Anda di halaman 1dari 49

Instituto de Ciência e Tecnologia

Engenharia de Materiais

VIDROS, VITROCERÂMICOS E
VIDRADOS
Profa. Dra. Ana Paula F. Albers
Aula 4

Formação dos Vidros:


Teorias Estrutural e Cinética

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Estrutural de Formação do Vidro
• Até 1900: poucos vidros eram conhecidos, além dos sistemas à base de silicatos.

“Por que alguns materiais formam vidro e outros não?“

Teoria Estrutural da Formação do Vidro

Busca entender as características que levam um determinado material a apresentar


tendência de formar vidro quando resfriado a partir do estado líquido, baseando-se
no tamanho e na relação entre raios dos cátions e ânions

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
• Século XX: foram descobertos grande número de composições que formam vidro
e não contêm silicato.
• Teoricamente qualquer material pode formar vidro.

O que deve ser feito para produzir vidro com determinado material?

Teoria Cinética da Formação do Vidro

Busca entender as características que levam um determinado material a apresentar


tendência de formar vidro quando resfriado a partir do estado líquido baseando-se
nas teorias de nucleação e crescimento de cristais.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Estrutural de Formação do Vidro
O que se entende por estrutura em vidros?

• Embora amorfo, há unidades estruturais bem definidas (triângulos, tetraedros,


octaedros, etc.) e diferentes formas de ligação entre elas.

• A estrutura do vidro depende da:

 Composição química e história térmica do material.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Estrutural de Formação do Vidro

Goldschmidt: A mais simples e mais antiga teoria de formação de vidros.

• Vidros com fórmula geral RnOm formam-se mais facilmente quando a razão dos
raios iônicos do cátion e do oxigênio se encontra na faixa entre 0,2 e 0,4;

• Razões nesta faixa tendem a produzir cátions circundados por quatro átomos de
oxigênio, em uma configuração tetraédrica – característica comum a todos os
vidros conhecidos àquela época.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Estrutural de Formação do Vidro
• Esta condição é completamente aceita para vidros formados pelos óxidos:

• Estrutura
denominada
“boroxol”;
• Ligações mais
fracas

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Estrutural de Formação do Vidro
Zachariasen, 1932
• Vidros de silicato apresentam uma rede
constituída por tetraedros de silicato
conectados pelos vértices (como nos
cristais), porém sem a mesma simetria dos
cristais.
• Os ângulos de ligação entre esses
tetraedros varia mais do que nos cristais.
• Conclusão: vidros e silicatos possuem as
mesmas unidades estruturais, mas os
ângulos de ligação entre elas varia mais nos
vidros.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Estrutural de Formação do Vidro
Regras de Zachariasen (regras empíricas)

1. Cada átomo de oxigênio deve coordenar-se com no máximo 2 cátions (não deve estar
ligado a mais que 2 cátions), ou seja, NCânion = 2.

2. O número de átomos de oxigênio ao redor de cada cátion deve ser pequeno (3 ou 4),
ou seja, NCcátion = 3 ou 4.

3. Poliedros de oxigênio compartilham apenas os vértices e não arestas ou faces.

4. Pelo menos três vértices em cada poliedro devem ser compartilhados formando uma
rede tridimensional.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Estrutural de Formação do Vidro
Relembrando as Regras de Pauling:
• 1ª Regra: o número de coordenação máximo de ânions ao redor de um cátion deve
ser tal que permita a “blindagem” do cátion, que estará em contato com os ânions
que o circundam, definindo a forma básica ou o poliedro de coordenação.

Número de Razão entre Raios Geometria de


Coordenação Cátion-Ânion Coordenação
2 < 0,155 Linear
3 0,155 - 0,225 Trigonal planar
4 0,225 - 0,414 Tetraedro
6 0,414 - 0,732 Octaedro
8 0,732 - 1,0 Cubo

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Estrutural de Formação do Vidro
Relembrando as Regras de Pauling

Linear Trigonal planar

Tetraedro

Cubo

Octaedro

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Estrutural de Formação do Vidro
Regras de Pauling:

• 2ª Regra: uma estrutura iônica estável apresenta balanço entre a valência total do
ânion e somatória das valências eletrostáticas (VE) dos cátions que o circundam.

VE cátion = VE ânion

Carga cátion Carga ânion


=
NC cátion NC ânion

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Estrutural de Formação do Vidro
• Exemplo: Sílica (SiO2)

1a - Regra de Pauling:
r (Si4+) 0,40
= = 0,29 NC cátion = 4; Coordenação tetraedral
r (O2-) 1,40
Satisfaz a
2a Regra de Zachariasen!

2a - Regra de Pauling:
Carga cátion (Si4+) Carga ânion (O2-)
=
NC cátion (Si4+) NC ânion (O2-)
4 = 2 Satisfaz a
NC ânion = 2
4 NC ânion 1a Regra de Zachariasen!

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Estrutural de Formação do Vidro
3a Regra de Zachariasen: SiO2 forma vidro desde que os
tetraedros de silicato se liguem apenas pelos vértices!

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Estrutural de Formação do Vidro
• Determine se o MgO pode formar vidro, conforme as regras de Zachariasen.
Dados: r(Mg2+) = 0,72 A; r(O2-) = 1,40 A.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Estrutural de Formação do Vidro
• Exercício: Qual é o número de coordenação do alumínio? E do oxigênio? É
esperado que a alumina (Al2O3) forme vidro?
Dados: r(Al3+) = 0,53 A; r (O2-) = 1,40 A;

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Estrutural de Formação do Vidro
Classificação de óxidos segundo Zachariasen:

• Formadores de vidro: são os responsáveis pela formação da rede tridimensional


estendida aleatória, com número de coordenação (NC) máximo de ânions ao redor
de um cátion geralmente 3 ou 4.
• Modificadores (ou deformadores): para os óxidos que não participam diretamente
dessa estrutura, com NC  6, modificam as propriedades do vidro se alojando nos
vazios reticulares entre os poliedros de coordenação, diminuem a viscosidade para
que o vidro possa ser trabalhado mais facilmente.
• Intermediários: aos cátions que, por si só, não formam vidros com facilidade, mas
que quando misturados aos formadores típicos, podem substituí-los na rede.
Também podem atuar como modificadores.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Estrutural de Formação do Vidro
Classificação de óxidos segundo Zachariasen:

Formadores Modificadores Intermediários

• SiO2 • Na2O • Al2O3


• B2O3 • K2 O • PbO
• P2O5 • Li2O • ZnO
• GeO2 • CaO • CdO
• As2S3 • MgO • TiO2
• V2O5
• BeF2

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
• A habilidade para a formação de vidro, do ponto de vista cinético, pode ser
encarada como uma medida da relutância do sistema em sofrer cristalização
durante o resfriamento do fundido.

• A formação de vidro pode ser considerada em termos de uma competição entre as


velocidades de cristalização e de resfriamento.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Devitrificação ou cristalização do vidro

• Definição: processo no qual uma fase estruturalmente desordenada se transforma


em uma fase sólida estável, com ordenação geométrica regular a longo alcance.

• Cristalização não intencional: condições acidentais provocam o surgimento de


núcleos cristalinos em um vidro, que crescem de maneira não uniforme e resultam
em cristais dispersos de maneira não homogênea na matriz. Esta cristalização resulta
em materiais com propriedades indesejáveis e é caracterizada como um defeito.

• Cristalização controlada: materiais obtidos pelos métodos tradicionais de fabricação


de vidros são, em uma etapa sucessiva, submetidos a tratamentos térmicos com a
finalidade de promover a cristalização do material  vitrocerâmicos.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Devitrificação ou cristalização do vidro

• Cristalização: formação de uma fase sólida, com uma ordenação geométrica regular,
a partir de uma fase estruturalmente desordenada.

• Processo de cristalização ocorre em duas etapas:


1) Nucleação de cristais (I)
2) Crescimento de cristais (U)

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Nucleação (I)

• O processo de nucleação consiste na formação de pequenos núcleos cristalinos.

Nucleação • Os núcleos são formados a partir do


próprio material fundido.
homogênea

• Os núcleos se formam sobre superfícies


Nucleação já existentes: superfície de bolhas,
interface vidro/impureza, superfície
heterogênea livre do material.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Nucleação Homogênea

• A nucleação homogênea ocorre devido a flutuações químicas e de temperatura que


produzem certo ordenamento a uma distância maior do que a existente no vidro,
originando um núcleo que possui a mesma composição química da fase que será
formada a partir dele.

• Caso este núcleo alcance um raio crítico (dimensão mínima necessária com 50% de
probabilidade), a partir do qual ele é estável, o fenômeno de nucleação passa a
existir.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Nucleação Homogênea

• A variação de energia livre no processo de nucleação homogênea resulta da soma de


dois termos: variação da energia livre volumétrica (ΔGvol) e superficial (ΔGsup):

GT  Gvol  Gsup


• Termo volumétrico (ΔGvol): corresponde à diminuição de energia livre ao ordenar
um grupo de átomos num arranjo cristalino;
• Termo superficial (ΔGsup): corresponde ao trabalho necessário para a criação de uma
nova superfície.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Nucleação Homogênea
• Considerando a formação de núcleos esféricos e de raio “r”, a variação de energia
livre será dada pelo balanço energético:
energia de cristalização trabalho necessário para
liberada/volume criar uma nova superfície

4 3
GT   r Gv  4r 2
3
r = raio do núcleo formado
ΔGV = variação de energia livre por unidade de
volume para a transição de fase vidro  cristal
σ = tensão superficial (entre o núcleo e o fundido)

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Nucleação Homogênea
• Se a energia de cristalização liberada (termo negativo) for maior que o trabalho
necessário para criar uma nova superfície (termo positivo), a nucleação será
favorecida (ΔG < 0).
• Caso contrário, o núcleo formado não será estável (ΔG > 0) e se dissolverá no fundido.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Nucleação Homogênea
• Variação da energia livre de um núcleo cristalino esférico, em função do seu raio:

energia de cristalização
liberada/volume

4 3
GT   r Gv  4r 2 Energia Livre
3

trabalho necessário para


criar uma nova superfície

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Nucleação Homogênea

• Raio crítico: raio acima do qual o núcleo formado é estável;


• O raio crítico (r*) dos núcleos é determinado através da derivada primeira da
Equação B em função do raio e igualando este termo a zero.

4 3
GT   r Gv  4r 2
3
2
G´= 0 rc 
Gv

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Nucleação Homogênea
• Utilizando-se o valor do raio crítico, é possível obter a variação máxima de energia
livre do sistema (equivale a energia de ativação necessária para vencer a barreira da
nucleação):
3 2
4  2   2 
Gmáx      Gv  4   
3  Gv   Gv 

16 3
Gmáx 
3Gv2

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Nucleação Homogênea
• A variação de ΔGT com a temperatura depende principalmente da variação de ΔGV
( varia pouco com a temperatura), dada por:

T: temperatura em questão
TL  T
Gv  *L TL: temperatura liquidus
TL L: calor latente de fusão/volume

 quanto mais próximo T de TL, menor será Gv e consequentemente maior Gmáx :
o processo de nucleação é mais difícil de ocorrer próximo a liquidus:
precisa de mais energia!

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Nucleação Homogênea
• O processo de nucleação não envolve apenas um processo termodinâmico, mas
também um processo cinético.
• A velocidade de nucleação (nº de núcleos formados por unidade de volume, a dado
tempo e temperatura) depende da probabilidade de um grupamento molecular
constituir um núcleo estável e da energia de ativação para a difusão (ED).

ED: energia de ativação para a difusão


  Gmáx  E D  A: fator de frequência que indica a
VN  A exp 
 kT  probabilidade de em um dado ponto
os constituintes se encontrarem
k: constante de Boltzmann

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Velocidade de Nucleação Homogênea
ED: energia de ativação para a difusão
  Gmáx  E D  A: fator de frequência que indica a
VN  A exp 
 kT  probabilidade de em um dado ponto
os constituintes se encontrarem
k: constante de Boltzmann

Analisando a equação acima:


TL  T Para T próxima a TL: Para T abaixo da TL:
Gv  *L
TL (TL-T):  (TL-T): 
Gv:  Gv: 
16 3
Gmáx  Gmáx:  Gmáx: 
3Gv2
VN:  VN: 

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Velocidade de Nucleação Homogênea
ED: energia de ativação para a difusão

  Gmáx  E D  A: fator de frequência que indica a


VN  A exp  probabilidade de em um dado ponto
 kT 
os constituintes se encontrarem
k: constante de Boltzmann

• Para T muito abaixo da TL: a viscosidade aumenta e o


termo ED (energia de ativação para a difusão) será
predominante, consequentemente a velocidade de
nucleação começa a decrescer.
Conclusão: a velocidade de nucleação passa por
um ponto máximo com o decaimento da temperatura. T
Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018
Teoria Cinética de Formação do Vidro
Nucleação Heterogênea

• A nucleação pode ser facilitada pela introdução de partículas estranhas à fase


principal, as quais servem de substrato para a formação de núcleos da nova fase.

• Partículas: podem ser elementos de composição diferente da fase principal,


adicionados ao sistema e/ou impurezas oriundas ou não das próprias matérias-
primas, das paredes do recipiente de fusão ou de bolhas contidas no fundido.

• Como consequência da pré-existência dessas partículas, ocorre uma diminuição na


variação de energia livre relativa ao processo de nucleação homogênea.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Nucleação Heterogênea

• A variação de energia livre crítica para a nucleação em um processo heterogêneo


[(Gmáx)het], pode ser expressa em função do que se requer em um processo de
nucleação homogênea, por intermédio de um fator de proporcionalidade f(Ɵ).

Gmáx het  Gmáx * f  

f   
2  cos * 1  cos 
2

4 bom agente mau agente


nucleante nucleante

 = ângulo de contato entre a fase heterogênea e a fase fundida.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Nucleação Heterogênea

• O ângulo de contato (Ɵ) está relacionado à diferença entre as energias superficiais


da fase heterogênea, da fase cristalina e do fundido, através da Equação de Young.

HF: tensão interfacial entre a fase


 HF   HC heterogênea e o fundido
cos 
 CF HC: tensão interfacial entre a fase
heterogênea e a cristalina
CF: tensão interfacial entre a fase
cristalina e o fundido

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Nucleação Heterogênea
• Como f(Ɵ) é um valor entre zero e 1, a variação de energia livre para a nucleação
heterogênea é sempre inferior à nucleação homogênea e portanto, mais fácil de
ocorrer.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Nucleação Heterogênea

f   
2  cos * 1  cos 
2

= 180
4

Gmáx het  Gmáx * f  


• Se não existir afinidade entre a heterogeneidade e o fundido:
 o valor do ângulo Ɵ será 180;
 resultando em f(Ɵ)=1;
 o que implica que o trabalho de nucleação será o mesmo que o necessário para
um processo de nucleação homogênea.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Crescimento (U)

• O crescimento de cristais é definido como a continuidade do processo de nucleação


(homogênea ou heterogênea);

• Inicia-se quando o núcleo atinge um tamanho crítico e é seguido pela deposição de


átomos na interface líquido-núcleo, sendo que a eficiência deste crescimento
depende da velocidade com que esta deposição ocorre, a qual é função da difusão
atômica;

• A velocidade de crescimento apresenta um máximo em função da temperatura.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Crescimento (U)
• A velocidade de crescimento de cristais (U), definida como o número de
constituintes depositados por unidade de tempo e de superfície sobre um núcleo:

 D   H f T 
U   1  exp 
 a   RTT 
 f 

D = coeficiente de difusão
a = distancia interatômica (distância entre os átomos do cristal e o átomo a ser agregado)
ΔHf = variação de entalpia de fusão
ΔT = variação de temperatura
T = temperatura absoluta
Tf = temperatura de fusão
R = constante dos gases ideais
Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018
Teoria Cinética de Formação do Vidro
Crescimento (U)
• Em elevadas temperaturas o crescimento é pequeno, devido a dificuldade de
dissipar o calor oriundo do processo de cristalização.
• Em baixas temperaturas o crescimento também é pequeno, pois observa-se um
aumento acentuado da viscosidade, dificultando o processo de difusão.

T
Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018
Teoria Cinética de Formação do Vidro
Crescimento (U)
• Taxa de crescimento de cristais de cristobalita a partir da sílica fundida, em função
da temperatura (Varshneya, 1994):

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Concorrência dos Mecanismos: I e U
• Representação gráfica da variação das taxas de nucleação (I) e crescimento de
cristais (U) em função da temperatura.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Devitrificação Controlada
• Definição: processo de cristalização em
materiais vítreos, de forma controlada.
• Utilizado para obtenção de vitrocerâmicas,
apresentam elevada concentração de
microcristais de tamanho variado, geralmente
T
entre 10 e 1000nm, uniformemente dispersos
em uma matriz vítrea.
• O controle da devitrificação é a etapa mais
delicada do processo e pode ser facilitada pela
escolha de um programa de queima
adequado:

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Devitrificação Controlada
• Cristalização volumétrica: os cristais formados estão distribuídos ao longo de todo o
volume do material.
• Cristalização superficial: os cristais são formados perpendicularmente à superfície
livre do material.

Cristalização volumétrica Cristalização superficial


Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018
Teoria Cinética de Formação do Vidro
Devitrificação Controlada

Mecanismo de cristalização superficial: Mecanismo de cristalização volumétrico:


nucleação heterogênea nucleação homogênea e heterogênea

Micrografias de seção transversal de amostra representado os mecanismos de


cristalização superficial e volumétrico (Silveira, 2000)

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Devitrificação Controlada
• Sistemas interessantes:
a) Li2O - Al2O3 - SiO2 (-espodumênio e  - eucriptita)
b) MgO - Al2O3 - SiO2 ( -cordierita)
c) Na2O - BaO - Al2O3 - SiO2 (nepheline e celsiana)
• Nucleação e crescimento de uma partícula metálica à partir de uma matriz vítrea:
 Partículas metálicas são dissolvidas no fundido na forma de íons e após
receberem radiação de forma controlada, estes íons se reduzem a átomos
neutros, nucleando uma partícula metálica.
 Posterior tratamento térmico poderá controlar o tamanho deste núcleo
formado.
 Aplicações: vidros fotosensíveis e fotocrômicos.

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Teoria Cinética de Formação do Vidro
Devitrificação Controlada

• Vidros fotossensíveis:

 Ag+, Au+, Cu+, Ce3+ são dissolvidos na matriz vítrea.


 A devitrificação “seletiva” (m  50nm) ocorre apenas em áreas do vidro que
forem previamente irradiadas com luz ultravioleta (devitrificação seletiva
fotoestimulada):
Ag+ + e-  Ago ou Cu+ + e-  Cuo
 Posterior tratamento térmico (500C) controla o crescimento de cristais.
 A imagem impressa é permanente.
 Aplicação: processo de impressão luminosa (escalas graduadas).

Profa. Dra. Ana Paula F. Albers 2018


Profa. Dra. Ana Paula F. Albers
anapaula.albers@gmail.com
ana.albers@unifesp.br
Rua Talim, 330 – sala 214
São José dos Campos (SP)

2018

Anda mungkin juga menyukai