PSICANÁLISE
1.Introduçao
Iremos abordar um tema que atualmente está sendo muito discutido, o suicídio
na adolescência, sendo ainda um tabu falar em suícidio e usaremos como referência
principal a teoria da Psicanálise.
Resumo: Este ensaio tem como função abordar o tema suicídio na adolescência
a partir da visão psicanalitica, apoiando nas elaborações de Sigmund Freud e Jacques
Lacan. Não pretende-se trazer a luz uma reflexao sobre a temática suicídio na
adolescência.percebe-se que o referido tema é pouco discutido no universo
bibliografico,devido a complexidade do tema.
2. Desenvolvimento
Na adolescência, chamada de puberdade por Freud, a pulsão tem uma nova meta
sexual, pois se antes era predominantemente auto-erótica, agora busca uma descarga
através de um objeto sexual.
A busca pelo espaço social e sexual, nesta fase é mediada pelo instrumento da
linguagem.
Para a psicanálise, o uso abusivo de tais recursos não verbais, pode ser entendido
como um acting out ou como uma passagem ao ato do sujeito, que tem como finalidade
aliviar a angustia. Na passagem ao ato a atuação não está relacionada á dimensão
simbolica, já o acting out, é possivel verificar esta relação, visto que através de um
apelo em forma de ato, o sujeito faz uma demanda ao olhar do outro, visando transmitir
uma mensagem (LACAN,1962/2005).
O problema do suicídio sempre foi algo discutido, por sociólogos, psicólogos
entre outros, e percebemos que na atualidade ele está sendo cada vez mais discutido,
pois é constate o suicídio por adolescentes, e também pelo motivo do jogo Baleia Azul,
o qual induz muitos adolescentes a tirarem a própria vida. Adolescentes na qual vivem
uma angustia dentro de si, uma desesperada angustia pela atenção dos pais.
Quando o sujeito comete o ato do suicidio é porque foi a única saída na qual ele
encontrou, na verdade o sujeito quer se ver livre da angustia, e não necessariamente
morrer, mas se livrar da angustia, da dor, do vazio, da vida sem desejo. A cultura e a
religião ao qual o sujeito esta incluido influencia o ato, muitas vezes alguns cometem o
ato do suicídio por uma determinada crença, determinada promessa. Existe dois tipos de
pessoas que se suicidam, aqueles que avisam e aqueles que não avisam; por exemplo:
quando o sujeito tenta o suicídio e deixa vestigios do ato, e quando o sujeito não deixa
nenhum vestigio, é de repente, sem que ninguém perceber ou imaginar que vai cometer
o ato; Quando o sujeito deixa rastros do ato, ele quer ser notado,ele esta pedindo ajuda,
ele quer ajuda.
Segundo Hilman (1964/1993), o suicídio não esta destinado aos hospicios, pelo
contrario, onde ele mais acontece é dentro dos lares, no caminho da vida de qualquer
sujeito.
Para Freud (1917/1974), a razão pela qual os homens não se matam mutuamente
é justamente o medo do castigo, vindo sob forma divina ou das leis da civilização.
Vale ressaltar que a psicanálise é uma opçao não só para aqueles sujeitos que já
tentaram o ato do suicídio, mas também, é uma abordagem que dá oportunidade ao
adolescente de tratar as suas angustias, retomando a vida simbólica e de evitar saída tão
drástica como o suicídio (BIRMAM 2007).
Outro autor que relata sobre suicídio e compartilha da mesma idéia de Justus
(2003) e Alberti (1999), foi Douville (2004), afirmando sobre o alarmante e crescente
número de suicídio entre os adolescentes, uma vez que nos coloca em alerta a este ato
como saída para angustia. A tentativa de suicídio se inscreve na série de dificuldades e
problemas da adolescência, quando o jovem não encontra a sustentaçao dos pais, é
preciso que os pais suportem este movimento dos filhos, não abrindo mão de acompaha-
los em sua trajetória. O efeito da desitência dos pais é desesperador, o adolescente se vê
deixado cair, buscando muitas vezes saídas trágicas como a tentativa de suicídio.
3. Consideraçoes finais
4. Bibliografia