de
Fernando
Pessoa
Pintura
de
Rinoceronte
a
estrutura
Plural 12
Mensagem
de
Fernando
Pessoa
“A
criação
de
um
Portugal
míAco
foi
um
dos
trabalhos
da
vida
de
Pessoa
ao
longo
de
muitos
anos,
e
veio
a
configurar-‐se
no
único
livro
de
poemas
em
português,
que
ele
publicou:
Mensagem.”
Jorge
de
Sena,
in
“Persona”
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de
Fernando
Pessoa
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de
Fernando
Pessoa
Mensagem
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Mensagem
de
Fernando
Pessoa
1.ª
parte
–
“Brasão”
Brasão: a matriz, o símbolo, o emblema, o selo da pátria.
Nascimento
da
pátria
q Fundação
da
nacionalidade,
construção
da
pátria
e
do
império.
q Poemas
que
aludem
aos
fundadores
e
construtores,
heróis
lendários
ou
históricos,
converJdos
em
símbolos.
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de
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Pessoa
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de
Fernando
Pessoa
• Segunda
parte
do
BRASÃO
–
“Os
Castelos”:
símbolo
de
proteção;
as
conquistas
dos
heróis;
desígnios
ocultos
que
têm
que
ser
desvendados.
• Fundamentos
da
idenJdade
nacional:
>
míJcos
>
pré-‐nacionais
>
nacionais
• Simbologia
de
cada
referência:
• ConsJtuição
de
oito
poemas:
>
simbologia
da
união,
do
casamento,
da
base
da
raça
da
Ínclita
Geração
-‐
a
Geração
de
Avis
que
sustentará
o
“Mar
Português”.
Terceira
parte
do
BRASÃO
-‐
“As
Quinas”:
símbolos
históricos
e
emblemáJcos
nacionais
associados
a
um
período
áureo;
dimensão
espiritual:
5
quinas,
5
chagas
de
Cristo;
consciência
do
desJno
das
5
personagens
e
de
Portugal.
• Quarta
parte
do
BRASÃO
–
“A
Coroa”:
a
realeza
feita
na
base
dos
que
para
ela
contribuem
(um
poema):
• Figura
singular
na
consJtuição
da
dinasJa
régia
de
Avis
-‐
Nun'Álvares
Pereira
• Quinta
parte
do
BRASÃO
–
“O
Timbre”:
um
grifo
(abutre
ou,
segundo
a
mitologia,
misto
de
águia[remete
para
o
céu,
poder
de
ascensão]
e
leão[liga-‐o
à
terra]);
sinónimo
também
de
enigma,
com
a
cabeça
e
duas
asas;
marca
pessoal;
símbolo
de
poder
legíJmo;
união
de
2
naturezas:
humana
e
divina;
construção
de
uma
obra
de
caráter
divino
realizada
pelos
humanos.
• Cabeça
do
Grifo
(Infante
D.
Henrique);
• Asa
do
Grifo:
D.
João
II
-‐
rei
que
mais
se
notabilizou
nos
Descobrimentos;
• Outra
Asa
do
Grifo:
D:
Afonso
de
Albuquerque:
>
maior
vice-‐rei
em
terras
da
Índia
>
o
sinal
do
império
terrestre
de
que
o
“Mar
Português”
será
exemplo.
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Os
Castelos
Ulisses
Viriato
O
Conde
D.
Henrique
D.
Tareja
D.
Afonso
Henriques
D.
Dinis
D.
João
I
D.
Filipa
de
Lencastre
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Fernando
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§ “O
mito
é
o
nada
que
é
tudo”
(“Ulisses”)
§
“Assim
se
Portugal
formou”
(“O
Conde
D.
Henrique”)
§
“A
voz
da
terra
ansiando
pelo
mar”
(“D.
Dinis”)
§
“Humano
ventre
do
Império”
(“D.
Filipa
de
Lencastre”)
§
“Sem
a
loucura
que
é
o
homem?”
(“D.
SebasJão,
Rei
de
Portugal”)
§
“É
excalibur,
a
ungida
/
Que
o
Rei
Artur
te
deu”
(“Nun’
Álvares
Pereira”)
§
“Tem
aos
pés
o
mar
novo”
(“O
Infante
D.
Henrique”)
§ “Braços
cruzados,
fita
além
do
mar”
(“D.
João,
O
Segundo”)
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2ª
parte
–
“Mar
Português”:
• Posse
dos
mares
>
“O
Infante”
(o
início,
o
propulsor
de
um
império
que
se
desfaz)
em
simetria
com
“Prece”
(o
desejo
do
retorno).
>
“Horizonte”
em
simetria
com
“A
ÚlJma
Nau”.
>
“Padrão”
em
simetria
com
“Mar
Português”.
>
“O
Mostrengo”
(dificuldade
e
superação)
em
simetria
com
“Ascensão
de
Vasco
da
Gama”(heroicização,
divinização
do
herói).
>
“Epitáfio
de
Bartolomeu
Dias”
em
simetria
com
“Fernão
de
Magalhães”)
–
exemplo
dos
que
encabeçam
expansão,
na
descoberta
inicial
do
caminho
maríJmo
para
a
Índia
/
na
ligação
do
AtlânJco
com
o
Pacífico.
>
“Os
Colombos”
(a
descoberta
sem
magia)
e
a
expansão
para
o
Ocidente.
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Poemas
O
Infante
Horizonte
Padrão
O
Mostrengo
Epitáfio
de
Bartolomeu
Dias
Os
Colombos
Ocidente
Fernão
de
Magalhães
Ascensão
de
Vasco
da
Gama
Mar
Português
A
ÚlAma
Nau
Prece
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3.ª
parte
–
“O
Encoberto”
O sonho encoberto, apagado no nevoeiro; a chama que é preciso reacender.
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• “Os
Símbolos”:
“D.
SebasJão”:
não
como
rei,
mas
como
mito
fecundador
“Quinto
Império”:
•
referência
aos
quatro
anteriores:
• babilónico
• grego
• romano
• cristandade
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• “Os
Avisos”:
• “Bandarra”:
profeta
messiânico
(séc.
XVI),
que
lançou
as
bases
do
mito
sebasJanista.
• “António
Vieira”:
• associa
o
sebasJanismo
à
legiJmação
do
rei
D.
João
IV
(Restaurador)
da
Independência;
• A
História
do
Futuro,
do
Padre
António
Vieira
,foi
uma
obra
desJnada
a
explanar
como
Portugal
estaria
predesJnado
a
ser
a
cabeça
do
Quinto
Império
–
Espiritual
(tendo
o
rei
português
como
chefe
e
o
Papa
como
líder
espiritual.
• “(Screvo
meu
livro
à
beira
–
mágoa)”:
• marca
do
“eu”
sujeito-‐poéJco,
seguindo
a
lógica
dos
poemas
anteriores
poder-‐se-‐ia
inJtular
“Pessoa
“.
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• “Os
Tempos”:
“Noite”:
sugestão
da
escuridão,
do
negaJvismo,
do
tenebroso;
“Tormenta”:
alusão
à
inquietação,
à
ansiedade,
à
agitação
própria
da
época;
“Calma”:
“Depois
da
tempestade
vem
a
bonança”;
“Antemanhã”:
algo,
indefinido,
prestes
a
chegar,
a
mudar
o
rumo;
“Nevoeiro”:
• impede
vislumbrar
o
rumo
ansiado;
• mostra
a
incerteza
que
o
país
atravessa;
• aguarda
pela
“Hora”
de
sol.
• Fecho
da
parte:
despedida
em
laJm
(Valete,
Fratres),
desejando
Felicidade
a
uma
irmandade
–
a
dos
eleitos
para
a
mensagem
a
transmiJr.
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“O
Encoberto”
Poemas
Os
Símbolos
D.
SebasAão
O
Quinto
Império
O
Desejado
As
Ilhas
Afortunadas
O
Encoberto
Os
Avisos
O
Bandarra
António
Vieira
Screvo
meu
livro
à
beira-‐mágoa
Os
Tempos
Noite
Tormenta
Calma
Antemanhã
Nevoeiro
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Fernando
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2.
Mar
Português
Vida
Renascimento
Realização
do
império
do
império
territorial
sonhado
espiritual:
Quinto
Império
1.
Brasão
3.
O
Encoberto
Nascimento
Morte
Os
fundadores
e
Fim
das
energias
construtores
do
império
do
império
Plural 12
§ “E
a
nossa
grande
Raça
parArá
em
busca
de
uma
Índia
nova,
que
não
existe
no
espaço,
em
naus
que
são
construídas
«daquilo
que
os
sonhos
são
feitos».
E
o
seu
verdadeiro
e
supremo
desAno,
de
que
a
obra
dos
navegadores
foi
o
obscuro
e
carnal
anterremedo,
realizar-‐se-‐á
divinamente”.
Fernando
Pessoa,
in
“A
Águia”
Plural 12
Recurso
do
Manual
Plural
12:
Raiz
Editora
-‐
adaptado