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1.

CONCEITOS BÁSICOS
1.1 ENERGIA REATIVA

A potência elétrica aparente total (kVA), gerada e transmitida às


cargas através dos circuitos elétricos, é composta pela soma vetorial da
potência ativa (kW) e da potência reativa (kvar).

A potência ativa é transformada em trabalho útil (produção de


movimento, calor, luz e etc...).

A potência reativa é uma componente da potência total que não


pode ser transformada em trabalho, mas que está sempre presente nos
circuitos elétricos, associada à criação e manutenção de campos
eletromagnéticos em diversos componentes do sistema, tais como nos
transformadores, motores, condutores, reatores de lâmpadas de
descarga e etc...

A energia reativa (kvarh) que transita pelos sistemas elétricos,


desde as usinas geradoras até as instalações consumidoras, exige o
aumento da potência dos geradores e transformadores e reduz a
capacidade de condução de corrente dos sistemas de transmissão e de
distribuição.

A energia reativa não é tarifada pelas concessionárias, uma vez que


a utilização de energia é avaliada apenas pela energia ativa (kWh) e
demanda de potência ativa (kW), no entanto, se a energia reativa
consumida pela instalação consumidora não se mantiver dentro do limite
de referência do fator de potência estabelecidos nas “Condições Gerais
de Fornecimento de Energia Elétrica”, Portaria Nº 456 de 29/11/2000
editada pela ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, o consumidor
pagará valores adicionais denominados como “excedentes” de consumo
reativo e de demanda de potência reativa.

Convém registrar que segundo o decreto N° 81.621 de 03/05/78,


que aprova o Quadro Geral de Unidades de Medida, o nome e o símbolo
da grandeza “potência reativa” é o var, ambos grafados em letras
minúsculas, sendo definida como: “potência reativa de um circuito
percorrido por uma corrente alternada senoidal com valor eficaz de 1
Ampère, sob uma tensão elétrica com valor eficaz de 1 Volt, defasada de
π/2 radianos em relação à corrente”.

1.2 FATOR DE POTÊNCIA (cos ϕ)

O “fator de potência”, também conhecido pela designação “cos ϕ”, é


o número que expressa, a cada instante, a relação entre a potência
efetivamente utilizada (potência ativa em kW) e a potência total
requerida (potência aparente em kVA).

0 Correção do Fator de Potência


A potência total requerida, por sua vez, é igual à soma vetorial da
potência ativa (kW) com a potência reativa (kvar):
)
) POTENCIA REALMENTE UTILIZADA (kW)
FATOR DE POTENCIA = ) =
POTENCIA TOTAL REQUERIDA (kVA)

Estas três potências formam o triângulo de potências apresentado a


seguir:

P = Potência Ativa
ϕ
Q = Potência Reativa

S
=

S = P 2 + Q 2 = Potência Aparente

O fator de potência pode ser expresso como sendo o cosseno do


ângulo ϕ do triângulo de potências.

O fator de potência pode ser também calculado a partir dos


consumos de energia ativa (kWh) e reativa (kvarh), através das
expressões:

kWh
FP =
(kWh) 2 + (kvarh) 2

kvarh
FP = cos arctg
kWh

O fator de potência pode ser indutivo (atrasado) ou capacitivo


(adiantado), variando de 0 (potência totalmente reativa, carga
puramente indutiva ou capacitiva) a 1 (potência totalmente ativa, carga
puramente resistiva), conforme abaixo indicado:

fp capacitivo fp indutivo
1
0,92 0,92

0 0

1 Correção do Fator de Potência


Instalações consumidoras, em geral, possuem cargas
predominantemente indutivas (transformadores, motores, reatores de
lâmpadas fluorescentes e etc...), podendo a potência reativa solicitada
pela carga ser fornecida totalmente pela concessionária ou gerada
parcialmente por bancos de capacitores em alta e/ou baixa tensão
instalados no consumidor, conforme exemplificado na figura 1.1.

P
Q

~ CARGA=P+jQ

~ CARGA=P+jQ

Figura 1.1: suprimento de potência reativa a uma carga.

2 Correção do Fator de Potência


1.3 DEMANDA, CONSUMO E MODALIDADES TARIFÁRIAS

A seguir recapitularemos alguns conceitos sobre consumo, demanda


e etc...:
 demanda - carga média absorvida durante um intervalo de tempo
especificado;
 demanda média - média de todas as demandas em um sistema,
consumidor ou instalação, em um determinado período de tempo, ou
seja, quociente entre o consumo em kWh e o intervalo de tempo
considerado em horas;
 demanda máxima - maior de todas as demandas em um consumidor,
observada durante um determinado período de tempo (integralizada
em intervalos de 15 minutos pelas concessionárias para efeito de
faturamento, identificada como demanda registrada ou medida);
 fator de carga - relação entre a demanda média de um período e a
demanda máxima observada neste mesmo intervalo de tempo;
 fator de demanda - relação entre a demanda máxima e a carga
instalada;
 horário de ponta - corresponde ao intervalo de três horas
consecutivas, compreendidas entre 17:00hs e 22:00hs de segunda a
sexta feira, definidas por cada concessionária;
 horário de fora de ponta - corresponde às horas complementares às
três horas relativas ao horário de ponta, acrescido do total das horas
dos sábados e domingos e feriados nacionais estabelecidos na Portaria
Nº 456/2000 da ANEEL;
 período seco - corresponde ao período abrangido pelas leituras dos
meses de maio a novembro de cada ano;
 período úmido - corresponde ao período abrangido pelas leituras dos
meses de dezembro de um ano a abril do ano seguinte;
 consumidor do grupo A - são todos aqueles atendidos em tensão igual
ou superior a 2,3kV ou ligados em baixa tensão em sistema de
distribuição subterrâneo mas considerados, para efeito de faturamento
como de alta tensão;
 tarifa convencional (consumidores atendidos em tensão inferior a 69kV
e com demanda inferior a 300kW):
• demanda de potência - um preço único; e
• consumo de energia ativa - um preço único.
 tarifa horo-sazonal azul (aplicação compulsória a consumidores
atendidos em tensão superior a 69kV e a consumidores atendidos em
tensão inferior a 69kV com demanda igual ou superior a 300kW e
aplicação opcional a consumidores atendidos em tensão inferior a 69kV
com demanda entre 50kW e 300kW):
• demanda de potência - um preço para a ponta e um preço para fora
de ponta; e

3 Correção do Fator de Potência


• consumo de energia ativa - um preço p/ponta em período úmido,
um preço p/fora de ponta em período úmido, um preço para ponta
em período seco e um preço para fora de ponta em período seco.
 tarifa horo-sazonal verde (aplicação opcional a consumidores atendidos
em tensão inferior a 69kV com demanda a partir de 50kW):
• demanda de potência - um preço único; e
• consumo de energia ativa - um preço para ponta em período úmido,
um preço para fora de ponta em período úmido, um preço p/ponta
em período seco e um preço para fora de ponta em período seco.
 ultrapassagem de demanda contratada, aplicada caso os valores de
demanda medidos superem os valores contratados, sendo aplicada a
tarifa de ultrapassagem (três vezes superior à tarifa normal), sendo
concedidas, no entanto, as seguintes tolerâncias:
• 5% para unidade consumidora atendida em tensão igual ou superior
a 69kV (tarifa horo-sazonal Azul);
• 10% para unidade consumidora atendida em tensão inferior a 69kV
e que tenha tido, no mês de faturamento, demanda contratada para
o segmento fora de ponta (tarifa horo-sazonal Azul) e demanda
contratada (tarifa horo-sazonal Verde) superior a 100kW; e
• 20% para unidade consumidora atendida em tensão inferior a 69kV
e que tenha tido, no mês de faturamento, demanda contratada para
o segmento fora de ponta (tarifa horo-sazonal Azul) e demanda
contratada (tarifa horo-sazonal Verde) de 50kW até 100kW.

A curva de carga, abaixo apresentada, é obtida quando se


representa no eixo vertical os valores de demanda, e no eixo horizontal
intervalos de tempo do período ao qual se refere a curva (diário, mensal,
etc...).

A área sob a curva de carga representa o consumo (demanda x


tempo).

(kW) D

Pinst.

Dmáx

Dméd

(horas)
6 12 18 24

É interessante observar que o fator de carga mede o


aproveitamento do sistema, equipamento, etc.

4 Correção do Fator de Potência


Assim, se um consumidor possui fator de carga de 98%, significa
que suas instalações estão sendo utilizadas praticamente em sua
capacidade total, durante todo o tempo, operando com uma demanda
sempre próxima ao valor máximo.

O fator de demanda indica a influência da simultaneidade das cargas


na determinação da demanda máxima.

Este fator é, portanto, essencialmente importante para se


dimensionar os componentes do sistema elétrico a partir da potência
instalada.

1.4 BENEFÍCIOS DA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA

As principais vantagens da correção do fator de potência são


caracterizadas a seguir:
 eliminação do pagamento pelo fornecimento de energia reativa
excedente nas contas de energia elétrica;
 redução de perdas, uma vez que as mesmas variam com o quadrado
da corrente elétrica total;
 liberação da capacidade dos sistemas de geração própria (se houver),
transformadores e da rede de distribuição interna, permitindo a ligação
de novas cargas sem custo adicional;
 menor manutenção em dispositivos de proteção e manobra gerando
economia a longo prazo e aumento da vida útil; e
 melhoria do nível de tensão nas cargas, em função da redução da
queda de tensão nos alimentadores obtida graças à redução do fluxo
de corrente reativa.

5 Correção do Fator de Potência


2. FORNECIMENTO DE ENERGIA REATIVA - REGULAMENTAÇÃO

2.1 PRINCÍPIOS DA REGULAMENTAÇÃO

A Portaria Nº 1.569 de 23/12/93 do DNAEE - Departamento


Nacional de Águas e Energia Elétrica (atualmente incorporada na
Resolução Nº 456 da ANEEL) introduziu profundas alterações na
regulamentação sobre fator de potência nos fornecimentos aos
consumidores.

O fator de potência de referência estabelecido como limite para


cobrança de energia reativa excedente, por parte da concessionária
passou de 0,85 para 0,92, independente do sistema tarifário, a partir dos
faturamentos correspondentes às leituras efetuadas no mês de abril de
1994.

A energia reativa capacitiva passou, a critério da concessionária, a


ser medida e faturada. Pela legislação regulamentadora anterior (Portaria
DNAEE nº 222), apenas a energia reativa indutiva era passível de
verificação e faturamento.

A energia reativa indutiva deve ser medida ao longo das 24 horas do


dia. Se a concessionária decidir medir também a energia reativa
capacitiva, deverá fazê-lo de 00:00 a 06:00 horas ficando, nesse caso, a
medição da energia reativa indutiva limitada ao período de 06:00 a
24:00 horas.

Os novos critérios para faturamento regulamentam a cobrança de


excedentes de energia reativa, abandonando, assim, a figura tradicional
do “ajuste por baixo fator de potência” que sempre foi associado à idéia
de multa.

O excedente reativo indutivo ou capacitivo, que ocorre quando o


fator de potência indutivo ou capacitivo é inferior ao valor de referência
de 0,92, é cobrado com tarifa de energia ativa e de demanda ativa
(R$/kWh e R$/kW) e introduz o conceito de energia ativa reprimida ou
seja, a cobrança pelo “espaço” ocupado com a circulação de excedente
reativo no sistema elétrico.

A revisão da regulamentação foi elaborada com base em alguns


princípios que revisaram a sistemática de avaliação da energia reativa
circulante no sistema elétrico, conforme caracterizado a seguir:
 a energia reativa indutiva sobrecarrega o sistema elétrico,
principalmente nos períodos do dia em que é mais solicitada (cargas
média e pesada);
 a energia reativa capacitiva é prejudicial nos períodos de carga leve,
provocando elevação da tensão, e a conseqüente necessidade de
instalação de equipamentos corretivos e a realização de manobras no
sistema;
6 Correção do Fator de Potência
 a necessidade de liberação de capacidade do sistema elétrico;
 a promoção do uso racional da energia elétrica;
 a criação de condições para que os custos de expansão do sistema
elétrico sejam distribuídos de forma mais justa;
 a legislação do fator de potência não visa aumento de receita da
concessionária.

O cálculo do fator de potência poderá ser feito de duas formas


distintas:
 por avaliação mensal: através de valores de energia ativa e reativa
medidos durante o ciclo de faturamento - como era feito anteriormente
- somando-se, em módulo, os valores das energias reativas indutiva e
capacitiva medidas nos períodos respectivos; e
 por avaliação horária: através de valores de energia ativa e reativa
medidos de hora em hora, seguindo-se os períodos anteriormente
mencionados, para verificação de energia reativa indutiva e capacitiva,
que só pôde ser aplicada a partir do faturamento correspondente às
leituras efetuadas no mês de abril de 1996.

2.2 CÁLCULO DO EXCEDENTE DE REATIVOS

A legislação introduz nova terminologia, tanto no âmbito da medição


quanto no do faturamento:
 UFER - (Unidades FER) - montante de energia ativa reprimida,
correspondente ao excedente de consumo de energia reativa:
• FER - faturamento (R$) do excedente de consumo de energia
reativa, ou seja, faturamento (R$) do montante de energia reativa
reprimida:
FER = UFER × R$ / kWh ; e
 UFDR - (Unidades FDR) - demanda de potência ativa reprimida
correspondente ao excedente de demanda de potência reativa:
• FDR - faturamento (R$) do excedente de demanda de potência
reativa, ou seja, faturamento (R$) da demanda de potência ativa
reprimida:
FDR = UFDR × R$ / kW .

A demanda de potência ativa reprimida UFDR e o montante de


energia ativa reprimida UFER são calculados através de fórmulas
definidas em portaria para a avaliação mensal e para a avaliação horária.

No caso de aplicação de tarifas horo-sazonais, estes deverão ser


diferenciados de acordo com os respectivos postos horários.

7 Correção do Fator de Potência


2.2.1 Avaliação mensal

0,92
UFDR = DM × − DF , onde:
fm
 DM - demanda máxima ativa registrada no ciclo de faturamento,
através de integralização de 15 minutos;
 DF - demanda faturável no ciclo de faturamento (maior valor da
demanda, dentre a medida ou a contratada); e
 fm - fator de potência médio mensal.

 0,92 
UFER = CA ×  − 1 , onde
 fm 

 CA - consumo ativo no ciclo de faturamento;

Com base nos dados de kWh e de kvarh obtidos pelos equipamentos de


medição, o sistema de faturamento determina os valores de fm, UFDR e
UFER e efetua ainda os faturamentos FDR e FER.

2.2.2 Avaliação horária

UFDR = DMCR − DF , onde:


 DF: demanda faturável no ciclo de faturamento (maior valor da
demanda, dentre a medida ou a contratada); e
n  0,92 
 DMCR: maior valor de demanda ativa corrigida = max  DAi ×
i=1
,
fi 
sendo:
• DAi - demanda ativa registrada, integralização horária, e
• fi - fator de potência médio horário.

n   0,92   
UFER = ∑  CAi ×  − 1   , onde:
  
i=1  fi

 Cai - consumo ativo registrado de hora em hora.

O registrador digital determina a cada hora o valor de fi em função


dos montantes de kWh e de kvarh.

Se esse valor for menor que o valor de referência (0,92) o


registrador acumula o valor correspondente de UFER, calculando ainda o
valor de DMCR.

No final do ciclo de faturamento o registrador fornece um total


acumulado de UFER e o valor máximo de DMCR.

Com base nesses valores, o sistema de faturamento calcula o valor


de UFDR e os faturamentos FDR e FER.
8 Correção do Fator de Potência
2.3 FATURAMENTO DO EXCEDENTE

O faturamento do excedente de reativo terá as seguintes


componentes para os grupos e sistemas tarifários existentes:
⇒ GRUPO A:
 Tarifa Convencional:
• uma componente FDR correspondente ao excedente de demanda
de potência reativa, e
• uma componente FER correspondente ao excedente de consumo de
energia reativa;
 Tarifa Horo-Sazonal Verde:
• uma componente FDR correspondente ao excedente de demanda
de potência reativa, e
• duas componentes FERp e FERfp correspondentes ao excedente de
consumo de energia reativa nos segmentos de ponta e fora de
ponta.
 Tarifa Horo-Sazonal Azul:
• duas componentes FDRp e FDRfp correspondentes ao excedente de
demanda de potência reativa nos segmentos de ponta e fora de
ponta, e
• duas componentes FERp e FERfp correspondentes ao excedente de
consumo de energia reativa nos segmentos de ponta e fora de
ponta;

⇒ GRUPO B - uma componente FER correspondente ao excedente de


consumo de reativo; e

Cabe registrar que a Portaria Nº 456, prevê que para as unidades


consumidoras do Grupo B (baixa tensão), o faturamento da energia
reativa será feito segundo a expressão:

 0,92 
FER = CA ×  − 1 × TCA , onde
 fm 

 FER - faturamento de energia reativa;


 fm - fator de potência medido, durante um período mínimo de 7
(sete) dias consecutivos; e
 TCA - Tarifa de consumo ativo.

Nesta expressão o fator de potência da unidade consumidora será


calculado com base em dados verificados através de medição
transitória, abrangendo um período mínimo de 7 (sete) dias
consecutivos.

9 Correção do Fator de Potência


O faturamento de energia reativa excedente correspondente, ficará
condicionado à prévia notificação ao consumidor e será efetuado até
que o mesmo comunique ao concessionário ter corrigido o fator de
potência de suas instalações.

Alternativamente a concessionária poderá implantar medição


permanente em seus consumidores do Grupo B.

10 Correção do Fator de Potência


3. CAUSAS DO BAIXO FATOR DE POTÊNCIA

Antes de realizar investimentos para corrigir o fator de potência de


uma instalação, deve-se procurar identificar as causas da sua origem,
uma vez que a solução das mesmas pode resultar na correção, ao menos
parcial, do fator de potência.

A seguir, são apresentadas as principais causas que dão origem a um


baixo fator de potência.

3.1 NÍVEL DE TENSÃO ACIMA DO NOMINAL

O nível de tensão tem influência negativa sobre o fator de potência


das instalações, pois como se sabe a potência reativa (kvar) é,
aproximadamente, proporcional ao quadrado da tensão.

Assim, no caso dos motores, que são responsáveis por mais de 50%
do consumo de energia elétrica na indústria, a potência ativa só depende
da carga dele solicitada, e quanto maior for a tensão aplicada nos seus
terminais, maior será a quantidade de reativos absorvida e,
consequentemente, menor o fator de potência da instalação.

A tabela 3.1, apresenta a variação percentual do fator de potência


em função da carga e da tensão aplicada em motores.

Neste caso devem ser conduzidos estudos específicos para melhorar


os níveis de tensão, através da utilização de uma relação mais adequada
de taps dos transformadores ou da tensão nominal dos equipamentos.

Tensão Aplicada Carga nos Motores (Em relação à Nominal)


(% de Vnom Motor)
50% 75% 100%
120% Decresce 15% a Decresce 10% a 30% Decresce 5% a
40% 15%
115% Decresce 8% a 20% Decresce 6% a 15% Decresce 4% a 9%
110% Decresce 5% a 6% Decresce de 4% Decresce de 3%
100% - - -
90% Cresce de 4% a 5% Cresce de 2% a 3% Cresce de 1%

Tabela 3.1: influência da variação da tensão no fator de potência.

3.2 MOTORES OPERANDO EM VAZIO OU SUPERDIMENSIONADOS

Os motores elétricos de indução consomem praticamente a mesma


quantidade de energia reativa quando operando em vazio ou a plena
carga.

A potência reativa consumida pelos motores classe B, são


aproximadamente iguais às potências dos capacitores indicadas nas
Tabelas 3.2 e 3.3.
11 Correção do Fator de Potência
Na prática observa-se que para motores operando com cargas
abaixo de 50% de sua potência nominal o fator de potência cai
bruscamente.

Nestes casos deve-se verificar a possibilidade, por exemplo, de se


substituir os motores por outros de menor potência, com torque de
partida mais elevado e mais eficiente.

VELOCIDADE SÍNCRONA (rpm) / NÚMERO DE PÓLOS DO MOTOR


POTÊNCIA 3600 1800 1200 900 720 600
DO MOTOR 2 4 6 8 10 12
(HP) kvar(1 %I kvar %I kvar %I kvar %I kvar %I kvar %I
) (2)

3 1,5 14 1,5 15 1,5 20 2 27 2,5 35 3,5 41


5 2 12 2 13 2 17 3 25 4 32 4,5 37
7,5 2,5 11 2,5 12 3 15 4 22 5,5 30 6 34
10 3 10 3 11 3,5 14 5 21 6,5 27 7,5 31
15 4 9 4 10 5 13 6,5 18 8 23 9,5 27
20 5 9 5 10 6,5 12 7,5 16 9 21 12 25
25 6 9 6 10 7,5 11 9 15 11 20 14 23
30 7 8 7 9 9 11 10 14 12 18 16 22
40 9 8 9 9 11 10 12 13 15 16 20 20
50 12 8 11 9 13 10 15 12 19 15 24 19
60 14 8 14 8 15 10 18 11 22 15 27 19
75 17 8 16 8 18 10 21 10 26 14 32,5 18
100 22 8 21 8 25 9 27 10 32,5 13 40 17
125 27 8 26 8 30 9 32,5 10 40 13 47,5 16
150 32,5 8 30 8 35 9 37,5 10 47,5 12 52,5 15
200 40 8 37,5 8 42,5 9 47,5 10 60 12 65 14
250 50 8 45 7 52,5 8 57,5 9 70 11 77,5 13
300 57,5 8 52,5 7 60 8 65 9 80 11 87,5 12
350 65 8 60 7 67,5 8 75 9 87,5 10 95 11
400 70 8 65 6 75 8 85 9 95 10 105 11
450 75 8 67,5 6 80 8 92,5 9 100 9 110 11
500 77,5 8 72,5 6 82,5 8 97,5 9 107,5 9 115 10

Tabela 3.2: capacitores para motores de baixa tensão.

(1)
Máxima potência capacitiva recomendada.
(2)
Redução percentual de corrente da linha, após a instalação dos capacitores recomendados.

12 Correção do Fator de Potência


VELOCIDADE SÍNCRONA (rpm) / NÚMERO DE PÓLOS DO MOTOR
POTÊNCIA 3600 1800 1200 900 720 600
DO 2 4 6 8 10 12
MOTOR
(HP) kvar( %I kvar %I kvar %I kvar %I kvar %I kvar %I
1) (2)

100 20 7 25 10 25 11 25 11 30 12 45 17
125 30 7 30 9 30 10 30 10 30 11 45 15
150 30 7 30 8 30 8 30 9 30 11 60 15
200 30 7 30 6 45 8 60 9 60 10 75 14
250 45 7 45 5 60 8 60 9 75 10 90 14
300 45 7 45 5 75 8 75 9 75 9 90 12
350 45 6 45 5 75 8 75 9 75 9 90 11
400 60 5 60 5 60 6 90 9 90 9 90 10
450 75 5 60 5 75 6 90 8 90 8 90 8
500 75 5 75 5 90 6 120 8 120 8 120 8
600 75 5 90 5 90 5 120 7 120 8 135 8
700 90 5 90 5 90 5 135 7 150 8 150 8
800 90 5 120 5 120 5 150 7 150 8 150 8

Tabela 3.3: capacitores para motores de média tensão.


(1)
Máxima potência capacitiva recomendada.
(2)
Redução percentual de corrente da linha, após a instalação dos
capacitores recomendados.

3.3 TRANSFORMADORES EM VAZIO OU COM PEQUENAS CARGAS

É comum nos momentos de baixa carga se encontrar


transformadores operando em vazio ou alimentando poucas cargas.
Nestas condições, ou quando superdimensionados, poderão consumir
uma elevada quantidade de reativos.

O consumo de energia reativa por parte dos transformadores pode


ser obtido através de medidores (analisadores de energia) ou
determinados por cálculos necessitando-se neste caso, obter dos
fabricantes os valores da potência reativa média de transformadores a
vazio.

Na falta deste valor, pode-se obter através da Tabela 3.4, a potência


reativa média a vazio de transformadores até 1000kVA.

Desta maneira, a energia reativa absorvida por um transformador


operando em vazio ou com baixa carga pode ser obtida multiplicando-se
o valor indicado na Tabela 3.4, da carga reativa, pelo número de horas
do período em que se configura esta operação em vazio.

13 Correção do Fator de Potência


Para se eliminar ou reduzir este efeito, deve-se verificar na prática,
a possibilidade de se desenergizar os transformadores, ou a utilização de
um transformador específico (de menor potência) para alimentação das
cargas nos períodos de baixo consumo.

Potencia do Carga Reativa Média em Vazio


Transformador (kVA) do Transformador (kvar)
10 1,0
15 1,5
30 2,0
45 3,0
75 4,0
112,5 5,0
150 6,0
225 7,5
300 8,0
500 12,0
750 17,0
1.000 19,5
Tabela 3.4: solicitação de reativos de transformadores em vazio.

14 Correção do Fator de Potência


4. LOCALIZAÇÃO DOS CAPACITORES

Em princípio os capacitores podem ser instalados de acordo com as


alternativas de localização caracterizadas na Figura 4.1 e descritas a
seguir:
 no lado de alta tensão dos transformadores (tipo centralizado);
 nos barramentos secundários dos transformadores (tipo centralizado);
 nos barramentos secundários onde exista um agrupamento de cargas
indutivas (tipo distribuído);
 junto às grandes cargas indutivas (tipo individual).

Os motores síncronos, por sua vez, só se mostram em condições de


competir economicamente com os capacitores nas tensões elevadas, mas
a exemplo destes devem também ser instalados nas barras de carga cujo
fator de potência deva ser melhorado.

Sempre que possível os capacitores devem ser instalados o mais


próximo possível das cargas, para que os benefícios devido a sua
instalação se reflitam em toda a rede elétrica.

AT
A

BT

M M M M
C D

A) na alta-tensão
B) na baixa-tensão
C)em grupos de motores
D)em motores individuais
E) em ramais de baixa-tensão

15 Correção do Fator de Potência


Quando os valores reais da corrente de magnetização não forem
disponíveis, as Tabelas 3.2 e 3.3, fornecem os valores de potência dos
capacitores a serem instalados nos terminais dos motores de indução,
tipo gaiola da classe B, de torque e corrente de partida normais.

Para que se possa redimensionar o relé térmico do motor, as


Tabelas 3.2 e 3.3 fornecem, ainda, os valores percentuais de redução da
corrente de carga dos referidos motores.

Os valores da potência dos capacitores e da redução de corrente,


indicados nestas tabelas, quando multiplicados respectivamente por 1,1 e
1,05, se aplicam também aos motores de rotor bobinado.

4.1 CAPACITORES NO SECUNDÁRIO DOS TRANSFORMADORES

Neste tipo de ligação, os capacitores são instalados no barramento


secundário, através de dispositivos de manobra e proteção, que
permitam desligá-los quando a instalação estiver operando com baixa
carga.

Este tipo de instalação, pela utilização do fator de demanda, permite


ao consumidor obter uma apreciável redução dos custos em relação a
correção feita individualmente junto as cargas.

Também neste caso, há que se verificar a ocorrência de sobretensão


e torques transitórios, principalmente nos casos de existência de cargas
de grande inércia e religamentos rápidos.

Nestes casos deve-se estudar a necessidade também de se instalar


bancos automáticos para evitar que ao se desligar um bloco grande de
cargas, a carga restante permaneça conectada a um grande banco de
capacitores.

Deve-se considerar, na especificação do montante do banco de


capacitores a ser instalado no barramento secundário de um
transformador, a elevação de tensão no ponto, que pode ser estimada a
partir da potência total do banco e a potência e impedância nominal do
transformador segundo a expressão:

∆V % =
k var cap
× Z trafo (%)
kVA trafo

Por exemplo, um banco de capacitores de 200kvar instalado no


secundário de um transformador de 1000kVA, de impedância 7%,
acarretaria uma elevação da tensão de 1,4% (1,014pu de Vn).

Convém ainda registrar, que a potência gerada pelo capacitor varia


diretamente com o quadrado da tensão no ponto, conforme a expressão:

16 Correção do Fator de Potência


= kVAr cap × V onde;
2
kVAr gerado

 kVAr = potência nominal do capacitor; e


cap

 V = tensão aplicada ao capacitor em pu.


Considerando o exemplo anterior e supondo que a tensão no ponto,
após a instalação do capacitor, se situe em 1,014 pu, a potência reativa
gerada pelo capacitor será de 205,6kVAr.

4.2 CAPACITORES NOS BARRAMENTOS SECUNDÁRIOS (CCMS)

A instalação de capacitores em CCMs, é uma solução intermediária


em relação as duas primeiras, e dela se tira partido, quando houver
grandes concentrações de cargas pequenas que inviabilizem a correção
do tipo individual.

Neste método se usufrui da diversidade das cargas, para reduzir a


potência do banco de capacitores e aliviar o circuito alimentador do CCM.

Os mesmos cuidados mencionados nos itens anteriores devem ser


observados para se evitar problemas transitórios e sobretensões quando
do desligamento das cargas.

4.3 INSTALAÇÃO DE CAPACITORES NO LADO DE ALTA TENSÃO

Esta solução deverá ser objeto de análise técnica e econômica,


devido ao custo dos equipamentos de manobra e proteção, muito
embora em certos casos este custo possa ser compensado pela economia
obtida nos preços dos capacitores que em alta tensão são mais baratos.

Registre-se, ainda, que os bancos de capacitores instalados em alta


tensão devem, preferencialmente, ser chaveados o mínimo possível, em
virtude das sobretensões e sobrecorrentes transitórias decorrentes
destes chaveamentos.

17 Correção do Fator de Potência


5. A CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA
5.1 GENERALIDADES

Não existe uma regra geral para se corrigir o fator de potência de


uma instalação.

Cada caso exige uma análise criteriosa da utilização da demanda e


energia reativas e das condições operacionais.

Assim a abordagem feita neste capítulo através de recomendações e


considerações diversas tem por objetivo orientar os técnicos e
engenheiros sobre algumas das práticas usuais empregadas, nos cálculos
de correção do fator de potência.

Para ilustrar como se corrige o fator de potência, num caso simples,


vamos considerar uma instalação de 80kW, que tenha um fator de
potência médio igual a 80% e se queira corrigi-lo para 90%.

Pede-se a determinação da potência reativa a ser ligada a esta


instalação para se obter o resultado desejado.

Solução:

Para uma melhor visualização vamos utilizar o método de resolução


que utiliza o triângulo de potências:

ϕ2
ϕ1

Com um cosϕ1 = 0,80 tem-se;

kW = 80
80
kVA = = 100
0,8
kvar = (100) 2 - (80) 2 = 60

Com um cosϕ2 = 0,90 tem-se;


kW = 80
80
kVA = = 88,9
0,9
kvar = (88,9) 2 - (80) 2 = 38,7

18 Correção do Fator de Potência


Assim:
kvar necessarios = 60 - 38,7 = 21,3

Na prática, métodos mais simples, utilizando tabelas que


determinam multiplicadores, permitem a determinação dos kvar
necessários a partir do valor em kW pela aplicação da fórmula:

&
kvar(necessarios) = kW . (tgϕ 1- tgϕ 2)

Onde os valores de tgϕ1 - tgϕ2 são tabelados conforme tabela 6.2.

Para ilustrar o uso da tabela 5.1, o exercício acima seria resolvido da


seguinte maneira:

Da tabela 5.1, obtém-se o valor 0,266 para o multiplicador, que


devemos aplicar sobre a potência ativa (kW) da instalação, para obter a
correção de 0,80 para 0,90.

kvar necessário = 0,266 x 80 = 21,3

Os valores de tgϕ1 e de tgϕ2 podem ser obtidos também através da


tabela 6.2 que ilustra as tangentes trigonométricas para vários valores
de fator de potência, contendo até algarismos dos milésimos do fator de
potência, que permitem maior precisão na determinação dos kvar
necessários.

A título de exemplo pode-se determinar os kvar necessários para


corrigir o fator de potência de uma carga de 100kW, de 0,836 para
0,932, a partir da tabela 5.2:

&
kvar(necessarios) = kW . (tgϕ 1- tgϕ 2)
tgϕ1 = tangente correspondente ao fator de potência 0,836 =
0,656
tgϕ2 = tangente correspondente ao fator de potência 0,932 =
0,389
kvar = 100 x (0,656 - 0,389) = 100 x 0,267 = 26,7kvar

19 Correção do Fator de Potência


fator FATOR DE POTÊNCIA CORRIGIDO ( COS ϕ2 )
potência
original
(cos ϕ1) 0,85 0,86 0,87 0,88 0,89 0,90 0,91 0,92 0,93 0,94 0,95 0,96 0,97 0,98 0,99 1,00

0,50 1,11 1,13 1,16 1,19 1,22 1,24 1,27 1,30 1,33 1,36 1,40 1,44 1,48 1,52 1,58 1,73
2 9 5 2 0 8 6 6 7 9 3 0 1 9 9 2
0,51 1,06 1,09 1,12 1,14 1,17 1,20 1,23 1,26 1,29 1,32 1,35 1,39 1,43 1,48 1,54 1,68
7 4 0 7 5 3 1 1 2 4 8 5 6 4 4 7
0,52 1,02 1,05 1,07 1,10 1,13 1,15 1,18 1,21 1,24 1,28 1,31 1,35 1,39 1,44 1,50 1,64
3 0 6 3 1 9 7 7 8 0 4 1 2 0 0 3
0,53 0,98 1,00 1,03 1,06 1,08 1,11 1,14 1,17 1,20 1,23 1,27 1,30 1,34 1,39 1,45 1,60
0 7 3 0 8 6 4 4 5 7 1 8 9 7 7 0
0,54 0,93 0,96 0,99 1,01 1,04 1,07 1,10 1,13 1,16 1,19 1,23 1,26 1,30 1,35 1,41 1,55
9 6 2 9 7 5 3 3 4 6 0 7 8 9 6 9
0,55 0,89 0,92 0,95 0,07 1,00 1,03 1,06 1,09 1,12 1,15 1,19 1,22 1,26 1,31 1,37 1,51
9 6 2 9 7 5 3 3 4 6 0 7 8 6 6 9
0,56 0,86 0,88 0,91 0,94 0,96 0,99 1,02 1,05 1,08 1,11 1,15 1,18 1,22 1,27 1,33 1,48
0 7 3 0 8 6 4 4 5 7 1 8 9 7 7 0
0,57 0,82 0,84 0,87 0,90 930 0,95 0,98 1,01 1,04 1,07 1,11 1,15 1,19 1,23 1,29 1,44
2 9 5 2 8 6 6 7 9 3 0 1 9 9 2
0,58 0,78 0,81 0,83 0,86 0,89 0,92 0,94 0,97 1,01 1,04 1,07 1,11 1,15 1,20 1,26 1,40
5 2 8 5 3 1 9 9 0 2 6 3 4 2 2 5
0,59 0,74 0,77 0,80 0,82 0,85 0,88 0,91 0,94 0,97 1,00 1,04 1,07 1,11 1,16 1,22 1,36
9 6 2 9 7 5 3 3 4 6 0 7 8 6 6 9
0,60 0,71 0,74 0,76 0,79 0,82 0,84 0,87 0,90 0,93 0,97 1,00 1,04 1,08 1,13 1,19 1,33
3 0 6 3 1 9 7 7 8 0 4 1 2 0 0 3
0,61 0,67 0,70 0,73 0,75 0,78 0,81 0,84 0,87 0,90 0,93 0,97 1,00 1,04 1,09 1,15 1,29
9 6 2 9 7 5 3 3 4 6 0 7 8 6 6 9
0,62 0,64 0,67 0,69 0,72 0,75 0,78 0,81 0,84 0,87 0,90 0,93 0,97 1,01 1,06 1,12 1,26
6 3 9 6 4 2 0 0 1 3 7 4 5 3 3 6
0,63 0,61 0,64 0,66 0,69 0,72 0,74 0,77 0,80 0,83 0,87 0,90 0,94 0,98 1,03 1,09 1,23
3 0 6 3 1 9 7 7 8 0 4 1 2 0 0 3
0,64 0,58 0,60 0,63 0,66 0,68 0,71 0,74 0,77 0,80 0,83 0,87 0,90 0,95 0,99 1,05 1,20
1 8 4 1 9 7 5 5 6 8 2 9 0 8 8 1
065 0,49 0,57 0,60 0,62 0,65 0,68 0,71 0,74 0,77 0,80 0,84 0,87 0,91 0,96 1,02 1,16
6 2 9 7 5 3 3 4 6 0 7 8 6 6 9
0,66 0,51 0,54 0,57 0,59 0,62 0,65 0,68 0,71 0,74 0,77 0,80 0,84 0,88 0,93 0,99 1,13
8 5 1 8 6 4 2 2 3 5 9 6 7 5 5 8
0,67 0,48 0,51 0,54 0,56 0,59 0624 0,65 0,68 0,71 0,74 0,77 0,81 0,85 0,90 0,96 1,10
8 5 1 8 6 , 2 2 3 5 9 6 7 5 5 8
0,68 0,45 0,48 0,51 0,53 0,56 0,59 0,62 0,65 0,68 0,71 0,74 0,78 0,82 0,87 0,93 1,07
8 5 1 8 6 4 2 2 3 5 9 6 7 5 5 8
0,69 0,42 0,45 0,48 0,50 0,53 0,56 0,59 0,62 0,65 0,68 0,72 0,75 0,79 0,84 0,90 1,04
9 6 2 9 7 5 3 3 4 6 0 7 8 6 6 9
0,70 0,40 0,42 0,45 0,48 0,50 0,53 0,56 0,59 0,62 0,65 0,69 0,72 0,76 0,81 0,87 1,02
0 7 3 0 8 6 4 4 5 7 1 8 9 7 7 0
0,71 0,37 0,39 0,42 0,45 0,48 0,50 0,53 0,56 0,59 0,62 0,66 0,70 0,74 0,78 0,84 0,99
2 9 5 2 0 8 6 6 7 9 3 0 1 9 9 2
0,72 0,34 0,37 0,39 0,42 0,54 0,48 0,50 0,53 0,56 0,60 0,63 0,67 0,71 0,76 0,82 0,96
4 1 7 4 2 0 8 8 9 1 5 2 3 1 1 4
0,73 0,31 0,34 0,36 0,39 0,42 0,45 0,48 0,51 0,54 0,57 0,60 0,64 0,68 0,73 0,79 0,93
6 3 9 6 4 2 0 0 1 3 7 4 5 3 3 6
0,74 0,28 0,31 0,34 0,36 0,39 0,42 0,45 0,48 0,51 0,54 0,58 0,61 0,65 0,70 0,76 0,90
9 6 2 9 7 5 3 3 4 6 0 7 8 6 6 9
0,75 0,26 0,28 0,31 0,34 0,37 0,39 0,42 0,45 0,48 0,51 0,55 0,59 0,63 0,67 0,73 0,88
2 9 5 2 0 8 6 6 7 9 3 0 1 9 9 2
0,76 0,23 0,26 0,28 0,31 0,34 0,37 0,39 0,42 0,46 0,49 0,52 0,56 0,60 0,65 0,71 0,85
5 2 8 5 3 1 9 9 0 2 6 3 4 2 2 5
0,77 0,20 0,23 0,26 0,28 0,31 0,34 0,37 0,40 0,43 0,46 0,50 0,53 0,57 0,62 0,68 0,82
9 6 2 9 7 5 3 3 4 6 0 7 8 6 0 9
0,78 0,18 0,20 0,23 0,26 0,29 0,31 0,34 0,37 0,40 0,43 0,47 0,51 0,55 0,59 0,65 0,80
2 9 5 2 0 8 6 6 7 9 3 0 1 9 9 2
0,79 0,15 0,18 0,20 0,23 0,26 0,29 0,32 0,35 0,38 0,41 0,44 0,48 0,52 0,57 0,63 0,77
6 3 9 6 4 2 0 0 1 3 7 4 5 3 3 6
0,80 0,13 0,15 0,18 0,21 0,23 0,26 0,29 0,32 0,35 0,38 0,42 0,45 0,49 0,54 0,60 0,75
0 7 3 0 8 6 4 4 5 7 1 8 9 7 9 0
0,81 0,10 0,13 0,15 0,18 0,21 0,24 0,26 0,29 0,32 0,36 0,39 0,43 0,47 0,52 0,58 0,72
4 1 7 4 2 0 8 8 9 1 5 2 3 1 1 4
0,82 0,07 0,10 0,13 0,15 0,18 0,21 0,24 0,27 0,30 0,33 0,36 0,40 0,44 0,49 0,55 0,69
8 5 1 8 6 4 2 2 3 5 9 6 7 5 5 8
0,83 0,05 0,07 0,10 0,13 0,16 0,18 0,21 0,24 0,27 0,30 0,34 0,38 0,42 0,46 0,52 0,67
2 9 5 2 0 8 6 6 7 9 3 0 1 9 9 2
0,84 0,02 0,05 0,07 0,10 0,13 0,16 0,19 0,22 0,25 0,28 0,31 0,35 0,39 0,44 0,50 0,64
6 3 9 6 4 2 0 0 1 3 7 4 5 3 3 6

20 Correção do Fator de Potência


0,85 0,00 0,02 0,05 0,08 0,10 0,13 0,16 0,19 0,22 0,25 0,29 0,32 0,36 0,41 0,47 0,62
0 7 3 0 8 6 4 4 5 7 1 8 9 7 7 0
0,86 0,00 0,02 0,05 0,08 0,10 0,13 0,16 0,19 0,23 0,26 0,30 0,34 0,39 0,45 0,59
0 6 3 1 9 7 7 8 0 4 1 2 0 0 3
0,87 0,00 0,02 0,05 0,08 0,11 0,14 0,17 0,20 0,23 0,27 0,31 0,36 0,42 0,56
0 7 5 3 1 1 2 4 8 5 6 4 4 7
0,88 0,00 0,02 0,05 0,08 0,11 0,14 0,17 0,21 0,24 0,28 0,33 0,39 0,54
0 8 6 4 4 5 7 1 8 9 7 7 0
0,89 0,00 0,02 0,05 0,08 0,11 0,14 0,18 0,22 0,26 0,30 0,36 0,51
0 8 6 6 7 9 3 0 1 9 9 2
0,90 0,00 0,02 0,05 0,08 0,12 0,15 0,19 0,23 0,28 0,34 0,48
0 8 8 9 1 5 2 3 1 1 4
0,91 0,00 0,03 0,06 0,09 0,12 0,16 0,20 0,25 0,31 0,45
0 0 1 3 7 4 5 3 3 6
0,92 0,00 0,03 0,06 0,09 0,13 0,17 0,22 0,28 0,42
0 1 3 7 4 5 3 3 6
0,93 0,00 0,03 0,06 0,10 0,14 0,19 0,25 0,39
0 2 6 3 4 2 2 5
0,94 0,00 0,03 0,07 0,11 0,16 0,22 0,36
0 4 1 2 0 0 3
0,95 0,00 0,03 0,07 0,12 0,18 0,32
0 7 9 6 6 9
0,96 0,00 0,04 0,08 0,14 0,29
0 1 9 9 2
0,97 0,00 0,04 0,10 0,25
0 8 8 1
0,98 0,00 0,06 0,20
0 0 3
0,99 0,00 0,14
0 3
1,00 0,00
0

Tabela 5.1: multiplicadores para determinação dos kvar necessários para a correção do fator de potência

FATOR TANGENTES TRIGONOMÉTRICAS


DE ALGARISMOS DOS MILÉSIMOS NO FATOR DE POTÊNCIA
POTÊNCIA 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1,00 - - - - - - - - - -
0,99 0,143 0,135 0,127 0,119 0,110 0,100 0,090 0,078 0,063 0,045
0,98 0,203 0,198 0,192 0,187 0,181 0,175 0,169 0,163 0,156 0,150
0,97 0,251 0,246 0,242 0,237 0,233 0,228 0,223 0,218 0,213 0,208
0,96 0,292 0,288 0,284 0,280 0,276 0,272 0,268 0,264 0,259 0,255
0,95 0,329 0,325 0,322 0,318 0,314 0,310 0,307 0,303 0,299 0,296
0,94 0,363 0,360 0,356 0,353 0,350 0,346 0,343 0,339 0,339 0,332
0,93 0,395 0,392 0,389 0,386 0,383 0,379 0,376 0,373 0,370 0,366
0,92 0,426 0,423 0,420 0,417 0,414 0,411 0,408 0,405 0,402 0,398
0,91 0,456 0,453 0,450 0,447 0,444 0,441 0,438 0,435 0,432 0,429
0,90 0,484 0,482 0,479 0,476 0,473 0,470 0,467 0,464 0,461 0,459
0,89 0,512 0,510 0,507 0,504 0,501 0,498 0,495 0,493 0,490 0,487
0,88 0,440 0,537 0,534 0,532 0,529 0,526 0,523 0,521 0,518 0,515
0,87 0,567 0,564 0,561 0,559 0,556 0,553 0,551 0,548 0,545 0,543
0,86 0,593 0,591 0,588 0,585 0,583 0,580 0,577 0,575 0,572 0,569
0,85 0,620 0,617 0,615 0,612 0,609 0,607 0,604 0,601 0,599 0,596
0,84 0,646 0,643 0,641 0,638 0,636 0,633 0,630 0,628 0,625 0,622
0,83 0,672 0,669 0,667 0,664 0,662 0,659 0,656 0,654 0,651 0,649
0,82 0,698 0,695 0,693 0,690 0,688 0,685 0,682 0,680 0,677 0,675
0,81 0,724 0,721 0,719 0,716 0,714 0,711 0,708 0,706 0,703 0,701
0,80 0,750 0,747 0,745 0,742 0,740 0,737 0,734 0,732 0,729 0,727
0,79 0,776 0,774 0,771 0,768 0,766 0,763 0,760 0,758 0,755 0,753
0,78 0,802 0,800 0,797 0,794 0,792 0,789 0,787 0,784 0,781 0,779
0,77 0,829 0,826 0,823 0,821 0,818 0,815 0,813 0,810 0,808 0,805
0,76 0,855 0,853 0,850 0,847 0,845 0,842 0,839 0,837 0,834 0,831
0,75 0,882 0,879 0,877 0,874 0,871 0,869 0,866 0,863 0,861 0,858
0,74 0,909 0,906 0,904 0,901 0,898 0,895 0,893 0,890 0,887 0,885
0,73 0,936 0,934 0,931 0,928 0,925 0,923 0,920 0,917 0,914 0,912
0,72 0,964 0,961 0,958 0,956 0,953 0,950 0,947 0,945 0,942 0,939
0,71 0,992 0,989 0,986 0,983 0,981 0,978 0,975 0,972 0,970 0,967
0,70 1,020 1,017 1,015 1,012 1,009 1,006 1,003 1,000 0,997 0,995
0,69 1,049 1,046 1,043 1,040 1,037 1,035 1,032 1,029 1,026 1,023
0,68 1,078 1,075 1,072 1,069 1,067 1,064 1,061 1,058 1,055 1,052
0,67 1,108 1,105 1,102 1,099 1,096 1,093 1,090 1,087 1,084 1,081
0,66 1,138 1,135 1,132 1,129 1,126 1,123 1,120 1,117 1,114 1,111
0,65 1,169 1,166 1,163 1,160 1,157 1,154 1,151 1,148 1,144 1,141

21 Correção do Fator de Potência


0,64 1,201 1,197 1,194 1,191 1,188 1,185 1,182 1,179 1,175 1,172
0,63 1,233 1,230 1,226 1,223 1,220 1,217 1,213 1,210 1,207 1,204
0,62 1,266 1,262 1,259 1,256 1,252 1,249 1,246 1,243 1,239 1,236
0,61 1,299 1,296 1,292 1,289 1,286 1,282 1,279 1,275 1,272 1,269

Tabela 5.2: tangentes trigonométricas correspondentes aos vários valores de fator de potência

FATOR TANGENTES TRIGONOMÉTRICAS


ALGARISMOS DOS MILÉSIMOS NO FATOR DE POTÊNCIA
POTÊNCIA 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0,60 1,333 1,330 1,326 1,323 1,320 1,316 1,313 1,309 1,306 1,302
0,59 1,369 1,365 1,361 1,358 1,254 1,351 1,347 1,344 1,340 1,337
0,58 1,405 1,401 1,397 1,394 1,390 1,386 1,383 1,379 1,376 1,372
0,57 1,442 1,438 1,434 1,430 1,427 1,423 1,419 1,416 1,412 1,408
0,56 1,480 1,476 1,472 1,468 1,464 1,460 1,457 1,453 1,449 1,445
0,55 1,519 1,515 1,511 1,507 1,503 1,499 1,495 1,491 1,487 1,483
0,54 1,559 1,555 1,551 1,547 1,542 1,538 1,534 1,530 1,526 1,523
0,53 1,600 1,596 1,592 1,588 1,583 1,579 1,575 1,571 1,567 1,563
0,52 1,643 1,638 1,634 1,630 1,626 1,621 1,617 1,613 1,608 1,604
0,51 1,687 1,682 1,677 1,673 1,669 1,665 1,660 1,656 1,651 1,647
0,50 1,732 1,727 1,723 1,718 1,714 1,709 1,705 1,700 1,696 1,691
0,49 1,779 1,774 1,770 1,765 1,760 1,755 1,751 1,746 1,741 1,737
0,48 1,828 1,823 1,818 1,813 1,808 1,803 1,798 1,794 1,789 1,784
0,47 1,878 1,873 1,868 1,863 1,858 1,853 1,848 1,843 1,838 1,833
0,46 1,930 1,925 1,920 1,914 1,909 1,904 1,899 1,894 1,888 1,883
0,45 1,985 1,979 1,974 1,968 1,963 1,957 1,952 1,946 1,941 1,936
0,44 2,041 2,035 2,030 2,024 2,018 2,012 2,007 2,001 1,996 1,990
0,43 2,100 2,094 2,088 2,082 2,076 2,070 2,064 2,058 2,052 2,047
0,42 2,161 2,155 2,148 2,142 2,136 2,130 2,124 2,118 2,112 2,106
0,41 2,225 2,218 2,212 2,205 2,199 2,192 2,186 2,180 2,173 2,167
0,40 2,291 2,185 2,278 2,271 2,264 2,258 2,251 2,244 2,238 2,231
0,39 2,361 2,354 2,347 2,340 2,333 2,326 2,319 2,312 2,305 2,298
0,38 2,434 2,427 2,419 2,412 2,405 2,397 2,390 2,383 2,375 2,368
0,37 2,511 2,503 2,495 2,488 2,480 2,472 2,464 2,457 2,449 2,442
0,36 2,592 2,583 2,575 2,567 2,559 2,551 2,543 2,535 2,527 2,519
0,35 2,676 2,668 2,659 2,651 2,642 2,633 2,625 2,617 2,608 2,600
0,34 2,766 2,757 2,748 2,739 2,730 2,721 2,712 2,703 2,694 2,685
0,33 2,861 2,851 2,841 2,832 2,822 2,813 2,803 2,794 2,784 2,775
0,32 2,961 2,950 2,940 2,930 2,920 2,910 2,900 2,890 2,880 2,870
0,31 3,067 3,056 3,045 3,034 3,024 3,013 3,002 2,992 2,981 2,971
0,30 3,180 3,168 3,157 3,145 3,134 3,122 3,111 3,100 3,089 3,078
0,29 3,300 3,288 3,275 3,263 3,251 3,239 3,227 3,215 3,203 3,191
0,28 3,429 3,415 3,402 3,398 3,376 3,363 3,351 3,338 3,325 3,313
0,27 3,566 3,552 3,538 3,524 3,510 3,496 3,483 3,469 3,455 3,442
0,26 3,714 3,699 3,683 3,668 3,653 3,639 3,624 3,610 3,595 3,580
0,25 3,873 3,857 3,840 3,824 3,808 3,792 3,776 3,761 3,745 3,729
0,24 4,045 4,027 4,009 3,992 3,975 3,957 3,940 3,923 3,906 3,890
0,23 4,231 4,212 4,193 4,174 4,155 4,136 4,118 4,099 4,081 4,063
0,22 4,434 4,413 4,392 4,372 4,351 4,330 4,310 4,291 4,270 4,251
0,21 4,656 4,632 4,610 4,587 4,565 4,542 4,520 4,499 4,477 4,456
0,20 4,899 4,873 4,848 4,824 4,799 4,775 4,750 4,726 4,703 4,679

22 Correção do Fator de Potência


Tabela 5.2: tangentes trigonométricas correspondentes aos vários valores de fator de potência (cont.)

5.2 ESTUDO DE CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA:

O estudo de correção do fator de potência, visa o dimensionamento


de capacitores, compreendendo a definição de sua potência e tensão
nominais, a sua localização física e a sua característica de atuação (modo
fixo ou automático) e deve ser elaborado a partir da disponibilidade das
seguintes informações principais:
 medições de demanda e fator de potência nos pontos de interesse (por
exemplo: secundário do transformador abaixador da instalação
consumidora) em intervalos de 1 hora, em conformidade com os
critérios estabelecidos pela regulamentação da ANEEL, durante um
período representativo da operação do sistema, contemplando a
variação da carga em seus níveis máximo e mínimo;
 medições de corrente e tensão nos capacitores existentes, para
verificação se os mesmos operam em suas condições nominais;
 análise das contas de energia por um período mínimo de 12 meses
(consumo e demanda ativa e reativa, fator de potência, fator de carga,
tarifas de ultrapassagem da demanda contratada; adequação do tipo
de tarifação adotado: convencional ou horo-sazonal azul ou verde);
 diagrama unifilar do sistema elétrico;
 levantamento das características operativas do sistema, turnos de
trabalho, previsão de inclusão ou exclusão de cargas significativas,
planos de expansão e etc...;
 levantamento no local, da disponibilidade de espaço físico para
instalação dos capacitores;
 plantas de arranjo físico da subestação principal e subestações de
distribuição internas, caso existentes;
 identificação das cargas de maior porte (regime de operação,
características elétricas e localização);
 identificação de medidas corretivas a serem adotadas para a melhoria
do fator de potência, que não dependam da instalação de bancos de
capacitores (por exemplo: substituição de motores super ou
subdimensionados, substituição de reatores de lâmpadas de descarga
por reatores de alto fator de potência, desligamento de
transformadores operando em vazio, remanejamento da operação de
determinadas cargas para outros períodos do dia e etc...).

Levantadas as informações, inicia-se o estudo com a análise das


causas, para em seguida se proceder a um diagnóstico que as identifique
e indique as melhores soluções.

É bom lembrar, que a correção do fator de potência, pode ser feita,


até certo ponto, corrigindo-se as causas, o que levará à utilização de
equipamentos de correção com menor potência.
23 Correção do Fator de Potência
Posteriormente, deverão ser feitas avaliações, sobre a melhor
localização dos equipamentos de correção, levando-se em conta, os
aspectos econômicos.

Finalmente, os resultados dos cálculos são analisados em conjunto,


para que através de uma avaliação econômica das alternativas
levantadas, se façam as recomendações finais.

Antes de encerrar este capítulo, é oportuno observar que para as


instalações de grande porte, o Estudo de Fluxo de Carga, que faz uso de
programa computacional específico, pode se apresentar como ferramenta
auxiliar poderosa na pesquisa das causas e na análise das medidas a
serem recomendadas para a correção do fator de potência.

24 Correção do Fator de Potência


6. TIPOS DOS CAPACITORES

Os capacitores de baixa tensão, existentes atualmente na mercado,


são classificados em três grupos:
 capacitores a seco, com tecnologia PPM (Polipropileno Metalizado), sem
óleo biodegradável;
 capacitores imersos, com tecnologia PPM (Polipropileno Metalizado),
imersos em óleo biodegradável; e
 capacitores impregnados, com tecnologia NÃO PPM (Polipropileno +
folhas de alumínio), impregnados em óleo biodegradável.

Com relação à durabilidade frente à exposição a sobretensões e a


presença de harmônicos, os capacitores impregnados são
significativamente mais resistentes, que os imersos em óleo, que por sua
vez apresentam desempenho superior aos capacitores a seco.

Convém registrar que as diferenças técnicas entre os diversos tipos


de capacitores não se resumem, apenas à questão de impregnação ou não
do óleo, devendo-se principalmente à composição dos materiais para a
formação da parte ativa do capacitor (placas e dielétrico), que
determinarão a real durabilidade dos capacitores, em condições adversas
de operação.

Cabe mencionar que os compostos de policlorobifenil (PCB’s),


comercialmente conhecidos como óleos ascaréis, tiveram a sua produção
e comercialização proibidos em todo o território nacional pela Portaria
Interministerial n° 19 (Ministérios do Interior, Indústria e Comércio e
Minas e Energia) de 29/01/1981, devido a suas características tóxicas
para pessoas e o meio ambiente.

Desta forma os capacitores (ou transformadores de potência) ainda


em operação, devem ser recolhidos e incinerados segundo procedimentos
específicos.

Estes procedimentos envolvem o recolhimento do óleo ascarel em


tambores e o retalhamento dos capacitores que posteriormente são
incinerados em fornos a uma temperatura de 1.000°C, sendo os gases
tóxicos resultantes da combustão tratados e filtrados antes de serem
liberados para a atmosfera.

A NBR 8371 - Ascarel para Transformadores e Capacitores -


Características e Riscos (junho/97), contém os procedimentos a serem
adotados, contemplando os aspectos de manuseio, acondicionamento,
operação e manutenção de equipamentos, transporte, eliminação e
destinação final do óleo e do equipamento.

25 Correção do Fator de Potência


As unidades capacitivas de alta tensão são monofásicas e constituídas
por armadura de alumínio e filme de polipropileno impregnados com óleo
biodegradável, sendo formadas pela associação série/paralelo de células
capacitores.

26 Correção do Fator de Potência


7. ESPECIFICAÇÃO DOS CAPACITORES DE BAIXA TENSÃO
7.1 NORMA

A norma adotada para capacitores de baixa tensão (até 1000V) é a IEC 831-
1 Shunt power capacitors of the self-healing type for ac systems having a
rated voltage up to and including 1000V (1996).
7.2 TENSÃO

A tabela 7.1, extraída da NBR 5282/88, apresenta os valores de


tensão máxima de longa duração (regime permanente), suportadas pelos
capacitores de tensão nominal acima de 1.000V.

TIPO TENSÃO DURAÇÃO


(valor eficaz) MÁXIMA
Freqüência 1,00 Vn contínua
nominal
Freqüência 1,10 Vn 8 horas por período
nominal de 24hs
Freqüência 1,15 Vn 30 minutos por
nominal período de 24hs
Freqüência 1,20 Vn 5 minutos
nominal
Freqüência 1,30 Vn 1 minuto
nominal
Freqüência Valor tal que a corrente não exceda a
nominal mais 1,3 In
harmônicos

Tabela 7.1: tensões de longa duração


Notas

a) As sobretensões indicadas na tabela 18.1 foram assumidas


considerando que valores superiores a 1,15 Vn não ocorrem mais
que 200 vezes durante a vida do capacitor.

7.3 CORRENTE

Com relação à corrente máxima permissível a norma IEC 831-1,


registra que as unidades capacitivas devem ser capazes de suportar
continuamente uma corrente de valor eficaz igual a 1,3 In, excluindo os
transitórios.

Em função do valor real da capacitância, que pode ser no máximo


igual a 1,15 vezes a capacitância nominal, a máxima corrente permissível
pode alcançar 1,5 In.

Estes fatores de sobrecorrente visam levar em conta os efeitos


combinados de harmônicos, de sobretensões e da tolerância da
capacitância.

7.4 TOLERÂNCIA DA CAPACITÂNCIA

27 Correção do Fator de Potência


Com relação a capacitância são aceitas as seguintes tolerâncias em
relação a capacitância nominal:
 -5% a +15% para unidades capacitivas e bancos de capacitores de
até 100kvar;
 0 a +10% para unidades capacitivas e bancos de capacitores
superiores a 100kvar.

7.5 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO


Os dispositivos de proteção e manobra (disjuntores, fusíveis,
contatoras) e os cabos de alimentação dos capacitores devem ser
dimensionados para suportar continuamente, pelo menos, 1,5 vezes In.
7.6 RESISTOR DE DESCARGA
Os capacitores de baixa tensão, possuem resistores de descargas
próprios, que reduzem a tensão residual a 75V, em até 3 minutos, após o
desligamento dos mesmos.
O fato de existir um dispositivo de descarga, não elimina a
necessidade de se curto-circuitar os terminais entre si e a terra, antes de
qualquer manutenção.

28 Correção do Fator de Potência


8. ESPECIFICAÇÃO DOS CAPACITORES DE ALTA TENSÃO

8.1 NORMAS

As normas da ABNT, a serem utilizadas para a especificação,


instalação e operação de capacitores em tensões superiores a 1000V, são
relacionadas a seguir:
 NBR 5060 - Guia para Instalação e Operação de Capacitores de
Potência (julho/77).
 NBR 5282 - Capacitores de Potência em Derivação para Sistema de
Tensão Nominal acima de 1000V (maio/88).

8.2 TENSÃO

A tabela 7.1, extraída da NBR 5282/88, apresenta os valores de


tensão máxima de longa duração (regime permanente), suportadas pelos
capacitores de tensão nominal acima de 1.000V.

TIPO TENSÃO DURAÇÃO


(valor eficaz) MÁXIMA
Freqüência 1,00 Vn contínua
nominal
Freqüência 1,10 Vn 12 horas por período
nominal de 24hs
Freqüência 1,15 Vn 30 minutos por
nominal período de 24hs
Freqüência 1,20 Vn 5 minutos
nominal
Freqüência 1,30 Vn 1 minuto
nominal
Freqüência Valor tal que a corrente não exceda a
nominal mais 1,31 In
harmônicos

Tabela 7.1: tensões de longa duração


Notas:
b) Para valores de tensão compreendidos entre 1,00 e 1,10 Vn, a
duração da sobretensão devida, por exemplo, à queima de
unidades, deve ser limitada ao tempo necessário para a reposição
das condições normais de funcionamento, conforme nota b).
c) A amplitude da sobretensão que pode ser tolerada sem
significativa deterioração do capacitor depende da sua duração, do
número total de sobretensões e da temperatura do capacitor.
d) As sobretensões indicadas na tabela 18.1 foram assumidas
considerando que valores superiores a 1,15 Vn não ocorrem mais
que 200 vezes durante a vida do capacitor.

29 Correção do Fator de Potência


e) Os capacitores projetados, conforme a NBR 5282, podem operar
até 12hs por período de 24 hs com até 110% da tensão nominal,
desde que a tensão de crista, incluindo todos os harmônicos não
exceda 1,2 2 vezes Vn, e a potência máxima não exceda a 144%
da potência nominal.

8.3 CORRENTE

Com relação à corrente máxima permissível a NBR 5282/88, registra


que as unidades capacitivas devem ser capazes de suportar
continuamente uma corrente de valor eficaz igual a 1,31 In, excluindo os
transitórios.

Em função do valor real da capacitância, que pode ser no máximo


igual a 1,10 vezes a capacitância nominal, a máxima corrente permissível
pode alcançar 1,44 In

8.4 RESISTOR DE DESCARGA

No caso geral, os capacitores de alta tensão, devem ser


especificados com resistores de descargas próprios, que garantam
reduzir a tensão residual a 50V, em até 5 minutos, após o desligamento
dos mesmos.

O fato de existir um dispositivo de descarga, não elimina a


necessidade de se curto-circuitar os terminais entre si e a terra, antes de
qualquer manutenção

8.5 TOLERÂNCIA DA CAPACITÂNCIA

Com relação a capacitância são aceitas as seguintes tolerâncias em


relação a capacitância nominal:
 -5% a + 10% para unidades capacitivas e bancos de capacitores de
até 3,0Mvar;
 0 a + 10% para bancos de capacitores de 3,0Mvar a 30,0Mvar; e
 0 a + 5% para bancos de capacitores superiores a 30,0Mvar.

8.6 APLICAÇÃO DE REATORES DE AMORTECIMENTO


Quando um banco de capacitores é energizado, no instante do
chaveamento a baixa impedância do banco faz com que apareça uma
corrente de ligamento, também conhecida como corrente de “inrush”,
que possui magnitude e freqüência elevadas. O valor da corrente e da
freqüência, dependem do valor total da capacitância e da indutância do
circuito, assim como do valor da tensão aplicada.
Esta situação torna-se ainda mais crítica quando um banco de
capacitores é energizado, com outros bancos de capacitores já operando
em paralelo, esta situação é conhecida como energização “back-to-back”.

30 Correção do Fator de Potência


O projeto do capacitor e o arranjo do banco de capacitores devem
leva em consideração os altos valores da corrente de ligamento, bem
como a sua freqüência. Assim, a instalação de reatores de
amortecimento (ou reatores limitadores de corrente de ïnrush”), irá
proteger a chave ou o disjuntor a ser utilizado para o chaveamento.
Existem disjuntores e chaves interruptoras que possuem resistores de
pré-inserção que servem para limitar a corrente de ligamento,
dispensando, desta forma, a utilização de reatores. A indutância dos
reatores necessária será então uma resultante da limitação da chave ou
do disjuntor.
Os valores máximos de corrente de ligamento e sua freqüência,
considerando a energização de um único banco de capacitores (sem
outros bancos de capacitores em paralelo), podem ser determinados a
partir das expressões:

E  XC 
I max = 1 + 
XC − XL  XL 

XC
f max = 60 ×
XL
onde,
E = tensão fase-terra do sistema em kV;
XC = reatância capacitiva do banco por fase em Ω;
XL = reatância indutiva do sistema, vista do ponto de instalação do
banco, por fase em Ω;
Imax = valor máximo da corrente de ligamento em kA; e
fmax = valor máximo da freqüência da corrente de ligamento em Hz.
Os valores de Xc e Xl são calculados a partir das expressões:

( kV )
2

X C
=
M var

(kV )
2

X L
=
MVAcc

onde,
kV = tensão fase-fase do sistema;
Mvar = potência trifásica do banco de capacitores; e
MVAcc = potência de curto-circuito do sistema.

O valor da corrente de ligamento se situa, usualmente, em cerca de


15 vezes a corrente nominal do banco de capacitores.
Quando um banco de capacitores em paralelo com um ou mais
bancos de capacitores é energizado, uma corrente de ligamento adicional
fluirá devido à descarga dos capacitores energizados sobre o banco de
capacitores que está sendo energizado. Neste caso, o valor da corrente e
freqüência dependem basicamente da indutância existente entre os
bancos de capacitores.
31 Correção do Fator de Potência
Os valores máximos de corrente de ligamento e freqüência
associada podem ser calculados pelas fórmulas:
C
I max = 2 E
Lo
1
f max =
2π C × Lo
onde,
E = tensão fase-terra do sistema em kV;
C = capacitância equivalente do circuito em µF;
Lo = indutância entre os bancos de capacitores em µH;
Imax = valor máximo da corrente de ligamento em kA;
fmax = valor máximo da freqüência da corrente de ligamento em Hz.
A figura 7.1 ilustra a situação descrita:

Lo

C=
CC 1 2

C +C
1 2

C1 C2

Figura 7.1 - chaveamento de bancos de capacitores em paralelo

A indutância Lo possui valor baixo, dependendo basicamente da


distância entre dois bancos de capacitores adjacentes. A tabela 7.2
apresenta alguns valores típicos de indutância, que podem ser utilizados
na falta de informações mais precisas.
ITEM INDUTÂNCIA
Cabo monofásico 1,08µH/m
Cabo trifásico 0,24µH/m
Chave a óleo (15kV x 200A) 0,8µH
Chave a óleo (15kV x 400A) 1,2µH
trifásica
Bancos de capacitores 1,0µH/banco
Disjuntor consultar fabricante
Chave a vácuo desprezível
Tabela 7.2 - valores aproximados de indutância
Os valores máximos de corrente de ligamento se situam em uma faixa de 20 até
250 vezes a corrente nominal. Esse valor deve ser sempre verificado para que se
assegure que a chave ou disjuntor sejam capazes de suportá-lo.
A forma de se assegurar um valor menor de corrente de ligamento, consistiria na
aplicação de reatores limitadores de corrente em série com os bancos de capacitores.

32 Correção do Fator de Potência


A determinação da corrente e frequência de ligamento associadas à energização
de bancos de capacitores pode ser feita, com maior precisão através da utilização de
programa computacional específico para análise de transitórios como o ATP - Alternative
Transients Program, que permite uma modelagem detalhada dos elementos do sistema,
inclusive de elementos não lineares como característica V x I de pára-raios e de
transformadores operando em saturação, e a simulação de diversas situações de
chaveamento, facilitando a especificação de reatores limitadores, disjuntores, pára-raios
e etc.

33 Correção do Fator de Potência


9. REFERÊNCIAS

 IEEE Std. 141/93 - IEEE Recommended Practice for Electric Power Distribution for Industrial
Plants;
 IEC 831-1 Shunt power capacitors of the self-healing type for ac systems having a rated voltage
up to and including 1000V (1996);
 NBR 5060 - Guia para Instalação e Operação de Capacitores de Potência;

 NBR 5282 - Capacitores de Potência em Derivação para Sistema de Tensão Nominal acima de
1000V;
 NBR 8371 - Ascarel para Transformadores e Capacitores - Características e Riscos (junho/97

 Manual INDUCON - Capacitores de Potência;

 Regulamentação sobre Fator de Potência - Legislação e Tecnologia para Correção, Palestra


Técnica da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica do CREA/RJ, Eng° Roberto Cunha de
Carvalho; e
 Correção do Fator de Potência e Interferência Harmônica, Palestra Técnica da Câmara
Especializada de Engenharia Elétrica do CREA/RJ, Eng° Roberto Cunha de Carvalho e Fabio
Lamothe Cardoso, Agosto/2000.

34 Correção do Fator de Potência


10. REFERÊNCIAS

 IEEE Std. 141/93 - IEEE Recommended Practice for Electric Power


Distribution for Industrial Plants;
 IEC 831-1 Shunt power capacitors of the self-healing type for ac
systems having a rated voltage up to and including 1000V (1996);
 NBR 5060 - Guia para Instalação e Operação de Capacitores de
Potência;
 NBR 5282 - Capacitores de Potência em Derivação para Sistema de
Tensão Nominal acima de 1000V;
 NBR 8371 - Ascarel para Transformadores e Capacitores -
Características e Riscos (junho/97
 Manual INDUCON - Capacitores de Potência;
 Regulamentação sobre Fator de Potência - Legislação e Tecnologia para
Correção, Palestra Técnica da Câmara Especializada de Engenharia
Elétrica do CREA/RJ, Eng° Roberto Cunha de Carvalho; e
 Correção do Fator de Potência e Interferência Harmônica, Palestra
Técnica da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica do CREA/RJ,
Eng° Roberto Cunha de Carvalho e Fabio Lamothe Cardoso,
Agosto/2000.

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