EO
MATERIAL DE APOIO
ACOMPANHAMENTO DAS AULAS DO PROF. RODRIGO DAMASCENO
CURSO JURÍDICO | 2ª Fase Penal OAB
Prof. Rodrigo Damasceno
INTRODUÇÃO .................................................................................. 4
ÍNDICE 2
9. RECURSOS ....................................................................................... 112
10. PRISÃO & LIBERDADE ..................................................................... 114
11. HABEAS CORPUS & REVISÃO CRIM INAL ............................................ 114
12. NULIDADES ................................................................................... 115
II. DIREITO PENAL .........................................................................116
1. LEI PENAL ....................................................................................... 116
2. PENA & MEDIDA DE SEG URANÇA ....................................................... 117
3. PRESCRIÇÃO .................................................................................... 118
4. PARTE ESPECIAL .............................................................................. 119
5. LEIS PENAIS ESPECIAIS ..................................................................... 121
ÍNDICE 3
INTRODUÇÃO
Com a sua dedicação conseguimos conquistar a aprovação na 1a fase do
Exame de Ordem. Sabemos que não foi fácil, mas a sensação de ser aprovado, é
certo, valeu todo o nosso esforço!
Agora que falta tão pouco para a sua aprovação definitiva, não podemos
relaxar, sob pena de colocar tudo a perder. Precisamos usar a felicidade da
aprovação como energia para, ao longo dessas últimas semanas, se entregar de
corpo e alma para o treinamento intenso para a prova prático profissional de penal:
cada aula, cada atividade devem ser cuidadosamente acompanhadas, pois são todas
elas etapas necessárias para o sucesso na segunda fase do exame.
Esta apostila tem como objetivo auxiliar os alunos no acompanhamento
das minhas aulas que serão ministradas ao longo do curso.
A apostila foi divida em duas grandes partes, cada qual com uma função
bastante específica.
Divisão da apostila
Parte I - PEÇAS & QUESTÕES: casos práticos que deverão ser elaborados ao
longo do curso. Todos serão corrigidos durante as minhas aulas.
Capítulo III - PRINCIPAIS SÚMULAS STJ & STF Relação das principais súmulas
separadas por tópicos da matéria.
INTRODUÇÃO 4
PEÇAS & QUESTÕES
Com o intuito de aprimorar a preparação para a prova prático profissional, é
importante que, antes de ser abordado em sala cada um dos tópicos da matéria, o
aluno se antecipe e, na medida do possível, tente resolver as questões peças aqui
propostas. É previsível que, como a matéria ainda não foi dada, o aluno sinta
dificuldade na resolução dos problemas, mas esse esforço será de grande valia para
garantir a sua aprovação.
Para cada um dos principais tópicos da matéria, foram selecionadas peças e
questões que, no decorrer das aulas, serão corrigidas e explicadas pelo professor.
Para garantir que o aluno chegue em cada aula com os respectivos casos
estudados, as resoluções das peças e questões deverão seguir o cronograma de
estudo trazido na última parte desta apostila (Cronograma de Estudo, fls.122).
I
AÇÃO PENAL
Caso 1 - QUESTÃO - Narra a denúncia que “No dia 3/8/2013, JOÃO, PEDRO, MARCOS e
SABRINA, agindo em concurso, com vontade consciente subtraíram o relógio de
CATARINA. Violaram, assim, a norma penal prevista no art.155 do Código Penal.
Requer-se o recebimento da ação penal, para a instauração do processo penal”. Qual
tese jurídica é cabível?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
INTRODUÇÃO 5
Caso 3 - PEÇA - Maria Portela, 31 anos, brasileira, portadora do RG nº 9.876.54302,
inscrita no CPF sob nº 098.765.432-0, alta executiva na empresa “ATR”, situada no
centro de Londrina/PR, foi chamada pelo proprietário daquela empresa, João, 42
anos, brasileiro, casado, empresário, portador do RG n. 1.234.567-9 e inscrito no CPF
sob nº 123.456.789-0, para esclarecer, perante os 5 diretores da empresa, os
motivos da queda de vendas no primeiro semestre de 2013.
No dia 17 de março de 2014, após Maria ter apresentado os gráficos das
vendas da empresa, João, visivelmente insatisfeito com os resultados, proferiu, na
frente de todos os presentes (Marta, Carlos e Sebastião), as seguintes palavras:
“Maria, apenas mais um rostinho bonito... pena que sem cérebro”. No dia seguinte,
João pediu desculpas a Maria e disse que havia bebido demais antes da reunião e
que tudo não teria passado de um mal entendido.
Feito o termo circunstanciado, não foi proposta a transação penal, já que João
não preenchia os requisitos. Os autos estão em cartório, aguardando o decurso do
prazo.
Com base na situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de
advogado de Maria, a peça processual privativa de advogado pertinente à defesa dos
interesses de sua cliente.
INTRODUÇÃO 6
CASO 3 |GABARITO
Autos nº...
______________: Maria Portela
______________: João
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.2__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
INTRODUÇÃO 7
3. DOS REQUERIMENTOS:
Rol de testemunhas:
_________________________
_________________________
_________________________
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
INTRODUÇÃO 8
II
PROCEDIMENTOS
Caso 4 - QUESTÃO - Denunciado em incurso no art. 155 do CP, a denúncia foi recebida
e o réu foi citado para apresentar PEÇA 1. O magistrado, não acatando as teses de
absolvição sumária, designou dia para oitiva das testemunhas. Na mesma data o réu
negou todos os fatos a ele imputados. Haja vista a complexidade do caso, o
magistrado abriu vista para o Ministério Público que, no prazo legal, se manifestou
pela condenação nos termos da denúncia. Uma vez intimado, o advogado
apresentou na mesma data a PEÇA 2. Não obstante os argumentos apresentados
pela defesa, o réu foi condenado a um ano de pena de liberdade. A defesa, então,
interpôs o recurso cabível – PEÇA3. Identifique quais são as peças cabíveis.
1. DEFESA PRELIMINAR
PROCEDIMENTOS 9
Ao indagar o denunciado a respeito dos fatos, Cesar Roberto lhe esclareceu que a
substância que trazia consigo era para uso pessoal, separada para a viagem que seria
realizada às 19h00 do dia dos fatos, com destino à Cidade Y, conforme passagem de
ônibus entregue pelo denunciado. Em análise dos autos, na qualidade de
procurador constituído, constatou-se a ausência do laudo de constatação da
natureza e quantidade da droga. O denunciado – que teve sua prisão relaxada pelo
Tribunal competente- foi devidamente notificado. Com base somente nas
informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima,
redija a peça cabível, invocando todos os argumentos em favor de seu constituinte.
2. RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Caso 6 - PEÇA - Tício Torres estava na companhia de seu avô, Antunes, quando este,
diabético, passou mal e caiu ao chão. Tício, desesperado, entrou em um
Hipermercado situado na mesma rua, pegou da prateleira uma barra de chocolate
(no valor R$ 1,50), sem efetuar qualquer pagamento, já que havia uma fila enorme
no caixa, e saiu correndo, pois a única maneira de recuperar o seu avô era com o
consumo imediato de glicose. Minutos após, uma ambulância encaminhou Tício e
Antunes ao hospital mais próximo. Tício foi denunciado pela prática da conduta
tipificada no art. 155 do CP. Recebida a ação penal, o acusado foi citado pelo juiz da
vara criminal da comarca de Londrina/PR. Como advogado contratado pelo acusado,
redija a peça processual cabível.
3. MEMORIAIS
Caso 7 - PEÇA - (FGV XIV EO) Felipe, com 18 anos de idade, em um bar com outros
amigos, conheceu Ana, linda jovem, por quem se encantou.
Após um bate-papo informal e troca de beijos, decidiram ir para um local mais
reservado. Nesse local trocaram carícias, e Ana, de forma voluntária, praticou sexo
oral e vaginal com Felipe.
Depois da noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo antes trocado
telefones e contatos nas redessociais.
No dia seguinte, Felipe, ao acessar a página de Ana na rede social, descobre que,
apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo
Felipe ficado em choque com essa constatação.
O seu medo foi corroborado com a chegada da notícia, em sua residência, da
denúncia movida por parte do Ministério Público Estadual, pois o pai de Ana, ao
descobrir o ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato.
PROCEDIMENTOS 10
Por Ana ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de idade, o
Ministério Público Estadual denunciou Felipe pela prática de dois crimes de estupro
de vulnerável, previsto no artigo 217- A, na forma do artigo 69, ambos do Código
Penal. O Parquet requereu o início de cumprimento de pena no regime fechado, com
base no artigo 2º, §1º, da lei 8.072/90, e o reconhecimento da agravante da
embriaguez preordenada, prevista no artigo 61, II, alínea “l”, do CP.
O processo teve início e prosseguimento na XX Vara Criminal da cidade de Vitória, no
Estado do Espírito Santo, local de residência do réu.
Felipe, por ser réu primário, ter bons antecedentes e residência fixa, respondeu ao
processo em liberdade.
Na audiência de instrução e julgamento, a vítima afirmou que aquela foi a sua
primeira noite, mas que tinha o hábito de fugir de casa com as amigas para
frequentar bares de adultos.
As testemunhas de acusação afirmaram que não viram os fatos e que não sabiam
das fugas de Ana para sair com as amigas.
As testemunhas de defesa, amigos de Felipe, disseram que o comportamento e a
vestimenta da Ana eram incompatíveis com uma menina de 13 (treze) anos e que
qualquer pessoa acreditaria ser uma pessoa maior de 14 (quatorze) anos, e que
Felipe não estava embriagado quando conheceu Ana.
O réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Ana, por ser muito bonita e
por estar bem vestida. Disse que não perguntou a sua idade, pois acreditou que no
local somente pudessem frequentar pessoas maiores de 18 (dezoito) anos.
Corroborou que praticaram o sexo oral e vaginal na mesma oportunidade, de forma
espontânea e voluntária por ambos.
A prova pericial atestou que a menor não era virgem, mas não pôde afirmar que
aquele ato sexual foi o primeiro da vítima, pois a perícia foi realizada longos meses
após o ato sexual.
O Ministério Público pugnou pela condenação de Felipe nos termos da denúncia.
A defesa de Felipe foi intimada no dia 10 de abril de 2014 (quinta-feira).
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas
pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a
possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses
jurídicas pertinentes.
PROCEDIMENTOS 11
sua defesa inicial. O magistrado federal da vara do Júri designou audiência de
instrução e julgamento, na qual as testemunhas de acusação e de defesa relataram
que, no dia, Manuel estava muito bêbado e, de maneira totalmente injustificada,
começou a empurrar e desferir golpes de faca contra Romão. Romão então golpeou
Manoel até que ele soltasse a faca. Em seu interrogatório, Romão afirmou que
nunca quis ou assumiu o risco de matar seu amigo e que os socos desferidos foram
apenas para fazer com que o amigo largasse a arma. O Ministério Público se
manifestou pela procedência da denúncia. Como advogado do réu, elabore a peça
processual cabível.
PROCEDIMENTOS 12
CASO 5 |GABARITO
Autos nº...
_____________: Ministério Público do Estado...
_____________: César Roberto
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.2 Do Mérito
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. DOS REQUERIMENTOS:
PROCEDIMENTOS 13
Superada a tese preliminar, no mérito, requer-se:
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
PROCEDIMENTOS 14
CASO 6 |GABARITO
Autos nº...
_____________: Ministério Público do Estado do Paraná
_____________: Tício Torres
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1 _______________
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.2 _______________
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. DOS REQUERIMENTOS:
PROCEDIMENTOS 15
c. Que seja o réu absolvido sumariamente, nos termos do art._________ do CPP,
haja vista ter agido o acusado amparado pelo _______________________;
d. A produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a testemunhal,
cujo rol segue abaixo.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
PROCEDIMENTOS 16
CASO 7 |GABARITO
Autos nº...
_____________: Ministério Público
_____________: Felipe
FELIPE, já qualificado nos autos, por intermédio de seu advogado que ao final
assina, vem perante Vossa Excelência ______________________, com fulcro no art
__________________________ do CPP,
_______________________________________ , pelos motivos de fato e de direito
adiante expostos:
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1 _______________
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.3 _______________
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
c. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
d. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
PROCEDIMENTOS 17
3. DOS REQUERIMENTOS:
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
PROCEDIMENTOS 18
GABARITO OFICIAL – XIV EXAME DE ORDEM
ITEM PONTUAÇÃO CORREÇAO
1 - Endereçamento correto: Interposição para o Juiz da XX Vara Criminal 0,00 / 0,10
de Vitória, Estado do Espírito Santo (0,10).
2 – Indicação correta do dispositivo legal que embasa a alegação final 0,00 / 0,10
em forma de memorial: art. 403, § 3, do CPP (0,10).
Mérito
3.1 – Absolvição pelo erro de tipo essencial (0,75), instituto descrito no 0,00 / 0,25 / 0,35 /
artigo 20, caput, do CP (0,10) que gera a atipicidade da conduta (0,25). 0,75 / 0,85/ 1,00 /
1,10
3.2 – Da tese da prática de crime único (0,50), pois o delito de estupro 0,00 / 0,25 / 0,50 /
de vulnerável é um tipo misto alternativo (de conteúdo múltiplo ou 0,75
variado) (0,25).
3.3 – Da tese do afastamento da agravante da embriaguez preordenada 0,00 / 0,50
(0,50).
3.4 – Da tese da incidência da atenuante da menoridade penal relativa 0,00 / 0,20
(0,20)
3.5 – Desenvolvimento jurídico acerca da necessidade de manutenção 0,00 / 0,20
da pena-base no mínimo legal para o crime de estupro de vulnerável
(0,20)
3.6 – Em consequência da pena base no mínimo legal deve ser fixado o 0,00 / 0,20 / 0,35 /
regime semiaberto (0,20), pois a imposição obrigatória do regime inicial 0,55
fechado é
inconstitucional (0,35).
Dos pedidos: 0,00 / 0,10 / 0,20 /
4.1. Absolvição do réu (0,20), com base no art. 386, III ou VI, do CPP 0,30
(0,10),
OU
Absolvição do réu (0,20) por ausência de tipicidade; (0,10).
4.2 - Diante da condenação, de forma subsidiária: 0,00 / 0,20
a) Afastamento do concurso material de crimes, ou reconhecimento de
crime
único. (0,20).
b) Incidência da atenuante da menoridade penal relativa. (0,20) 0,00 / 0,20
c) Afastamento da agravante da embriaguez preordenada. (0,20). 0,00 / 0,20
d) Fixação da pena-base no mínimo legal ou diminuição da pena (0,20) 0,00 / 0,20
e) Fixação de regime semiaberto (0,20). 0,00 / 0,20
5. Data (15/04/2014, último dia do prazo) (0,10) 0,00 / 0,10
6. Estrutura correta (indicação de local, data, assinatura, OAB) (0,10). 0,00 / 0,10
GABARITO COMENTADO PELA FGV
O examinando deve redigir alegações finais na forma de memoriais, com fundamento no art. 403, § 3o, do Código
de Processo Penal, sendo a petição dirigida ao juiz da XX Vara Criminal de Vitória, Estado do Espírito Santo.
Conforme narrado no texto da peça prático-profissional, o examinando deveria abordar em suas razões a
necessidade de absolvição do réu diante do erro de tipo escusável, que colimou na atipicidade da conduta.
Conforme ficou narrado no texto da peça prático-profissional, o réu praticou sexo oral e vaginal com uma menina
de 13 (treze) anos, que pelas condições físicas e sociais aparentava ser maior de 14 (quatorze) anos.
O tipo penal descrito no artigo 217- A do CP, estupro de vulnerável, exige que o réu tenha ciência de que se trata
de menor de 14 (quatorze) anos. É certo que o consentimento da vítima não é considerado no estupro de
vulnerável, que visa tutelar a dignidade sexual de pessoas vulneráveis. No entanto, tal reforma penal não exclui a
alegação de erro de tipo essencial, quando verificado, no caso concreto, a absoluta impossibilidade de
conhecimento da idade da vítima.
Na leitura da realidade, o réu acreditou estar praticando ato sexual com pessoa maior de 14 (quatorze) anos,
PROCEDIMENTOS 19
incidindo, portanto, a figura do erro de tipo essencial, descrita no artigo 20, caput, do CP.
Como qualquer pessoa naquela circunstância incidiria em erro de tipo essencial e como não há previsão de
estupro de vulnerável de forma culposa, não há outra solução senão a absolvição do réu, com base no artigo 386,
III, do CPP.
Por sua vez, o examinando deveria desenvolver que no caso de condenação haveria a necessidade do
reconhecimento de crime único, sendo excluído o concurso material de crimes. A prática de sexo oral e vaginal no
mesmo contexto configura crime único, pois a reforma penal oriunda da lei 12.015/2009 uniu as figuras típicas do
atentado violento ao pudor e o estupro numa única figura, sendo, portanto, um crime misto alternativo.
Prosseguindo em sua argumentação, o examinando deveria rebater o pedido de reconhecimento da agravante da
embriaguez preordenada, pois não foram produzidas provas no sentido de que Felipe se embriagou com intuito
de tomar coragem para a prática do crime, também indicando a presença da atenuante da menoridade.
Por fim, por ser o réu primário, de bons antecedentes e por existir crime único e não concurso material de crimes,
o examinando deveria requerer a fixação da pena-base no mínimo legal, com a consequente fixação do regime
semiaberto.
Apesar do crime de estupro de vulnerável, artigo 217- A do CP, estar elencado como infração hedionda na lei
8.072/90, conforme artigo 1o, IV, o STF declarou a inconstitucionalidade do artigo 2o, § 1o desta lei, sendo certo
que o juiz ao fixar o regime inicial para o cumprimento de pena deve analisar a situação em concreto e não o
preceito em abstrato. Assim, diante da ocorrência de crime único, cuja pena será fixada em 8 (oito) anos de
reclusão, sendo o réu primário e de bons antecedentes, o regime semiaberto é a melhor solução para o réu, pois o
artigo 33, §2o, alínea “a”, do CP, impõe o regime fechado para crimes com penas superiores a 8 (oito) anos, o que
não é o caso.
Ao final o examinando deveria formular os seguintes pedidos:
a) Absolvição do réu, com base no art. 386, III, do CPP, por ausência de tipicidade;
Diante da condenação, de forma subsidiária:
b) Afastamento do concurso material de crimes, sendo reconhecida a existência de crime único.
c) Fixação da pena-base no mínimo legal, o afastamento da agravante da embriaguez preordenada e a incidência
da atenuante da menoridade.
d) Fixação do regime semiaberto para início do cumprimento de pena, com base no art. 33, § 2o, alínea “b”, do CP,
diante da inconstitucionalidade do artigo 2o, § 1o, da lei 8.072/90.
Por derradeiro, cabe destacar que o texto da peça prático-profissional foi expresso em exigir a apresentação dos
memoriais no último dia do prazo. Considerado o artigo 403,§ 3o, do CPP, o prazo será de 5 (cinco) dias, sendo
certo que o último dia para apresentação é o dia 15 de abril de 2014.
PROCEDIMENTOS 20
CASO 7 |VOCÊ É O CORRETOR!
Para conhecer o grau de exigência da FGV, corrija e atribua a nota à peça elaborada
por um ex-aluno aprovado. Feita a correção, compare os seus critérios com os da
FGV (tabuleiro oficial de correção está após a peça).
PROCEDIMENTOS 21
PROCEDIMENTOS 22
PROCEDIMENTOS 23
PROCEDIMENTOS 24
PROCEDIMENTOS 25
TABULEIRO DE CORREÇÃO OFICIAL – CORREÇÃO FEITA PELA FGV
ITEM PONTUAÇÃO CORREÇAO
1 - Endereçamento correto: Interposição para o Juiz da XX Vara Criminal 0,00 / 0,10 0,10
de Vitória, Estado do Espírito Santo (0,10).
2 – Indicação correta do dispositivo legal que embasa a alegação final 0,00 / 0,10 0,10
em forma de memorial: art. 403, § 3, do CPP (0,10).
Mérito
3.1 – Absolvição pelo erro de tipo essencial (0,75), instituto descrito no 0,00 / 0,25 / 0,35 / 1,10
artigo 20, caput, do CP (0,10) que gera a atipicidade da conduta (0,25). 0,75 / 0,85/ 1,00 /
1,10
3.2 – Da tese da prática de crime único (0,50), pois o delito de estupro 0,00 / 0,25 / 0,50 / 0,50
de vulnerável é um tipo misto alternativo (de conteúdo múltiplo ou 0,75
variado) (0,25).
3.3 – Da tese do afastamento da agravante da embriaguez preordenada 0,00 / 0,50 0,50
(0,50).
3.4 – Da tese da incidência da atenuante da menoridade penal relativa 0,00 / 0,20 0,20
(0,20)
3.5 – Desenvolvimento jurídico acerca da necessidade de manutenção 0,00 / 0,20 0,20
da pena-base no mínimo legal para o crime de estupro de vulnerável
(0,20)
3.6 – Em consequência da pena base no mínimo legal deve ser fixado o 0,00 / 0,20 / 0,35 / 0,55
regime semiaberto (0,20), pois a imposição obrigatória do regime inicial 0,55
fechado é
inconstitucional (0,35).
Dos pedidos: 0,00 / 0,10 / 0,20 / 0,30
4.1. Absolvição do réu (0,20), com base no art. 386, III ou VI, do CPP 0,30
(0,10),
OU
Absolvição do réu (0,20) por ausência de tipicidade; (0,10).
4.2 - Diante da condenação, de forma subsidiária: 0,00 / 0,20 0,20
a) Afastamento do concurso material de crimes, ou reconhecimento de
crime
único. (0,20).
b) Incidência da atenuante da menoridade penal relativa. (0,20) 0,00 / 0,20 0,20
c) Afastamento da agravante da embriaguez preordenada. (0,20). 0,00 / 0,20 0,20
d) Fixação da pena-base no mínimo legal ou diminuição da pena (0,20) 0,00 / 0,20 0,20
e) Fixação de regime semiaberto (0,20). 0,00 / 0,20 0,20
5. Data (15/04/2014, último dia do prazo) (0,10) 0,00 / 0,10 0,10
6. Estrutura correta (indicação de local, data, assinatura, OAB) (0,10). 0,00 / 0,10 0,10
TOTAL 4,75
PROCEDIMENTOS 26
CASO 8 |GABARITO
Autos nº...
_____________: Ministério Público Federal
_____________: Romão
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1 _______________
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.2 _______________
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
c. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. DOS REQUERIMENTOS:
PROCEDIMENTOS 27
b. Que seja reconhecida a nulidade do processo, por incompetência absoluta do
juízo (art.______ do CPP);
Superadas as teses preliminares, no mérito requer-se:
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO
OAB...
PROCEDIMENTOS 28
III
MÉTODO DE IDENTIFICAÇÃO DE TESES
Caso 9 - PEÇA - No dia 10/12/2008, na cidade de Recife, Tulio, sabendo que Romero,
nascido em 02/08/1940, praticava habitualmente crimes contra crianças e
adolescentes, adentrou no local de trabalho dele e dali subtraiu duas fotografias nas
quais eram retratadas crianças nuas, mantendo relações sexuais. As fotos foram
encaminhadas à autoridade policial. O delegado responsável requereu a
interceptação da linha de telefone móvel usado pelo indiciado, medida que foi
decretada pela autoridade judicial, nos seguintes termos: “Haja vista a gravidade do
crime, defiro a interceptação da linha de telefone móvel do indiciado”. Apos 20 dias
sem qualquer diálogo relevante, foi gravada conversa entre o indiciado e terceira
pessoa não identificada, na qual ele relatava que estava preocupado com o sumiço
de “um envelope”. Autorizados por decisão judicial, os policiais realizaram busca e
apreensão na residência de Romero, mas nada encontraram. No mesmo dia, foi
colhido depoimento da Sra. Joaninha, no qual ela reconheceu que seu marido,
Romero, costumava a lidar com fotos infantis “obscenas”.
O Ministério Público denuncio, então, Romero em incurso no art.241-B do Lei
nº 8.069/90 c/c art.61, II, h do Código Penal. Recebida a denúncia e 12/12/2013, o
réu foi citado e apresentou resposta à acusação. Ao longo da instrução processual,
Tulio disse que entrou na sala de Romero utilizando uma chave falsa e que as fotos
estavam em um envelope lacrado, com o nome “Carlos Brandão” escrito. Relatou,
por fim, que nunca viu o réu praticar qualquer conduta suspeita, mas apenas ouviu
dizer que ele era um maníaco sexual. Carla Sertão, secretaria, disse que Romero,
antes de sair de férias, havia dito que ela deveria providenciar a postagem e envio de
uma encomenda, mas como não informou o destinatário e nem entregou a
encomenda, nada foi feito. Joaninha, por sua vez, negou o conteúdo do depoimento
dado na fase inquisitiva e destacou que seu marido jamais teve envolvimento com
pornografia infantil. Disse, ainda, que foi coagida a dar o primeiro depoimento pelo
policial Kamel e que, inclusive, estava gravado no seu celular as ameaças proferidas
por ele naquele dia. Em seu interrogatório, Romero negou os fatos a ele imputados.
Disse, ainda, não saber qual era o conteúdo do envelope e que este fora deixado por
engano em sua mesa, pois sua sala teria, durante muito tempo, sido utilizada pelo
funcionário Carlos Brandão. Haja vista a complexidade do caso, o Ministério Público
apresentou memoriais, no qual requereu a condenação do réu, nos termos da
denúncia.
Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado(a)
de Romero, a peça processual, privativa de advogado, pertinente à defesa do acusado.
Inclua, em seu texto, a fundamentação legal e jurídica, explore as teses defensivas
Autos nº ...
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1 Preliminares
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
c. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
d. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
e. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
c. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.3 Pena
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
c. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
d. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
e. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
f. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. DOS REQUERIMENTOS:
ADVOGADO...
OAB...
Autos nº...
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.2__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.3__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.4__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. DOS REQUERIMENTOS:
c. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
d. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Autos nº...
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.2__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.3__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.4__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. DOS REQUERIMENTOS:
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
d. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Autos nº...
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.2__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.3__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. DOS REQUERIMENTOS:
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Autos nº...
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. DOS REQUERIMENTOS:
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Caso 17. - QUESTÃO - Caio e Tício, previamente ajustados, subtraem em Porto Alegre-
RS três veículos com os quais, na cidade gaúcha de Gauíba-RS, cometem um roubo a
banco, atingido na fuga um policial militar que reagiu, causando-lhe a morte. No
outro dia, na cidade de São Lourenço, abordaram um rapaz e, para subtrair o veículo
que ele conduzia, mataram-no. Finalmente, semanas após, em Camaquã, são presos
RECURSOS 43
em cumprimento de mandado de prisão preventiva decretada pelo juiz estadual de
São Lourenço-RS. No momento da prisão, também é lavrado o flagrante pelo porte
de 800g de maconha, comprada com o dinheiro do roubo e destinada à venda. O
flagrante é homologado e, dez dias depois, o juiz de direito a comarca de Camaquã
recebe a denúncia por tráfico de substância entorpecente. Quem é competente para
julgar o caso?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Caso 18. - QUESTÃO - Marlon, prefeito da cidade de Ará, Estado Y, quebrou todas as
janelas da agência da Caixa Econômica Federal situada naquela cidade. No dia
seguinte, soube que Marlene, vereadora da oposição, havia testemunhado todo o
corrido. Assim, solicitou a ajuda de Ramalho, deputado federal da base aliada, que
imediatamente aceitou ajudar o amigo, pois era importante que Marlene ficasse
calada. Ramalho, então, determinou que um dos seus capangas, Pedrão, executasse
a “surra”. Pedrão seguiu Marlene até a cidade vizinha, Lagoa, e golpeou várias vezes
a vítima. Marlene sofreu lesões que provocaram a perda da visão do seu olho
esquerdo. Quem é competente para julgar o caso?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Caso 19. - QUESTÃO - Previamente ajustados, João (policial federal) e Pedro (policial
civil), em serviço e com equipamento oficial, exigem para si determinada
importância indevida de uma pessoa que abordaram em São Paulo e, ato continuo,
ameaçaram-na caso relate o ocorrido. Na continuação, ao efetuarem outra prisão na
cidade vizinha de Registro, cometem o delito de abuso de autoridade e
posteriormente matam outro detido, em Campinas, para assegurar a impunidade
em relação aos delitos anteriores.
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
RECURSOS 44
VI
RECURSOS
1. APELAÇÃO
Caso 20 – PEÇA (FGV XII EO) Rita, senhora de 60 anos, foi presa em flagrante no dia
10/11/2011 (quinta-feira), ao sair da filial de uma grande rede de farmácias, após ter
furtado cinco tintas de cabelo. Para subtrair os itens, Rita arrebentou a fechadura do
armário onde estavam os referidos produtos, conforme imagens gravadas pelas
câmeras de segurança do estabelecimento. O valor total dos itens furtados perfazia
a quantia de R$49,95 (quarenta e nove reais e noventa e cinco centavos).
Instaurado inquérito policial, as investigações seguiram normalmente. O Ministério
Público, então, por entender haver indícios suficientes de autoria, provas da
materialidade e justa causa, resolveu denunciar
Rita pela prática da conduta descrita no Art. 155, § 4º, inciso I, do CP (furto
qualificado pelo rompimento de obstáculo). A denúncia foi regularmente recebida
pelo juízo da 41ª Vara Criminal da Comarca da Capital do Estado ‘X’ e a ré foi citada
para responder à acusação, o que foi devidamente feito. O processo teve seu curso
regular e, durante todo o tempo, a ré ficou em liberdade.
Na audiência de instrução e julgamento, realizada no dia 18/10/2012 (quinta-feira),
o Ministério Público apresentou certidão cartorária apta a atestar que no dia
15/05/2012 (terça-feira) ocorrera o trânsito em julgado definitivo de sentença que
condenava Rita pela prática do delito de estelionato. A ré, em seu interrogatório,
exerceu o direito ao silêncio. As alegações finais foram orais; acusação e defesa
manifestaram-se. Finda a instrução criminal, o magistrado proferiu sentença em
audiência. Na dosimetria da pena, o magistrado entendeu por bem elevar a pena
base em patamar acima do mínimo, ao argumento de que o trânsito em julgado de
outra sentença condenatória configurava maus antecedentes; na segunda fase da
dosimetria da pena o magistrado também entendeu ser cabível a incidência da
agravante da reincidência, levando em conta a data do trânsito em julgado definitivo
da sentença de estelionato, bem como a data do cometimento do furto (ora objeto
de julgamento); não verificando a incidência de nenhuma causa de aumento ou de
diminuição, o magistrado fixou a pena definitiva em 4 (quatro) anos de reclusão no
regime inicial semiaberto e 80 (oitenta) dias-multa. O valor do dia-multa foi fixado
no patamar mínimo legal. Por entender que a ré não atendia aos requisitos legais, o
magistrado não substituiu a pena privativa de liberdade por pena restritiva de
direitos. Ao final, assegurou-se à ré o direito de recorrer em liberdade.
O advogado da ré deseja recorrer da decisão. Atento ao caso narrado e levando em
conta tão somente as informações contidas no texto, elabore o recurso cabível.
RECURSOS 45
Caso 21 - PEÇA- Micheli Knon foi condenada com incurso no art. 124 c/c 14, II do
Código Penal a uma pena de 8 meses de detenção, a ser cumprida, inicialmente no
regime aberto. Consta nos autos, que no dia 12 de março de 2010, foi Micheli foi
internada no Hospital X, pois teria ela consumido substancia abortiva que causou a
expulsão do feto sem vida. No entanto, no dia 11 de março de 2010, Micheli havia
sido submetida a uma ecografia, cujo laudo - juntado aos autos na fase do art.422 do
Código do Processo Penal - atestava que o feto estava, naquela data, morto.
Publicada a sentença, a Defesa foi intimada. Como advogado de Micheli, elabore a
peça processual cabível.
Caso 22. - PEÇA- Dioclesiano foi denunciado pela prática do crime de homicídio
qualificado por motivo fútil. O crime ocorreu no município de Palmas – PR, mas
como a vítima, Aristênio, era residente e domiciliado em Clevelândia - PR, o
processo acabou tendo seu trâmite nesta comarca. Após a pronúncia, Dioclesiano foi
submetido à júri popular. No interrogatório feito durante o julgamento, Dioclesiano
ficou em silêncio. Durante os debates, o promotor de justiça disse que o silêncio do
réu nada mais era do que uma confissão, pois se ele nada devesse, ele teria contado
aos jurados a sua versão. A Defesa pediu para tal fato constar na ata. Após
deliberação, os jurados reconheceram que o crime praticado por Dioclesiano foi o de
homicídio simples (art. 121, caput, do CP). O magistrado, no entanto, considerou que
o homicídio era qualificado pelo motivo fútil, aplicando, assim, a pena de 12 anos. O
réu e o seu defensor foram intimados da sentença. Como advogado de Dioclesiano,
elabore a peça processual cabível.
É PRECISO DE PEÇA DE INTERPOSIÇÃO? ☐SIM ☐NÃO
2. Teses Jurídicas:
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Caso 23. - PEÇA- João de Tal foi denunciado por latrocínio consumado, por ter, em
tese, atirado em José para subtrair-lhe R$ 200,00 (duzentos reais). Durante a
instrução processual todas as testemunhas ouvidas afirmaram que logo após o
disparo (que atingiu a vítima no lado esquerdo da face, conforme laudo de fls.),
quando começou a mexer dos bolsos da vítima, João foi perseguido pelos seguranças
RECURSOS 46
do Banco Caixa Forte, sendo preso em flagrante após alguns minutos. Na sentença, o
juiz entendeu por bem condenar José de Tal por tentativa de latrocínio, já que,
muito embora a vítima tenha morrido, a subtração não ocorreu no caso. Na
dosimetria da pena o juiz reconheceu a tentativa e a diminuiu a pena em 1/3,
condenando João a uma pena total de 13 anos e 4 meses, e regime inicial
semiaberto. Por entender que a pena de liberdade fora suficiente, não fixou pena de
multa. Tendo sido intimado o Ministério Público da decisão, em dia 27 de janeiro de
2014 (segunda-feira), o prazo recursal transcorreu in albis sem manifestação do
Parquet.
Em relação ao caso narrado, você, na condição de advogado(a), é procurado pelo pai
da vítima, Jean Paulo, em 28 de janeiro de 2014, para habilitar‐se como assistente da
acusação e impugnar a decisão.
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas
pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, sustentando, para tanto, as teses
jurídicas pertinentes, datando do último dia do prazo.
Caso 24. - PEÇA- IVO, LÚCIA, NICOLE e CRISTINA, surfistas amadores, foram
denunciados como incurso nos artigos 157, §2º, I e II e artigos 288 c/c 69 todos do
Código Penal, pois teriam se associado com a finalidade de investir contra o
patrimônio da agência Marechal Floriano da Caixa Econômica Federal na Cidade X
para obtenção de dinheiro para uma viagem ao Havaí. IVO, NICOLE e CRISTINA, sem
o conhecimento de LÚCIA, ao darem “voz de assalto” sacaram cada um uma pistola,
apontando com a finalidade de intimidar o atendente. Os quatro foram presos em
flagrante delito e após regular processamento do feito, IVO, NICOLE e CRISTINA
foram condenados como incurso no artigo 157, §2º, I e II do Código Penal. LÚCIA,
por sua vez, foi condenada como em incurso nos artigos157, §2º, II do Código Penal.
Todos foram absolvidos do crime tipificado no art. 288 do Código Penal. Intimados
da sentença, os réus não apelaram. O Ministério Público, no entanto, recorreu da
sentença, alegando que os réus preencheram os elementos do tipo de quadrilha e
que Lúcia deveria, também, por conta da teoria monista, ser condenada com base
no art. 157, §2º, I e II do Código Penal. O recurso foi recebido. A defesa foi intimada
no dia 10/01/2014 (sexta feira) para apresentar a peça cabível. Como advogado de
Lúcia, elabore a peça processual cabível.
RECURSOS 47
CASO 20 |GABARITO
Autos nº...
____________: Rita
____________: Ministério Público
RITA, já qualificada nos autos, por intermédio de seu advogado que ao final
assina, vem perante Vossa Excelência, ______________________, com fulcro no art.
___________________ do Código de Processo Penal,
_____________________________________________.
Requer que seja o recurso recebido e encaminhado à superior instância, para
processamento e julgamento.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 48
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO __________
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
Autos nº...
____________: Rita
____________: Ministério Público
RITA, já qualificada nos autos, por intermédio de seu advogado que ao final
assina, vem perante Vossa Excelência, ______________________, com fulcro no art.
___________________ do Código de Processo Penal ,
_____________________________________________, pelos motivos de fato e de
direito adiante expostos:
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1_____________________:
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.2_____________________:
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
c. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
d. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
RECURSOS 49
3. DOS REQUERIMENTOS:
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 50
GABARITO OFICIAL – XII EXAME DE ORDEM
ITEM PONTUAÇÃO CORREÇAO
1- Endereçamento da petição de interposição: Juiz da 41ª Vara Criminal da 0,00 / 0,20
Comarca da Capital do Estado ‘X’. (0,20)
2- Demonstração do cabimento do recurso: Art. 593, I, do CPP. (0,20) 0,00 / 0,20
3- Endereçamento correto das razões: Tribunal de Justiça do Estado ‘X’.) 0,00 / 0,20
4.1 Mérito: 0,00/0,30/0,50/0,80
Desenvolvimento acerca da atipicidade da conduta pela falta de tipicidade
material: a conduta de Rita não configurou efetiva lesão ao patrimônio da
grande rede de farmácias, assim, o fato é atípico (0,50) pela falta de
tipicidade material (0,30);
4.2 Desenvolvimento do pedido subsidiário: aplicação do chamado furto 0,00/0,20/0,30/0,40/
privilegiado (0,30), já que Rita é primária e o objeto furtado é de pequeno 0,50/0,60
valor (0,20), conforme previu o § 2º do artigo 155 do CP (0,10)
Obs.: A simples menção aos artigos não pontua
4.3 Desenvolvimento correto acerca da impossibilidade de bis in idem: o 0,00/0,15/0,25/0,40
trânsito em julgado da sentença de estelionato não pode ensejar, ao
mesmo tempo, elevação da pena-base e da pena intermediária (0,25), pois
não se admite o bis in idem (0,15);
4.4 Desenvolvimento correto acerca da não configuração da reincidência: 0,00/0,10/0,20/0,30/
Não há reincidência (0,10), pois o delito de furto foi cometido antes do 0,40
trânsito em julgado definitivo do delito de estelionato (0,20), ausentes,
pois, os pressupostos do Art. 63, do CP (0,10).
Obs.: a mera indicação de artigo não pontua.
4.5 Desenvolvimento correto acerca da fixação errada do regime inicial 0,00/0,25/0,40
fechado para cumprimento de pena: como a ré não é reincidente, faz jus
ao regime aberto (0,25), conforme disposto no Art. 33, §2º, ‘c’, do CP ou
súmula 269 do STJ (0,15).
Obs.: a mera indicação do artigo ou súmula não pontua.
4.6 Desenvolvimento correto acerca da possibilidade de substituição da 0,00/0,25/0,40
pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos (0,25), conforme
Art. 44, do CP (0,15)
OU
Desenvolvimento correto acerca da possibilidade de aplicação da pena de
multa (0,25), conforme art. 155, §2º, do CP. (0,15)
Obs.: a mera indicação de artigo não pontua.
Pedidos: 0,00/0,10/0,30
a) Absolvição (0,10) com base na atipicidade da conduta ou art. 386, inciso
III, do CPP (0,20);
Alternativamente, não reconhecida a atipicidade, deverá requerer: 0,00/0,25/0,50/0,75/
b.1) a aplicação do furto privilegiado ou aplicação do previsto no § 2º do 1,00
artigo 155 CP (0,25);
b.2) a diminuição da pena pelo afastamento da circunstância agravante da
reincidência (0,25);
b.3) A fixação do regime aberto para o cumprimento da pena (0,25);
b.4) A substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de
direitos (0,25).
4.2 - Fechamento da Peça: (0,10) 0,00/0,10
Data, Local, Advogado, OAB ... nº...
GABARITO COMENTADO PELA FGV
O examinando deverá elaborar recurso de apelação, com fundamento no art. 593, I do CPP.
A petição de interposição deve ser endereçada do Juiz da 41a Vara Criminal da Comarca da Capital do Estado ‘X’.
RECURSOS 51
As razões deverão ser endereçadas ao Tribunal de Justiça do Estado X.
Nas razões, o examinando deverá arguir o seguinte:
I. Atipicidade da conduta pela falta de tipicidade material: a subtração de cinco tintas de cabelo, embora esteja
adequada, formalmente, à conduta descrita no tipo penal, não importa em efetiva lesão ao patrimônio da
farmácia. Incide, portanto, o princípio da insignificância. Assim, ausente a tipicidade material, a conduta é atípica.
II. Subsidiariamente, caso mantida a condenação, requer a aplicação do privilégio contido no § 2o do artigo 155 do
CP, já que a coisa furtada é de pequeno valor (R$ 49,95), bem como Rita seria considerada primária já que o furto
foi cometido antes do trânsito em julgado da condenação do crime de estelionato.
III. Impossibilidade de bis in idem: o magistrado, ao utilizar uma mesma circunstância (trânsito em julgado da
sentença condenatória por crime de estelionato) para elevar a pena-base na primeira fase da dosimetria e
também para elevar a pena-intermediária na segunda fase da dosimetria, feriu o princípio do ne bis in idem.
IV. Não configuração da reincidência: o Art. 63, do Código Penal, disciplina que somente haverá reincidência se o
novo crime (no caso, o furto) for cometido após o trânsito em julgado definitivo de sentença condenatória de
crime anterior. Não foi esse o caso da ré, pois o furto foi cometido antes do trânsito em julgado definitivo da
sentença relativa ao estelionato. Não se verifica, portanto, a reincidência.
V. A fixação errada do regime inicial semi-aberto para cumprimento de pena: como a ré não é reincidente, faz jus
ao regime aberto, conforme disposto no Art. 33, §2o, ‘c’, do CP.
VI. A possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos: não sendo, a ré,
reincidente, encontram-se presentes os requisitos do Art. 44 do CP. Assim, faz jus à substituição da pena privativa
de liberdade por pena restritiva de direitos.
Ao final, o examinando deverá elaborar os seguintes pedidos:
I. Absolvição com base na atipicidade da conduta;
II. Subsidiariamente,requer-seaaplicaçãodo§2odoartigo155doCP(furtoprivilegiado);
II. Caso não reconhecida a atipicidade, deverá requerer a diminuição da pena pelo afastamento da circunstância
agravante da reincidência;
III. A fixação do regime aberto para o cumprimento da pena;
IV. A substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos
RECURSOS 52
CASO 20 |VOCÊ É O CORRETOR!
Para conhecer o grau de exigência da FGV, corrija e atribua a nota à peça elaborada
por um ex-aluno aprovado. Feita a correção, compare os seus critérios com os da
FGV (tabuleiro oficial de correção está após a peça).
RECURSOS 53
RECURSOS 54
RECURSOS 55
RECURSOS 56
RECURSOS 57
TABULEIRO DE CORREÇÃO OFICIAL – CORREÇÃO FEITA PELA FGV
ITEM PONTUAÇÃO CORREÇAO
1- Endereçamento da petição de interposição: Juiz da 41ª Vara Criminal da 0,00 / 0,20 0,20
Comarca da Capital do Estado ‘X’. (0,20)
2- Demonstração do cabimento do recurso: Art. 593, I, do CPP. (0,20) 0,00 / 0,20 0,20
3- Endereçamento correto das razões: Tribunal de Justiça do Estado ‘X’.) 0,00 / 0,20 0,20
4.1 Mérito: 0,00/0,30/0,50/0,80 0,80
Desenvolvimento acerca da atipicidade da conduta pela falta de tipicidade
material: a conduta de Rita não configurou efetiva lesão ao patrimônio da
grande rede de farmácias, assim, o fato é atípico (0,50) pela falta de
tipicidade material (0,30);
4.2 Desenvolvimento do pedido subsidiário: aplicação do chamado furto 0,00/0,20/0,30/0,40/ 0,50
privilegiado (0,30), já que Rita é primária e o objeto furtado é de pequeno 0,50/0,60
valor (0,20), conforme previu o § 2º do artigo 155 do CP (0,10)
Obs.: A simples menção aos artigos não pontua
4.3 Desenvolvimento correto acerca da impossibilidade de bis in idem: o 0,00/0,15/0,25/0,40 0,25
trânsito em julgado da sentença de estelionato não pode ensejar, ao
mesmo tempo, elevação da pena-base e da pena intermediária (0,25), pois
não se admite o bis in idem (0,15);
4.4 Desenvolvimento correto acerca da não configuração da reincidência: 0,00/0,10/0,20/0,30/ 0,40
Não há reincidência (0,10), pois o delito de furto foi cometido antes do 0,40
trânsito em julgado definitivo do delito de estelionato (0,20), ausentes,
pois, os pressupostos do Art. 63, do CP (0,10).
Obs.: a mera indicação de artigo não pontua.
4.5 Desenvolvimento correto acerca da fixação errada do regime inicial 0,00/0,25/0,40 0,40
fechado para cumprimento de pena: como a ré não é reincidente, faz jus
ao regime aberto (0,25), conforme disposto no Art. 33, §2º, ‘c’, do CP ou
súmula 269 do STJ (0,15).
Obs.: a mera indicação do artigo ou súmula não pontua.
4.6 Desenvolvimento correto acerca da possibilidade de substituição da 0,00/0,25/0,40 0,40
pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos (0,25), conforme
Art. 44, do CP (0,15)
OU
Desenvolvimento correto acerca da possibilidade de aplicação da pena de
multa (0,25), conforme art. 155, §2º, do CP. (0,15)
Obs.: a mera indicação de artigo não pontua.
Pedidos: 0,00/0,10/0,30 0,30
a) Absolvição (0,10) com base na atipicidade da conduta ou art. 386, inciso
III, do CPP (0,20);
Alternativamente, não reconhecida a atipicidade, deverá requerer: 0,00/0,25/0,50/0,75/ 0,75
b.1) a aplicação do furto privilegiado ou aplicação do previsto no § 2º do 1,00
artigo 155 CP (0,25);
b.2) a diminuição da pena pelo afastamento da circunstância agravante da
reincidência (0,25);
b.3) A fixação do regime aberto para o cumprimento da pena (0,25);
b.4) A substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de
direitos (0,25).
4.2 - Fechamento da Peça: (0,10) 0,00/0,10 0,10
Data, Local, Advogado, OAB ... nº...
TOTAL 4,50
RECURSOS 58
CASO 21 |GABARITO
Autos nº...
____________: Micheli Knon
____________: Ministério Público
MICHELI KNON, já qualificada nos autos, por intermédio de seu advogado que
ao final assina, vem perante Vossa Excelência, ______________________, com
fulcro no art. ___________________ do Código de Processo Penal,
_____________________________________________.
Requer que seja o recurso recebido e encaminhado à superior instância, para
processamento e julgamento.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 59
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ...
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
Autos nº...
____________: Micheli Knon
____________: Ministério Público
MICHELI KNON, já qualificada nos autos, por intermédio de seu advogado que
ao final assina, vem perante Vossa Excelência, ______________________, com
fulcro no art. ___________________ do Código de Processo Penal ,
_____________________________________________, pelos motivos de fato e de
direito adiante expostos:
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. DOS REQUERIMENTOS:
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 60
CASO 23 |GABARITO
Autos nº...
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 61
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ...
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
Autos nº...
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1 Mérito
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.2 Da Pena
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. DOS REQUERIMENTOS:
RECURSOS 62
b. Fixar o regime inicial fechado para cumprimento da pena (art. _____ do CP);
c. Fixação da pena de __________________;
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 63
CASO 24 |GABARITO
Autos nº...
____________: Ministério Público
____________: Lúcia
LÚCIA, já qualificada nos autos, por intermédio de seu advogado que ao final
assina, vem perante Vossas Excelências, ______________, com fulcro no
art_______do Código de Processo Penal , _________________________________,
pelos motivos de fato e de direito adiante expostos:
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1 Do Mérito:
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. DOS REQUERIMENTOS:
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 64
2. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Caso 25. - PEÇA- Em festiva reunião realizada por empresários na Comarca de Irati,
ULPIANO DA SILVA PEREIRA JÚNIOR, com residência em de Curitiba, teria ofendido a
dignidade e a honra de MODESTINO MORAS CAVALCANTE, eis que relatava aos
presentes, mesmo ciente da falsidade das informações, que MODESTINO, além de
ser um estelionatário, havia furtado seu celular na semana passada. Por tais fatos,
MODESTINO, por intermédio de advogado, ajuizou no Foro Central de Curitiba-PR
queixa-crime contra ULPIANO, por infração aos artigos 138, 140 e 69 do Código
Penal. A ação foi distribuída e rejeitada pelo magistrado da 1ª Vara Criminal da
Capital, pois: 1. não era ele competente para processar e julgar fatos ocorridos na
Comarca de Irati, nos termos do art.70 caput do Código de Processo Penal. 2. havia
carência de ação, pela impossibilidade jurídica do pedido. As partes foram intimadas
da decisão.
Caso 26. - PEÇA- Felício da Silva foi denunciado em incurso no art. 121, §2º, III (meio
cruel) do CP. No interrogatório, o denunciado afirmou que o único golpe com uma
barra de ferro (laudo de apreensão de fls) aplicado teria sido dirigido às costas da
vitima, que, em razão desta ter se movimentado, acabou sendo atingida na parte
posterior da cabeça (nuca), sofrendo um traumatismo craniano – causa da morte,
conforme laudo de fls. O advogado apresentou resposta à acusação e arrolou
testemunhas, mas na oitiva de daquela que fora testemunha ocular dos fatos
retratados na inicial, este advogado faltou, não tendo o juiz nomeado um ad hoc
para o acompanhamento do ato processual. Não obstante os argumentos trazidos
pela Defesa em seus memoriais, o juiz, acolhendo o pedido do agente ministerial,
pronunciou o acusado, dando-o como incurso no crime classificado na denúncia.
RECURSOS 65
CASO 25 |GABARITO
Autos nº ...
________: Modestino Moras Cavalcante
________: Ulpiano Da Silva Pereira Júnior
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
RECURSOS 66
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
Autos nº...
Recorrente: Modestino Moras Cavalcante
Recorrido: Ulpiano Da Silva Pereira Júnior
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1__________________________________________________________________
2.2__________________________________________________________________
3. DOS REQUERIMENTOS:
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 67
CASO 26 |GABARITO
Autos nº ...
Acusação: Ministério Público
Acusado: Felício da Silva
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 68
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO...
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
Autos nº...
Recorrente: Felício da Silva
Recorrido: Ministério Público
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1 ____________________:
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.2 ____________________:
a. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
b. __________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. REQUERIMENTOS:
RECURSOS 69
c. Seja __________________ para o crime de ____________________
(art.______do CP), com a remessa dos autos para o juízo competente
(art._______do CPP);
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 70
3. AGRAVO EM EXECUÇÃO
Caso 27. - PEÇA- Armandinho, primário, foi preso em flagrante em Curitiba, pois
transportava em sua camionete Pônei Turbo 4.1 setenta quilos de maconha. Após 1
ano sem conseguir a liberdade, Armandinho foi condenado por sentença transitada
em julgado em incurso no art.33 da Lei nº11.343/2006 a uma pena de 5 anos de
reclusão a serem cumpridos em regime inicialmente fechado. Após 1 ano e 2 meses
do início da pena, o advogado de Armandinho requereu a progressão para o regime
semi-aberto, já que o apenado sempre ostentou bom comportamento carcerário. O
magistrado da 1a vara competente, negou o pedido nos seguintes termos: “Nego o
pedido, já que o requerente não preenche todos os requisitos do benefício. Intime-
se”. Como advogado constituído de Armandinho elabore a peça processual cabível.
RECURSOS 71
CASO 27 |GABARITO
Autos nº ...
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 72
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO _________
COLENDA CÂMARA CRIMINAL
EMINENTES DESEMBARGADORES
Autos nº...
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2.2__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. DOS REQUERIMENTOS:
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 73
4. OUTROS RECURSOS
Caso 28. - PEÇA- Carlos Oliveira foi denunciado e condenado em incurso no art.355
do Código Penal a uma pena 1 ano e 2 meses de detenção, a ser cumprida em
regime aberto. Intimado da sentença, o réu recorreu da condenação, sob os
fundamentos de que as provas colhidas na fase inquisitiva eram todas nulas, já que
obtidas por interceptação telefônica, e de que não houve dolo na conduta. O recurso
foi conhecido, mas julgado improcedente, por maioria dos votos. O voto divergente
foi no sentido de dar provimento à tese de nulidade do processo, já que todas as
provas derivaram da interceptação telefônica decretada pelo magistrado
competente para apurar a prática da conduta tipificada no art.355 do Código Penal.
Negou, no entanto, provimento às demais teses da defesa. Você, como advogado de
Carlos, foi intimado do acórdão proferido pela 44a Câmara Criminal do Tribunal de
Justiça do Estado do Paraná. Elabore a peça processual pertinente.
Caso 29. - PEÇA- Romero Alberto teve contra si decretada prisão preventiva pelo juiz
da 41.ª Vara Criminal da Comarca da Capital do Rio de Janeiro. Impetrado habeas
corpus para o tribunal competente, requerendo-se a concessão da ordem para que o
paciente fosse libertado, foi a ordem denegada por acórdão assim ementado:
“PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. GRAVIDADE ABSTRATA DO DELITO
SUFICIENTE PARA ENSEJAR A MEDIDA CAUTELAR. PELA DENEGAÇÃO.
1. A prisão preventiva é medida excepcional que, dentre outras funções, visa a
preservação da tranquilidade da sociedade. Assim, a prática de delito com pena tão
elevada (art.157§3º do CP) torna necessária a prisão cautelar do paciente. Pela
denegação da ordem. Publique-se”. Na qualidade do advogado, elabore a peça
processual cabível, considerando que a intimação do acórdão aconteceu no dia
27/01/2014 (segunda-feira).
Caso 30. - PEÇA- Carolina Halibin, foi denunciada em incurso no art.299, pois teria,
ao concluir o curso de Engenharia, inserido à caneta em seu diploma, mesmo ciente
da não veracidade dos dados, declaração de ter sido ela aprovada com a nota 1000
mil na disciplina de Cálculo Numérico. Ao longo do processo, as testemunhas
ouvidas afirmaram que tudo não passou de uma brincadeira. Carolina, em seu
interrogatório, disse que fez aquelas anotações em seu diploma, para tirar “sarro”
de suas colegas. Manifestadas as partes, a denúncia foi julgada procedente e
Carolina foi condenada a uma pena de liberdade de 1 ano de reclusão a ser cumprida
em regime aberto e multa fixada em 10 dias-multa, no valor de 1/30 (um trigésimo)
do salário mínimo cada. A pena privativa de liberdade foi substituída por uma pena
restritiva de direitos. A Defesa, então, recorreu da sentença, alegando que a conduta
era atípica, por falta de um dos elementos subjetivos do tipo. O recurso, por sua vez,
RECURSOS 74
foi julgado nos seguintes termos: “DECISÃO: ACORDAM os integrantes da 44a
Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, à unanimidade de
votos, em negar provimento ao recurso interposto por Carolina Halibin. EMENTA:
FALSIDADE IDEOLÓGICA. COMPROVAÇÃO DO DOLO. TIPICIDADE CONFIGURADA. 1. Para configurar a
tipicidade, é necessária a comprovação do elemento subjetivo que, no tipo do
art.299 do Código Penal Brasileiro, é composto apenas e tão somente pelo dolo; 2.
Consta nos autos que a recorrente confessou ter inserido declarações falsas em seu
diploma, ou seja, agiu com vontade consciente – configurando, assim, o necessário
dolo e, por conseguinte, a tipicidade da conduta praticada. Recurso conhecido e
improvido. Publique-se”. A defesa foi intimada da decisão. Como advogado da
acusada elabore a peça processual pertinente.
Caso 31. - QUESTÃO - François Du Pont foi denunciado em incurso no art.121, §2º, II
do Código Penal. Ao longo do processo, todas as testemunhas afirmaram que ele
apenas reagiu às agressões da vitima, Sérgio Converd, que o atacou com um canivete
automático (laudo da arma, fls). Foi dito pelas testemunhas, ainda, que o réu aplicou
um único golpe com um pedaço de pau na cabeça da vítima e fugiu. Em audiência, as
partes apresentaram suas alegações. O magistrado, então, pronunciou o réu pelo
art.121 do CP, pois entendeu que os motivos do crime não foram irrelevantes.
Publicada a decisão no dia 18/11/2011 (sexta-feira), a Defesa dela recorreu no dia
25/11/2011. A Defesa foi intimada da seguinte decisão: “Nego admissibilidade ao
recuso interposto pela defesa, pois: 1. é ele intempestivo, já que o último dia do
prazo foi no dia 23/11/2011; 2. Não há interesse recursal, na medida em que foi
desclassificado o delito imputado na denúncia para um de mais baixa lesividade e de
pena menor; Intime-se”. Qual é a peça cabível? Quais são as teses jurídicas
defensáveis?
b.__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
RECURSOS 75
CASO 28 |GABARITO
Autos nº...
____________: Carlos Oliveira
____________: Ministério Público
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 76
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARANÁ
COLENDA CÂMARA CRIMINAL EM COMPOSIÇÃO ____________________
EMINENTES DESEMBARGADORES
Autos nº ...
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. DOS REQUERIMENTOS:
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 77
CASO 29 |GABARITO
Autos nº...
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 78
EGRÉGIO __________________________________
COLENDA TURMA
EMINENTES MINISTROS
Autos nº...
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
2.1__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
3. DOS REQUERIMENTOS:
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 79
CASO 30|GABARITO
Autos nº...
____________: Carolina Halibin
____________: Ministério Público
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 80
EGRÉGIO __________________________________
COLENDA TURMA
EMINENTES MINISTROS
Autos nº...
____________: Carolina Halibin
____________: Ministério Público
1. DOS FATOS:
2. DO CABIMENTO:
3. DO DIREITO:
3.1.__________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
4. DOS REQUERIMENTOS:
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
RECURSOS 81
VIII
AÇÕES DE IMPUGNAÇÃO AUTÔNOMAS
Caso 32. - PEÇA- Robertinho, brasileiro, casado, nascido no dia 6 de julho de 1979, foi
denunciado com incurso nos artigos 121,§2º, inciso III, e 14, inciso II, do Código
Penal, pois teria, no dia 5 de julho de 2000, com a intenção de causar a morte da
vítima, inserido substância tóxica na bebida de Val. Os laudos periciais realizados na
fase inquisitiva concluíram que Val não sofreu qualquer consequência pela ingestão
da substância, já que esta era totalmente inofensiva. Dias depois do ocorrido, Val,
antes mesmo de ter se manifestado nos autos, faleceu em um acidente de trânsito e
nenhum de seus parentes foi localizado. Recebida a denúncia no dia 16 de janeiro de
2013, o réu foi citado e apresentou resposta à acusação. O magistrado da 1a Vara do
Tribunal Júri da Comarca X, fundamentadamente, não acatou nenhuma das teses de
defesa e designou a audiência de instrução e julgamento para o dia 6/01/2014.
Como advogado do réu, elabore a peça processual cabível para a defesa dos
interesses de Robertinho.
Caso 33. - PEÇA- José Antunes, funcionário do Banco do Brasil, moveu ação contra o
banco, em razão de descontos ilegais efetuados pela instituição em sua folha de
pagamento, no valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais). A ação foi julgada
procedente. A sentença transitou em julgado no dia 10 de março de 2012. Já na fase
de execução, após dois meses, no dia 11 de maio do mesmo ano, José, em virtude de
sua atividade no Banco do Brasil, recebera a quantia de R$ 2.500,00 (dois mil e
quinhentos reais) para o pagamento de serviços de manutenção do prédio onde o
banco estava instalado. Em posse do numerário, resolveu ficar com parte do
dinheiro, no valor exato de seu crédito, R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais),
utilizando o restante, R$ 1.000,00 (mil reais), para parcial pagamento dos referidos
serviços. Em 15 de junho de 2013, José foi denunciado como incurso no artigo 312,
“caput”, do Código Penal. A denúncia, após resposta apresentada pela defesa, foi
recebida em 20 de julho de 2013. Na instrução criminal, foram ouvidos funcionários
do banco que confirmaram o fato. José também confirmou o fato, dizendo, contudo,
que somente queria receber seu crédito para cobrir despesas pessoais e familiares.
Apresentadas as alegações finais, o MM. Juiz Federal da 1a Vara Criminal da
Subseção X condenou José pelo crime de peculato, fixando a pena privativa de
liberdade em 2 (dois) anos de reclusão, a ser cumprida em regime aberto, e a de
multa em 10 dias-multa, no valor de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo cada. A
pena privativa de liberdade foi substituída por duas penas restritivas de direitos. Não
houve fundamentação na fixação da pena. As partes, Ministério Público e acusado,
não apelaram. A decisão transitou em julgado no dia 08 de janeiro de 2014. Intimado
para o cumprimento das penas, José procurou um novo advogado para examinar sua
Autos nº...
Paciente:___________________
Autoridade coatora:___________________
1. DOS FATOS:
2. DO DIREITO:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3. DA LIMINAR:
4. DOS REQUERIMENTOS:
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
Autos nº...
1. SÍNTESE FÁTICA:
2. DO DIREITO:
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________
4. Por fim, que sejam reconhecidos os prejuízos causados pelo erro judicial ao
requerente e, por conseguinte, o direito a justa indenização que será, nos termos do
art.630 do Código de Processo Penal, oportunamente liquidada na esfera cível.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
ADVOGADO...
OAB...
Caso 34. - QUESTÃO - Romão foi denunciado pela prática do art.33 da Lei
nº11/343/2006. O magistrado, então, determinou a notificação do denunciado para
apresentar PEÇA 1. Após o devido processamento do caso penal, foi Romão
condenado, nos termos da denúncia.. Na sentença, no entanto, o magistrado deixou
de apreciar uma das teses da defesa. Após o julgamento da PEÇA2, foi suprida a
omissão, mas foi mantida a condenação. A defesa, então, interpôs PEÇA3, pleiteando
a nulidade da sentença por insuficiência de fundamentação e por não ter sido
respeitado a necessária correlação entre a denúncia e a sentença. Requereu, ainda,
a absolvição, haja vista a insignificância da conduta praticada, e, no caso de ser
mantida a condenação, foi requerida a reforma da decisão para a fixação da pena no
mínimo legal. O juiz a quo negou admissibilidade do recurso interposto. A Defesa,
então, interpôs PEÇA4. Quando do julgamento do recurso, a 44a Câmara Criminal
manteve a condenação. O desembargador X, no entanto, votou no sentido de ser
acatada a tese de fixação da pena no mínimo legal, negando provimento às demais
teses. Publicado o acórdão, a Defesa interpôs o PEÇA5, recurso este julgado
improcedente. Transitado em julgado a condenação, e apos cumprir parte da pena,
Romão requereu livramento condicional, requerimento este negado pelo magistrado
competente. A Defesa, então, interpôs PEÇA6. Diante do caso narrado, identifique
cada uma das peças abaixo relacionados:
Caso 36. - QUESTÃO - ROMEU, MARIA, KATIA e MARCOS associaram-se com o fim de
explorar em diversos municípios do Estado do Paraná jogo de azar. Eles poderão ser
condenados pelo art. 288 do CP?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
Caso 37. - QUESTÃO - Patrícia foi denunciada em incurso no art.124 do CP, pois teria
voluntariamente provocado a morte do feto. Ao longo da instrução processual, foi
juntado aos autos filmagens que provaram que Patrícia, na verdade, matou seu filho
logo após o parto. Após a apresentação dos memoriais, o magistrado pronunciou
Patrícia em incurso no art.123 (Infanticídio). Como advogado de Patrícia, aponte qual
é a peça e a tese jurídica para a defesa de seus interesses.
2. TESES JURÍDICAS:_______________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________
PRINCÍPIOS 89
XI
TEORIA DO CRIME
1. NEXO DE CAUSALIDADE
Caso 38. - QUESTÃO - (OAB UN. 2.2010) Pedro, almejando a morte de José, contra ele
efetua disparo de arma de fogo, acertando-o na região toráxica. José vem a falecer,
entretanto, não em razão do disparo recebido, mas porque, com intenção suicida,
havia ingerido dose letal de veneno momentos antes de sofrer a agressão, o que foi
comprovado durante instrução processual. Ainda assim, Pedro foi pronunciado nos
termos do previsto no artigo 121, caput, do Código Penal. Na condição de Advogado
de Pedro:
I. indique o recurso cabível;
II. o prazo de interposição;
III. a argumentação visando à melhoria da situação jurídica do defendido.
Indique, ainda, para todas as respostas, os respectivos dispositivos legais.
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_____________________________________________________________________
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ITEM PONTUAÇÃO
Recurso em sentido estrito (Art. 581, IV, CPP) 0,00 / 0,20
5 dias (Art. 586, CPP) 0,00 / 0,20
Consumado para tentado (Art. 13, CP) 0 / 0,2 / 0,4 / 0,6
GABARITO COMENTADO PELA FGV
(i) – Recurso em Sentido Estrito, nos termos do artigo 581, IV, do Código de Processo Penal. (0,2)
(ii) – 5 dias, nos termos do artigo 586, do Código de Processo Penal. (0,2)
(iii) – deveria ser requerida a desclassificação de crime consumado para tentado, já que a ação de Pedro não deu
origem a morte de José. Trata-se de hipótese de concausa absolutamente independente pré-existente. (0,4)
Artigo 13, do Código Penal. (0,2)
TEORIA DO CRIME 90
Caso 39. - QUESTÃO - João, com intenção de matar, efetua vários disparos de arma de
fogo contra Antônio, seu desafeto. Ferido, Antônio é internado em um hospital, no
qual vem a falecer, não em razão dos ferimentos, mas queimado em um incêndio
que destrói a enfermaria em que se encontrava. João praticou algum crime? Qual?
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Caso 40. - QUESTÃO - Tício, com a intenção de causar a morte de seu desafeto, coloca
veneno da comida de Mévio. Antes do veneno ter produzido qualquer efeito, o navio
no qual estavam os dois explodiu matando todos os passageiros. Tício foi o único
sobrevivente. Ticio praticou algum crime? Qual?
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TEORIA DO CRIME 91
apropriados e a fundamentação legal pertinente, responda: qual a tese defensiva
aplicável a Larissa?
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ITEM PONTUAÇÃO
1. Larissa agiu em erro de tipo essencial (0,30), nos termos do art. 20 caput do 0,00/0,30/0,45
CP (0,15).
Obs.1: a mera indicação de artigo não pontua.
Obs.2: teses contraditórias zeram a questão.
2. Desenvolvimento jurídico: faltava-lhe consciência de que praticava conduta descrita 0,00/0,40
em tipo penal OU não sabia que portava drogas, circunstância elementar do tipo
(0,40)
Obs.: somente será pontuado o desenvolvimento, se houver a correta
indicação do instituto aplicável ao caso.
3. Consequência: não houve dolo por parte de Larissa e, como o delito descrito no art. 0,00/0,40
33 da Lei n. 11.343/06 não admite a modalidade culposa, o fato é atípico (0,40).
Obs.: a mera indicação da consequência, dissociada da identificação do
instituto aplicável à espécie, não pontua
GABARITO COMENTADO PELA FGV
A questão pretende buscar do examinando conhecimento acerca do instituto do erro de tipo essencial, inclusive
para diferenciá-lo das demais modalidades de erro. Assim, para garantir pontuação, a resposta deverá trazer as
seguintes informações: a tese defensiva aplicável é a de que Larissa agiu em erro de tipo essencial incriminador,
instituto descrito no art. 20 caput do CP, pois desconhecia circunstância elementar descrita em tipo penal
incriminador. Ausente o elemento típico, qual seja, o fato de estar transportando drogas, faz com que, nos termos
do dispositivo legal, se exclua o dolo, mas permita-se a punição por crime culposo e, como o dispositivo legal do
art. 33 da Lei n. 11.343/06 não admite a modalidade culposa, o fato se tornaria atípico.
Ressalte-se que levando em conta que o Exame de Ordem busca o conhecimento técnico e acadêmico dos
examinandos, não serão pontuadas respostas que tragam teses contraditórias. Assim, a resposta indicativa de
qualquer outra espécie de erro (seja acidental, de tipo permissivo ou de proibição) implica na impossibilidade de
pontuação, estando, a questão, maculada em sua integralidade. Entende-se por tese contraditória aquelas que
elencam diversas modalidades de erro, ainda que uma delas seja a correta.
Também com o fim de privilegiar o raciocínio e a demonstração de conhecimento, a mera indicação da
consequência correta (atipicidade do fato), dissociada da argumentação pertinente e identificação do instituto
aplicável ao caso, não será passível de pontuação. Do mesmo modo, não será pontuada a mera indicação do
dispositivo legal, qual seja, o art. 20 caput do CP.
Caso 42. - QUESTÃO - (FGV - VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Carlos Alberto, jovem
recém-formado em Economia, foi contratado em janeiro de 2009 pela ABC
Investimentos S.A., pessoa jurídica de direito privado que tem como atividade
principal a captação de recursos financeiros de terceiros para aplicar no mercado de
TEORIA DO CRIME 92
valores mobiliários, com a função de assistente direto do presidente da companhia,
Augusto César. No primeiro mês de trabalho, Carlos Alberto foi informado de que
sua função principal seria elaborar relatórios e portfólios da companhia a serem
endereçados aos acionistas com o fim de informá-los acerca da situação financeira
da ABC. Para tanto, Carlos Alberto baseava-se, exclusivamente, nos dados
financeiros a ele fornecidos pelo presidente Augusto César. Em agosto de 2010, foi
apurado, em auditoria contábil realizada nas finanças da ABC, que as informações
mensalmente enviadas por Carlos Alberto aos acionistas da companhia eram falsas,
haja vista que os relatórios alteravam a realidade sobre as finanças da companhia,
sonegando informações capazes de revelar que a ABC estava em situação financeira
periclitante.
Considerando-se a situação acima descrita, responda aos itens a seguir, empregando
os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
b) Caso Carlos Alberto fosse denunciado por qualquer crime praticado no exercício
das suas funções enquanto assistente da presidência da ABC, que argumentos a
defesa poderia apresentar para o caso?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
ITEM PONTUAÇÃO
a) Sim, pois Augusto César agiu com dolo (0,25), sendo autor do crime 0 / 0,2 / 0,25 / 0,45
previsto no art. 6º da Lei 7.492/86 (0,2).
Obs.: A mera indicação de artigo não é pontuada
b) Poderia argumentar que não agiu com dolo, / agiu em erro de tipo 0 / 0,6 / 0,8
(0,6), nos termos do art. 20 caput OU art. 20, §2º, do CP. (0,2).
Obs.: A mera indicação do artigo não é pontuada.
GABARITO COMENTADO PELA FGV
a) Sim, pois Augusto César agiu com dolo preordenado, sendo autor mediato do crime previsto no artigo 6º da Lei
7.492/86.
b) Poderia argumentar que Carlos Alberto não agiu com dolo, uma vez que recebera informações erradas. Agiu,
portanto, em hipótese de erro de tipo essencial invencível/escusável, com base no art. 20, caput, OU art. 20, §2º,
do CP.
TEORIA DO CRIME 93
Caso 43. - QUESTÃO - Consta do incluso procedimento investigatório que JUCA PIRILO
dirigiu-se à humilde residência de A. B. C., menor com 13 anos de idade, e com ela
praticou conjunção carnal. Foi, então, surpreendido pelo irmão de A. B. C., que
começou a gritar acordando a mãe que dormia no quarto ao lado, acionando,
imediatamente, a autoridade policial. Ali chegando os policiais não lograram êxito
em efetuar a prisão em flagrante-delito. Da análise dos autos pode-se observar que
no interrogatório inquisitorial e em juízo JUCA PIRILO afirma que A.B.C., moça alta,
bonita e de compleição física madura, havia lhe afirmado que estava fazendo
cursinho preparatório para o vestibular. Estas declarações são reforçadas por duas
testemunhas que afirmaram que A. B. C. tinha até uma carteirinha de estudante do
cursinho. Praticou Juca algum crime?
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Caso 44. - QUESTÃO - TOBIAS aceitou entregar um pacote com 5kg de maconha. No
meio do trajeto foi ele parado em uma barreira policial e verificou-se que estava ele
transportando, na realidade, 5kg de cocaína. TOBIAS foi preso em flagrante. Praticou
TOBIAS algum crime? Qual?
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TEORIA DO CRIME 94
Caso 45. - QUESTÃO - Themis, grávida de 8 meses, ingere substância abortiva,
supondo que estava tomando um calmante, o que causou a morte do feto. Praticou
THEMIS algum crime? Qual?
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Caso 46. - QUESTÃO - Carla foi violentada por diversas vezes por Pedro. Breno, pai de
Carla, alguns dias após a identificação do criminoso e totalmente transtornado com
o ocorrido, ficou escondido em uma árvore, esperando Pedro passar. Quando esse
chegou, Breno mirou na cabeça da vítima e efetuou um disparo certeiro. Para sua
surpresa e tristeza, no entanto, a pessoa atingida não era Pedro, mas sim Paulo, seu
próprio pai. O Ministério Público, na fase dos memoriais, requereu a condenação de
Breno em incurso no art.121 §2º, IV, c/c 61, II, “e” do CP. Quais são as teses
defensivas cabíveis?
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Caso 47. - QUESTÃO - Osvaldo, desejando matar, disparou seu revólver contra
Arnaldo, que, em razão do susto, desmaiou. Osvaldo, acreditando piamente que
Arnaldo estava morto, colocou-o em uma cova rasa que já havia cavado, enterrando-
o, vindo a vítima a efetivamente morrer, em face da asfixia. Osvaldo praticou algum
crime? Fundamente sua resposta
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TEORIA DO CRIME 95
Caso 48. - QUESTÃO - João teve seu carro roubado em Curitiba. Dias depois, Antunes,
policial militar, entrou em contado e lhe comunicou que o carro havia sido
apreendido em uma operação realizada em Foz do Iguaçu. No mesmo dia João foi
até Foz do Iguaçu para buscar o veículo. Em posse do bem, João voltou para Curitiba,
quando foi parado pela Polícia Rodoviária Federal, em operação de rotina. Foi
achado, então, 10 Kg de cocaína, dentro da lataria do veículo. João foi preso em
flagrante. Ao longo da investigação, concluiu-se que Antunes havia colocado a droga
na lataria para fazer com que João a transportasse para a cidade de Curitiba.
Praticou JOÃO algum crime? Qual?
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Caso 49. - QUESTÃO - (OAB UN. 2.2010) Aurélio, tentando defender-se da agressão a
faca perpetrada por Berilo, saca de seu revólver e efetua um disparo contra o
agressor. Entretanto, o disparo efetuado por Aurélio ao invés de acertar Berilo,
atinge Cornélio, que se encontrava muito próximo de Berilo. Em consequência do
tiro, Cornélio vem a falecer. Aurélio é acusado de homicídio. Na qualidade de
advogado de Aurélio indique a tese de defesa que melhor se adequa ao fato.
Justifique sua resposta.
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ITEM PONTUAÇÃO
Legítima Defesa (Art. 25, CP) (Fundamentação) 0 / 0,5
Erro na execução (Art. 73, CP) (Fundamentação) 0 / 0,5
GABARITO COMENTADO PELA FGV
Trata-se o presente caso de um erro na execução (art. 73 do CP, 1ª parte), atendendo-se, conforme o citado
artigo, ao disposto no parágrafo 3º do artigo 20 do Código Penal. Por outro lado verifica-se que Aurélio ao efetuar
o disparo agiu em legítima defesa (art. 25 do CP) própria e real. Entretanto, por um erro acertou pessoa diversa
(Cornélio) do agressor (Berilo). Mesmo assim, não fica afastada a legítimadefesa posto que de acordo com o art.
20 § 3º do CP “não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra
quem o agente queria praticar o crime”. Levando-se, ainda, em consideração o fato de que Aurélio agiu em defesa
de uma agressão injusta e atual, utilizando-se, ainda, dos meios necessários e que dispunha para se defender.
TEORIA DO CRIME 96
Caso 50. - QUESTÃO - Pedro, pessoa de pouca cultura, supondo que a eutanásia é
permitida, mata Kátia, pessoa gravemente enferma, a seu pedido, para livrá-la de
mal incurável.
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TEORIA DO CRIME 97
camisa, momento em que achou que Tício estava prestes a sacar uma arma de fogo
para vitimá-lo. Em razão disso, Caio imediatamente muniu-se de uma faca que
estava sobre o balcão do bar e desferiu um golpe no abdome de Tício, o qual veio a
falecer. Após análise do local por peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil,
descobriu-se que Tício estava tentando apenas pegar o maço de cigarros que estava
no cós de sua calça.
Considerando a situação acima, responda aos itens a seguir, empregando os
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso.
a) Levando-se em conta apenas os dados do enunciado, Caio praticou crime? Em
caso positivo, qual? Em caso negativo, por que razão?
b) Supondo que, nesse caso, Caio tivesse desferido 35 golpes na barriga de Tício,
como deveria ser analisada a sua conduta sob a ótica do Direito Penal?
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ITEM PONTUAÇÃO
a) Não, pois atuou sob o manto de descriminante putativa, uma vez que 0 / 0,5 / 0,65
supôs estar em situação de legítima defesa, (0,5) nos termos do artigo 20,
§1º, do CP (0,15).
Obs.: A mera indicação do artigo não é pontuada.
b) Ainda que tenha procurado se defender de agressão que imaginou 0 / 0,45 / 0,6
estar em vias de ocorrer, Caio agiu em excesso doloso (0,45), na forma do
artigo 23, parágrafo único, do CP (0,15).
GABARITO COMENTADO PELA FGV
a) Não, pois atuou sob o manto de descriminante putativa, instituto previsto no art. 20, parágrafo 1º do CP, uma
vez que supôs, com base em fundado receio, estar em situação de legítima defesa. Como se limitou a dar uma
facada, a sua reação foi moderada, não havendo que se falar em punição por excesso.
b) Ainda que tenha procurado se defender de agressão que imaginou estar em vias de ocorrer, Caio agiu em
excesso doloso, devendo, portanto, responder por homicídio doloso, na forma do artigo 23, parágrafo único, do
CP.
TEORIA DO CRIME 98
3. TENTATIVA
ITEM PONTUAÇÃO
A) Não, pois Wilson será beneficiado pelo instituto do arrependimento eficaz, (0,35) 0,00/0,30/0,35/0,65
de modo que somente responderá pelos atos praticados OU somente responderá por
lesões corporais graves (0,30).
B) Como não houve eficácia no arrependimento OU como não houve atendimento à 0,00/0,30/0,60
exigência do Art. 15, CP (0,30), Wilson deverá responder pelo resultado morte OU
deverá responder pelo crime de homicídio doloso consumado (0,30).
GABARITO COMENTADO PELA FGV
A. Não, pois Wilson será beneficiado pelo instituto do arrependimento eficaz, previsto na parte final do Art. 15 do
Código Penal. Assim, somente responderá pelos atos praticados, no caso, as lesões corporais graves sofridas por
Júnior.
Obs.: A mera indicação de artigo legal não garante atribuição de pontos. Também não serão pontuadas respostas
contraditórias.
B. Nesse caso, como não houve eficácia no arrependimento, o que é exigido pelo Art. 15, do Código Penal, Wilson
deverá responder pelo resultado morte, ou seja, deverá responder pelo delito de homicídio doloso consumado.
TEORIA DO CRIME 99
4. CONCURSO DE AGENTES
ITEM PONTUAÇÃO
a) Resposta à acusação (0,1), no prazo de 10 dias (art. 406 do CPP) (0,1), endereçada 0 / 0,1 / 0,2 / 0,3
ao Juiz da Vara Criminal / do Júri (0,1).
OU
Habeas Corpus para extinção da ação penal (0,1); que não possui prazo determinado
(0,1); endereçado ao Tribunal de Justiça (0,1).
b) Legítima defesa (0,3). Não houve excesso, pois a conduta de José configurava 0 / 0,2 / 0,3 / 0,5
injusta agressão e atentava contra a vida de Luiz (OU fundamentação jurídica da
legítima defesa) (0,2).
Obs.: A mera indicação de artigo não é pontuada.
c) Não praticou crime (0,2), pois, de acordo com a Teoria da Acessoriedade Limitada, 0 / 0,2 / 0,25 / 0,45
o partícipe somente poderá ser punido se o agente praticar conduta típica e ilícita, o
que não foi o caso, já que Luiz agiu amparado por uma causa excludente de ilicitude
(0,25).
OU
Não havia liame subjetivo entre Hugo e Luiz (0,2), razão pela qual Hugo não poderia
ser considerado partícipe (0,25).
TEORIA DO CRIME 10
0
GABARITO COMENTADO PELA FGV
a) Resposta à acusação, no prazo de 10 dias (art. 406 do CPP), endereçada ao juiz presidente do Tribunal do Júri.
OU
Habeas Corpus para extinção da ação penal; ação penal autônoma de impugnação que não possui prazo
determinado; endereçado ao Tribunal de Justiça Estadual.
b) A tese defensiva aplicada a Luiz é a da legítima defesa real, instituto previsto no art. 25 do CP, cuja natureza é
de causa excludente de ilicitude. Não houve excesso, pois a conduta de José (que mirava com o facão na cabeça
do Luiz) configurava injusta agressão e claramente atentava contra a vida de Luiz.
c) Hugo não praticou fato típico, pois, de acordo com a Teoria da Acessoriedade Limitada, o partícipe somente
poderá ser punido se o agente praticar conduta típica e ilícita, o que não foi o caso, já que Luiz agiu amparado por
uma causa excludente de ilicitude, qual seja, legítima defesa (art. 25 do CP).
OU
Não havia liame subjetivo entre Hugo e Luiz, requisito essencial ao concurso de pessoas, razão pela qual Hugo não
poderia ser considerado partícipe.
ITEM PONTUAÇÃO
A) Não, pois o auxílio foi proposto após a consumação do crime de furto (0,75) OU 0,00/0,75
Não, pois inexistente liame subjetivo e identidade da infração penal entre ambos
(0,75)
B) Favorecimento real OU praticou o delito descrito no Art. 349, do CP (0,50). 0,00/0,50
GABARITO COMENTADO PELA FGV
A. Não há concurso de agentes, pois o auxílio foi proposto após a consumação do crime de furto. Assim, não
estão presentes os requisitos necessários à configuração do concurso de agentes, mormente liame subjetivo e
identidade da infração penal.
B. Favorecimento real (Art. 349, do CP).
Obs.: Respostas contraditórias não serão pontuadas
TEORIA DO CRIME 10
1
XII
PRESCRIÇÃO
Caso 56. - QUESTÃO - Pereira, nascido em 02/02/1984, foi denunciado em incurso no
art. 157 do Código Penal, pois fora ele que, em tese, no dia 3/03/2004, subtraiu
mediante grave ameaça o veículo de Joaquim. Foi ele denunciado no dia 05/02/2012
e a acusação foi recebida pelo Juiz da 1ª Vara Criminal em 17/03/2012. No dia
21/03/2012, ele foi citado. Qual é a tese de defesa?
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PRESCRIÇÃO 102
Caso 57. - QUESTÃO - Carlos foi denunciado em incurso no art.213 do Código Penal. A
denúncia foi recebida pelo Juiz da 2ª Vara Criminal em 20/08/1999. Após a instrução
processual, Carlos foi, em 01/02/2012, condenado a 6 anos de reclusão. A sentença
transitou em julgado para acusação. No dia 24/03/2012, ele foi intimado da
sentença condenatória. Qual é a tese de defesa?
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Caso 58. - QUESTÃO - Katia foi denunciada em incurso no art. 155 do Código Penal,
pois fora ela que, no dia 20/08/1998, subtraiu celular de Rodolf. A denúncia foi
recebida pelo Juiz da 1ª Vara Criminal em 20/08/1999 Após a instrução processual,
Katia foi, em 20/08/2000, condenada a 3 ANOS DE DETENÇÃO. A sentença transitou
em julgado para acusação. A apelação interposta pela defesa foi julgada
improcedente. O acórdão foi publicado em 20/08/2009. Qual é a tese de defesa?
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Caso 59. - QUESTÃO - Ramon, nascido no dia 25/03/1941, foi denunciado em incurso
no art.155 c/c art.71 do Código Penal. A denúncia foi recebida no 23/03/2010. No
dia 27/04/2011, foi publicada sentença que condenou Ramon a uma pena de 4 anos.
Apenas a Defesa recorreu e no dia 10/12/2011, o Tribunal de Justiça anulou a
r.sentença, haja vista a existência de diversos vícios existentes no ato. Em
29/03/2012, foi proferira nova sentença que condenou Ramon a uma pena de 1
ANOS E 9 MESES, acrescido de 4 meses, pela continuidade delitiva, totalizando 2
ANOS 1 MÊS DE RECLUSÃO. Apenas a Defesa recorreu da decisão. Qual é a tese de
defesa?
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PRESCRIÇÃO 103
Caso 60. - QUESTÃO - Kátia foi condenada a 7 anos de reclusão, pela prática da
conduta descrita no art.158 do CP. A sentença transitou em julgado em 18/07/1998.
Depois de um ano, iniciou a execução da pena. Após cumprir 4 anos de pena, Kátia,
no dia 25/10/2003, fugiu do estabelecimento prisional e só foi recapturada em
30/10/2011. Qual é a tese de defesa?
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PRESCRIÇÃO 104
Caso 61. - QUESTÃO - (FGV – VIII EO Unificado) João foi denunciado pela prática do
delito previsto no art. 299 caput e parágrafo único do Código Penal. A inicial
acusatória foi recebida em 30/10/2000 e o processo teve seu curso normal. A
sentença penal, publicada em 29/07/2005, condenou o réu à pena de 01 (um) ano,
11 (onze) meses e 10 (dez) dias de reclusão, em regime semi-aberto, mais
pagamento de 16 (dezesseis) dias-multa. Irresignada, somente a defesa interpôs
apelação. Todavia, o Egrégio Tribunal de Justiça negou provimento ao apelo, ao
argumento de que não haveria que se falar em extinção da punibilidade pela
prescrição, haja vista o fato de que o réu era reincidente, circunstância devidamente
comprovada mediante certidão cartorária juntada aos autos. Nesse sentido,
considerando apenas os dados narrados no enunciado, responda aos itens a seguir.
ITEM PONTUAÇÃO
A) Sim, resta configurada a prescrição da pretensão punitiva retroativa. (0,75) 0,00/0,75
Obs.: A indicação de espécie distinta de prescrição macula a integralidade do item
“A”.
B) Não, o referido dispositivo somente é aplicado em se tratando de prescrição da 0,00/0,50
pretensão executória. (0,50)
OU
Não, conforme o verbete 220 da Súmula do STJ. (0,50)
GABARITO COMENTADO PELA FGV
A questão visa obter do examinando o conhecimento acerca da extinção da punibilidade pela prescrição. Desta
forma, para obtenção da pontuação relativa ao item “A”, o examinando deve indicar que a punibilidade do réu
está extinta com base na prescrição da pretensão punitiva retroativa, pois entre a data do recebimento da
denúncia e a data da publicação da sentença condenatória transcorreu lapso de tempo superior a quatro anos.
PRESCRIÇÃO 105
Cumpre destacar que tal modalidade de prescrição é a única que se coaduna com o caso apresentado pelos
seguintes fatos:
i. tendo havido o trânsito em julgado para a acusação (pois somente a defesa interpôs recurso de apelação), deve
ser considerado o quantum de pena aplicada por ocasião da sentença condenatória, ou seja, 01 (um) ano, 11
(onze) meses e 10 (dez) dias de reclusão, não podendo esta ser majorada por força do princípio que impede a sua
reforma para pior (non reformatio in pejus). Assim, o prazo prescricional é de 4 (quatro) anos, conforme artigos
107, inciso IV, c/c 109, inciso V e 110, § 1º, todos do CP;
ii. considerando apenas os dados narrados no enunciado, os únicos marcos interruptivos da prescrição, segundo o
art. 117 do CP, são o recebimento da denúncia (30/10/2000) e a publicação da sentença penal condenatória
(29/07/2005).
Assim, com base na pena aplicada na sentença (com trânsito em julgado para o Ministério Público), retroagindo-se
ao primeiro marco interruptivo narrado pela questão (recebimento da denúncia), observa-se que entre este e
o segundo marco interruptivo (publicação da sentença condenatória), transcorreu lapso temporal maior do que
quatro anos, com a consequente prescrição da pretensão punitiva.
Ressalte-se que justamente pela objetividade do item “A”, e por não ter havido o trânsito em julgado para ambas
as partes, a indicação de espécie distinta de prescrição, que não a punitiva, macula a integralidade da resposta e
impede a atribuição de pontuação. Não há que se falar, no caso em comento, em prescrição da pretensão
executória.
Em relação ao item “B” o examinando, para fazer jus à pontuação respectiva, deve responder que o disposto no
art. 110, caput, do CP não é aplicável ao caso narrado, pois tal artigo somente é aplicado em se tratando de
prescrição da pretensão executória. Como o caso apresentado demonstra a ocorrência da prescrição da pretensão
punitiva, não há que se falar no aumento de 1/3 (um terço) no prazo prescricional. Este entendimento é
corroborado pelo verbete 220 da Súmula do STJ ao afirmar que “a reincidência não influi no prazo da prescrição
da pretensão punitiva”.
PRESCRIÇÃO 106
PRINCIPAIS SÚMULAS STJ & STF
Em praticamente TODOS os Exames realizados, há a cobrança de uma ou mais súmulas do Supremo Tribunal Federal ou Superior Tribunal de
Justiça. Assim, para aprimorar ainda mais a sua preparação, foram separadas as principais1 súmulas de cada uma das matérias.
I
PROCESSO PENAL
1. INQUÉRITO
INQUÉRITO POLICIAL
Vinculante É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado
STF
nº 14 por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
ARQUIVADO O INQUÉRITO POLICIAL, POR DESPACHO DO JUIZ, A REQUERIMENTO DO PROMOTOR DE JUSTIÇA, NÃO PODE A AÇÃO PENAL SER INICIADA, SEM
STF 524 NOVAS PROVAS.
STJ 234 A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
1
Foram selecionadas as principais súmulas, ou seja, existem outras que, por mais que não tenham sido consideradas nesse material, podem ser cobradas no Exame.
AÇÃO PENAL
CONSTITUI NULIDADE A FALTA DE INTIMAÇÃO DO DENUNCIADO PARA OFERECER CONTRA-RAZÕES AO RECURSO INTERPOSTO DA REJEIÇÃO DA DENÚNCIA, NÃO
STF 707
A SUPRINDO A NOMEAÇÃO DE DEFENSOR DATIVO.
SALVO QUANDO NULA A DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU, O ACÓRDÃO QUE PROVÊ O RECURSO CONTRA A REJEIÇÃO DA DENÚNCIA VALE, DESDE LOGO, PELO
STF 709
RECEBIMENTO DELA.
É CONCORRENTE A LEGITIMIDADE DO OFENDIDO, MEDIANTE QUEIXA, E DO MINISTÉRIO PÚBLICO, CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO, PARA A
STF 714
AÇÃO PENAL POR CRIME CONTRA A HONRA DE SERVIDOR PÚBLICO EM RAZÃO DO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES.
STF 608 NO CRIME DE ESTUPRO, PRATICADO MEDIANTE VIOLÊNCIA REAL, A AÇÃO PENAL É PÚBLICA INCONDICIONADA.
3. COMPETÊNCIA
COMPETÊNCIA
STF 498 COMPETE À JUSTIÇA DOS ESTADOS, EM AMBAS AS INSTÂNCIAS, O PROCESSO E O JULGAMENTO DOS CRIMES CONTRA A ECONOMIA POPULAR.
SALVO OCORRÊNCIA DE TRÁFICO PARA O EXTERIOR, QUANDO, ENTÃO, A COMPETÊNCIA SERÁ DA JUSTIÇA FEDERAL, COMPETE À JUSTIÇA DOS ESTADOS O
STF 522
PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES RELATIVOS A ENTORPECENTES.
STF 603 A COMPETÊNCIA PARA O PROCESSO E JULGAMENTO DE LATROCÍNIO É DO JUIZ SINGULAR E NÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI.
COMPETÊNCIA CONFORME A MATÉRIA
STF 611 TRANSITADA EM JULGADO A SENTENÇA CONDENATÓRIA, COMPETE AO JUÍZO DAS EXECUÇÕES A APLICAÇÃO DE LEI MAIS BENIGNA.
COMPETE À JUSTIÇA FEDERAL COMUM PROCESSAR E JULGAR CIVIL DENUNCIADO PELOS CRIMES DE FALSIFICAÇÃO E DE USO DE DOCUMENTO FALSO QUANDO
Vinculante
STF SE TRATAR DE FALSIFICAÇÃO DA CADERNETA DE INSCRIÇÃO E REGISTRO (CIR) OU DE CARTEIRA DE HABILITAÇÃO DE AMADOR (CHA), AINDA QUE EXPEDIDAS
nº 36
PELA MARINHA DO BRASIL.
COMPETE A JUSTIÇA ESTADUAL COMUM, NA VIGENCIA DA CONSTITUIÇÃO DE 1988, O PROCESSO POR CONTRAVENÇÃO PENAL, AINDA QUE PRATICADA EM
STJ 38
DETRIMENTO DE BENS, SERVIÇOS OU INTERESSE DA UNIÃO OU DE SUAS ENTIDADES.
COMPETE A JUSTIÇA COMUM ESTADUAL PROCESSAR E JULGAR AS CAUSAS CIVEIS EM QUE E PARTE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E OS CRIMES PRATICADOS
STJ 42
EM SEU DETRIMENTO.
COMPETE A JUSTIÇA ESTADUAL PROCESSAR E JULGAR O CRIME DE FALSA ANOTAÇÃO NA CARTEIRA DE TRABALHO E PREVIDENCIA SOCIAL, ATRIBUIDO A
STJ 62
EMPRESA PRIVADA
COMPETE A JUSTIÇA ESTADUAL O PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES DE FALSIFICAÇÃO E USO DE DOCUMENTO FALSO RELATIVO A ESTABELECIMENTO
STJ 104
PARTICULAR DE ENSINO.
STF 451 A COMPETÊNCIA ESPECIAL POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO NÃO SE ESTENDE AO CRIME COMETIDO APÓS A CESSAÇÃO DEFINITIVA DO EXERCÍCIO FUNCIONAL.
A COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PARA JULGAR PREFEITOS RESTRINGE-SE AOS CRIMES DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL; NOS
STF 702
DEMAIS CASOS, A COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA CABERÁ AO RESPECTIVO TRIBUNAL DE SEGUNDO GRAU.
NÃO VIOLA AS GARANTIAS DO JUIZ NATURAL, DA AMPLA DEFESA E DO DEVIDO PROCESSO LEGAL A ATRAÇÃO POR CONTINÊNCIA OU CONEXÃO DO PROCESSO
STF 704
DO CO-RÉU AO FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO DE UM DOS DENUNCIADOS.
Vinculante A COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DO TRIBUNAL DO JÚRI PREVALECE SOBRE O FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO ESTABELECIDO EXCLUSIVAMENTE PELA
STF
nº 45 CONSTITUIÇÃO ESTADUAL.
STJ 208 COMPETE A JUSTIÇA FEDERAL PROCESSAR E JULGAR PREFEITO MUNICIPAL POR DESVIO DE VERBA SUJEITA A PRESTAÇÃO DE CONTAS PERANTE ORGÃO FEDERAL.
STJ 209 COMPETE A JUSTIÇA ESTADUAL PROCESSAR E JULGAR PREFEITO POR DESVIO DE VERBA TRANSFERIDA E INCORPORADA AO PATRIMONIO MUNICIPAL.
PROCEDIMENTOS
REUNIDOS OS PRESSUPOSTOS LEGAIS PERMISSIVOS DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO, MAS SE RECUSANDO O PROMOTOR DE JUSTIÇA A PROPÔ-LA,
STF 696
O JUIZ, DISSENTINDO, REMETERÁ A QUESTÃO AO PROCURADOR-GERAL, APLICANDO-SE POR ANALOGIA O ART. 28 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.
NÃO SE ADMITE A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO POR CRIME CONTINUADO, SE A SOMA DA PENA MÍNIMA DA INFRAÇÃO MAIS GRAVE COM O
STF 723
AUMENTO MÍNIMO DE UM SEXTO FOR SUPERIOR A UM ANO.
STJ 536 A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO E A TRANSAÇÃO PENAL NÃO SE APLICAM NA HIPÓTESE DE DELITOS SUJEITOS AO RITO DA LEI MARIA DA PENHA.
O BENEFÍCIO DA SUSPENSÃO DO PROCESSO NÃO É APLICÁVEL EM RELAÇÃO ÀS INFRAÇÕES PENAIS COMETIDAS EM CONCURSO MATERIAL, CONCURSO FORMAL
JECRIM STJ 243 OU CONTINUIDADE DELITIVA, QUANDO A PENA MÍNIMA COMINADA, SEJA PELO SOMATÓRIO, SEJA PELA INCIDÊNCIA DA MAJORANTE, ULTRAPASSAR O LIMITE
DE UM (01) ANO.
STJ 337 É CABÍVEL A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO NA DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME E NA PROCEDÊNCIA PARCIAL DA PRETENSÃO PUNITIVA.
STJ 203 NÃO CABE RECURSO ESPECIAL CONTRA DECISÃO PROFERIDA POR ÓRGÃO DE SEGUNDO GRAU DOS JUIZADOS ESPECIAIS
STJ 376 COMPETE A TURMA RECURSAL PROCESSAR E JULGAR O MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO DE JUIZADO ESPECIAL.
A HOMOLOGAÇÃO DA TRANSAÇÃO PENAL PREVISTA NO ARTIGO 76 DA LEI 9.099/1995 NÃO FAZ COISA JULGADA MATERIAL E, DESCUMPRIDAS SUAS CLÁUSULAS,
Vinculante
STF RETOMA-SE A SITUAÇÃO ANTERIOR, POSSIBILITANDO-SE AO MINISTÉRIO PÚBLICO A CONTINUIDADE DA PERSECUÇÃO PENAL MEDIANTE OFERECIMENTO DE
nº 35
DENÚNCIA OU REQUISIÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL.
STF 156 É ABSOLUTA A NULIDADE DO JULGAMENTO, PELO JÚRI, POR FALTA DE QUESITO OBRIGATÓRIO.
STF 206 É NULO O JULGAMENTO ULTERIOR PELO JÚRI COM A PARTICIPAÇÃO DE JURADO QUE FUNCIONOU EM JULGAMENTO ANTERIOR DO MESMO PROCESSO.
STF 712 É NULA A DECISÃO QUE DETERMINA O DESAFORAMENTO DE PROCESSO DA COMPETÊNCIA DO JÚRI SEM AUDIÊNCIA DA DEFESA.
TRIBUNAL DO JÚRI
STF 713 O EFEITO DEVOLUTIVO DA APELAÇÃO CONTRA DECISÕES DO JÚRI É ADSTRITO AOS FUNDAMENTOS DA SUA INTERPOSIÇÃO.
STJ 21 PRONUNCIADO O REU, FICA SUPERADA A ALEGAÇÃO DO CONSTRANGIMENTO ILEGAL DA PRISÃO POR EXCESSO DE PRAZO NA INSTRUÇÃO.
STJ 191 A PRONUNCIA E CAUSA INTERRUPTIVA DA PRESCRIÇÃO, AINDA QUE O TRIBUNAL DO JURI VENHA A DESCLASSIFICAR O CRIME.
FUNC PUB STj 330 É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial.
CITAÇÃO E INTIMAÇÃO
PRECATÓRIA STJ 273 Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se desnecessária intimação da data da audiência no juízo deprecado.
STF 351 É NULA A CITAÇÃO POR EDITAL DE RÉU PRESO NA MESMA UNIDADE DA FEDERAÇÃO EM QUE O JUIZ EXERCE A SUA JURISDIÇÃO.
NÃO É NULA A CITAÇÃO POR EDITAL QUE INDICA O DISPOSITIVO DA LEI PENAL, EMBORA NÃO TRANSCREVA A DENÚNCIA OU QUEIXA, OU NÃO RESUMA OS
STF 366
FATOS EM QUE SE BASEIA.
EDITAL
STJ 415 O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena cominada.
A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no art. 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o
STJ 455
mero decurso do tempo
6. PROVAS
PROVAS
A decisão que determina a produção antecipada de provas com base no art. 366 do CPP deve ser concretamente fundamentada, não a justificando unicamente o
ANTECIPADA STJ 455
mero decurso do tempo
DOCUMENTAL STJ 74 PARA EFEITOS PENAIS, O RECONHECIMENTO DA MENORIDADE DO REU REQUER PROVA POR DOCUMENTO HABIL.
7. SENTENÇA
SENTENÇA
NÃO SE APLICAM À SEGUNDA INSTÂNCIA O ART. 384 E PARÁGRAFO ÚNICO DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, QUE POSSIBILITAM DAR NOVA DEFINIÇÃO
MUTATIO LIBELLI STF 453
JURÍDICA AO FATO DELITUOSO, EM VIRTUDE DE CIRCUNSTÂNCIA ELEMENTAR NÃO CONTIDA, EXPLÍCITA OU IMPLICITAMENTE, NA DENÚNCIA OU QUEIXA.
PERDÃO STJ 18 A SENTENÇA CONCESSIVA DO PERDÃO JUDICIAL E DECLARATORIA DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE, NÃO SUBSISTINDO QUALQUER EFEITO CONDENATORIO.
CONDENATÓRIA STJ 186 NAS INDENIZAÇÕES POR ATO ILICITO, OS JUROS COMPOSTOS SOMENTE SÃO DEVIDOS POR AQUELE QUE PRATICOU O CRIME.
SUJEITOS PROCESSUAIS
MP STJ 234 A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia.
NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICIÊNCIA SÓ O ANULARÁ SE HOUVER PROVA DE PREJUÍZO PARA O
ADV STF 523
RÉU.
O ASSISTENTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO PODE RECORRER, INCLUSIVE EXTRAORDINARIAMENTE, NA AÇÃO PENAL, NOS CASOS DOS ARTS. 584, § 1º, E 598 DO
STF 210
ASSISTENTE CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.
STF 448 O PRAZO PARA O ASSISTENTE RECORRER, SUPLETIVAMENTE, COMEÇA A CORRER IMEDIATAMENTE APÓS O TRANSCURSO DO PRAZO DO MINISTÉRIO PÚBLICO.
9. RECURSOS
RECURSOS
É NULA A DECISÃO DO TRIBUNAL QUE ACOLHE, CONTRA O RÉU, NULIDADE NÃO ARGÜIDA NO RECURSO DA ACUSAÇÃO, RESSALVADOS OS CASOS DE RECURSO
STF 160
DE OFÍCIO.
QUANDO A INTIMAÇÃO TIVER LUGAR NA SEXTA-FEIRA, OU A PUBLICAÇÃO COM EFEITO DE INTIMAÇÃO FOR FEITA NESSE DIA, O PRAZO JUDICIAL TERÁ INÍCIO NA
STF 310
SEGUNDA-FEIRA IMEDIATA, SALVO SE NÃO HOUVER EXPEDIENTE, CASO EM QUE COMEÇARÁ NO PRIMEIRO DIA ÚTIL QUE SE SEGUIR.
TEORIA GERAL DOS
NO PROCESSO PENAL, CONTAM-SE OS PRAZOS DA DATA DA INTIMAÇÃO, E NÃO DA JUNTADA AOS AUTOS DO MANDADO OU DA CARTA PRECATÓRIA OU DE
RECURSOS STF 710
ORDEM.
STF 431 É NULO O JULGAMENTO DE RECURSO CRIMINAL, NA SEGUNDA INSTÂNCIA, SEM PRÉVIA INTIMAÇÃO, OU PUBLICAÇÃO DA PAUTA, SALVO EM "HABEAS CORPUS".
STF 525 A MEDIDA DE SEGURANÇA NÃO SERÁ APLICADA EM SEGUNDA INSTÂNCIA, QUANDO SÓ O RÉU TENHA RECORRIDO.
STJ 347 O conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão.
STF 448 O PRAZO PARA O ASSISTENTE RECORRER, SUPLETIVAMENTE, COMEÇA A CORRER IMEDIATAMENTE APÓS O TRANSCURSO DO PRAZO DO MINISTÉRIO PÚBLICO.
A RENÚNCIA DO RÉU AO DIREITO DE APELAÇÃO, MANIFESTADA SEM A ASSISTÊNCIA DO DEFENSOR, NÃO IMPEDE O CONHECIMENTO DA APELAÇÃO POR ESTE
STF 705
INTERPOSTA.
APELAÇÃO
É NULO O JULGAMENTO DA APELAÇÃO SE, APÓS A MANIFESTAÇÃO NOS AUTOS DA RENÚNCIA DO ÚNICO DEFENSOR, O RÉU NÃO FOI PREVIAMENTE INTIMADO
STF 708
PARA CONSTITUIR OUTRO.
STF 713 O EFEITO DEVOLUTIVO DA APELAÇÃO CONTRA DECISÕES DO JÚRI É ADSTRITO AOS FUNDAMENTOS DA SUA INTERPOSIÇÃO.
CONSTITUI NULIDADE A FALTA DE INTIMAÇÃO DO DENUNCIADO PARA OFERECER CONTRA-RAZÕES AO RECURSO INTERPOSTO DA REJEIÇÃO DA DENÚNCIA, NÃO
RSE STF 707
A SUPRINDO A NOMEAÇÃO DE DEFENSOR DATIVO.
É INADMISSÍVEL O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO A DECISÃO RECORRIDA ASSENTA EM MAIS DE UM FUNDAMENTO SUFICIENTE E O RECURSO NÃO
STF 283
ABRANGE TODOS ELES.
É INADMISSÍVEL O RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO A DEFICIÊNCIA NA SUA FUNDAMENTAÇÃO NÃO PERMITIR A EXATA COMPREENSÃO DA
STF 284
CONTROVÉRSIA.
NÃO SE CONHECE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO FUNDADO EM DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL, QUANDO A ORIENTAÇÃO DO PLENÁRIO DO SUPREMO
STF 286
TRIBUNAL FEDERAL JÁ SE FIRMOU NO MESMO SENTIDO DA DECISÃO RECORRIDA.
O PONTO OMISSO DA DECISÃO, SOBRE O QUAL NÃO FORAM OPOSTOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS, NÃO PODE SER OBJETO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO,
STF 356
POR FALTAR O REQUISITO DO PREQUESTIONAMENTO.
É CABÍVEL RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRA DECISÃO PROFERIDA POR JUIZ DE PRIMEIRO GRAU NAS CAUSAS DE ALÇADA, OU POR TURMA RECURSAL DE
STF 640
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL.
NULIDADE
COMPETÊNCIA STF 706 É RELATIVA A NULIDADE DECORRENTE DA INOBSERVÂNCIA DA COMPETÊNCIA PENAL POR PREVENÇÃO.
STF 156 É ABSOLUTA A NULIDADE DO JULGAMENTO, PELO JÚRI, POR FALTA DE QUESITO OBRIGATÓRIO.
STF 162 É ABSOLUTA A NULIDADE DO JULGAMENTO PELO JÚRI, QUANDO OS QUESITOS DA DEFESA NÃO PRECEDEM AOS DAS CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES.
JÚRI
STF 206 É NULO O JULGAMENTO ULTERIOR PELO JÚRI COM A PARTICIPAÇÃO DE JURADO QUE FUNCIONOU EM JULGAMENTO ANTERIOR DO MESMO PROCESSO.
STF 712 É NULA A DECISÃO QUE DETERMINA O DESAFORAMENTO DE PROCESSO DA COMPETÊNCIA DO JÚRI SEM AUDIÊNCIA DA DEFESA.
STF 351 É NULA A CITAÇÃO POR EDITAL DE RÉU PRESO NA MESMA UNIDADE DA FEDERAÇÃO EM QUE O JUIZ EXERCE A SUA JURISDIÇÃO
CITAÇÃO NÃO É NULA A CITAÇÃO POR EDITAL QUE INDICA O DISPOSITIVO DA LEI PENAL, EMBORA NÃO TRANSCREVA A DENÚNCIA OU QUEIXA, OU NÃO RESUMA OS
STF 366
FATOS EM QUE SE BASEIA.
NO PROCESSO PENAL, A FALTA DA DEFESA CONSTITUI NULIDADE ABSOLUTA, MAS A SUA DEFICIÊNCIA SÓ O ANULARÁ SE HOUVER PROVA DE PREJUÍZO PARA O
DEFESA STF 523
RÉU.
PROVAS STF 155 É RELATIVA A NULIDADE DO PROCESSO CRIMINAL POR FALTA DE INTIMAÇÃO DA EXPEDIÇÃO DE PRECATÓRIA PARA INQUIRIÇÃO DE TESTEMUNHA.
É NULA A DECISÃO DO TRIBUNAL QUE ACOLHE, CONTRA O RÉU, NULIDADE NÃO ARGÜIDA NO RECURSO DA ACUSAÇÃO, RESSALVADOS OS CASOS DE RECURSO
STF 160
DE OFÍCIO.
CONSTITUI NULIDADE A FALTA DE INTIMAÇÃO DO DENUNCIADO PARA OFERECER CONTRA-RAZÕES AO RECURSO INTERPOSTO DA REJEIÇÃO DA DENÚNCIA, NÃO
RECURSOS STF 707
A SUPRINDO A NOMEAÇÃO DE DEFENSOR DATIVO.
É NULO O JULGAMENTO DA APELAÇÃO SE, APÓS A MANIFESTAÇÃO NOS AUTOS DA RENÚNCIA DO ÚNICO DEFENSOR, O RÉU NÃO FOI PREVIAMENTE INTIMADO
STF 708
PARA CONSTITUIR OUTRO.
1. LEI PENAL
LEI PENAL
A LEI PENAL MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME PERMANENTE, SE A SUA VIGÊNCIA É ANTERIOR À CESSAÇÃO DA CONTINUIDADE
STF 711
OU DA PERMANÊNCIA.
STF 611 TRANSITADA EM JULGADO A SENTENÇA CONDENATÓRIA, COMPETE AO JUÍZO DAS EXECUÇÕES A APLICAÇÃO DE LEI MAIS BENIGNA.
É CABÍVEL A APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI N. 11.343/2006, DESDE QUE O RESULTADO DA INCIDÊNCIA DAS SUAS DISPOSIÇÕES, NA ÍNTEGRA, SEJA MAIS
STJ 501
LEI PENAL NO TEMPO
FAVORÁVEL AO RÉU DO QUE O ADVINDO DA APLICAÇÃO DA LEI N. 6.368/1976, SENDO VEDADA A COMBINAÇÃO DE LEIS.
OS CONDENADOS POR CRIMES HEDIONDOS OU ASSEMELHADOS COMETIDOS ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI N. 11.464/2007 SUJEITAM-SE AO DISPOSTO NO ART.
STJ 471
112 DA LEI N. 7.210/1984 (LEI DE EXECUÇÃO PENAL) PARA A PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL.
PARA EFEITO DE PROGRESSÃO DE REGIME NO CUMPRIMENTO DE PENA POR CRIME HEDIONDO, OU EQUIPARADO, O JUÍZO DA EXECUÇÃO OBSERVARÁ A
Vinculante INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 2º DA LEI N. 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990, SEM PREJUÍZO DE AVALIAR SE O CONDENADO PREENCHE, OU NÃO, OS
STF
nº 26 REQUISITOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS DO BENEFÍCIO, PODENDO DETERMINAR, PARA TAL FIM, DE MODO FUNDAMENTADO, A REALIZAÇÃO DE EXAME
CRIMINOLÓGICO
A 'ABOLITIO CRIMINIS' TEMPORÁRIA PREVISTA NA LEI N. 10.826/2003 APLICA-SE AO CRIME DE POSSE DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO COM
STJ 513
NUMERAÇÃO, MARCA OU QUALQUER OUTRO SINAL DE IDENTIFICAÇÃO RASPADO, SUPRIMIDO OU ADULTERADO, PRATICADO SOMENTE ATÉ 23/10/2005.
EM PRISÃO ESPECIAL.
A PRÁTICA DE FALTA GRAVE INTERROMPE A CONTAGEM DO PRAZO PARA A PROGRESSÃO DE REGIME DE CUMPRIMENTO DE PENA, O QUAL SE REINICIA
STJ 534
A PARTIR DO COMETIMENTO DESSA INFRAÇÃO.
STJ 439 ADMITE-SE O EXAME CRIMINOLÓGICO PELAS PECULIARIDADES DO CASO, DESDE QUE EM DECISÃO MOTIVADA.
OS CONDENADOS POR CRIMES HEDIONDOS OU ASSEMELHADOS COMETIDOS ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI N. 11.464/2007 SUJEITAM-SE AO DISPOSTO NO ART.
STJ 471
112 DA LEI N. 7.210/1984 (LEI DE EXECUÇÃO PENAL) PARA A PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL.
3. PRESCRIÇÃO
PRESCRIÇÃO
STF 604 A PRESCRIÇÃO PELA PENA EM CONCRETO É SOMENTE DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE.
ESPÉCIE É INADMISSÍVEL A EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA COM FUNDAMENTO EM PENA HIPOTÉTICA,
STJ 438
INDEPENDENTEMENTE DA EXISTÊNCIA OU SORTE DO PROCESSO PENAL.
INTERRUPÇÃO STJ 191 A PRONUNCIA E CAUSA INTERRUPTIVA DA PRESCRIÇÃO, AINDA QUE O TRIBUNAL DO JURI VENHA A DESCLASSIFICAR O CRIME.
QUANDO SE TRATAR DE CRIME CONTINUADO, A PRESCRIÇÃO REGULA-SE PELA PENA IMPOSTA NA SENTENÇA, NÃO SE COMPUTANDO O ACRÉSCIMO
CRIME CONTINUADO STF 497
DECORRENTE DA CONTINUAÇÃO.
CAUSA DE AUMENTO STJ 220 A REINCIDÊNCIA NÃO INFLUI NO PRAZO DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA.
SUSPENSÃO STJ 415 O PERÍODO DE SUSPENSÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL É REGULADO PELO MÁXIMO DA PENA COMINADA.
ECA STJ 338 A PRESCRIÇÃO PENAL É APLICÁVEL NAS MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS.
4. PARTE ESPECIAL
PARTE ESPECIAL
A SENTENÇA CONCESSIVA DO PERDÃO JUDICIAL E DECLARATORIA DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE, NÃO SUBSISTINDO QUALQUER EFEITO CONDENATORIO.
VIDA STJ 18
STJ 442 É INADMISSÍVEL APLICAR, NO FURTO QUALIFICADO, PELO CONCURSO DE AGENTES, A MAJORANTE DO ROUBO.
155 CP É POSSÍVEL O RECONHECIMENTO DO PRIVILÉGIO PREVISTO NO § 2º DO ART. 155 DO CP NOS CASOS DE CRIME DE FURTO QUALIFICADO, SE ESTIVEREM
STJ 511
PRESENTES A PRIMARIEDADE DO AGENTE, O PEQUENO VALOR DA COISA E A QUALIFICADORA FOR DE ORDEM OBJETIVA.
O AUMENTO NA TERCEIRA FASE DE APLICAÇÃO DA PENA NO CRIME DE ROUBO CIRCUNSTANCIADO EXIGE FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA, NÃO SENDO
STJ 443
SUFICIENTE PARA A SUA EXASPERAÇÃO A MERA INDICAÇÃO DO NÚMERO DE MAJORANTES
157 CP
STF 603 A COMPETÊNCIA PARA O PROCESSO E JULGAMENTO DE LATROCÍNIO É DO JUIZ SINGULAR E NÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI.
STF 610 HÁ CRIME DE LATROCÍNIO, QUANDO O HOMICÍDIO SE CONSUMA, AINDA QUE NÃO REALIZE O AGENTE A SUBTRAÇÃO DE BENS DA VÍTIMA.
158 CP STJ 96 O CRIME DE EXTORSÃO CONSUMA-SE INDEPENDENTEMENTE DA OBTENÇÃO DA VANTAGEM INDEVIDA.
STF 246 COMPROVADO NÃO TER HAVIDO FRAUDE, NÃO SE CONFIGURA O CRIME DE EMISSÃO DE CHEQUE SEM FUNDOS.
STF 554 O PAGAMENTO DE CHEQUE EMITIDO SEM PROVISÃO DE FUNDOS, APÓS O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA, NÃO OBSTA AO PROSSEGUIMENTO DA AÇÃO PENAL.
APLICA-SE AO CRIME DE ESTELIONATO, EM QUE FIGURE COMO VÍTIMA ENTIDADE AUTÁRQUICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, A QUALIFICADORA DO § 3º, DO ART.
STJ 24
171 DO CODIGO PENAL.
STJ 17 QUANDO O FALSO SE EXAURE NO ESTELIONATO, SEM MAIS POTENCIALIDADE LESIVA, E POR ESTE ABSORVIDO.
171 CP
STJ 73 A UTILIZAÇÃO DE PAPEL MOEDA GROSSEIRAMENTE FALSIFICADO CONFIGURA, EM TESE, O CRIME DE ESTELIONATO, DA COMPETENCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL.
O FORO COMPETENTE PARA O PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES DE ESTELIONATO, SOB A MODALIDADE DA EMISSÃO DOLOSA DE CHEQUE SEM
STF 521
PROVISÃO DE FUNDOS, É O DO LOCAL ONDE SE DEU A RECUSA DO PAGAMENTO PELO SACADO.
STJ 244 COMPETE AO FORO DO LOCAL DA RECUSA PROCESSAR E JULGAR O CRIME DE ESTELIONATO MEDIANTE CHEQUE SEM PROVISÃO DE FUNDOS.
STJ 48 COMPETE AO JUIZO DO LOCAL DA OBTENÇÃO DA VANTAGEM ILICITA PROCESSAR E JULGAR CRIME DE ESTELIONATO COMETIDO MEDIANTE FALSIFICAÇÃO DE
LEIS ESPECIAIS
CONTRAVENÇÃO STJ 51 A PUNIÇÃO DO INTERMEDIADOR, NO JOGO DO BICHO, INDEPENDE DA IDENTIFICAÇÃO DO " APOSTADOR" OU DO "BANQUEIRO".
A 'ABOLITIO CRIMINIS' TEMPORÁRIA PREVISTA NA LEI N. 10.826/2003APLICA-SE AO CRIME DE POSSE DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO COM
ARMAS STJ 513
NUMERAÇÃO, MARCA OU QUALQUER OUTRO SINAL DE IDENTIFICAÇÃO RASPADO, SUPRIMIDO OU ADULTERADO, PRATICADO SOMENTE ATÉ 23/10/2005.
SALVO OCORRÊNCIA DE TRÁFICO PARA O EXTERIOR, QUANDO, ENTÃO, A COMPETÊNCIA SERÁ DA JUSTIÇA FEDERAL, COMPETE À JUSTIÇA DOS ESTADOS O
STF 522
PROCESSO E JULGAMENTO DOS CRIMES RELATIVOS A ENTORPECENTES.
COMPETE AO JUIZ FEDERAL DO LOCAL DA APREENSÃO DA DROGA REMETIDA DO EXTERIOR PELA VIA POSTAL PROCESSAR E JULGAR O CRIME DE TRÁFICO
STJ 528
INTERNACIONAL.
DROGAS
É CABÍVEL A APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI N. 11.343/2006, DESDE QUE O RESULTADO DA INCIDÊNCIA DAS SUAS DISPOSIÇÕES, NA ÍNTEGRA, SEJA MAIS
STJ 501
FAVORÁVEL AO RÉU DO QUE O ADVINDO DA APLICAÇÃO DA LEI N. 6.368/1976, SENDO VEDADA A COMBINAÇÃO DE LEIS.
A APLICAÇÃO DA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA PREVISTA NO ART. 33, § 4º, DA LEI N. 11.343/2006 NÃO AFASTA A HEDIONDEZ DO CRIME DE
STJ 512
TRÁFICO DE DROGAS.
STF 609 É PÚBLICA INCONDICIONADA A AÇÃO PENAL POR CRIME DE SONEGAÇÃO FISCAL.
CRIMES TRIBUTÁRIOS STF SÚMULA VINCULANTE Nº 24
Vinculante
STF NÃO SE TIPIFICA CRIME MATERIAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA, PREVISTO NO ART. 1º, INCISOS I A IV, DA LEI Nº 8.137/90, ANTES DO LANÇAMENTO
nº 24
DEFINITIVO DO TRIBUTO
O ART. 309 DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO, QUE RECLAMA DECORRA DO FATO PERIGO DE DANO, DERROGOU O ART. 32 DA LEI DAS CONTRAVENÇÕES
CTB STF 720
PENAIS NO TOCANTE À DIREÇÃO SEM HABILITAÇÃO EM VIAS TERRESTRES.
STJ 108 A APLICAÇÃO DE MEDIDAS SOCIO-EDUCATIVAS AO ADOLESCENTE, PELA PRATICA DE ATO INFRACIONAL, E DA COMPETENCIA EXCLUSIVA DO JUIZ.
STJ 265 É NECESSÁRIA A OITIVA DO MENOR INFRATOR ANTES DE DECRETAR-SE A REGRESSÃO DA MEDIDA SÓCIO-EDUCATIVA.
ECA
STJ 342 NO PROCEDIMENTO PARA APLICAÇÃO DE MEDIDA SÓCIO-EDUCATIVA, É NULA A DESISTÊNCIA DE OUTRAS PROVAS EM FACE DA CONFISSÃO DO ADOLESCENTE.
O ATO INFRACIONAL ANÁLOGO AO TRÁFICO DE DROGAS, POR SI SÓ, NÃO CONDUZ OBRIGATORIAMENTE À IMPOSIÇÃO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE
STJ 492
INTERNAÇÃO DO ADOLESCENTE.
STJ 500 A CONFIGURAÇÃO DO CRIME DO ART. 244-B DO ECA INDEPENDE DA PROVA DA EFETIVA CORRUPÇÃO DO MENOR, POR SE TRATAR DE DELITO FORMAL.
OS CONDENADOS POR CRIMES HEDIONDOS OU ASSEMELHADOS COMETIDOS ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI N. 11.464/2007 SUJEITAM-SE AO DISPOSTO
STJ 471
NO ART. 112 DA LEI N. 7.210/1984 (LEI DE EXECUÇÃO PENAL) PARA A PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL.
HEDIONDOS PARA EFEITO DE PROGRESSÃO DE REGIME NO CUMPRIMENTO DE PENA POR CRIME HEDIONDO, OU EQUIPARADO, O JUÍZO DA EXECUÇÃO OBSERVARÁ A
Vinculante
STF INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 2º DA LEI N. 8.072, DE 25 DE JULHO DE 1990, SEM PREJUÍZO DE AVALIAR SE O CONDENADO PREENCHE, OU NÃO, OS
nº 26
REQUISITOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS DO BENEFÍCIO, PODENDO DETERMINAR, PARA TAL FIM, DE MODO FUNDAMENTADO, A REALIZAÇÃO DE EXAME
ABUSO DE
AUTORIDADE
STJ 172 COMPETE A JUSTIÇA COMUM PROCESSAR E JULGAR MILITAR POR CRIME DE ABUSO DE AUTORIDADE, AINDA QUE PRATICADO EM SERVIÇO.
LEI MARIA DA PENHA STJ 536 A SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO E A TRANSAÇÃO PENAL NÃO SE APLICAM NA HIPÓTESE DE DELITOS SUJEITOS AO RITO DA LEI MARIA DA PENHA.