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A IMINENTE REVOLUÇÃO NA TEORIA SOCIAL

Raewyn Connell
1) Definição teoria: Teoria é o trabalho feito pelo centro.
a) São formas de trabalho intelectual:
i) Processo mais amplo no qual o conhecimento é produzido e circulado.
2) Divisão social do Trabalho – esta é uma dimensão política:
a) O mundo colonizado e a periferia global: local onde se coletam os dados e depois
se aplica já organizados;
b) Metrópole: local onde se organiza os dados, onde se organizam:
i) Metodologia;
ii) Formação conceitual;
iii) Processamento de dados;
iv) Debates intelectuais.
3) Uma divisão imperial do trabalho estrutura o processo social que fundamenta os
textos que usualmente nomeamos como “teoria”.
a) Direção do trabalho intelectual é dado pelas instituições do norte global.
4) Por que citamos Habernas, Giddens, Elias, etc? Esses autores sabem mas que a gente
sobre os nossos países?
a) Ocorre que suas ideias se tornaram paradigmas mais importantes nas instituições
de conhecimento no Norte. E nossas instituições são organizadas para receber
ordens das instituições do Norte.
5) Se a teoria é feita pelo Norte é impossível ter uma revolução.
a) Mudança só pode ocorrer se esse processo for (re)locado.

ESTRUTURA GEOPOLÍTICA DO PENSAMENTO SOCIOLÓGICO:


1) Construção de conceitos das ciências sociais: reificação da experiência social;
a) Experiência social de quem está sendo reificada?
i) Os textos de teoria social envolvem sobretudo a reificação social do Norte.
2) Duas formas de reificação social da experiência do Norte:
a) Direta: quando afirmam, por exemplo, que vivemos em uma sociedade “pós-
moderna” o que não é o caso de todas as sociedades;
3) Bourdieu, Giddens e Coleman:
a) Embora tenham teorias diferentes todos partem do pensamento da metrópole sem
influencias externas;
4) Metrocentrismo: Se manifesta mais na “globalização”, que é quando os autores do
Norte projetam características “modernas” ou “pós-modernas” para outros espaços e
é chamado de globalização.
5) Dependência material: Sociólogos viajam para o Norte para obter treinamento
adequado, devem publicar e trabalhar no Norte.
a) Para publicar nesses periódicos deve-se descrever sua sociedade como se fosse o
Norte, ignorando sua especifidade histórica ou descreve-la de forma
comparativa.
6) Formas de resistência:
a) Enfatizar as distintas tradições locais e formas de trabalho intelectual;
b) Busca por sistemas indígenas de conhecimento;
c) Crítica pós-colonial de Edward Said – decolonial;
d) Encontrar fora das tradições europeias um universalismo alternativo.
O ENCONTRO COLONIAL COMO O PONTO CRUCIAL PARA A TEORIA
SOCIAL:
1) Encontro colonial: conquista colonial ou controle indireto, constituição de sociedade
colonial consequências luta pela descolonização, instalação de novas relações de
dependência e as lutas para desafiar essa dependência.

2) Maior parte da teoria social que temos hoje não leva em consideração esse encontro
colonial.

3) Para escrever teoria social a partir do encontro colonial é um trabalho árduo e requer
que se observe seus componentes:

a) A escala da violencia que durou 450 anos de supressão dos espanhóis no Caribe,
as duas "Guerras Mundiais" empalideceu diante dessa, já que a violencia colonial
foi marcante na formação das socoedades colonizadas como estão hoje.

b) Reelaboração dos enquadramentos sociais e temporais, criou o contraste entre o


primitivo e o moderno.

c) Criação de uma nova ordem social, a conquista de instala uma "ordem


colonizadora", que dominam o espaço, reformam a mente dos colonizados e
integrar a economia local com o capitalismo global.

i) Essa ação inclui a criação de uma Estado Colonial, atividades missionárias,


criação de uma economia baseada na agricultura e pecuária.

ii) Conceito de raça é uma definição tardia do Império. O conceito de gênero e


classe são oriundas da relação colonial.

d) No Sul as Instituições Acadêmicas são menos fortes que no Norte, em


contrapartida os movimentos sociais têm mais força. Destaco que existem, ainda
que raro, autores no Norte que falam desses contextos.

e) Ontoformativo: processos de construção de gênero implicam modelagens de


ruptura social e cultural violenta, que são inscritas no seu próprio corpo. Nesse
sentido, o Encontro colonial foi ontoformativo, criando realidades sociais que
inexistiam até então.

4) A estrutura colonial não termina com a descolonização formal, assim, uma ciência
social global deve se preocupar com o encontro colonial após a independência
política;
5) A estrutura das colônias após a independência é: uma pequena parcela da população
como classe dominante dependente do mercado internacional. Relegação da língua e
costumes locais nas áreas habitadas pelos pobres com baixa escolaridade.
6) Não quero dizer que o pensamento do Sul é totalmente distinto do pensamento do
Norte, embora, ocorra sob condições diferentes e suas consequências tem um centro
de gravidade diferente.

MUDANDO O CONTEÚDO DA TEORIA:


1) Teoria Social do Sul:
a) Conectada com o projeto do conhecimento indígena;
b) Focada nas transformações sociais e do conhecimento no mundo colonizado.
2) Marcia Langton (cientista social aborígine) faz uma discussão sobre gênero e terra:
a) Antropólogos anglo saxões acreditavam que os aborígenes viviam em uma
sociedade patriarcal – Todavia, esse pensamento era influenciado pela ideia
desses antropólogos que acreditavam que as mulheres eram inferiores.
b) Mas, pesquisas como de Maria Langton – trazem que a mulher tinha direito a
propriedade de terra nas sociedades aborígenes.
c) Na violenta relação durante a colonização, essa relação gênero-terra foi
brutalmente transformada;
3) A relação de gênero – terra é praticamente ausente na teoria do Norte (exceto pelo
ecofeminismo);
4) Neoliberalismo:
a) Duramente criticado no sul;
b) Fez sucesso no Sul;
c) Na perspectiva do Sul o neoliberalismo surge no Chile;
d) No Sul: Neoliberalismo foi adotado como estratégia desenvolvimentista de
industrialização substitutiva da importação para o crescimento liderado por
exportações e baseado em vantagens competitivas;
e) Neoliberalismo não é o tamanho do setor público em relação ao setor privado na
economia nacional, mas o crescimento agregado do comercio internacional.
f) Não é somente economia política pois envolve fundamentalmente mudanças nas
relações sociais na vida organizacional.
5) Ajuste estrutural da África é mercantilismo.

REFAZENDO O PROCESSO:
1) A orientação dos intelectuais do sul para a metrópole global é chamada de
“extroversão” ou “dependência intelectual”.
2) Como as condições de trabalho influenciam a produção acadêmica:
a) Formas de financiamento: Na África do Sul, por exemplo, a pesquisa é
financiada por ONGs de desenvolvimento que administram ajuda externa.
Ademais, financiam pesquisas curtas, isto é, não se financiará pesquisas que saiam
da agenda do Norte, quiçá, pesquisas duradouras.
i) Solução: Firmar parcerias com pesquisadores: SUL-SUL.
ii) Obstáculos: 1- concentração no Ocidente das principais ferramentas culturai;
2- A fuga de cérebros.
3) Spivak lançou “pode o subalterno falar” – a questão é “ pode o Norte escutar?”
a) Não se subestima a capacidade do Norte em se transformar e nem se nega a
diversidade cultural nessas universidades e a existência de profissionais
comprometidos com a justiça social.
b) O outro lado da fuga de cérebros é que existem intelectuais do Sul produzindo
conteúdo alternativo no Norte.

A NECESSIDADE DAS CIÊNCIAS SOCIAIS E A URGÊNCIA DA TEORIA


1) Neoliberalismo como enquadramento dominante da vida política:
a) Só existe uma ciência social: economia neoclássica.
b) Assim, as outras ciências sociais tem pouca presença nas políticas públicas.
2) Sociologia na lógica neoliberal:
a) Pesquisa de mercado;
b) Gerencia e controla os setores falhos do mercado.
3) Mas as ciências sociais podem dar voz ao marginalizado e fazer críticas as estruturas
de poder;
4) Para uma democracia ativa participativa deve-se desenvolver as ciências sociais.
5) Os maiores volumes de pesquisas sociais são apropriados por grupos econômicos que
se apropriam para gestão corporativa.
6) Mas esse conhecimento pode ser usado também por um empreendimento cooperativo
e transparente.

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