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DICAS:

A eterna polêmica terra versus neutro.


Texto, pesquisa e adaptações: Fernando José Peixoto Lopes
Técnico operador de áudio
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A eterna polêmica terra versus neutro.

“Em uma residência alimentada por 127 v, caso o neutro se desconecte, e você
tenha um bom aterramento após a medição o sistema continuaria funcionando com
fase e terra?”

Em outras palavras, a dúvida do leitor parece repousar numa eterna polêmica entre o
entendimento correto da função da “terra” e do neutro.

Na época a pergunta se perdeu dentro de dezenas de outras que chegam quase todo
dia na minha caixa do Privado.

Na verdade procurei uma reposta que merecia mais do que um simples “sim ou não”
e demandaria uma explicação mais detalhada, pois quem me acompanhe sabe bem
que eu sou adepto dos “por quês”.

O tema ficou na cabeça, mas outros projetos “furaram a fila” e acabou não sobrando
tempo e para esclarecer, com a rapidez que a dúvida do grupo merecia (vida de
técnico não é fácil). Enfim, a hora é agora.

A primeira coisa talvez seja entender qual a diferença entre “uma coisa e outra coisa”
para tentar acabar com a eterna polêmica terra versus neutro.

De uma forma bem curto pode-se começar por um conceito que sempre deve ser
lembrado:

PELO NEUTRO PASSA CORRENTE, MAS PELA “TERRA” NÃO (ou pelo menos
não deveria).

Esta afirmação já poderia responder a dúvida, mas valha a pena acrescentar, pode
até vir a funcionar, entretanto não é uma formar correta.

Mas por que não é a forma correta, parece-me que é a pergunta que se impõe neste
momento, então vamos lá.

O neutro é um condutor fornecido pela concessionária de energia junto com a(s)


fase(s) para o retorno da corrente elétrica, enquanto o “terra” é feito por uma haste
metálica ligada a Terra (solo) e, o mais importante, NÃO DEVE haver corrente
circulante por ele.

Então para que serve o “terra”?

A principal função do “terra” é proteger as pessoas caso haja algum “vazamento” de


tensão (voltagem) para a carcaça do equipamento, seja por um problema de
isolamento ou eletromagnética. Assim se o equipamento estiver convenientemente
aterrado, como um microfone de cabo, chuveiro elétrico por exemplo e uma pessoa
fizer contato com a carcaça, a diferença de potencial entre a pessoa e a Terra será
praticamente nula e, portanto não circulará corrente pelo corpo do “pobrezinho” e ele
não levará choque e nem vir a óbito.

Não custa lembrar que o que produz o choque e até pode matar não é a tensão
(Voltagem) e sim a corrente (amperagem), mas para haver corrente tem que haver
tensão e uma resistência no caminho por onde circulará a corrente que no caso, será
o corpo do “infeliz”.

O aterramento tem também a função de desviar para a Terra cargas eletrostáticas


acumuladas na carcaça, bem como fornecer um caminho alternativo para descargas
atmosféricas (para raio) e viabilizar o funcionamento de dispositivos de proteção
como o DR, por exemplo.

Será que agora você já está convencido que não se deve usar o “terra” como neutro?

Mas então porque, às vezes, o equipamento funciona?

Uma prova de que “funciona” é que quando queremos descobrir qual dos fios de uma
instalação é a fase e qual é o neutro ligamos uma lâmpada entre cada um deles e um
ponto aterrado como um eletroduto de ferro, algum cano ou vergalhão. O fio que fizer
a lâmpada acender será a fase e o outro o neutro.

Por onde circulou a corrente? Pela Terra, não é mesmo? Mas a Terra não é um fio e
dependendo do ponto onde estivermos sua resistência irá variar e é aí que a coisa
começa a “dar ruim”.

Então a Terra neste caso “funcionou” como o neutro? Sim e já entenderemos por que.

Os diversos tipos de aterramento

Na NBR5410, que é a “bíblia sagrada” das instalações de baixa de tensão e sempre


deve ser consultada para tirar as dúvidas, existe uma secção em que são definidos os
possíveis sistemas de aterramento, designados pelas siglas TT, TN e IT que veremos
a seguir.

Comecemos entendendo esta “sopa de letrinhas”. O primeiro T significa “um ponto


diretamente aterrado” e o segundo T quer dizer “massas diretamente aterradas,
independentes do aterramento eventual de um ponto de alimentação”.

A letra I significa “isolamento de todas as partes vivas em relação a Terra


ou aterramento de um ponto através de uma impedância” e finalmente a letra N
quer dizer “massas ligadas diretamente ao ponto de alimentação aterrado
(em AC o ponto aterrado é normalmente o Neutro)”.

Além disso, encontraremos os sistemas TN-S e TN-C onde o S significa “funções de


neutro e de proteção formadas por condutores SEPARADOS” enquanto o C é “funções
de neutro e de proteção COMBINADAS e um único condutor (designado por PEN)”.
Em minha opinião o melhor sistema sem dúvida é o TT onde o neutro é aterrado na
entrada e deve seguir como fio neutro na cor azul até a carga. A massa do
equipamento será aterrada em haste independente do aterramento do neutro.

A seguir temos o sistema TN-C que embora esteja previsto na norma não é uma boa
opção, uma vez que o fio terra e o fio neutro formam um único condutor designado
pela sigla PEN. Desta forma após o neutro ser aterrado na entrada ele mesmo vai
ligado ao neutro e a massa do equipamento.

Uma opção que fica entre a TT e TN-C e a TN-S onde embora o neutro também seja
aterrado na entrada, ele é levado em SEPARADO até a carga. Neste caso utiliza-se
outro condutor como fio terra e que deve ser da cor verde ou verde e amarelo e neste
caso é designado por PE.

O sistema IT é similar ao TT, porém o aterramento da carga é feito através de uma


impedância de valor elevado a fim de limitar a corrente de falta a um valor tal que
não seja perigoso para o ser humano, mas que possa ser monitorado evitando que o
equipamento seja imediatamente desligado. Este sistema deve ser utilizado em
hospitais e em particular em centros cirúrgicos. Não me estenderei sobre ele neste
artigo.

No caso particular de um sistema monofásico como o que o leitor se referiu, a


utilização do terra como neutro, embora não seja correta, é bom que se frise, pode
até funcionar e não trazer problemas aos equipamentos, mas em sistemas bifásicos
ou trifásicos a falta do neutro pode ser fatal, pois o retorno em vez de ser feito pelo
neutro passará a ser feito por algum equipamento comprometendo que ficará em
série com os outros.

Este é um assunto mais complicado e ficará para outra oportunidade para que o post
não se estenda demais.

Espero ter elucidado a dúvida do leitor e o artigo traga uma luz (sem trocadilho) para
aqueles que por motivos profissionais ou não precisam ser envolver com uma questão
tão relevante em uma instalação elétrica e algumas vezes menosprezadas pelas
pessoas.

“DEUS SEJA LOUVADO!”

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