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1, A natureza da ciéncia e da pesquisa cientifica Como “conhecemos” 0 mundo? Como conseguimos entender as pessoas ¢ 0 que clas fazem? Podemos ler a respeito do mundo © das pessoas © aprender muita coisa, Por exemplo, o conhecimento das pes- foas, de seus motivos e comportamento, pode ser tirado de poemas, novelas e textos de psicologia. Para investigar mais profundamente os sentimentos e motivago das pessoas, podemos ler Freud ¢ Dostoievsky. Outra mancira de nos informarmos a respeito do mundo € ouvir os outros. Pais e professores descrevem o mundo para as crianigas. Politicos, jornalistas ¢ professores estiio constantemente nos dizendo o que eles acham que deveriamos saber. Tel conhecimento ¢ derivado da autori- dade; alguma fonte que aceitamos como digna de erédito nos dé esse conhecimento, Outro caminho importante para o conhecimento € a observa: a0. Observamos o mugdo ¢ outras pessoas durante toda a nossa Vida. Usamos nossos seniidos para receber ¢ interpretar as informa- ges que recebemos de fora. Vejo um carro vindo em minha direcio 4 grande velocidade. Fuio dele. Ob: Jocidade, inferi perigo e agi. A observagio € entio, obviamente, uma importante fonte de conhecimento. Tnfelizmente, 2 observago comum e a autoridade nem sempre sfio guias de toda confianga. Populagdes inteiras de individuos léem, ouver f acreditam no que dizem os demagogos. Ha muito se sabe que 2 maioria das pessoas sfio més observadoras até dos fenémenos mais simples. Por exemplo, duas pessoas observam uma terceira fazer gestos; pergunte-Ihes {© que o individuo fez. Se ambas concordatem em sua observagio, seré rivel, Se concordarem na interpretacac do que o individuo fez, mais incrivel ainda. Uma das dificuldades & que nenhum acontecimento € t20 simples assim, Outra é que os observadores interagem com e afetam 0 que observam. Assim, a observagdo € um processo ativo que raramente 6 simples. ‘A ciéncia se desenvolveu, em parte, pela necessidade de um méiodo de conhecimento ¢ compreensio mais seguro ¢ digno de confianga do {que os métodos relativamente desprovidos de controle geralmente usados. Foi preciso inventar uma abordagem dn conhecimento, apta a permitir 1 informagio vélida ¢ fidedigna sobre fendmenos complexos, inclusive 0 complexo fendmeno do préprio homem. Era preciso superar explicagées absolutistas, metafisicas e mitolégicas de fendmenos naturais — ou pelo menos suplementé-Jas — com uma abordagem até certo ponto exterior 20 homem © sucesso da ciéncia como abordagem do conhecimento compreensiio de fendmenos naturais tem sido notével. Mas a compreen- so da ciéncia ¢ da abordagem usada pelos cientistas tem sido conside. ravelmente menos notével. Pode-se dizer que a ciéncia é seriamente ‘mal compreendida, © objetivo basico deste livro é ajudar 0 leitor a compreender a abordagem, © pensamento © os métodos da ciéncia e da pesquisa cien- tifica. Seu foco espe ird para a pesquisa em psicologia, socio. logia € educacio. A abordagem geral é a mesma, ou pelo menos basica- mente semelhante, em todas as cigncias. Estudaremos esta sbordagem muito cuidadosamente. Entretanto, hé dificuldades e problemas especiais na cigncia ¢ pesquisa comportamentais que precisamos conhecer se qui. sermos entender tal pesquisa. ? Em outras palavras ,a abordagem geral do conhecimento e compreensio da fisica ¢ da psicologia é a mesma, mas of detalhes da teoria e investigagdo s30 muito diferentes. Por exemplo, a complexidade ¢ a ambigiidade do comportamento humano, geralmente considerado como mais complexo e ambiguo do que os objetos do mundo fisico, criam grandes problemas de observacio e inferéncia vélidas e fidedignas. Medir aspectos do comportamento humano — agressividade, preconceito, preferéncias politicas e realizaco escolar, por exemplo — & geralmente mais diffe do que medir as propriedades dos corpos E grande a necessidade de compreender a ciéncia ¢ a abordagem cientifica, Esta necessidade ¢ grande principalmente na psicologia, socio- Togia e educacdo, dada a urgéncia dos problemas humanos e sociais que 08 pesquisadores estudam, dada a natureza controvertida de alguns dos problemas e métodos das ciéncias comportamentais. Este livro se concentra nesta necessidade. "As clncias comportamentais so as que estudam ¢ procuram entender o homem, fs instiluigdes humanas, aces e comporiamentes humanos: sociologia, psicalogia, antropologis, economia, ciéneia peliticn. O- termo ias sociais” & também usado, mas Hclacias comportamentais” parece um termo mais eral, mis abran Esta definiefo 6 correta apenas no plano geal. Embora as disciplinas com: Dossam ser claramente definidas, muitas veres as distincdes entee las sfo atenuadas na teoria © na pesquisa reais. Socidlogos © psiccloges, ‘por Sree, legentemente peneram uns no capo dos ous, Aig ds, cos sientistas comportamentais, apesar da definigso da pesquisa comportamental, extudam animais, a vezes com grande impacto no. conhecimento cientfice do comportamente, 2 Natureza geral da ciéncia cifncia € um empreendimento preocupado exclusivamente com desejam conhecer © compreender as coisas. Eles querem poder dizer: se fizermos isto aqui, aconteceré aquilo ali. Se frostrarmos as eriangas, provavelmente elas agrediréo outras, seus pais, seus professores e até ‘asi prOprias. Se observarmos uma organizagio com regras oe rigidas a restringir seus membros, digamos, os professores de. i escola, ‘poderemos esperar encontrar considerével insatisfagao entre eles. (s cientista, entio, querem “conhecer" os fendmenos. Eles querem saber, entre outras coisas, o que produz 0 comportamento agressivo em criangas © adultos. Querem saber se a frustragao conduz & agressio. Querem saber os efeitos dos meios restritivos ou permissivos de admi- nistragio sobre os membros de uma organizacio. Em resumo, querem “compreender” de que maneira se relacionam os fenémenos psicolé- sicos,sociol6gicos e educacionais. Dois exemplos de pesquisa termos algo especifico com que trabalhar, examinemos dois estudos. Um um experiment, 0 outro nfo 6, Por enquanto, vamos considerar experimento=um estudo no qual se fazem coisas diferentes com grupos diferentes de sujeito — pombos, ratos, criancas, adultos — para ver se 0 que se faz com cles produz efeitos diferentes nos diferentes grupos. Por exemplo, um pesquisador educacional pode pedir a professo- yes que escrevam notas elogiosas nos testes de um grupo de alunos e nada nos testes de outro grupo de alunos. (Ver Page, 1958), ? Entifo, o pesqui- sador vé como esta “manipulasao”, como é chamada, afeta o desempenho dos dois grupos em testes subsegiientes. a mut or outro Indo, em um estudo néo-experimental, néo hi “manipu- tugdo "nao hé tentative. deliberede © controlada de produair efeitos diferentes através de diferentes manipulagdes. As relagSes entre fend- menos so estudadas sem interensio experimental. As caracteristcas ios sujeitos, “como eles so”, so observadas e as relagdes entre as 105 sociélogos estudam a relagdo entre classe social ¢ realizagio escolar, eles tomam a classe social ¢ a realizacio escolar “‘como eles sao”. Medem as duas “‘varidveis”, como séo chamadas, e entio estudam as relagbes entre elas. Nao procuram mudar uma das varidveis para estudar o efeito ‘As sefestacias citadne deste maneira sie dadas no fim do livro. da mudanga sobre a outra variavel. Estas idéias devem ficar claras depois de lermos a discussio dos dois estudos que vém a seguir. 1. Um experimento: recompensa maciga ¢ aproveitamento na leitura Muitas pesquises vém se devotando a entender como o homem e os animais aprendem. Uma das descobertas mais bem documentadas € que a recompensa aumenta a aptendizagem. Se as respostas forem recom pensadas de alguma forma, as mesmas respostas, ou respostas seme- ihantes, serdo repetidas quando ocorrerem condicées semelhantes nova- ‘mente. ‘Se, por exemplo, a crianca € elogiada quando pronuncia uma palavra corretamente, a’ proniincia correta tenderé a ser lembrada e usada subseqtientemente. (Os resultados ndo so ta previsiveis quando se use punicdo.) A teoria por detras da pesquisa, chamada teoria do reforgamento, esté sendo aplicada agora na educago, as vezes com resul- tados gratificantes. * Clark © Welberg (1968) desejavam saber se a recompensa maci fc acl siuderin a dar melhores resultados ‘na leitura entre alunos potencalmente reprovados. Criaram um experimento simples para testar esta idéia. Usa- am eriangas negra de 10 415 anos e com um attaso de vide escolar de um a quatro anos. Dois grupos foram formados de tal maneira# ia admit m ira que se poderia admi- tir serem aproximadamente iguais em caracteristicas que pudessem afe:ar © resultado. Sabe-se, pot exemplo, que a inteligencia afeta o trabalho escolar, como letra aritmtica, Os pesauiadores dever, portato tentar formar grupos iguais cm inteligéncia antes de comegar , ° i comecar o estudo, Do contrétio, 0 resultado pode ser devido nfo ao que for feito no ekperimento, mas ao feto de um grupo ter em médie um nivel de iat Dias Oana Sec ee an Set Sas ae er eee jor exemplo, tabelas de nimeros equiprovaveis. Todos os métodos slo inspirados Feo meso princpo. © ebjtivo blake dn dive a sess @ igus” or rer Snr que ob gropo! aon igoie ertee do expsinentes Disctioaeese 4 E i inteligéncia superior ao do outro. No tipo de pesquisa em que se usam dois grupos e tum tratamento especial é aplicado a um dales, este grupo 6 freqientemente chamado ‘grupo experimental”. O outro, a0 qual nfo fe {az nada em especial, chama-se “grupo de controle’ No inicio do experimento, fedos os alunos foram elogiados por seu trabalho. Isto foi usado para estabelecer médias de xecompensa para fs professores das criangas. (Naturalmente os professores diferem quanto 4 recompensa que usam.) Depois de seis sessGes, as médias de recom- pensa ficaram estabilizadas e 0 experimento propriamente dito comegou. Os professores do grupo experimental, das criangas a receberem trata- mento especial ou experimental, foram avisados para dobrarem ou tripli- carem a recompensa, enquanto os professores do grupo de controle foram avisados para “manterem o trablho em ordem”. No fim de um periodo de trés semanas foi feito um teste de leitura com as criangas. ‘A anilise dos resultados dos testes mostrou que © grupo experi- mental ou da “recompensa macica” fez o teste melhor do que © grupo de controle. Esta conclusio foi inferida de um teste estatistico da dife- renga entre a média de pontos de leitura entre os dois grupos: a média do grupo experimental foi maior do que 2 média do grupo de controle Mais tarde explicaremos 0 principio que rege tais testes estatisticos. Por enquanto, pode-se dizer que a recompensa maciga teve resultados aumentando a contagem de pontos do grupo experimental em compa- raggo com o ntimero dexpontos feitos pelo grupo de controle. Se se pode dizer que tecompensa macigas funcionam com criangas negras arentes e que possam ou devam ser usadas com elas, dependeré de outras pesquisas, destinadas a averiguar se os mesmos resultados slo obtidos repetidamente — isso se chama replicagio — e testando 0 reforcamento em geral com diferentes tipos de criangas. Em outras palavras, os resultados de um estudo sao sugestivos, embora nao conclu- Evos. Talver. as criangas negras carentes necessitem de reforgo macigo — mas talvez no. 2. Um estudo niio-experimental: classes sociais e tipos de criacéio ‘Vamos examinar agora um estudo ndo-experimental. Sabemos que em tal estudo nao hé manipulagéo experimental; néo hé tretamento diferencial de grupos de sujeitos. Tomamos pessoas e grupos “como eles io” e estudamos as supostas influéncias das variveis em outras varié- vyeis, as relagoes entre variéveis, (""Varidvel” ¢ definida no capitulo 2. Por ora, € 0 tempo usado para significar um conceito psicol6gico ou sociol6gico no qual pessoas ou coisas diferem ou variam, por exemplo, sexo, classe social, habilidade verbal, realizacao.) Uma “relacao” em ‘idncia sempre significa uma relagdo entre varidveis. Quando dizemos 5 ue as varidveis A e B esto relacionadas, queremos dizer que existe algo em comum entre as duas varidveis, alguma ligacdo entre elas. Tabela 1.1 Classe social © Suponhamos que os dois cfroulos da figura 1.1 representem esséncias empo de desmame, & 1do de Miller © Swanson (1960).* do que sejam A © B. Isto é, A representa a esséncia do que seja a va- Classe social Desiname _ _ riével A. B a substincia de’A. O cfreulo B, naturalmente, representa = ee esséncia de B. Observe que os efrculos A e B se sobrepdem e que a Cede superposigdo & indicada por tragos horizontals. Isso indica que algo das esséncias de Ae B € compartihado. Uma parte de A é igual & Ut case média 3 parte de B e vice-versa. Esta faixn compartihada, indicads pela rea 0) de tracos fines, representa a relagio entre A e B. A poe ser iateligencia ; ¢ B aproveitamento escolar. A superposicio na figura 116 a 7210540 Ge qapginador 7 3 entre as duas, O que é esta propriedade dividida? F dificil dizer com CHS® ‘obslhed os | oo oo outras evidéncias. Pode ser aptidio ou habllidade verbal; pode ter o L_ ave se denominou inteligenla geral. Mas’ voltemes 20 nosso exemplo. 30 105 Os psicdlogos e sociélogos fizeram grande nimero de pesquises see cles socio desobriam sua mpotncia paras explcasto ©. a om anon gpa am demi. As as ae pute diferentes tipos de comportamento: recreagio, eleigdes criagio dos AS

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