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O SUÍCIDIO NA ADOLESCÊNCIA E A RELAÇÃO COM A

PSICANÁLISE

1.Introduçao

Este tema: O suicídio na adolescência e a relação com a Psicanálise; foi um tema


escolhido por se ter um alto índice na quantidade de adolescentes que tiram as próprias
vidas.

Iremos abordar um tema que atualmente está sendo muito discutido, o suicídio
na adolescência, sendo ainda um tabu falar em suícidio e usaremos como referência
principal a teoria da Psicanálise.

Resumo: Este ensaio tem como função abordar o tema suicídio na adolescência
a partir da visão psicanalitica, apoiando nas elaborações de Sigmund Freud e Jacques
Lacan. Não pretende-se trazer a luz uma reflexao sobre a temática suicídio na
adolescência.percebe-se que o referido tema é pouco discutido no universo
bibliografico,devido a complexidade do tema.

Palavras-Chave: suicídio; adolescência; Psicanálise

2. Desenvolvimento

A palavra adolescente vem do latim (ad) e ( olescer) crescer, significando o


individuo apto para crescer, como tambem é uma palavra derivada de adolescer, que
significa adoecer, observamos que há uma conotaçao da adolescência que aponta tanto
para uma aptidao para crescer como para adoecer (JATOBÁ, 2010,P. 45).

“Portanto a puberdade é o momento de desenvolvimento, onde ocorrem as


maiores mudanças fisicas como:espinhas, corpo, mudança de voz, e tambem
o amadurecimento sexual sendo a ovulaçao e a espermatogênese.
(FERREIRA, 2008, P.96)”
A puberdade envolve um processo biológico na qual é caracterizado por uma
atividade hormonal que desencadeia os caracteres sexuais secundários, surgindo neste
momento da vida humana que a possibilidade de reprodução humana.

É caraterizada por importantes mudanças e principalmente é influenciada pela


interação do adolescente com o seu ambiente, reforçando, a individualidade de cada
adolescente. Nesta fase temos mudanças fisiológicas e psicossociais, e também
alterações cognitivas, morais e espirituais.
Esta fase é marcada por mudanças consideráveis na identidade, consciência e
flexibilidade cognitiva. É quando eles começam a internalizar autonomia e valores, a
estruturando uma personalidade, onde o apoio dos pais e de pares é essencial.
Segundo Freud (1905), o desenvolvimento da sexualidade são as
transformações que seguem uma temporalidade não continua.

Na adolescência, chamada de puberdade por Freud, a pulsão tem uma nova meta
sexual, pois se antes era predominantemente auto-erótica, agora busca uma descarga
através de um objeto sexual.

A adolescência é considerada como a fase de desenvolvimento humano que


marca a passagem da infância para a vida adulta.

A psicanálise não utiliza o termo adolescência, apesar de esta teoria apresentar


algumas consideraçoes a respeito. A psicanálise não aborda os aspectos do fenômeno e
desenvolvimento na adolescência, mas as questoes referentes ao sujeito, o que interessa
a psicanálise; Do ponto de vista da teoria de Lacan é o sujeito do incosciente, ou seja,
sujeito do significante. A psicanálise como teoria propoe um olhar livre de pré-
conceitos para as dores da alma.

A abordagem psicanalitica se destingue de outros tratamentos porque ela não


retira do sintoma os traços de subjetividade, ou seja, não desresponsabiliza o sujeito de
se orientar na vida a partir do que ele sente em seu corpo e pensamento. Freud
(1905/1996), nos seus escritos sobre os tres ensaios sobre a teoria da sexualidade, relata
que a puberdade trata-se ,além da questão sexual, é no periodo de latência que o sujeito
deve elaborar a distinção entre o pai real, simbólico e imaginário (uma das realizaçoes
psíquicas mais significativas, porém também mais dolorosa, do período da puberdade é
o desligamento da autoridade dos pais).
A ressignificação de si mesmo e a construção de identidade constituem-se uma
tarefa que exige do jovem, recursos psíquicos que precedem o processo da adolescência.
As características psíquicas do processo adolescente sofrem influência da cultura e da
sociedade, pois, a construção da subjetividade se dá a partir do encontro com o outro.
O processo de alienação descrito por Lacan é a condição e resultado da inserção
da criança no mundo. Ao nascer, a criança nescessita dos cuidados de outro semelhante
para que possa sobreviver.

Lacan (1964/1995) relata sobre a segunda operaçao de constituição do sujeito,


sendo um momento em que o sujeito instaura a falta no outro, posicionando-se como
um sujeito de escolhas. A operação da separação é iniciada diante da introdução de um
terceiro elemento entre o sujeito e outro, a saber, o significante Nome-Do-Pai, a
separação vai tornar possível o encontro do ser falante com o seu desejo, até então o
sujeito estava acedido ao desejo do outro.

Para que isto ocorra é indispensavel a efetuação de outra operação chamada


metáfora paterna. Para Fink (1995), na teoria lacaniana nome-do-pai tem uma função
simbólica que se reflete numa percepção da criança, o desejo da mãe se volta para outro
lugar, que não coincide com o que ela ocupa, a criança a partir de então busca uma
forma de sair deste lugar de objeto para o outro materno, frente a essas formulações há
a construção subjetiva da fantasia, cuja estrutura é dada a partir do que a criança supõe
poder satisfazer para o outro.

Sendo assim tem o início do processo de separaçao, segundo Fink (1995) a


separação, ao retirar a criança desse lugar de objeto materno irá convocar o
reconhecimento que ela é um ser faltante.

A busca pelo espaço social e sexual, nesta fase é mediada pelo instrumento da
linguagem.

Para a psicanálise, o uso abusivo de tais recursos não verbais, pode ser entendido
como um acting out ou como uma passagem ao ato do sujeito, que tem como finalidade
aliviar a angustia. Na passagem ao ato a atuação não está relacionada á dimensão
simbolica, já o acting out, é possivel verificar esta relação, visto que através de um
apelo em forma de ato, o sujeito faz uma demanda ao olhar do outro, visando transmitir
uma mensagem (LACAN,1962/2005).
O problema do suicídio sempre foi algo discutido, por sociólogos, psicólogos
entre outros, e percebemos que na atualidade ele está sendo cada vez mais discutido,
pois é constate o suicídio por adolescentes, e também pelo motivo do jogo Baleia Azul,
o qual induz muitos adolescentes a tirarem a própria vida. Adolescentes na qual vivem
uma angustia dentro de si, uma desesperada angustia pela atenção dos pais.

Quando o sujeito comete o ato do suicidio é porque foi a única saída na qual ele
encontrou, na verdade o sujeito quer se ver livre da angustia, e não necessariamente
morrer, mas se livrar da angustia, da dor, do vazio, da vida sem desejo. A cultura e a
religião ao qual o sujeito esta incluido influencia o ato, muitas vezes alguns cometem o
ato do suicídio por uma determinada crença, determinada promessa. Existe dois tipos de
pessoas que se suicidam, aqueles que avisam e aqueles que não avisam; por exemplo:
quando o sujeito tenta o suicídio e deixa vestigios do ato, e quando o sujeito não deixa
nenhum vestigio, é de repente, sem que ninguém perceber ou imaginar que vai cometer
o ato; Quando o sujeito deixa rastros do ato, ele quer ser notado,ele esta pedindo ajuda,
ele quer ajuda.

Segundo Hilman (1964/1993), o suicídio não esta destinado aos hospicios, pelo
contrario, onde ele mais acontece é dentro dos lares, no caminho da vida de qualquer
sujeito.

O comportamento suicida costuma se iniciar com ideias de suicídio, ou seja,


pensamentos de acabar com a própria vida. Se o processo avança, surge o planejamento
suicida, que é a etapa em que o sujeito estabelece quando, onde e como fará para levar
avante a conduta de autodestruição. A partir daí, poderá ocorrer a tentativa de suicídio,
resultando ou não em morte. (BAGGIO, et. al, 2009).

Para Freud (1917/1974), a razão pela qual os homens não se matam mutuamente
é justamente o medo do castigo, vindo sob forma divina ou das leis da civilização.

Porém quando a morte se dá por interferencia do proprio sujeito, e não por


motivos naturais o enigma se torna mais intrigante.

“O suicídio é o ato de morrer direta ou indiretamente de um ato positivo ou


negativo praticado pela própria vítima, ato que ela sabia dever esse resultado
(Émile Durkheim, 1897).”
Freud (1923/1976;1930/1974) afirma que quanto mais um homen controla suas
tendências agressivas em relaçao ao outro, mais se intensificam as tendências agressivas
em relaçao ao outro.

A tentativa de suicídio de um sujeito neurótico durante a adolescência, implica


em um apelo. Com isso o suicídio nada tem a dizer, o ato já diz por si só, e diante disso,
ele precisa ser entendido como um significante conforme veremos na citaçao abaixo:

“A tentativa de suicídio jamais é pura passagem ao ato, quer dizer, a


tentativa de suicídio é pura despedida da cadeia significativa, ela
sempre vem denotar uma dificuldade no relacionamento com aquela
que o sujeito institui no lugar do outro, mesmo se muitas vezes o
sujeito de outras maneiras que não pela tentativa de suicídio tenha
chamado atenção para isso (ALBERT,1999, P.19)”

Encontra-se na literatura associações que relacionam a predominância das


“patologias do agir”, tais como, toxicomanias, alcoolismo, transtornos alimentares e
outras condutas autodestrutivas que podem culminar com o suicídio, com a fragilidade
de recursos psíquicos do sujeito (Savietto e Cardoso, 2006; Macedo, Werlang e
Dockhorn, 2008; Coutinho, 2006). Todas essas manifestações no campo psicopatológico
representam uma tentativa desesperada de buscar contornos ou de impor limite corpóreo
a uma vida sem limites que lhes é oferecida pelo mundo adulto e o social (Coutinho,
2006), isto é, uma busca pela simbolização e integração pulsional.
As características da sociedade na transição do adolescente precisam de atenção
na área da saúde mental, necessitando pensar sobre essas características em relação às
transformações que caracterizam a adolescência. A clínica psicanalítica é um lugar
adequado de investigação com a possibilidade de conhecer e estudar a respeito das
configurações de padecimento psíquico dos jovens.
No tratamento psicanalítico trabalha-se com a escuta do sujeito, no caso com a
escuta do adolescente, dando oportunidade de que o ato seja subjetivado, a escuta do ato
pode ajudar o sujeito a criar ou desenvolver sua potencialidade simbólica. Ao buscar a
própria morte, o sujeito convoca o analista a uma escuta do que esta além do desejo
recalcado da neurose. Trata se de uma escuta da urgência, pois se sabe da possibilidade
de que, frente a um fracasso de uma tentativa, outra poderá vir a ocorrer como evidência
(Gerez, 2003).

O que é terapeutico na operaçao analítica não é a pessoa do psicanalista, não é o


seu saber, apesar de ser importante também o saber exposto no analista.Um psicanalista
tem que estudar e muito, a questao é, como manejar esse saber, o lugar de sustentar o
saber suposto, e o lugar do saber pode ser exposto em qualquer discurso instituído no
plano social, contra a angústia o remédio mais eficaz é o desejo, desejo do próprio
sujeito (MILLER,1997).

Vale ressaltar que a psicanálise é uma opçao não só para aqueles sujeitos que já
tentaram o ato do suicídio, mas também, é uma abordagem que dá oportunidade ao
adolescente de tratar as suas angustias, retomando a vida simbólica e de evitar saída tão
drástica como o suicídio (BIRMAM 2007).

Podemos ver no ato suicida uma investida radical e apaixonada de construçao da


subjetividade, questao fundamental que foge a compreenssão do próprio sujeito no
momento de sua execução. Ao tentarmos nos posicionar frente a questao do suicídio
postamo-nos diante da questão do sujeito frente a sua subjetividade: instauração ou
renúncia (JUSTUS,2003,P.3).

Outro autor que relata sobre suicídio e compartilha da mesma idéia de Justus
(2003) e Alberti (1999), foi Douville (2004), afirmando sobre o alarmante e crescente
número de suicídio entre os adolescentes, uma vez que nos coloca em alerta a este ato
como saída para angustia. A tentativa de suicídio se inscreve na série de dificuldades e
problemas da adolescência, quando o jovem não encontra a sustentaçao dos pais, é
preciso que os pais suportem este movimento dos filhos, não abrindo mão de acompaha-
los em sua trajetória. O efeito da desitência dos pais é desesperador, o adolescente se vê
deixado cair, buscando muitas vezes saídas trágicas como a tentativa de suicídio.

3. Consideraçoes finais

Percebemos que a adolescência possui importantes mudanças físicas,


psicológicas e sociais, e temos como principal a construção da identidade. Em algumas
situações o adolescente sente dificuldades em lidar com diversas situações sozinho, e
também com suas próprias angustias, e é nesses momentos que o pensamento no
suicídio aparece. Durante a fase da adolescência é imprescindível que os pais,
familiares, e o analista estejam sempre ao lado desse adolescente para aconselhar,
auxiliando em todas as situações. Pois o adolescente ao pensar no suicídio e
consequentemente se sentir sozinho, ele infelizmente irá executar esse ato, por não saber
lidar com a situação, havendo uma situação conflituosa no desenvolvimento social.
Portanto através deste ensaio pode se afirmar que o suicídio na adolescência é
um ato, o qual, tem como prevenir, uma vez que tanto os profissionais como os
familiares devem estar atentos ás mudanças de comportamento dos adolescentes, no que
tange o isolamento, raiva e agressividade. A psicanálise tem uma contribuição
importantíssima, com o seu papel fundamental de ajudar e acolher o sujeito, e
consequentemente encontrar respostas que faça o adolescente refletir sobre o bem mais
valioso que é sua própria sua vida.

4. Bibliografia

CARVALHO, S. V.; CASTRO, H. S. O Suicídio na Adolescência: Uma Visão da


Psicanálise.

AYUB, P. C. R. O olhar de psicanalistas que escutam a adolescência:


Singularidades da clínica atual.

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