religiosas.

9. Como funciona o caldeirão étnico-religioso – A fim de ilustrar a situação

conflituosa da antiga zona de influência da União Soviética, podemos citar a guerra

que ocorreu entre a Armênia e o Azerbaijão. A Armênia, após a Guerra Fria, quis

recuperar parte de seu território que fora anexado ao Azerbaijão durante o período

comunista. Além da questão territorial, havia também um componente étnico-religioso

na disputa. A maioria da população da Armênia é de cristãos ortodoxos e a do

Azerbaijão é de muçulmanos. No território então disputado, a maioria da população

era de armênios cristãos. Outro conflito que mostra a complexidade da região foi a

guerra da Chechênia, que é uma pequena república situada no Cáucaso, região

montanhosa da Ásia. A Chechênia, que tem como grande maioria da sua população

cidadãos muçulmanos, declarou sua independência logo após fim da União Soviética

(em 1991), quando passou a fazer parte da Federação Russa. Não satisfeita com a

situação, porém, continuou buscando sua autonomia total. Por conta disso, em 1994,

foi invadida pela Rússia, envolvendo-se numa guerra que durou até 1996. Apesar de a

guerra ter sido encerrada, os conflitos se estenderam pelos anos e o clima na região,

até hoje, é tenso, já que os separatistas chechenos, por meio de ações terroristas, não

deixam a causa morrer. Pelo fato de a Chechênia estar próxima das reservas de

petróleo do Mar Cáspio e ser cortada por oleodutos importantes, a Rússia tem se

negado a abrir negociações que possibilitem a independência da região.

10. Cultura de massa – Diferentemente das questões nacionalistas e de identidade

que afloraram com o fim da Guerra Fria, a cultura de massa foi gerida em período

anterior às Grandes Guerras Mundiais, quando, com o aumento do número de

pessoas alfabetizadas e o desenvolvimento da tecnologia, novos estilos de vida

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POLÍTICA E SEGURANÇA

surgiram após o “bombardeamento” dos meios de comunicação em massa passarem a

carregar novos valores culturais que deveriam ser assimilados pelo maior número de

pessoas possível. Apesar de ter tido uma gestação anterior, a cultura de massa é um

fenômeno identificado com especialmente a cultura ocidental do começo da metade

do século XX e com o processo de globalização fim deste mesmo século. Assim, já que

está envolvida com os meios de comunicação em massa e com o processo de

globalização, podemos dizer que a característica mais marcante que diferencia

a cultura de massa de outros processos culturais está no alcance que ela possui ao

contar com a difusão em larga escala. Ao se beneficiar dessa escala e conseguir

alcançar um número de pessoas antes inimaginável, as manifestações culturais

passaram a fazer parte do que se chamou de indústria cultural – ou, ainda, indústria

do entretenimento. Assim, além da escala, surge uma outra característica importante

da cultura de massa, que é o processo de mercantilização das manifestações

culturais e artísticas, que passam a ganhar feições de mercadorias, bens. A cultura

de massa foi bastante criticada pela teoria crítica da Escola de Frankfurt, que a teve

como objeto de estudo e análise, principalmente ao apontar que a cultura de massa

era instrumento de dominação e exploração comercial.

11. Cultura de massa e trivialidade – Cultura de massa, que também é conhecida

como cultura popular ou cultura pop, é geralmente vista como uma cultura

simplificada, já que, por buscar escala de “consumidores”, geralmente foca numa

aceitação quase consensual dentro da sociedade. Assim, os seus críticos, como os

grupos religiosos e contraculturais, identificam-na, dentre outros adjetivos nada

lisonjeiros, como consumista, superficial e sensacionalista. O próprio termo "cultura

popular" surgiu para se referir à educação das classes mais baixas, explicitando o

contraste com a educação recebida pelas classes mais abastadas, no fim do século XIX.

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POLÍTICA E SEGURANÇA

12. Principais características da cultura de massa – Tendo em vista que a cultura de

massa se equipara a um fenômeno que é também comercial e que se baseia na

mesmice, já que o seu objetivo maior é o consumo desse produto cultural, e não a

criatividade, a reflexão e o conhecimento, podemos apontar ainda outras

características sobre este fenômeno:

12.1. Utiliza centros culturais, como cinemas, shoppings, teatros, bem como a

força dos que trabalham nestes estabelecimentos;

12.2. É apontada como a vulgarização da cultura e como instrumento de

dominação, já que nega às pessoas uma cultura realmente elevada e que leve à

reflexão;

12.3. Como está identificada como o termo “indústria cultural”, é fácil notar que a

produção em massa de bens culturais busca a geração de lucros, o consumo em

larga escala e a adesão ao sistema dominante – que é quem difunde e lucra com

a cultura de massa.

12.4. A cultura de massa produz indivíduos homogeneizados. Ao buscar atingir o

máximo de pessoas possível, os meios de comunicação apresentam modelos de

cultura planificados reproduzindo padrões homogêneos, pois este é o jeito mais

fácil de alcançar a “todos”. Assim, questões de gosto e de identidades são

simplesmente ignorados.

12.5. Consequência do subitem anterior, o público da cultura de massa é visto

como uma massa homogênea.

12.6. Por conta do seu porte e da sua força de difusão, a cultura de massa acaba

por submeter as demais expressões “culturais”.

12.7. Por ser produto de grandes corporações, a cultura de massa está ligada ao

poder econômico.

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POLÍTICA E SEGURANÇA

13. A cultura de massa e o retardamento do pensamento crítico – Diante de tudo o

que vimos, fica fácil perceber que a cultura de massa é encarada como um obstáculo

ao desenvolvimento do pensamento crítico e do espírito racional. A cultura e a arte,

que tradicionalmente são instrumentos pelo qual costumamos questionar o mundo,

tornam-se, neste novo contexto, apenas mercadorias a serem consumidas em relações

imediatistas e tipicamente comerciais. O público, assim, é visto como um sujeito

passivo que não busca novas experiências, consumindo apenas o que lhe é ofertado.

Ademais, este público é conquistado por meio de apelos visuais e estéticos, que lhe

ofertam uma espécie de fuga da realidade onde ele encontrará apenas lazer e diversão

– e onde ele não precisará pensar ou se preocupar com nada. Essa fuga da realidade,

realizada dessa forma e numa constância típica dos nossos tempos, inevitavelmente

leva à alienação do indivíduo que não está mais disposto a pensar. Antes de se tornar

o que é hoje, a cultura de massa já era apontada como a futura indústria do lazer e do

entretenimento, o que de fato aconteceu. Em meio a tantas críticas, no entanto,

devemos pontuar uma qualidade amplamente aceita da cultura de massa, que foi

permitir a ampliação do acesso aos bens culturais.

14. A ordem mundial pós-11 de setembro – O 11 de setembro de 2001 talvez tenha

sido o último grande evento histórico, com capacidade de reordenar a geopolítica

mundial, que tivemos o “privilégio” de testemunhar. Este fato, por si só, facilita

sobremaneira o seu estudo, mas ver eventos históricos pela tela da televisão não é

suficiente, infelizmente, para compreendê-los. Como informação primordial para este

primeiro momento, devemos registrar que o maior ataque terrorista da história teve

como um dos seus principais resultados: a invasão do Afeganistão, a segunda

Guerra do Iraque (apesar de nunca ter se comprovado qualquer envolvimento de

Saddam Hussein/Iraque no atentado de 11 de setembro) e um novo período da

História caracterizado pelo confronto entre o Ocidente (cristão) e o islamismo. Os

atentados de 11 de setembro ainda serviram também para marcar o fim da ilusão que

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POLÍTICA E SEGURANÇA

surgiu, após a queda do Muro de Berlim, de que o mundo estava unido e pacificado a

partir de então.

15. A falta de privacidade – A fim de combater o terror, o governo dos Estados

Unidos, assumindo atitudes policialescas, passou a grampear telefones e e-mails de

cidadãos norte-americanos, usou a tortura como método de interrogatório contra

suspeitos de terrorismo, fez prisões à margem da lei, como as realizadas em

Guantánamo, onde as pessoas podem ficar presas por tempo indeterminado e sem o

devido processo legal – inclusive sem provas. Como o combate ao terror foi bastante

financiado por recursos antes direcionados para a segurança interna, os Estados

Unidos passaram a ver, a partir dessas políticas, um aumento dos crimes domésticos.

O instrumento legal que permitiu que os Estados Unidos assumissem uma feição mais

policialesca ao mitigar garantias constitucionais, direitos civis e direitos humanos,

chamava-se Patriot Act, que permitia que o governo espionasse qualquer cidadão sem

autorização judicial, o que, em alguma medida, foi aceito pela população que estava

aterrorizada. A invasão de privacidade chegou a tal ponto que em alguns aeroportos

norte-americanos é utilizado um tipo de escâner corporal (raio X) com uma tecnologia

tão avançada que é como se o viajante ficasse completamente pelado na frente dos

seguranças. Para muitos, esta é a maior invasão de privacidade da história da

humanidade.

16. Guerra ao Terror – Guerra ao Terror, ou Doutrina Bush, foi como ficou conhecida

a campanha militar iniciada pelos Estados Unidos, logo após o 11 de setembro, contra

o “Eixo do Mal”. Para os Estados Unidos o atentado foi considerado um ato de guerra,

o que teria como uma de suas consequências a mitigação da privacidade da população

em geral, como vimos. Foi como desdobramento da Guerra ao Terror que os Estados

Unidos invadiram e ocuparam, por exemplo, o Afeganistão e o Iraque. O principal

objetivo da Guerra ao Terror era derrotar definitivamente o terrorismo, mas, pra isso,

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havia um objetivo personalizado, que era localizar e matar Osama bin Laden, o cérebro

dos atentados e fundador da Al-Qaeda. Para isso, iniciou-se uma ação militar

no Afeganistão. Mas não apenas este país entraria num longo período de alteração

política e social com o envio de tropas de uma coalizão ocidental, coordenada pelos

Estados Unidos, o Iraque também sofreu mudanças sociais drásticas, já que derrubar o

ditador Saddam Hussein se tornou outro objetivo dos Estados Unidos. Quanto ao

paradeiro de Osama Bin Laden, este ficou foragido até 2 de maio de 2011, quando foi

abatido por unidades de elite dos Estados Unidos em Abbottabad, Paquistão, em um

de seus esconderijos.

17. Posicionamento do Brasil – Conforme o site do Itamaraty, "Em 2003, o Brasil

opôs-se à invasão do Iraque por tropas da "Coalition of the Willing", pois não fora

autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU. Essa posição não decorreu de

qualquer simpatia pelo regime baathista – mas, sim, da necessidade de respeito

incondicional à Carta da ONU e ao Direito Internacional."

18. A insegurança que o 11 de setembro trouxe ao mundo – Como os Estados

Unidos responderam ao 11 de setembro sem aval da ONU e espionando até os seus

próprios cidadãos, pode-se dizer que o mundo atualmente é um lugar mais inseguro e

com menos garantias das liberdades individuais. O uso da tortura, e de prisões e

julgamentos sem o devido processo legal como um método, reforçam este clima de

insegurança jurídica.

19. O 11 de setembro e a crise econômica de 2008 – Afora todas as consequências

na segurança mundial e o aumento da instabilidade política no Oriente Médio, o 11 de

setembro é tido também como ponto inicial da crise econômica mundial de 2008. Após

o atentado, a economia norte-americana ficou paralisada, pois, com medo de novos

ataques, as pessoas não queriam investir. Sem encontrar outra saída, o governo

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POLÍTICA E SEGURANÇA

decidiu injetar dinheiro diretamente na economia norte-americana, principalmente

ajudando as pessoas a comprarem seu próprio imóvel. A ajuda do governo veio por

meio de juros mais baixos, o que fez com que os bancos começassem a emprestar

cada vez mais dinheiro para financiamentos imobiliários. O negócio caiu no gosto da

população e se tornou tão atrativo que até mesmo quem já tinha casa – ou não tinha

dinheiro – fazia questão de se beneficiar deste crédito. Este processo de tomada de

dinheiro a juros baixos foi até o seu limite, quando as pessoas simplesmente pararam

de pagar as obrigações contraídas. Como os bancos revendiam uns para os outros os

seus financiamentos, o calote no setor imobiliário gerou uma reação em cadeia que

fez vários desses bancos quebrarem, o que desencadeou a crise financeira mundial de

2008.

Bons estudos e até a próxima semana!

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POLÍTICA E SEGURANÇA

b. Mapa Mental

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POLÍTICA E SEGURANÇA

c. Revisão 1

QUESTÃO 01/CESPE/Instituto Rio Branco/2015

O século XX é considerado o século das revoluções. A partir de 1917, quando a

autocracia czarista foi derrubada, as utopias engendradas pelo século XIX buscaram

materializar-se. A rigor, as revoluções se universalizaram, indo da Europa à Ásia, da

América à África. Relativamente às revoluções do século XX, julgue (C ou E) o item

subsequente.

A Revolução Cubana, iniciada em 1956 sob a liderança de Fidel Castro, tinha caráter

comunista e contou com o apoio logístico e político do Partido Socialista Popular

(futuro Partido Comunista) para se consolidar nas montanhas de Sierra Maestra.

QUESTÃO 02/CESPE/DEPEN/Agente Penitenciário Federal/2015

Na década de 90 do século passado, pela primeira vez em dois séculos, faltava

inteiramente ao mundo, qualquer sistema ou estrutura internacional. O único

Estado restante que teria sido reconhecido como grande potência, eram os Estados

Unidos da América. O que isso significava na prática era bastante obscuro. A Rússia

fora reduzida ao tamanho que tinha no século XII. A Grã-Bretanha e a França

gozavam apenas de um status puramente regional. A Alemanha e o Japão eram sem

dúvida “grandes potências" econômicas, mas nenhum dos dois sentira a

necessidade de apoiar seus enormes recursos econômicos com força militar.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos. O breve século XX, 1914-1991.

São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 538 (com adaptações).

A partir das ideias apresentadas no texto, julgue o próximo item, referentes à

política internacional no século XX e à ordem mundial instaurada após o fim da

Guerra Fria.

19
POLÍTICA E SEGURANÇA

A despeito da derrocada da antiga União Soviética em 1991, o contexto

imediatamente posterior à Guerra Fria não foi marcado pelo estabelecimento de

um sistema internacional organizado para reduzir conflitos e garantir o equilíbrio

entre os estados.

QUESTÃO 03/CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomata/2014

Os projetos de Bretton Woods se mostraram irrelevantes perto do objetivo urgente de

reconstruir as economias das nações que estiveram em guerra. O pior conflito do

mundo foi mais destrutivo para economias e sociedades do que o previsto. No pós-

guerra, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos aliados europeus — URSS, França,

Bélgica, Holanda e outros — correspondia a menos de 4/5 do que valia em 1939; na

maioria desses países, os índices de 1946 estavam bem menores que os do início da

década de 20. As condições nos países derrotados eram muito piores.

A mudança de posição da Europa ocidental na economia internacional dificultaria a

recuperação. Para se reconstruir, o continente precisava importar alimentos, matérias-

primas e equipamentos tecnológicos. No entanto, boa parte da capacidade europeia

de ganhar dinheiro para financiar as importações havia se esgotado. Com a Guerra

Fria, a Europa Ocidental passou a não ter mais acesso aos mercados das partes

oriental e central do continente. Enquanto isso, os EUA e o restante do hemisfério

ocidental desfrutavam de prosperidade.

Jeffry A. Frieden. Capitalismo global: história econômica e política do século XX. Rio

de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008, p. 283-4 (com adaptações).

Tendo ainda o texto de J.A. Frieden acima como referência, julgue (C ou E) os itens

subsequentes, relativos ao quadro histórico europeu e mundial do pós-Segunda

Guerra.

A expressão “Cortina de Ferro”, utilizada por Winston Churchill em discurso tido

como ato inaugural da Guerra Fria, correspondia aos países do Leste europeu que

20
POLÍTICA E SEGURANÇA

se tornaram “democracias populares”, denominação por eles adotada ao se

proclamarem marxistas.

QUESTÃO 04/CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomata/2014

Os projetos de Bretton Woods se mostraram irrelevantes perto do objetivo urgente de

reconstruir as economias das nações que estiveram em guerra. O pior conflito do

mundo foi mais destrutivo para economias e sociedades do que o previsto. No pós-

guerra, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos aliados europeus — URSS, França,

Bélgica, Holanda e outros — correspondia a menos de 4/5 do que valia em 1939; na

maioria desses países, os índices de 1946 estavam bem menores que os do início da

década de 20. As condições nos países derrotados eram muito piores.

A mudança de posição da Europa ocidental na economia internacional dificultaria a

recuperação. Para se reconstruir, o continente precisava importar alimentos, matérias-

primas e equipamentos tecnológicos. No entanto, boa parte da capacidade europeia

de ganhar dinheiro para financiar as importações havia se esgotado. Com a Guerra

Fria, a Europa Ocidental passou a não ter mais acesso aos mercados das partes

oriental e central do continente. Enquanto isso, os EUA e o restante do hemisfério

ocidental desfrutavam de prosperidade.

Jeffry A. Frieden. Capitalismo global: história econômica e política do século XX. Rio

de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008, p. 283-4 (com adaptações).

Tendo ainda o texto de J.A. Frieden acima como referência, julgue (C ou E) os itens

subsequentes, relativos ao quadro histórico europeu e mundial do pós-Segunda

Guerra.

A guinada da Revolução Cubana para o socialismo transplantou a Guerra Fria para

a América. Na primeira metade da década de 60, a descoberta de mísseis

soviéticos instalados na ilha comandada por Fidel Castro exacerbou

dramaticamente a tensão mundial e o confronto Leste versus Oeste.

21
POLÍTICA E SEGURANÇA

QUESTÃO 05/CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomata/2013

A Guerra Fria constitui um dos fenômenos mais importantes da História

Contemporânea. Acerca de sua fase inicial, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a política externa dos EUA passou a

sustentar-se na ideia de ação de longo prazo vinculada à necessidade de contenção

das tendências expansionistas da União Soviética.

QUESTÃO 06/CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomata/2013

A Guerra Fria constitui um dos fenômenos mais importantes da História

Contemporânea. Acerca de sua fase inicial, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Considerada uma atualização da Doutrina Monroe, a Doutrina Truman foi a

primeira formulação política com caráter universal a esboçar-se na política externa

norte- americana.

QUESTÃO 07/CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomata/2013

A Guerra Fria constitui um dos fenômenos mais importantes da História

Contemporânea. Acerca de sua fase inicial, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O Plano Marshall foi peça fundamental da estratégia norte-americana na Guerra

Fria, configurando-se como tradução econômica da Doutrina Truman.

22
POLÍTICA E SEGURANÇA

d. Revisão 2

QUESTÃO 08/CESPE/SEDU ES/Professor de História/2010

Um mundo dividido ideologicamente, além das marcas da destruição causadas por

vigorosas máquinas de guerra — eis a realidade que emerge da Segunda Guerra

Mundial, oficialmente encerrada em 1945. No que concerne à história mundial após

o encerramento do grande conflito, julgue o próximo item.

Dois polos de poder mundial, capitaneados pelos EUA e pela URSS, configuram o

cenário pós-1945 e colocam frente a frente dois sistemas antagônicos, o capitalista

e o socialista.

QUESTÃO 09/CESPE/SEDU ES/Professor de História/2010

Um mundo dividido ideologicamente, além das marcas da destruição causadas por

vigorosas máquinas de guerra — eis a realidade que emerge da Segunda Guerra

Mundial, oficialmente encerrada em 1945. No que concerne à história mundial após

o encerramento do grande conflito, julgue o próximo item.

A bipolaridade americano-soviético traduziu-se em um jogo de enfrentamento que

se convencionou chamar de Guerra Fria.

QUESTÃO 10/CESPE/SEDU ES/Professor B – Ensino Fundamental e Médio –

Historia/2010

Um mundo dividido ideologicamente, além das marcas da destruição causa das por

vigorosas máquinas de guerra — eis a realidade que emerge da Segunda Guerra

Mundial, oficialmente encerrada em 1945. No que concerne à história mundial após

o encerramento do grande conflito, julgue o próximo item.

23
POLÍTICA E SEGURANÇA

A reconstrução europeia, nas décadas que se seguiram ao fim da Segunda Guerra

Mundial, realizou-se mediante a utilização de recursos exclusivamente europeus

ante a inexistência de ajuda externa.

QUESTÃO 11/CESPE/SEDU ES/Professor de História/2010

Um mundo dividido ideologicamente, além das marcas da destruição causadas por

vigorosas máquinas de guerra — eis a realidade que emerge da Segunda Guerra

Mundial, oficialmente encerrada em 1945. No que concerne à história mundial

após o encerramento do grande conflito, julgue o próximo item.

Terminado o conflito, o Leste Europeu transformou-se, em larga medida, em área

de influência soviética.

QUESTÃO 12/CESPE/ SEDU ES/ Professor de História/2010

Um mundo dividido ideologicamente, além das marcas da destruição causadas por

vigorosas máquinas de guerra — eis a realidade que emerge da Segunda Guerra

Mundial, oficialmente encerrada em 1945. No que concerne à história mundial após

o encerramento do grande conflito, julgue o próximo item.

De todos os países da Europa Oriental que adotaram o socialismo, o mais próximo

e dependente da URSS foi a Iugoslávia, sob o com ando do marechal Tito.

QUESTÃO 13/CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomata/2009

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi a aliança militar celebrada

entre os EUA e países da Europa Ocidental no contexto da bipolaridade que marcou

as relações internacionais no pós-Segunda Guerra e explicitou a condição de

superpotências mundiais dos EUA e da URSS.

24
POLÍTICA E SEGURANÇA

QUESTÃO 14

O mundo que nasceu ao final de 1945 era inédito, marcado por novas formas de

hierarquia e pelo peso da bipolaridade estratégica dirigida pelos EUA e a URSS.

25
POLÍTICA E SEGURANÇA

e. Revisão 3

QUESTÃO 15/CESPE/SEPLAG DF/ Professor de História/2008

Com relação ao mundo após a Segunda Guerra Mundial, com

ênfase nas décadas de 60 e 70 do século XX, julgue os seguintes

itens.

A Revolução Cubana foi fato político com implicações modestas para o equilíbrio

da hegemonia norte-americana na América Latina.

QUESTÃO 16/CESPE/Correios/Analista de Correios – Comunicação Social –

Publicidade e Propaganda/2011

Estudos específicos sobre o fazer comunicativo, ou sobre

os meios de comunicação, datam do início do século XX. São

contemporâneos das profundas mudanças que atingiram esse

domínio, as quais se referem ao desenvolvimento vertiginoso das

técnicas, à institucionalização e à profissionalização das práticas e

às novas configurações espaçotemporais que se estabelecem no

âmbito da nova realidade comunicativa.

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens que se

seguem.

Os termos cultura de massa e meios de comunicação de massa têm origem nas

reflexões sociológicas empreendidas no início do século XX acerca da sociedade

moderna.

26
POLÍTICA E SEGURANÇA

QUESTÃO 17/CESPE/DEPEN/Agente Penitenciário Federal – Área 2/2015

No que se refere ao texto literário típico da cultura de massa, julgue o item a seguir.

A análise do conteúdo artístico da literatura de massa é fundamental para que se

possa estimular a leitura.

QUESTÃO 18/CESPE/Polícia Federal/Agente Federal da Polícia Federal/2000

Ao logo da História, cada época costuma congregar um conjunto de características,

exprimindo seu modo de ser, agir e pensar. Também o século XX construiu sua

identidade e, ao chegar ao fim, oferece uma visão razoavelmente nítida do que ele é:

em meio a suas profundas contradições, é possível traçar um quadro geral da

civilização contemporânea. A respeito desse assunto, julgue o item que se segue.

Expressando sua clara vinculação a uma sociedade de massas, as manifestações

artísticas e culturais tendem a constituir uma autêntica indústria cultural, com

produtos sendo colocados à venda e embalados por megaespetáculos.

QUESTÃO 19/CESPE/SEPLAG DF/Professor de Sociologia/2008

A teoria crítica da Escola de Frankfurt dedicou-se, entre outros temas, aos estudos e

pesquisas que criticavam a cultura de massa.

QUESTÃO 20/CESPE/Banco do Brasil/Escriturário/2003

1 Um atentado suicida com um caminhão contendo

cerca de 230 quilos de explosivos na sede da Organização

das Nações Unidas (ONU) em Bagdá matou pelo menos

4 20 pessoas, entre elas, o chefe da missão da ONU no Iraque,

o brasileiro Sérgio Vieira de Mello. Ao menos cem pessoas

27
POLÍTICA E SEGURANÇA

ficaram feridas. Vieira de Mello era considerado um dos

7 maiores especialistas em regiões de conflito. Era alto

comissário da ONU para Direitos Humanos e assumira

provisoriamente o cargo de representante especial no Iraque.

10 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o ataque

e disse que Vieira de Mello foi vítima da “insanidade do

terrorismo”.

Folha de S. Paulo, 20/8/2003, capa (com adaptações).

A partir desse último texto, julgue os seguintes itens.

Particularmente após 11 de setembro de 2001, a política externa norte-americana,

sob o comando de George W. Bush, ganhou contornos mais comedidos,

provavelmente em função do temor de que o país sofresse novos atentados.

QUESTÃO 21/CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomata/2011

A despeito das divergências existentes entre os dois países durante a presidência

de George W. Bush, o Brasil apoiou os EUA na chamada guerra contra o terror,

deflagrada após os atentados de 11 de setembro de 2001, e na intervenção no

Iraque, em 2003.

28
POLÍTICA E SEGURANÇA

f. Gabarito

1 2 3 4 5

Errado Certo Certo Certo Certo

6 7 8 9 10

Errado Certo Certo Certo Errado

11 12 13 14 15

Certo Errado Certo Certo Errado

16 17 18 19 20

Errado Errado Certo Certo Errado

21

Errado

29
POLÍTICA E SEGURANÇA

g. Breves comentários às questões

QUESTÃO 01/CESPE/Instituto Rio Branco/2015

O século XX é considerado o século das revoluções. A partir de 1917, quando a

autocracia czarista foi derrubada, as utopias engendradas pelo século XIX buscaram

materializar-se. A rigor, as revoluções se universalizaram, indo da Europa à Ásia, da

América à África. Relativamente às revoluções do século XX, julgue (C ou E) o item

subsequente.

A Revolução Cubana, iniciada em 1956 sob a liderança de Fidel Castro, tinha caráter

comunista e contou com o apoio logístico e político do Partido Socialista Popular

(futuro Partido Comunista) para se consolidar nas montanhas de Sierra Maestra.

Errado. A Revolução Cubana não teve caráter comunista até 1961. A princípio, Fidel Castro

se colocava como defensor da democracia. Foi apenas após o embargo e as ameaças norte-

americanas que Cuba passou a se alinhar com à União Soviética.

QUESTÃO 02/CESPE/DEPEN/Agente Penitenciário Federal/2015

Na década de 90 do século passado, pela primeira vez em dois séculos, faltava

inteiramente ao mundo, qualquer sistema ou estrutura internacional. O único

Estado restante que teria sido reconhecido como grande potência, eram os Estados

Unidos da América. O que isso significava na prática era bastante obscuro. A Rússia

fora reduzida ao tamanho que tinha no século XII. A Grã-Bretanha e a França

gozavam apenas de um status puramente regional. A Alemanha e o Japão eram sem

dúvida “grandes potências" econômicas, mas nenhum dos dois sentira a

necessidade de apoiar seus enormes recursos econômicos com força militar.

Eric Hobsbawm. Era dos extremos. O breve século XX, 1914-1991.

São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 538 (com adaptações).

A partir das ideias apresentadas no texto, julgue o próximo item, referentes à

30
POLÍTICA E SEGURANÇA

política internacional no século XX e à ordem mundial instaurada após o fim da

Guerra Fria.

A despeito da derrocada da antiga União Soviética em 1991, o contexto

imediatamente posterior à Guerra Fria não foi marcado pelo estabelecimento de

um sistema internacional organizado para reduzir conflitos e garantir o equilíbrio

entre os estados.

Certo. No momento imediatamente posterior ao fim da Guerra Fria não houve mobilização

para se criar um sistema internacional organizado com o intuito de reduzir conflitos e

garantir o equilíbrio entre os estados. Situação bem diferente do que ocorreu no pós-

Guerra Mundial, quando foram criados a ONU e outros organismos internacionais.

QUESTÃO 03/CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomata/2014

Os projetos de Bretton Woods se mostraram irrelevantes perto do objetivo urgente de

reconstruir as economias das nações que estiveram em guerra. O pior conflito do

mundo foi mais destrutivo para economias e sociedades do que o previsto. No pós-

guerra, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos aliados europeus — URSS, França,

Bélgica, Holanda e outros — correspondia a menos de 4/5 do que valia em 1939; na

maioria desses países, os índices de 1946 estavam bem menores que os do início da

década de 20. As condições nos países derrotados eram muito piores.

A mudança de posição da Europa ocidental na economia internacional dificultaria a

recuperação. Para se reconstruir, o continente precisava importar alimentos, matérias-

primas e equipamentos tecnológicos. No entanto, boa parte da capacidade europeia

de ganhar dinheiro para financiar as importações havia se esgotado. Com a Guerra

Fria, a Europa Ocidental passou a não ter mais acesso aos mercados das partes

oriental e central do continente. Enquanto isso, os EUA e o restante do hemisfério

ocidental desfrutavam de prosperidade.

31
POLÍTICA E SEGURANÇA

Jeffry A. Frieden. Capitalismo global: história econômica e política do século XX. Rio

de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008, p. 283-4 (com adaptações).

Tendo ainda o texto de J.A. Frieden acima como referência, julgue (C ou E) os itens

subsequentes, relativos ao quadro histórico europeu e mundial do pós-Segunda

Guerra.

A expressão “Cortina de Ferro”, utilizada por Winston Churchill em discurso tido

como ato inaugural da Guerra Fria, correspondia aos países do Leste europeu que

se tornaram “democracias populares”, denominação por eles adotada ao se

proclamarem marxistas.

Certo. A expressão “Cortina de Ferro” foi utilizada para designar a divisão da Europa em

duas partes como áreas de influência político-econômica diferentes: a Europa Oriental, do

bloco comunista (liderado pela União Soviética), e a Europa Ocidental, do bloco capitalista

(liderado pelos Estados Unidos).

QUESTÃO 04/CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomata/2014

Os projetos de Bretton Woods se mostraram irrelevantes perto do objetivo urgente de

reconstruir as economias das nações que estiveram em guerra. O pior conflito do

mundo foi mais destrutivo para economias e sociedades do que o previsto. No pós-

guerra, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos aliados europeus — URSS, França,

Bélgica, Holanda e outros — correspondia a menos de 4/5 do que valia em 1939; na

maioria desses países, os índices de 1946 estavam bem menores que os do início da

década de 20. As condições nos países derrotados eram muito piores.

A mudança de posição da Europa ocidental na economia internacional dificultaria a

recuperação. Para se reconstruir, o continente precisava importar alimentos, matérias-

primas e equipamentos tecnológicos. No entanto, boa parte da capacidade europeia

de ganhar dinheiro para financiar as importações havia se esgotado. Com a Guerra

Fria, a Europa Ocidental passou a não ter mais acesso aos mercados das partes

32
POLÍTICA E SEGURANÇA

oriental e central do continente. Enquanto isso, os EUA e o restante do hemisfério

ocidental desfrutavam de prosperidade.

Jeffry A. Frieden. Capitalismo global: história econômica e política do século XX. Rio

de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008, p. 283-4 (com adaptações).

Tendo ainda o texto de J.A. Frieden acima como referência, julgue (C ou E) os itens

subsequentes, relativos ao quadro histórico europeu e mundial do pós-Segunda

Guerra.

A guinada da Revolução Cubana para o socialismo transplantou a Guerra Fria para

a América. Na primeira metade da década de 60, a descoberta de mísseis

soviéticos instalados na ilha comandada por Fidel Castro exacerbou

dramaticamente a tensão mundial e o confronto Leste versus Oeste.

Certo. Este momento ficou conhecido como a Crise dos Mísseis, quando os Estados Unidos

se sentiram realmente ameaçados pelo poderia militar soviético. A crise foi desfeita quando

os Estados Unidos se comprometeram a tirar mísseis norte-americanos da Turquia, que

ameaçavam a URSS.

QUESTÃO 05/CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomata/2013

A Guerra Fria constitui um dos fenômenos mais importantes da História

Contemporânea. Acerca de sua fase inicial, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a política externa dos EUA passou a

sustentar-se na ideia de ação de longo prazo vinculada à necessidade de contenção

das tendências expansionistas da União Soviética.

Certo. Foi neste período, por exemplo, que a Otan foi criada, órgão que existe até hoje.

Houve também um incipiente começo do que atualmente conhecemos como União

Europeia (CEE e CECA). Ainda, segundo a Doutrina Truman, que pautou o pós-guerra norte-

americano, deveria existir uma política que restringisse e dificultasse ao máximo a

expansão soviética.

33
POLÍTICA E SEGURANÇA

QUESTÃO 06/CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomata/2013

A Guerra Fria constitui um dos fenômenos mais importantes da História

Contemporânea. Acerca de sua fase inicial, julgue (C ou E) os itens a seguir.

Considerada uma atualização da Doutrina Monroe, a Doutrina Truman foi a

primeira formulação política com caráter universal a esboçar-se na política externa

norte- americana.

Errado. Há políticas norte-americanas anteriores que pretendiam alcançar essa

universalidade política, como os Quatorze Pontos de Woodrow Wilson, que era um plano

para a paz mundial após a I Guerra Mundial.

QUESTÃO 07/CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomata/2013

A Guerra Fria constitui um dos fenômenos mais importantes da História

Contemporânea. Acerca de sua fase inicial, julgue (C ou E) os itens a seguir.

O Plano Marshall foi peça fundamental da estratégia norte-americana na Guerra

Fria, configurando-se como tradução econômica da Doutrina Truman.

Certo. O Plano Marshall, que previa contribuir economicamente com a reconstrução dos

países europeus, foi fundamental para a estratégia norte-americana na Guerra Fria, ao se

tornar o braço econômico da Doutrina Truman.

QUESTÃO 08/CESPE/SEDU ES/Professor de História/2010

Um mundo dividido ideologicamente, além das marcas da destruição causadas por

vigorosas máquinas de guerra — eis a realidade que emerge da Segunda Guerra

Mundial, oficialmente encerrada em 1945. No que concerne à história mundial após

o encerramento do grande conflito, julgue o próximo item.

34
POLÍTICA E SEGURANÇA

Dois polos de poder mundial, capitaneados pelos EUA e pela URSS, configuram o

cenário pós-1945 e colocam frente a frente dois sistemas antagônicos, o capitalista

e o socialista.

Certo. Questão relativamente simples e bastante didática como revisão.

QUESTÃO 09/CESPE/SEDU ES/Professor de História/2010

Um mundo dividido ideologicamente, além das marcas da destruição causadas por

vigorosas máquinas de guerra — eis a realidade que emerge da Segunda Guerra

Mundial, oficialmente encerrada em 1945. No que concerne à história mundial após

o encerramento do grande conflito, julgue o próximo item.

A bipolaridade americano-soviético traduziu-se em um jogo de enfrentamento que

se convencionou chamar de Guerra Fria.

Certo. Mais outra questão simples, mas importante para revisarmos os conceitos básicos

sobre Guerra Fria.

QUESTÃO 10/CESPE/SEDU ES/Professor B – Ensino Fundamental e Médio –

Historia/2010

Um mundo dividido ideologicamente, além das marcas da destruição causa das por

vigorosas máquinas de guerra — eis a realidade que emerge da Segunda Guerra

Mundial, oficialmente encerrada em 1945. No que concerne à história mundial após

o encerramento do grande conflito, julgue o próximo item.

A reconstrução europeia, nas décadas que se seguiram ao fim da Segunda Guerra

Mundial, realizou-se mediante a utilização de recursos exclusivamente europeus

ante a inexistência de ajuda externa.

35
POLÍTICA E SEGURANÇA

Errado. Como vimos, o Plano Marshall previa contribuições econômicas dos Estados

Unidos para a reconstrução dos países europeus após a Segunda Grande Guerra. Este

Plano previa o aumento da influência norte-americana no continente europeu.

QUESTÃO 11/CESPE/SEDU ES/Professor de História/2010

Um mundo dividido ideologicamente, além das marcas da destruição causadas por

vigorosas máquinas de guerra — eis a realidade que emerge da Segunda Guerra

Mundial, oficialmente encerrada em 1945. No que concerne à história mundial

após o encerramento do grande conflito, julgue o próximo item.

Terminado o conflito, o Leste Europeu transformou-se, em larga medida, em área

de influência soviética.

Certo. Enquanto isso, por outro lado, os países da Europa Ocidental alinharam-se, em geral,

ao bloco capitalista.

QUESTÃO 12/CESPE/ SEDU ES/ Professor de História/2010

Um mundo dividido ideologicamente, além das marcas da destruição causadas por

vigorosas máquinas de guerra — eis a realidade que emerge da Segunda Guerra

Mundial, oficialmente encerrada em 1945. No que concerne à história mundial após

o encerramento do grande conflito, julgue o próximo item.

De todos os países da Europa Oriental que adotaram o socialismo, o mais próximo

e dependente da URSS foi a Iugoslávia, sob o com ando do marechal Tito.

Errado. Josip Broz Tito, o então grande líder da Iugoslávia, mostrava-se constantemente

relutante em seguir as diretrizes de Stalin. Ao longo dos anos 1947 e 1948, por exemplo, Tito

criticou asperamente a falta de assistência de Stalin à luta que os comunistas gregos

desenvolviam para chegar ao poder na Grécia.

36
POLÍTICA E SEGURANÇA

QUESTÃO 13/CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomata/2009

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) foi a aliança militar celebrada

entre os EUA e países da Europa Ocidental no contexto da bipolaridade que marcou

as relações internacionais no pós-Segunda Guerra e explicitou a condição de

superpotências mundiais dos EUA e da URSS.

Certo. Do lado Ocidental esta era a Aliança Militar sob a qual os países capitalistas se

resguardavam militarmente. Do lado Oriental, havia o Pacto de Varsóvia, outra Aliança

Militar, mas para proteção dos comunistas.

QUESTÃO 14

O mundo que nasceu ao final de 1945 era inédito, marcado por novas formas de

hierarquia e pelo peso da bipolaridade estratégica dirigida pelos EUA e a URSS.

Certo. A questão apenas se limita a esboçar as linhas básicas da Guerra Fria.

QUESTÃO 15/CESPE/SEPLAG DF/ Professor de História/2008

Com relação ao mundo após a Segunda Guerra Mundial, com

ênfase nas décadas de 60 e 70 do século XX, julgue os seguintes

itens.

A Revolução Cubana foi fato político com implicações modestas para o equilíbrio

da hegemonia norte-americana na América Latina.

Errado. Basta lembrarmos que a Revolução Cubana teria como um dos seus

desdobramentos a Crise dos Mísseis, um dos momentos mais tensos de toda a Guerra Fria,

quando a humanidade esteve a poucos passos de ser exterminada por conta de um conflito

nuclear.

37
POLÍTICA E SEGURANÇA

QUESTÃO 16/CESPE/Correios/Analista de Correios – Comunicação Social –

Publicidade e Propaganda/2011

Estudos específicos sobre o fazer comunicativo, ou sobre

os meios de comunicação, datam do início do século XX. São

contemporâneos das profundas mudanças que atingiram esse

domínio, as quais se referem ao desenvolvimento vertiginoso das

técnicas, à institucionalização e à profissionalização das práticas e

às novas configurações espaçotemporais que se estabelecem no

âmbito da nova realidade comunicativa.

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens que se

seguem.

Os termos cultura de massa e meios de comunicação de massa têm origem nas

reflexões sociológicas empreendidas no início do século XX acerca da sociedade

moderna.

Errado. Muita atenção aqui, prezado aluno. A cultura de massa teve seu boom no século

XX, porém o termo cultura de massa tem origem no século XIX.

QUESTÃO 17/CESPE/DEPEN/Agente Penitenciário Federal – Área 2/2015

No que se refere ao texto literário típico da cultura de massa, julgue o item a seguir.

A análise do conteúdo artístico da literatura de massa é fundamental para que se

possa estimular a leitura.

38
POLÍTICA E SEGURANÇA

Errado. Apesar de ter um enunciado um tanto quanto confuso, a ideia por trás da questão é

simples. As palavras “análise” e “estímulo” – ainda mais estímulo a leitura – estão distantes

do que significa a cultura de massa, que é produzida para um sujeito passivo.

QUESTÃO 18/CESPE/Polícia Federal/Agente Federal da Polícia Federal/2000

Ao logo da História, cada época costuma congregar um conjunto de características,

exprimindo seu modo de ser, agir e pensar. Também o século XX construiu sua

identidade e, ao chegar ao fim, oferece uma visão razoavelmente nítida do que ele é:

em meio a suas profundas contradições, é possível traçar um quadro geral da

civilização contemporânea. A respeito desse assunto, julgue o item que se segue.

Expressando sua clara vinculação a uma sociedade de massas, as manifestações

artísticas e culturais tendem a constituir uma autêntica indústria cultural, com

produtos sendo colocados à venda e embalados por megaespetáculos.

Certo. A questão apresenta as características que aprendemos a identificar como sendo de

cultura de massa: indústria cultural, comercialização da mercadoria, local específico para o

consumo desse produto – no caso, o megaespectáculo.

QUESTÃO 19/CESPE/SEPLAG DF/Professor de Sociologia/2008

A teoria crítica da Escola de Frankfurt dedicou-se, entre outros temas, aos estudos e

pesquisas que criticavam a cultura de massa.

Certo. Esta teoria crítica apontava, principalmente, como a cultura de massa era utilizada

como instrumento de dominação pelas grandes corporações que a difundem.

QUESTÃO 20/CESPE/Banco do Brasil/Escriturário/2003

1 Um atentado suicida com um caminhão contendo

cerca de 230 quilos de explosivos na sede da Organização

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POLÍTICA E SEGURANÇA

das Nações Unidas (ONU) em Bagdá matou pelo menos

4 20 pessoas, entre elas, o chefe da missão da ONU no Iraque,

o brasileiro Sérgio Vieira de Mello. Ao menos cem pessoas

ficaram feridas. Vieira de Mello era considerado um dos

7 maiores especialistas em regiões de conflito. Era alto

comissário da ONU para Direitos Humanos e assumira

provisoriamente o cargo de representante especial no Iraque.

10 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o ataque

e disse que Vieira de Mello foi vítima da “insanidade do

terrorismo”.

Folha de S. Paulo, 20/8/2003, capa (com adaptações).

A partir desse último texto, julgue os seguintes itens.

Particularmente após 11 de setembro de 2001, a política externa norte-americana,

sob o comando de George W. Bush, ganhou contornos mais comedidos,

provavelmente em função do temor de que o país sofresse novos atentados.

Errado. Foi o contrário disso. Após o atentado, a política externa norte-americana se tornou

bastante agressiva, passando por cima, inclusive, de organismos multilaterais e de direitos

humanos.

QUESTÃO 21//CESPE/Instituto Rio Branco/Diplomata/2011

A despeito das divergências existentes entre os dois países durante a presidência

de George W. Bush, o Brasil apoiou os EUA na chamada guerra contra o terror,

deflagrada após os atentados de 11 de setembro de 2001, e na intervenção no

Iraque, em 2003.

Errado. Conforme o site do Itamaraty, "Em 2003, o Brasil opôs-se à invasão do Iraque por

tropas da "Coalition of the Willing" (nome da coalizão liderada pelos Estado Unidos), pois

não fora autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU. Essa posição não decorreu de

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POLÍTICA E SEGURANÇA

qualquer simpatia pelo regime baathista – mas, sim, da necessidade de respeito

incondicional à Carta da ONU e ao Direito Internacional."

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