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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

A Sentença e a
10 Coisa Julgada

10.1 – A Sentença e a Coisa Julgada

A Sentença
Conceito:
A sentença é o ato pelo qual o juiz dá cumprimento à obrigação jurisdicional do Estado, ou seja, é a
decisão sobre o pedido do autor, feita por um juiz competente e segundo as normas processuais.

Anteriormente, com a publicação da sentença, o juiz cumpria e acabava o ofício jurisdicional.


A sentença era definida pela antiga redação do art. 162, §1º, como “ato pelo qual o juiz põe
termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa”. A Lei 11.232/2005 alterou esta
sistemática, trazendo ao processo de conhecimento tudo o que se relaciona com a execução da
sentença judicial. Desta forma, a sentença nem sempre colocará termo ao processo, sendo que
em certos casos será considerada como um objeto para o seu cumprimento e não mais se
encerrará a atividade jurisdicional.

Com o objetivo de trazer maior celeridade ao processo e eliminar a separação existente entre o
reconhecimento de um direito pelo Judiciário e a efetiva satisfação desse direito (causada pela
existência de um processo de conhecimento e um processo de execução, ambos autônomos), a
Lei nº 11.232, de 22 de dezembro de 2005, extinguiu a autonomia do processo de execução
dos títulos judiciais, tornando a execução uma fase seguinte à sentença e, portanto, fazendo
parte do processo de cognição.

Requisitos da Sentença:
O art. 458 do Código de Processo Civil relaciona os requisitos essenciais da sentença:
ƒ relatório: no relatório constarão os nomes das partes, a exposição de todos os fatos e razões de
direito que as partes alegaram e as principais ocorrências do processo;

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ƒ fundamentação: na fundamentação (motivação) constará a análise do juiz das questões
suscitadas e a sua convicção em face do material de conhecimento analisado durante a
instrução;
ƒ dispositivo: no dispositivo (decisum) o juiz resolverá as questões que as partes lhe
submeteram.

A sentença que não tenha relatório, fundamentação ou dispositivo é considerada nula.

Princípio da Conformidade:
Conforme o art. 460 do Código de Processo Civil, é defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor,
de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto
diverso do que lhe foi demandado. Em decorrência desse princípio, denominado da conformidade
(também chamado do paralelismo, da congruência, ou da adstrição), a sentença não pode apresentar
vícios em relação ao pedido. A sentença deve também ser certa, ainda quando decida relação jurídica
condicional.

Vícios da Sentença
É a sentença que, não apreciando o pedido, defere objeto diverso do
EXTRA PETITA que foi demandado, hipótese em que o autor permanece sem
resposta jurisdicional.
É a sentença que excede os limites do pedido, ou seja, o juiz decide
ULTRA PETITA
além do que foi formulado nos autos
É a sentença que fica aquém do pedido. O juiz não analisa
CITRA PETITA
totalmente o que foi solicitado pelo autor.

Sentença Ilíquida:
É vedado ao juiz proferir sentença ilíquida, quando o autor tiver formulado pedido certo (art. 459,
parágrafo único). De modo contrário, se o autor houver formulado pedido genérico (art. 286), tanto
poderá ocorrer a prolação de uma sentença líquida quanto ilíquida.

A Sentença em Relação ao Julgamento do Mérito:


A sentença pode ou não julgar o mérito. Quando não julgar o mérito da questão, será denominada
terminativa (art. 267). Já a sentença que julgar o mérito, será chamada de definitiva (art. 269). Nesta
última, o juiz acolherá ou rejeitará, no todo ou em parte, o pedido formulado pelo autor.

Sentença terminativa Extingue o processo sem o julgamento do mérito.


Sentença definitiva
Há o julgamento do mérito.
(ou sentença de mérito)

Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito, o juiz decidirá de forma
concisa.

Extinção do Processo Sem Julgamento de Mérito:


Extingue-se o processo sem julgamento de mérito no caso de:
ƒ indeferimento da petição inicial;
ƒ abandono do processo;

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ƒ falta de pressuposto processual ou condição da ação;
ƒ desistência;
ƒ outro fato que por lei acarrete essa consequência (art. 267).

Extinção do Processo Com Julgamento de Mérito:


O processo se extingue com julgamento do mérito quando a sentença acolher ou rejeitar o pedido do
autor, pronunciar a decadência ou a prescrição, as partes transigirem, o réu reconhecer a procedência
do pedido ou o autor renunciar ao direito sobre que se funda a ação (art. 269). As sentenças
definitivas ou de mérito, conforme as ações em que são proferidas, podem ser classificadas em
relação à natureza do provimento postulado nas ações de conhecimento. São elas classificadas em
declaratórias, constitutivas, condenatórias, mandamentais e executivas lato sensu.

01 Sentenças Meramente Declaratórias:


São aquelas que simplesmente declaram a existência ou inexistência de uma relação jurídica,
ou, excepcionalmente, da autenticidade ou falsidade de documento. Fundam-se no art. 4º do
Código de Processo Civil. O efeito dessa sentença é meramente declaratório, satisfazendo
dessa forma, a pretensão do autor e retroage à época em que se formou a relação jurídica, ou
em que se verificou a situação jurídica declarada (possui efeito ex tunc).

A sentença pode ser chamada de declaratória negativa quando negar a existência de direito
que ampare a pretensão deduzida pelo autor.

02 Sentenças Constitutivas:
São as que, além de declarar o direito, criam, modificam ou extinguem uma relação jurídica,
como na renovatória de aluguel ou no divórcio.

03 Sentenças Condenatórias:
São as que, além de declarar o direito, também impõem ao réu uma obrigação, como a
condenação ao pagamento de uma indenização por perdas e danos.

As sentenças, na antiga classificação ternária, seriam tradicionalmente declaratórias,


constitutivas ou condenatórias. Pontes de Miranda, porém, elaborou uma nova classificação,
com o objetivo de se adequar à realidade processual, reconhecendo a presença de cinco tipos
diversos de eficácias sentenciais: declaratória, condenatória, constitutiva, mandamental e
executiva lato sensu, que estariam sempre presentes em qualquer sentença em graus diversos,
havendo a predominância de uma eficácia sobre as demais.

04 Sentenças Mandamentais:
As sentenças de natureza mandamental (ou injuncional) são aquelas que impõem ao réu uma
ordem que só por ele pode ser cumprida, sob pena de sanções criminal, civil e processual.
Distingue-se o provimento mandamental do provimento condenatório. Neste, a condenação
pode ser materializada através de execução, independentemente da vontade do réu. Naquele,
o descumprimento da decisão implica crime de desobediência, além da possibilidade de

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aplicação de multa, com duas finalidades, quais sejam, servir de exemplo para que condutas
similares não se repitam e compelir o réu ao cumprimento da ordem judicial.

05 Sentenças Executivas Lato Sensu:


São as sentenças que impõem uma sanção ao réu que independe de ajuizamento de nova ação
para ser satisfeito.

As sentenças mandamentais e executivas lato sensu se enquadrariam no conceito de


condenação, com efeitos específicos da própria forma executória. Assim, para todas as
sentenças que condenam à obrigação de fazer ou de não fazer, a classificação de mandamental
se impõe; para as que determinassem a entrega de coisa, a sentença seria executiva lato sensu,
enquanto as condenatórias produziriam títulos executivos judiciais, mas com a fase executória
possuindo um procedimento específico.

Obrigações de Fazer e Não Fazer:

CÓDIGO DE Art. 461 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o
PROCESSO CIVIL juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará
providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.

§ 1º - A obrigação somente se converterá em perdas e danos se o autor o requerer ou se


impossível a tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente

§ 2º - A indenização por perdas e danos dar-se-á sem prejuízo da multa (art. 287)

§ 3º - Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do


provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia,
citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em
decisão fundamentada.

§ 4º - O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu,
independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação,
fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito.

§ 5º - Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente,


poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as medidas necessárias, tais como a
imposição de multa por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de pessoas e coisas,
desfazimento de obras e impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força
policial.

§6º - O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que
se tornou insuficiente ou excessiva.

O § 5º foi introduzido pela Lei 10.444/2002 que incluiu a possibilidade de o juiz impor de
ofício ou a requerimento do credor, multa por tempo de atraso o que não constava do
dispositivo anterior. A mesma Lei acrescentou o § 6º.

Entrega de Coisa:

CÓDIGO DE Art. 461-A – Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz ao conceder a tutela
PROCESSO CIVIL específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.

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§ 1º - Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a
individualizará na petição inicial, se lhe couber a escolha; cabendo ao devedor escolher, este a
entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz.

§ 2º - Não cumprida a obrigação no prazo estabelecido, expedir-se-á em favor do credor


mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou
imóvel.

§ 3º - Aplica-se à ação prevista neste artigo o disposto nos §§ 1º a 6º do art. 461.

Influência no Julgamento da Lide:


Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir
no julgamento da lide, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a requerimento da parte,
no momento de proferir a sentença (art. 462).

Publicação da Sentença:
A sentença, como os atos processuais em geral, é ato público e deverá ser dada à publicidade por
meio da publicação. Enquanto não publicada não produzirá os efeitos que lhe são próprios. A
sentença pode ser publicada na própria audiência ou, então, em mãos do escrivão, isto é, quando ele a
recebe do juiz e certifica nos autos.

Alteração da Sentença:
Depois da publicação da sentença, o juiz não pode mais alterá-la, salvo para corrigir, de ofício ou a
requerimento da parte, inexatidões materiais (ex: nome das partes), ou retificar erros de cálculo.
Também poderá haver alteração no caso de embargos de declaração, oferecidos por uma das partes,
para esclarecer obscuridade, dúvida ou contradição, ou quando foi omitido ponto sobre que deveria
pronunciar-se a sentença.

Título de Hipoteca Judiciária:


A sentença pode operar efeitos secundários, como o previsto no art. 466 do CPC, que é o de formar
título para a hipoteca judiciária. Conforme este artigo, a sentença que condenar o réu no pagamento
de uma prestação, consistente em dinheiro ou em coisa, valerá como título constitutivo de hipoteca
judiciária, cuja inscrição será ordenada pelo juiz na forma prescrita na Lei de Registros Públicos. A
sentença condenatória produz a hipoteca judiciária mesmo sendo a condenação genérica ou pendente
arresto de bens do devedor, ou ainda quando o credor possa promover a execução provisória da
sentença.

Emissão de Declaração de Vontade:


A sentença, cujo objetivo será uma obrigação de fazer, poderá determinar que o réu emita declaração
de vontade. Condenado o devedor a emitir declaração de vontade, a sentença, uma vez transitada em
julgado, produzirá todos os efeitos da declaração não emitida (art. 466-A).

Os antigos arts. 639, 640 e 641 foram renumerados pela Lei 11.232/2005, com sua revogação
explícita, pelos artigos 466-A, 466-B e 466-C, respectivamente, para se adaptarem à nova
sistemática da auto-executividade das sentenças referentes às obrigações de fazer, nas quais se
incluem as de contratar.

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Promessa de Contratar:
A execução in natura das obrigações de contratar está estabelecida no art. 466-B: “Se aquele que se
comprometeu a concluir um contrato não cumprir a obrigação, a outra parte, sendo isso possível e
não excluído pelo título, poderá obter uma sentença que produza o mesmo efeito do contrato a ser
firmado”. Este preceito disciplina a situação anterior ao contrato definitivo, ou seja, o contrato
preliminar, pré-contrato ou promessa de contratar, em que as partes não celebram, desde logo, um
contrato definitivo, mas se comprometem e celebrá-lo (no futuro). A promessa de contratar, que é
também um contrato, tem a mesma natureza do contrato definitivo, sendo ambos, bilaterais e
sinalagmáticos. Se a promessa de contratar tiver por objeto a transferência de coisa determinada, ou
de outro direito, como seria o de cessão de direito hereditário ou de quota social, o pedido não será
acolhido caso não haja cumprimento da prestação da parte que requerer. Poderá haver, no entanto,
recusa do devedor no recebimento da contraprestação, hipótese em que o credor poderá ofertá-la
judicialmente (art. 466-C).

A Coisa Julgada
Conceito:
Coisa julgada é a qualidade que a sentença adquire, de ser imutável, criada pela impossibilidade da
decisão ser atingida por eventual recurso. (art. 5°, inciso XXXVI da Constituição Federal e art. 6°, §
3°, da Lei de Introdução ao Código Civil). A coisa julgada pode ser formal ou material.

Coisa Julgada Formal:


A coisa julgada formal consiste no fenômeno da imutabilidade da sentença pela preclusão dos prazos
para recursos.

Na extinção do processo sem julgamento do mérito, há coisa julgada formal e não material,
vez que, dentro do processo, não havendo mais recurso, a sentença se torna inalterável,
podendo, todavia, a questão ser reaberta em outro processo.

Coisa Julgada Material:


Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais
sujeita a recurso ordinário ou extraordinário (art. 467). A sentença, que julgar total ou parcialmente a
lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas (art. 468). Isto significa que a coisa
julgada material projeta sua força para o exterior do processo em que foi proferida a sentença de
mérito, proibindo que a matéria já julgada seja novamente discutida em outros processos, por já se
achar a questão julgada em definitivo.

A coisa julgada material impossibilita que a questão seja novamente


examinada em outro processo.

Partes da Sentença que Não Fazem Coisa Julgada:


A coisa julgada alcança somente a parte dispositiva da sentença. Não fazem coisa julgada:
ƒ os motivos, ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da sentença;
ƒ a verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença;
ƒ a apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo, salvo no caso de
ação declaratória incidental.

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Faz, todavia, coisa julgada a resolução da questão prejudicial, se a parte o requerer, o juiz for
competente em razão da matéria e constituir pressuposto necessário para o julgamento da lide
(art. 470).

Sentenças que Não Fazem Coisa Julgada Material:


Salvo as sentenças definitivas (de mérito), os demais atos decisórios, mesmo classificados como
sentença, não produzem coisa julgada material, tais como:
ƒ sentenças terminativas: as sentenças que extinguem o processo sem julgamento do mérito;
ƒ as sentenças proferidas em processo de jurisdição voluntária ou graciosa;
ƒ as sentenças proferidas em processo cautelar;
ƒ as decisões interlocutórias;
ƒ os despachos de mero expediente.

Efeitos da Coisa Julgada em Relação a Terceiros:


A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não beneficiando, nem prejudicando
terceiros. Entretanto, a sentença produz coisa julgada em relação a terceiros nas causas relativas ao
estado de pessoa, se houverem sido citados no processo, em litisconsórcio necessário (art. 472).

Questões Decididas:
É defeso à parte discutir, no curso do processo, as questões já decididas, a cujo respeito se operou a
preclusão (art. 473). As questões já decididas também não podem ser novamente objeto de decisão
pelo juiz, mas o art. 471 prevê a possibilidade de o juiz analisar novamente questões já decididas,
relativas à mesma lide, quando a relação jurídica for continuativa e sobreveio modificação no estado
de fato ou de direito, caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença (ex:
ação de alimentos). Além desta possibilidade, pode haver outros casos, desde que previstos por lei.

Questões Decididas Implicitamente:


A coisa julgada restringe-se ao deduzido pelas partes em juízo e ao objeto da decisão de mérito, mas
pode abranger questões que se consideram implicitamente decididas. O art. 474 do Código de
Processo Civil determina que passada em julgado a sentença de mérito, reputar-se-ão deduzidas e
repelidas todas as alegações e defesas, que a parte poderia opor assim ao acolhimento como à
rejeição do pedido. Em outras palavras, consideram-se implicitamente deduzidas e resolvidas todas
as alegações que poderiam ter sido expostas pelas partes, nos limites da causa de pedir, embora não o
tenham sido. Assim, a coisa julgada abrange o deduzido e o deduzível.

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10.2 – A Liquidação da Sentença

Noções Gerais
Noções Iniciais
Nos casos em que a sentença não determinar o valor devido, deve se proceder à liquidação da
sentença (art. 475-A). Existem três modalidades de liquidação: a liquidação por cálculo, a liquidação
por arbitramento e a liquidação por artigos.

Com a edição da Lei 11.232/2005, a liquidação da sentença passou a fazer parte do processo
de conhecimento e não mais do processo de execução. Foram inseridos os novos artigos 475-
A a 475-H que substituíram os revogados arts. 603 a 611 do CPC, adaptando a liquidação de
sentença à nova sistemática de cumprimento da sentença.

Intimação:
Do requerimento de liquidação de sentença será a parte intimada, na pessoa de seu advogado (art.
475-A, § 1º).

Liquidação na Pendência de Recurso:


A liquidação poderá ser requerida na pendência de recurso (independentemente dos efeitos em que
tal recurso seja recebido), processando-se em autos apartados, no juízo de origem, cumprindo ao
liquidante instruir o pedido com cópias das peças processuais pertinentes (art. 475-A, § 2º).

Com a possibilidade de a liquidação ser desencadeada mesmo que haja recurso pendente, é
interessante observar que se houver reforma da decisão na instância superior, deverá ser
realizada uma nova liquidação de sentença.

Vedação de Sentença Ilíquida:


O § 3º do art. 475-A veda a prolação, pelo magistrado, de sentença ilíquida em dois casos em que se
aplica o procedimento sumário. O primeiro encontra-se previsto na alínea “d” do inciso II, do art.
275, e que trata do ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre. O
segundo caso encontra-se previsto na alínea “e” do inciso II, do mesmo artigo, que trata da cobrança
de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo. Para estes casos, o juiz deverá,
em sendo o caso, fixar de plano, a seu prudente critério, o valor devido.

Liquidação por Cálculo:


Quando a determinação do valor da condenação depender apenas de cálculo aritmético, o credor
requererá o cumprimento da sentença instruindo o pedido com a memória discriminada e atualizada
do cálculo (art. 475-B). Na liquidação por cálculo, não tem o devedor oportunidade para impugná-lo,
o que se dará por ocasião da impugnação ao cumprimento da sentença.

Memória do cálculo Œ Relatório demonstrativo do roteiro seguido pelo calculista para


chegar ao valor apurado.

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A sentença, mesmo sendo líquida, pode depender de cálculo para atualização do valor já
fixado, com a incidência de juros (legais ou convencionais) e correção monetária. Neste caso,
também poderá haver liquidação da sentença.

Dados Em Poder do Devedor:


Na liquidação por cálculo, quando a elaboração da memória do cálculo depender de dados existentes
em poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a requerimento do credor, poderá requisitá-los, fixando
prazo de até trinta dias para o cumprimento da diligência. Se, sem justificativa, os dados não forem
apresentados pelo devedor, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo credor, e, se não o
forem pelo terceiro, configurar-se-á a situação prevista no art. 362 do CPC.

CÓDIGO DE Art. 362 - Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a exibição, o juiz lhe ordenará que
PROCESSO CIVIL proceda ao respectivo depósito em cartório ou noutro lugar designado, no prazo de 5 (cinco)
dias, impondo ao requerente que o embolse das despesas que tiver; se o terceiro descumprir a
ordem, o juiz expedirá mandado de apreensão, requisitando, se necessário, força policial, tudo
sem prejuízo da responsabilidade por crime de desobediência.

Memória Com Valor Excessivo:


Poderá o juiz valer-se do contador do juízo, quando a memória apresentada pelo credor
aparentemente exceder os limites da decisão exequenda e, ainda, nos casos de assistência judiciária.
Neste caso, se o credor não concordar com os cálculos feitos, far-se-á a execução pelo valor
originariamente pretendido, mas a penhora terá por base o valor encontrado pelo contador.

Liquidação por Arbitramento:


O arbitramento é uma modalidade especial de perícia, para fins de determinação do quantum devido,
sempre que haja necessidade de proceder-se a uma avaliação sobre o objeto da condenação, seja
sobre coisas, pessoas ou acontecimentos. Conforme o art. 475-C, far-se-á a liquidação por
arbitramento quando determinado pela sentença ou convencionado pelas partes ou quando exigir a
natureza do objeto da liquidação (como nas hipóteses em que a fixação do quantum dependa do juízo
especial de técnicos). Requerida a liquidação por arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará o
prazo para a entrega do laudo (art. 475-D). Nesta modalidade de liquidação, as partes participam dela
mediante manifestação sobre o laudo, ocasião em que podem impugná-lo, formulando pedido de
correção, se for o caso, podendo o juiz, antes de decidir, designar audiência.

Liquidação por Artigos:


Far-se-á a liquidação por artigos, quando, para determinar o valor da condenação, houver necessidade
de alegar e provar fato novo (art. 475-E), mas é vedado, na liquidação, discutir de novo a lide ou
modificar a sentença que a julgou (art. 475-G). Na liquidação por artigos, observar-se-á, no que
couber, o procedimento comum (art. 475-F), mas não se trata de novo processo, sendo que o
julgamento dela será feito através de decisão e não de sentença (como era previsto anteriormente).
Desta decisão caberá agravo de instrumento (art. 475-H). Dentre as três modalidades de liquidação
de sentença, apenas a liquidação por artigos admite defesa.

Na liquidação por artigos não há a formulação de novo pedido em face do réu, mas sim apenas
a alegação de fato novo, que precisa ser provado, para o fim exclusivo de ser fixado o valor da
indenização. É uma produção de provas de índole complementar, com a observância do
procedimento comum e do contraditório.

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10.3 – O Cumprimento da Sentença

Noções Gerais
Noções Iniciais:
O cumprimento da sentença far-se-á conforme os arts. 461 (obrigação de fazer ou não fazer) e 461-A
(entrega de coisa) do Código de Processo Civil ou, tratando-se de obrigação por quantia certa, por
execução. Como vimos, a Lei 11.232/2005 trouxe uma grande modificação, sendo que com relação
ao título judicial não existe mais um processo autônomo de execução. A execução passa a ser uma
fase da ação que originou o título judicial.

Como vimos, a Lei 11. 232/2005 extinguiu o processo autônomo de execução em relação aos
títulos judiciais. Esta mesma Lei inseriu os artigos 475-I a 475-R ao Código de Processo Civil
regulando o cumprimento da sentença. Aplicam-se subsidiariamente ao cumprimento da
sentença, no que couber, as normas que regem o processo de execução de título extrajudicial
(art. 475-R).

Títulos Judiciais:
São títulos executivos judiciais conforme definição do art. 475-N do CPC:
ƒ a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não
fazer, entregar coisa ou pagar quantia;
ƒ a sentença penal condenatória transitada em julgado;
ƒ a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta
em juízo;
ƒ a sentença arbitral;
ƒ o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente;
ƒ a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
ƒ o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e
aos sucessores a título singular ou universal.

Cumprimento da Sentença e Juízo Competente:


Conforme o art. 475-P do Código de Processo Civil, o cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:
ƒ os tribunais, nas causas de sua competência originária;
ƒ o juízo que processou a causa no primeiro grau de jurisdição (nesta hipótese, o exequente
poderá optar pelo juízo do local onde se encontram bens sujeitos à expropriação ou pelo do
atual domicílio do executado, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao
juízo de origem);
ƒ o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral
ou de sentença estrangeira.

Pagamento da Quantia Certa:


Condição essencial ao pagamento da quantia certa é a liquidez da sentença. Quando na sentença
houver uma parte líquida e outra ilíquida, ao credor é lícito promover simultaneamente a execução

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daquela e, em autos apartados, a liquidação desta. O devedor poderá efetuar o pagamento da quantia
certa no prazo de quinze dias. Caso não efetue o pagamento neste prazo, o montante da condenação
será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e expedir-se-á
mandado de penhora e avaliação (art. 475-J). Caso o oficial de justiça não possa proceder à
avaliação, por depender de conhecimentos especializados, o juiz, de imediato, nomeará avaliador,
assinando-lhe breve prazo para a entrega do laudo.

A multa moratória serve como um incentivo ao devedor a realizar o pagamento de forma


espontânea após a decisão condenatória. Caso seja feito no prazo estipulado um pagamento
parcial, a multa de dez por cento incidirá sobre o restante.

Indicação dos Bens à Penhora:


O exequente poderá, em seu requerimento, indicar desde logo os bens a serem penhorados (art. 475-
J, § 3º).

Impugnação:
Do auto de penhora e de avaliação será de imediato intimado o executado, na pessoa de seu
advogado, ou, na falta deste, o seu representante legal, ou pessoalmente, por mandado ou pelo
correio, podendo oferecer impugnação, querendo, no prazo de quinze dias.
A impugnação somente poderá versar sobre:
ƒ falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia;
ƒ inexigibilidade do título;
ƒ penhora incorreta ou avaliação errônea;
ƒ ilegitimidade das partes;
ƒ excesso de execução;
ƒ qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação,
compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença.

Efeitos da Impugnação:
A impugnação não suspende a fase executória do processo, porém é facultado ao juiz atribuir tal
efeito suspensivo desde que relevantes seus fundamentos e o prosseguimento da execução seja
manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação (art.
475-M). Entretanto, ainda que atribuído este efeito, o credor poderá mediante caução, arbitrada
judicialmente, requerer o prosseguimento da execução (art. 475-M, § 1º). Deferido efeito suspensivo,
a impugnação será instruída e decidida nos próprios autos e, caso contrário, em autos apartados (art.
475-M, § 1º). A decisão que resolver a impugnação é recorrível mediante agravo de instrumento,
salvo quando importar extinção da execução, caso em que caberá apelação (art. 475-M, § 3º).

Execução Provisória da Sentença:


A execução provisória é uma modalidade de execução, só admitida em caso de título executivo
judicial, quando a sentença for impugnada mediante recurso recebido só no efeito devolutivo; ao
contrário, é definitiva a execução, quando fundada em sentença transitada em julgado ou em título
estrajudicial. A execução provisória é possível por ser a sentença provida de eficácia, antes mesmo
de se tornar imutável, o que só acontece com o seu trânsito em julgado.

CÓDIGO DE Art. 475-O - A execução provisória da sentença far-se-á, no que couber, do mesmo modo que a
PROCESSO CIVIL definitiva, observadas as seguintes normas:

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I – corre por iniciativa, conta e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for
reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;
II – fica sem efeito, sobrevindo acórdão que modifique ou anule a sentença objeto da execução,
restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidados eventuais prejuízos nos mesmos autos, por
arbitramento;
III – o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem alienação de
propriedade ou dos quais possa resultar grave dano ao executado dependem de caução suficiente
e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.

§ 1º - No caso do inciso II deste artigo, se a sentença provisória for modificada ou anulada


apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução.

§ 2º - A caução a que se refere o inciso III do caput deste artigo poderá ser dispensada:
I – quando, nos casos de crédito de natureza alimentar ou decorrente de ato ilícito, até o limite de
sessenta vezes o valor do salário-mínimo, o exequente demonstrar situação de necessidade;
II – nos casos de execução provisória em que penda agravo de instrumento junto ao Supremo
Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça (art. 544), salvo quando da dispensa possa
manifestamente resultar risco de grave dano, de difícil ou incerta reparação.

§ 3º - Ao requerer a execução provisória, o exequente instruirá a petição com cópias autenticadas


das seguintes peças do processo, podendo o advogado valer-se do disposto na parte final do art.
544, § 1º:
I – sentença ou acórdão exequendo;
II – certidão de interposição do recurso não dotado de efeito suspensivo;
III – procurações outorgadas pelas partes;
IV – decisão de habilitação, se for o caso;
V – facultativamente, outras peças processuais que o exequente considere necessárias.

Prestação de Alimentos:
Nos termos do art. 475-Q, quando a indenização por ato ilícito incluir prestação de alimentos, o juiz,
quanto a esta parte, poderá ordenar ao devedor constituição de capital, cuja renda assegure o
pagamento do valor mensal da pensão. O objetivo da regra é assegurar o cumprimento da obrigação
alimentícia, resultante de ato ilícito, para que o executado não se desfaça do seu patrimônio,
inviabilizando o pagamento das prestações.

CÓDIGO DE Art. 475-Q - Quando a indenização por ato ilícito incluir prestação de alimentos, o juiz, quanto a
PROCESSO CIVIL esta parte, poderá ordenar ao devedor constituição de capital, cuja renda assegure o pagamento
do valor mensal da pensão.

§ 1º - Este capital, representado por imóveis, títulos da dívida pública ou aplicações financeiras
em banco oficial, será inalienável e impenhorável enquanto durar a obrigação do devedor.

§ 2º - O juiz poderá substituir a constituição do capital pela inclusão do beneficiário da prestação


em folha de pagamento de entidade de direito público ou de empresa de direito privado de
notória capacidade econômica, ou, a requerimento do devedor, por fiança bancária ou garantia
real, em valor a ser arbitrado de imediato pelo juiz.

§ 3º - Se sobrevier modificação nas condições econômicas, poderá a parte requerer, conforme as


circunstâncias, redução ou aumento da prestação.

§ 4º - Os alimentos podem ser fixados tomando por base o salário-mínimo.

§ 5º - Cessada a obrigação de prestar alimentos, o juiz mandará liberar o capital, cessar o


desconto em folha ou cancelar as garantias prestadas.

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Questões de Concursos
Nas questões a seguir, assinale a alternativa que julgue correta.

01 - (Ministério Público/SP – 82) A sentença que julga improcedente a demanda é


( ) a) mandamental.
( ) b) constitutiva.
( ) c) condenatória.
( ) d) declaratória negativa.
( ) e) constitutiva negativa.

02 - (Ministério Público/SP – 82) Assinale a alternativa correta:


( ) a) A coisa julgada material atinge toda a sentença.
( ) b) Somente a parte dispositiva da sentença é alcançada pela coisa julgada material.
( ) c) A fundamentação, requisito essencial, por sua relevância à determinação do
dispositivo da sentença, também se recobre da qualidade da res judicata.
( ) d) A qualidade da coisa julgada alcança todas as questões prejudiciais decididas
incidentalmente no processo.
( ) e) A verdade dos fatos, estabelecida como fundamento da sentença, faz coisa julgada.

03 - No ordenamento jurídico brasileiro,


( ) a) as sentenças definitivas, com hipóteses previstas no art. 267 do CPC, encerram o
processo sem decidir o meritum causae.
( ) b) as sentenças terminativas exaurem o mérito da causa.
( ) c) as sentenças poderão produzir efeitos declaratório, constitutivo, condenatório,
mandamental e executivo lato sensu.
( ) d) a estrutura formal de uma sentença de natureza mandamental é distinta das sentenças
proferidas no processo de conhecimento.
( ) e) existem diferenciais quanto à estrutura silogística das sentenças proferidas no processo
de conhecimento.

04 - A coisa julgada pode se estender à motivação da sentença no caso de


( ) a) acolhimento das alegações de prescrição ou decadência.
( ) b) ações que versem sobre direitos não patrimoniais.
( ) c) propositura de ação declaratória incidental.
( ) d) revelia.

05 - Tem vez a liquidação da sentença por artigos, quando:


( ) a) o valor da condenação for apurado por cálculo aritmético elaborado e apresentado pelo
credor, impugnado pelo devedor e, por isso, depender de perícia contábil;
( ) b) o valor da condenação depender de cálculo complexo, incluindo juros capitalizados ou
conversão de moeda estrangeira, dependendo de cálculo a ser elaborado pelo contador
judicial;
( ) c) for necessária a designação de perito judicial para avaliar o dano objeto da condenação
e responder aos quesitos formulados pelas partes;
( ) d) for necessário alegar ou provar fato novo para se determinar o valor da condenação.

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06 - Assinale a alternativa correta:
( ) a) A publicação da sentença de mérito é condição de seu trânsito em julgado.
( ) b) No procedimento sumário, não há necessidade de fundamentar a sentença.
( ) c) O dispositivo da sentença é a parte que contém o nome das partes, a suma do pedido e
da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências do processo.
( ) d) O juiz não está adstrito aos limites do pedido, podendo proferir, em favor do autor,
decisão de natureza diversa da postulada, desde que se convença de que o autor tem
direito a mais do que foi pleiteado.
( ) e) É vedado ao juiz proferir sentença ilíquida.

07 - Assinale a alternativa correta:


( ) a) Na liquidação por artigos, observar-se-á procedimento próprio, especialmente previsto
para esse tipo de liquidação.
( ) b) Na liquidação por arbitramento, cabe às partes, de comum acordo, eleger árbitro para
fixar o valor da causa.
( ) c) Na liquidação por cálculos, estes só poderão ser efetuados pelo contador do juízo.
( ) d) Quando a sentença de mérito tiver deixado de incluir parcela pedida pelo autor e
admitida como devida pelo réu, poderá ser acrescida tal parcela na liquidação,
corrigindo-se a falha.
( ) e) A liquidação de sentença por artigos será feita quando, para determinar o valor da
condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo.

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Gabarito

01.D 02.B 03.C 04.C 05.D 06.A 07.E

Bibliografia

„ ALTERAÇÕES DO CÓDIGO DE PROC CIVIL „ DIREITO PROCESSUAL CIVIL BRASILEIRO


J. E. Carreira Alvim Greco, Vicente
Impetus Saraiva

„ INSTITUIÇÕES DE DIR PROCESSUAL CIVIL „ PRIMEIRAS LINHAS DE DIR PROC CIVIL


Dinamarco, Cândido Rangel Santos, Moacyr Amaral
Malheiros Saraiva

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Direito Processual Civil


10 - A Sentença e a Coisa Julgada

Atualizada em 10.12.2011

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