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1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DO MAR - LABOMAR

CURSO DE OCEANOGRAFIA

PROCESSOS FÍSICOS QUE OCORREM NA


BACIA DE SANTOS (SP)

Prof. Dr: Carlos Eduardo Peres Teixeira

Equipe:
Bárbara Elisiário Ponce de Leon
371618

Gabriel Abreu Silvestre Costa


379815

João Victor Cabral de Oliveira


379818

Nayara de Jesus Silva


352269

Raissa Aquino Schatzmann


376416

Fortaleza – CE

2018
2

LISTA DE FIGURAS

CAPITULO I

CONCENTRAÇÃO DE CLOROFILA a na BACIA DE SANTOS (SP)

FIGURA 1: Foto aérea da Baia de Santos mostrando a Cidade e o Porto de


Santos .........................................................................................................................

FIGURA 2: ....................................................................................................................

FIGURA 3: ....................................................................................................................

FIGURA 4: ....................................................................................................................

FIGURA 5: ....................................................................................................................

CAPITULO II

ESTUÁRIOS PRÓXIMOS À BACIA DE SANTOS (SP)

FIGURA 1: Distribuição global dos estuários ..........................................................

FIGURA 2: Estuário característico de domínio por ondas ......................................

FIGURA 3: Estuário característico de domínio por marés ......................................

FIGURA 4: Tipos fisiológicos de estuários ...............................................................

FIGURA 5: Aspectos gerais sobre a área de estudo – Sistema Estuarino de


Santos e São Vicente .................................................................................................

FIGURA 6: Localização das principais fontes poluidoras do Estuário de


Santos–São Vicente (SP) ............................................................................................
3

CAPITULO III

TROCA ENTRE O CONTINENTE E A PLATAFORMA DA BACIA DE SANTOS


(SP)

FIGURA 1: ...................................................................................................................

FIGURA 2: ....................................................................................................................

FIGURA 3: ....................................................................................................................

FIGURA 4: ....................................................................................................................

FIGURA 5: ....................................................................................................................

CAPITULO IV

RESSURGÊNCIA NA BACIA DE SANTOS (SP)

FIGURA 1: Padrões de circulação superficial do Giro Subtropical do Atlântico


Sul. ................................................................................................................................

FIGURA 2: Topografia dinâmica relativamente a 500 db .........................................

FIGURA 3: Estrutura de vórtices tipo dipolo na Bacia de Santos ...........................

FIGURA 4: Formação de um vórtice na região de separação da Corrente do


Brasil ............................................................................................................................

FIGURA 5: A plataforma Continental Sudeste ..........................................................

FIGURA 6: Imagem AVHRR da costa brasileira exibindo os meandros da


Corrente do Brasil .......................................................................................................
4

FIGURA 7: Imagem AVHRR da região Sudeste do Brasil ........................................

FIGURA 8: Representação esquemática da ressurgência de quebra de


plataforma induzida por meandros ciclônicos ........................................................
5

SUMÁRIO

CAPÍTULO I – CONCENTRAÇÃO DE CLOROFILA “A” NA BACIA DE


SANTOS SANTOS-SP

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................

1.1 ...............................................................................................................................

1.2 ...............................................................................................................................

2 CONCENTRAÇÃO DE CLOROFILA “A” NA BACIA DE SANTOS (SP)


SANTOS-SP ......................................................................................................................

2.1 ................................................................................................................................

2.1.1 ............................................................................................................................

2.1.2 ............................................................................................................................

3 CONCLUSÃO .........................................................................................................

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................

CAPÍTULO II – ESTUÁRIOS PRÓXIMOS À BACIA DE SANTOS-SP

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................

1.1 ...............................................................................................................................

1.2 ...............................................................................................................................
6

2 CONCENTRAÇÃO DE CLOROFILA “A” NA BACIA DE SANTOS (SP)


SANTOS-SP ......................................................................................................................

2.1 ................................................................................................................................

2.1.1 ............................................................................................................................

2.1.2 ............................................................................................................................

3 CONCLUSÃO .........................................................................................................

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................

CAPÍTULO III – TROCA ENTRE O CONTINTE E A PLATAFORMA


CONTINENTAL DA BACIA DE SANTOS-SP

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................

1.1 ...............................................................................................................................

1.2 ...............................................................................................................................

2 CONCENTRAÇÃO DE CLOROFILA “A” NA BACIA DE SANTOS (SP)


SANTOS-SP ......................................................................................................................

2.1 ................................................................................................................................

2.1.1 ............................................................................................................................

2.1.2 ............................................................................................................................

3 CONCLUSÃO .........................................................................................................

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................


7

CAPÍTULO IV – RESSURGÊNCIA NA BACIA DE SANTOS (SP)

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................

1.1 Conceito de ressurgência....................................................................................

1.2 Classificação de ressurgência ............................................................................

1.3 Forçantes de ressurgência ..................................................................................

1.4 Efeitos ambientais da ressurgência ...................................................................

2 RESSURGÊNCIA NA PLATAFORMA CONTINENTAL DE SANTOS-SP..............

2.1 Aspectos gerais da ressurgência na plataforma continental sudeste ............

2.1.1 Corrente do Brasil .............................................................................................

2.1.2 Meandros e Vórtices na Corrente do Brasil ....................................................

3 CONCLUSÃO .........................................................................................................

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................


8

CAPÍTULO I
Descrição e caracterização da área
de estudo
Bacia de Santos (SP)
9

1 INTRODUÇÃO

“A região da plataforma continental brasileira é margeada por uma linha


de costa de aproximadamente 6400 km de extensão. A largura dessa plataforma
varia 300 km na região Amazônica a 10 km próximo ao paralelo de 13º S (Figura 1)”.
(ASSAD et al., idem, p.13).

Assad et al. (2009 apud CASTRO; MIRANDA, 1998.) exprimem que,

Devido à influência de diferentes forçantes ambientais em cada região da


plataforma continental brasileira, pode-se subdividi-la em 6 diferentes sub-
regiões: Plataforma Amazônica, Plataforma Nordeste brasileira, Plataforma
Leste brasileira, Região de Campo-Abrolhos, Plataforma Continental
Sudeste e Plataforma Continental Sul.

2 OBJETIVOS DO ESTUDO

Objetivo geral

O objetivo geral do presente estudo é ampliar os conhecimentos sobre os


assuntos tratados em sala de aula e ter conhecimento de como tais assuntos
ocorrem na costa brasileira, especificamente na área de estudo, Bacia de Santos
(SP).

Objetivo específico

O objetivo específico desse estudo é conhecer os processos físicos que


ocorrem na área da Bacia de Santos (SP) tais como:
 Concentração de Clorofila a;
 Estuário próximo à área de estudo;
 Processos de troca entre o Continente e a Plataforma Continental de
Santos (SP);
 Fenômeno de Ressurgência na Bacia de Santos.
10

3 METODOLOGIA

A pesquisa consistiu em:

 Site utilizado para gerar os gráficos.


 Levantamento bibliográfico dos assuntos tratados e seus conceitos.
 Notas de aulas do professor em sala de aula.

4 ÁREA DE ESTUDO

4.1 Descrição da área de estudo

Conforme Baptistelli (2008, p. 30),

A Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), instituída pela Lei


Complementar n.º 815/96 em 30 de julho de 1996, situa-se ao longo do
litoral do Estado de São Paulo, numa extensão de 160 km, compreendendo
os municípios de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá, Bertioga, Praia
Grande, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe. São é a principal cidade na
hierarquia urbana entre as cidades entre as cidades [...].

Assad et al. (ibidem, p.12) expõem que,


A Bacia de Santos é limitada ao norte pela Bacia de Campos, através do
Alto de Cabo Frio, e, ao sul, pela Bacia de Pelotas, através do alto de
Florianópolis. Estende-se, portanto, desde o litoral sul do estado de Santa
Catarina, abrangendo uma área de cerca de 352 mil quilômetros quadrados
até a costa batimétrica 3000 m. É uma bacia de margem divergente,
formada com a abertura do Atlântico Sul, que se iniciou no Cretáceo inferior.
Nesta bacia, localizam-se campos petrolíferas em produção e grandes
reservas por serem exploradas.

4.2 Características físicas da Bacia de Santos

Geograficamente, a Bacia de Santos é limitada da seguinte forma:

 Ao norte – pelas praias de Santos e São Vicente;


 Ao Sul – pela linha imaginária que une a Ponta de Itaipú à Ponta da
Munduba;
11

 À leste – pela Barra do Porto de Santos e os Morros dos Limões e da Barra;


 À oeste – pela Barra de São Vicente e pelos Morros do Japuí, Xixová e Itaipu.

Baptistelli (2008, p.39) exprime as seguintes informações sobre a Bacia


de Santos: “O seu N-S tem cerca de 6,7 km e o eixo E-W cerca de 6,8 km. A
declividade do fundo é suave, as profundidades variam de 0 a 13 m, ao longo do seu
eixo N-S. A área total da região.”

Figura 1 – Foto aérea da Baia de Santos mostrando a Cidade e o Porto de Santos. Na indicação
(com seta) está a visualização do contorno da pluma do efluente lançado pelo emissário de
Santos – São Vicente.

Fonte: BAPTISTELLI (2008, p.33).


12

Produção de séries temporais de


Temperatura da Superfície do Mar
(TSM) e Clorofila-a na Bacia de
Santos (SP)
13

Figura 1 – Mapa de Clorofila-a obtido pelo Sensor Aqua-Modis. A média foi obtida no período
de janeiro de 2011 a janeiro de 2012.

Fonte: Site no qual a imagem foi gerada.


14

Figura 2 – Séries temporais de médias mensais de Clorofila-a no período de 2010 a 2017.


Obtido pelo Sensor Aqua-Modis.

Fonte: Site no qual a imagem foi gerada.

Figura 2 – Legenda da figura.

Fonte: Site no qual a imagem foi gerada.


15

CAPÍTULO II
ESTUÁRIOS DE SANTOS-SP
16

1 INTRODUÇÃO

Na literatura existem diversas definições para o termo estuários. Contudo,


a definição mais utilizada em Oceanografia Física é a feita por Cameron e Pritchard
(1967) no qual eles mencionam que: “Estuário é um corpo de água costeiro
semifechado, com uma ligação livre com o oceano aberto, no interior do qual a água
do mar é, mensuravelmente diluída pela água doce oriunda da drenagem
continental”. (TEIXEIRA, 2018, apud PRITCHARD, 1967).

Outras definições mais recentes sobre estuários são apontadas por


Teixeira (2018) em sala no qual ele menciona que:

“Estuários é um corpo de água costeiro semifechado com ligação livre


com o oceano aberto, que se estende ao longo do rio até o limite de influência da
maré, no interior do qual a água do mar é mensuravelmente diluída pela água doce
oriunda da drenagem continental”. (TEIXEIRA, 2018, slide. 3. apud Dyer, 1993).

Estuário é um corpo costeiro parcialmente fechado de água, que é


permanentemente ou periodicamente conectado com o mar e que recebe,
pelo menos sazonalmente, descargas a partir de um rio(s), e, assim, a sua
17

salinidade é tipicamente menor do que a da água do mar e, varia


temporalmente e ao longo do seu comprimento, como também pode tornar-
se hipersalino. (TEIXEIRA, 2018, slide. 5. apud POTTER, 2010).

Conforme Miranda, Castro e Kjerfve (2002, p 15.),

O estudo dos ambientes estuarinos foi iniciado há cerca de 120


anos por pesquisadores escandinavos. Entretanto, somente
nos últimos cinquenta anos esses ecossistemas, muito
vulneráveis à influência do homem, passaram a ser
pesquisados mais intensamente. O conhecimento científico,
com o objetivo de compreender como esses complexos
sistemas funcionam, é de fundamental importância para o
manejo dos ecossistemas costeiros. No domínio da
Oceanografia Física, o estudo dos estuários fundamenta-se em
trabalhos experimentais, utilizando os mesmo como um
laboratório natural, e na interpretação dos dados com base
tanto em conhecimentos teóricos e semi-empíricos quanto em
modelagens e simulações.

Na figura 1 é mostrado à distribuição global de estuários.

Figura 1 - Distribuição global dos estuários.


18

Fonte: https://pt.slideshare.net/ocestuarios/esturios-15502103.

1.1 Origem dos estuários

Muitos estuários foram formados pela alteração no nível do mar causado


pelo derretimento do gelo, no final da última era glacial. Na escala de tempo
geológico datam do Holoceno.

1.2 Classificação de Estuários

Os estuários podem ser divididos quanto ao domínio por ondas ou por


marés. Os estuários dominados por ondas apresentam um pontal arenoso
transversal à desembocadura e uma energia baixa na porção média, onde há a
tendência ao acúmulo de lama (Figura 1). Por sua vez, estuários dominados por
marés têm barras arenosas longitudinais ao fluxo fluvial e canais meandrantes na
posição intermediária (Figura 2).
19

1.3 Tipos Geomorfológicos de Estuários

1. Planície costeira;
2. Fiorde;
3. Construído por barras;
4. Estuários restantes;

Os estuários que não estão nessa classificação geomorfológica, são


colocados na categoria de estuários restantes cujo processo de formação se dá por
outros fatores como: erupções vulcânicas, tremores, deslizamento de terras e falha
tectônicas. Além desses, inclui também, estuários cuja morfologia foi bastante
alterada por processo de sedimentação recente como os deltas e as rias.
(MIRANDA; CASTRO; KJERFVE, 2002). Na (Figura 4) é mostrada uma
representação esquemática de alguns tipos fisiológicos de estuários.

1.3.1 Classificação quanto à estratificação de salinidade

De forma reduzida, a classificação quanto à estratificação de salinidade


de acordo com Miranda, Castro e Kjerfve é a seguinte:

 Estuário cunha salina;


 Estuário moderadamente ou parcialmente misturado;
 Estuário verticalmente bem misturado;
 Lateralmente estratificado;
 Bem misturado.

Figura 2 – Estuário característico de domínio por ondas.


20

Fonte: http://www.zonacosteira.bio.ufba.br/estuarios.html.

Figura 3 – Estuário característico de domínio por marés.

Fonte: http://www.zonacosteira.bio.ufba.br/estuarios.html.

Figura 4 – Tipos fisiológicos de estuários.


21

Fonte: MIRANDA, CASTRO E KJERFVE (2002, p. 97)

1.4 Forçantes dos processos de circulação e mistura nos Estuários

 Vento;
 Fluxo de densidade;
 Vazão fluvial;
 Marés.

1.5 Importância ecológica dos estuários

2 ESTUÁRIO NA BACIA DE SANTOS-SP


22

2.1 Características gerais do Sistema Estuarino de Santos – São Vicente (SP)

Na Bacia de Santos (SP) está incluso o Sistema Estuarino de Santos e


São Vicente dividido em: Baía de Santos, Estuário de Santos e Estuário de São
Vicente. (BAPTISTELLI, 2008).

“A área total da região estuarina de Santos, incluindo a baía, é da ordem


de 100 km2.” (BAPTISTELLI, 2008, p.39 apud HIDROCONSULT, 1974).

Segundo Parreira (2012, p.24),

Quanto ao Sistema Estuarino de Santos – São Vicente (SP) trata-se de um


dos mais importantes estuários do Brasil sob o ponto de vista
socioeconômico, com destaques para a presença do maior porto nacional
em tamanho e movimentação de cargas, o Porto de Santos, que é
responsável por 1/3 (um terço) da balança comercial brasileira, bem como
para o maior polo industrial do país, com mais de cem fábricas em
funcionamento, o Complexo Industrial de Cubatão.

Quanto à formação do Sistema Estuarino de Santos – São Vicente,


Parreira (idem, p.30), menciona que:

A região é formada por uma extensa planície, limitada ao norte pela Serra
do Mar e ao Sul pelo Oceano Atlântico. Possui uma rede de canais
meandrizados, interligados à baía de Santos, com abertura para o oceano
localizada ao sul, por meio de dois canais principais que circundam a ilha de
São Vicente, os quais recebem os dois nomes dos dois municípios na ilha,
Santos e São Vicente.
23

Figura 5 – Aspectos gerais sobre a área de estudo – Sistema Estuarino de Santos e São
Vicente.

Fonte: BAPTISTELLI (2008, p.40).

2.2 Salinidade no Estuário de Santos (SP)

“Devido a suas características físicas, morfológicas e hidrológicas, o


Sistema Estuarino de Santos – São Vicente é considerado um ambiente misturado
tendendo a estratificação, em função do regime das descargas fluviais da bacia
hidrográfica.” (SONDOTÉCNICA, 1997). Como consequência, a cunha salina é
detectada até aproximadamente 20 km desde a Bacia de Santos até o curso dos
seus principais rios. (PARREIRA, ibidem, p. 33).
24

2.3 Forçantes que atuam no Estuário de Santos.

As principais forçantes que atuam no processo de mistura do Sistema


Estuarino em estudo destacam-se: maré, cisalhamento do vento e a circulação que
ocorre devido a variação de densidade ocasionada pela descarga de água doce.
(PARREIRA, op. cit). Outro processo físico que também contribuem para tal mistura
nessa região são as ocorrências de frentes frias. (BAPTISTELLI, 2008).

2.3.1. Maré

Conforme Baptistelli (2008, p.40 apud Harari e Camargo, 1994),

A maré no Estuário e Baía de Santos tem caráter semidurno; a amplitude


média de sizígia é de 1,23 m e a de quadratura é igual a 0,27 m (para o
Porto de Santos); e as frentes frias (frequentes na região, especialmente
durante o inverno) produzem alterações no nível média do mar que podem
ultrapassar meio metro.

2.4 Fontes poluidoras localizadas próximas ao Estuarino de Santos

Os Sistemas Estuarinos estão propensos a amplas fontes poluidoras e/ou


potencialmente poluidoras oriundas de diversas atividades, tais como: descargas de
rios, efluentes domésticos, lixiviação do solo, etc.

As principais fontes poluidoras localizadas junto ao Sistema Estuarino de


Santos – São Vicente (SP). (PARRIERA, 2012).

 Porto de Santos;
 Esgotos clandestinos;
 Dragagens dos canais;
 Efluentes Industriais;
 Fontes Indiretas: deposição atmosférica e a contribuição pela águas de
drenagem.
25

Ao serem introduzidas no Sistema Estuarino de Santos, tais fontes


influenciam no grau de poluição do sistema hídrico e a ação da hidrodinâmica local.

A figura () mostra as principais fontes poluidoras do Estuário de Santos –


São Vicente (SP).

Figura – Localização das principais fontes poluidoras do Estuário de Santos – São Vicente
(SP).

Fonte: PARREIRA (2012, p.23).

3 CONCLUSÃO

No curso da evolução, morar próximo a locais com abundância de água


sempre foi um atrativo para o homem assim como para outros animais. Com relação
ao homem, estima-se que uma boa parte viva ao longo da costa, dos rios e dos
estuários devido ao fato de serem áreas altamente produtivas e produtoras de
alimentos para o consumo. Com isso, são áreas que sofrem grande influência
antropogênica. Ocasionando o desequilíbrio da sua dinâmica natural.
26

Com relação ao assunto estudado, estuário de Santos (SP), este por


sofrer uma ampla gama de influência de substâncias oriundas de diversas fontes.
27

REFERÊNCIAS

BAPTISTELLI, Silene Cristina. Analise critica da utilização de modelagem


matemática na avaliação da dispersão de efluentes leves no litoral da Baixada
Santista (Estado de São Paulo). 2008. Tese (Doutorado), Escola Politécnica
Universidade de São Paulo. São Paulo. 341p. 2008.

MIRANDA, Luiz Bruner; CASTRO, Belmino Mendes de; KJERFVE, Bjorn. Princípios
de Oceanografia Física de Estuários. 1ª. Ed. São Paulo: Edusp, 2002.

OCEANOGRAFIA QUÍMICA DE ESTUÁRIOS. Distribuição global dos estuários.


Disponível em: <https://pt.slideshare.net/ocestuarios/esturios-15502103>. Acessado
em 25 de maio de 2018.

PARREIRA, Caroline Nunes. Avaliação da hidrodinâmica e da poluição no Canal


de Piaçaguerra, no Estuário de Santos-São Vicente (SP), a partir de
informações ambientais e modelagem numérica. 2012. 176 fls. Dissertação
(Mestrado em Ciência Ambiental), Universidade de São Paulo. 2012.

SONDOTÉCNICA. Comportamento hidráulico e sedimentológico do Estuário


Santista. 1997.

TEIXEIRA, Carlos Eduardo Peres. Circulação Estuarina. 2018. 42 slides.

ZONA COSTEIRA. Estuários. Disponível em:

<http://www.zonacosteira.bio.ufba.br/estuarios.html>. Acessado em 25 de maio de

2018.
28

CAPÍTULO III
PROCESSOS DE TROCA ENTRE O
CONTINENTE E A PLATAFORMA
CONTINENTAL DA BACIA DE
SANTOS (SP)
29

Continuação
30

CAPÍTULO IV
RESSURGÊNCIA NA BACIA DE
SANTOS (SP)
31

1 INTRODUÇÃO
1.1 Conceito de ressurgência

Ressurgência é um tipo de movimento vertical em direção à superfície


oceânica de massas de águas frias, densas e normalmente ricas em nutrientes, de
subsuperfície, condicionado por processos físicos. Este fenômeno ocorre nas
regiões costeiras, em geral, no lado oeste dos continentes, embora possa ocorrer
também no lado leste, porém em menor intensidade.

1.2 Classificação de ressurgência

A ressurgência pode ser classificada nas seguintes categorias:

 Ressurgência costeira;
 Ressurgência de mar aberto;
 Ressurgência equatorial.

1.3 Forçantes de ressurgência

Os principais processos físicos que atuam como forçantes do fenômeno


de ressurgência são:

 Ressurgência devida aos ventos;


 Ressurgência devida à quebra de plataforma;
 Ressurgência devida a vórtices ciclônicos;
 Ressurgência devida a meandros;
 Ressurgência devida às ondas internas;
 Ressurgência devida aos efeitos topográficos.
32

1.4 Efeitos ambientais da ressurgência

A ascensão de águas profundas à superfície causam diversos efeitos


ambientais, tais como:

 Mudanças bruscas na temperatura e salinidade na coluna d’água,


alterando a densidade;
 Aumento da produtividade primária;
 Flutuações de nutrientes e concentrações de oxigênio;
 Maior deposição de sedimentos de origem orgânica, etc.

Apesar destas e de outras alterações ambientais estarem relacionadas


com o fenômeno da ressurgência, talvez o ponto mais importante para o homem
está relacionado ao aspecto socioeconômico que pode ser proporcionado pelo
aumento da produtividade biológica que ocorrem nessas regiões, uma vez que, os
nutrientes de subsuperfície que são transportados junto com águas mais frias e
densas para camadas superficiais dos oceanos, aumentam a disponibilidade de
alimentos tanto para peixes como para outros organismos marinho favorecendo um
aumento da atividade pesqueira nessas regiões.

2 RESSURGÊNCIA NA PLATAFORMA CONTINENTAL DE SANTOS-SP

2.1 Aspectos gerais da ressurgência na plataforma continental Sudeste

A denominada Bacia de Santos ou Bacia do Sudeste brasileiro está


localizada na região Sudeste do Brasil. Esta possui, com exceção do período de
inverno durante a passagem de frentes frias, o vento predominantemente na direção
nordeste no verão, significando que durante todo o ano o padrão de vento é
favorável para a ocorrência do fenômeno de ressurgência na região, uma vez que, o
Transporte de Ekman induzido pelo vento no hemisfério sul é para esquerda, o que
faz com que a água seja “empurrada” em direção offshore e água de subsuperfície
ascenda em direção à costa para que seja conservado o volume que foi em foi
“empurrado”. Matematicamente essa conservação de massa ou volume é explicada
33

pela equação da continuidade ou conservação de massa representada abaixo. A


equação nos diz que, ocorrendo uma divergência ou uma convergência de um fluxo
em uma direção, este deve ser compensando por uma divergência ou uma
convergência em uma ou duas das outras direções de tal forma que o efeito
combinado seja igual a zero e o volume do elemento seja conservado.

𝜕𝑢 𝜕𝑣 𝜕𝑤
+ + =0
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧

A corrente do Brasil está associada a meandros e vórtices e são


processos físicos que desencadeiam a ressurgência na região estudada. Os
meandros e vórtices ocorrem principalmente devido à morfologia do litoral neste
trecho da costa brasileira dando origem a corrente geostrófica que pode originar um
movimento vertical de massas de águas de regiões profundas. SCHMIEGELOW
(2004, p.104) descreve os fenômenos ocorridos na plataforma continental da
seguinte forma:

Estes fenômenos ocasionam a intrusão sobre a plataforma continental, da


massa de água denominada Água Central do Atlântico Sul (ACAS). Esta
massa de água origina-se nas costas do Rio Grande do Sul na época de
inverno e na Argentina no verão, ou seja, sua origem ocorre na região da
convergência Subtropical do Atlântico Sul (região de encontro da corrente
das Malvinas, procedente de regiões antárticas, com a Corrente do Brasil. A
corrente desloca-se em profundidade máxima de cerca de 750 metros,
localizando-se sob a corrente do Brasil e também sob as correntes que se
situam na plataforma principalmente na época de verão. Quando a ACAS
chega à superfície próximo à costa causam um resfriamento da água (por
isso o nome Cabo Frio) e um aumento nos nutrientes, ocasionando um
florescimento do fitoplâncton, aumentando a produção primária marinha. Em
Cabo Frio, a ressurgência é limitada à uma estreita faixa de menos de 100
quilômetros da costa.
34

2.1.1 Corrente do Brasil

A ressurgência que ocorre na Bacia de Santos é influenciada pela


corrente do Brasil. Esta é uma corrente de contorno oeste e que faz parte do Giro
Subtropical do Atlântico Sul (Fig. 1), origina-se ao sul de 10ºS e flui em direção sul
ao longo da plataforma e talude continental até a região da Convergência
Subtropical onde converge com a corrente das Malvinas e se separa da costa.

2.1.2 Meandros e vórtices na Corrente do Brasil

Madureira e Rossi-Wongtschowski (2006) diz que os pioneiros a


descreverem os meandro e vórtices da corrente do Brasil tendo como base a
35

topografia foram a Diretoria de Hidrografia e Navegação (1969) e Mascarenhas et al.


(1971). Segundos esses autores a partir de mapas de topografia dinâmica foram
observados vórtices ciclônicos e anticiclônicos na região de Cabo Frio. Tais
observações também foram feitas por Netto Júnior (2008). Este observou que a
intensa atividade meandrante bem como a liberação de vórtices tanto ciclônico como
anticiclônicos estão presente na corrente do Brasil em sua trajetória na direção sul.
Tanto os meandro como os vórtices são responsáveis pela ocorrência de
ressurgências na região estudada. Na (Fig. 2) é mostrado um vórtice anticiclônicos
ao norte de Cabo Frio. O vórtice supracitado foi detectado em profundidades
maiores que 1000 metros possuindo cerca de 100 km de raio e extensão vertical
próxima de 500 metros.
36
37

Sobre os vórtices e meandros temos que:

A ocorrência de vórtices e meandros associados a Corrente do Brasil foi


relacionado à orientação da costa e ao gradiente de topografia do fundo, ou
seja, as características físicas da plataforma Sudeste que apresenta-se de
forma estreita e com declividade abrupta ao norte de Cabo Frio, no entanto,
mais larga e com declividade suave na Bacia de Santos. Segundo o autor é
esperado que a corrente do Brasil flua pela quebra da plataforma e dirija-se
para águas mais profundas na latitude de Cabo frio em virtude da alteração
da direção da linha de costa. Com isso, espera-se que a corrente do Brasil
forme um meandro ciclônico no interior da Bacia de Santos e se comporte
como uma onda de Rossby, ondas planetárias que sofrem a influência do
efeito de Coriolis. (idem, 2006, p. 31 apud CAMPUS, 1995).

De acordo com Madureira e Rossi-Wongtschowski (ibidem, p. 30), foram


avistados em imagens de satélites ao norte de Cabo frio, evidências de meandros
ciclônicos e anticiclônicos o que poderia ser apontado que o início da formação de
vórtices poderia se dar ao largo de São Tomé em 22º S por situações dinâmicas
similares às ocorridas em Cabo Frio.
38

Conforme Madureira e Rossi-Wongtschowski (op. cit., p. 32) ocorrem na


Bacia de Santos a formação de pares vorticais ciclônicos e anticiclônicos, ocorrendo
em lados opostos ao eixo da corrente como pode ser evidenciados na (Fig.7).
39

Vórtices ciclônicos tem núcleo de águas frias e se propagam para o


Sudoeste associados a corrente do Brasil. Á água é renovada em função da
ressurgência na parte dianteira do vórtice. Já de forma diferente, o meandro que gira
no sentido horário carregaria a água ressurgida em sua parte dianteira para regiões
mais rasas como pode ser evidenciado na (Fig. 8)

3 CONCLUSÃO

Neste trabalho foi analisada a ressurgência na região da Bacia de Santos-


SP e as principais forçantes que desencadeia tal fenômeno na região. Concluímos
então que apesar de Schmiegelow (2004) mencionar brevemente que o padrão de
vento na direção nordeste durante o verão é favorável à ocorrência do fenômeno de
ressurgência na região estudada, não foram encontrados, na literatura pesquisada,
informações que corroborem com tal alegativa.
Na literatura pesquisada os vórtices ciclônicos (com núcleo frio) e os
meandros são importantes mecanismos que promovem o transporte através da
corrente do Brasil de massas de água fria, densas e geralmente ricas em nutrientes
para águas superficiais originando, portanto a ressurgência.
40

REFERÊNCIAS

Formação de um vórtice na região de separação da Corrente do Brasil da costa


em outubro de 1975 à esquerda e em janeiro de 1976 à direita. Disponível em:
<http://slideplayer.com.br/slide/10401182/>.Acesso em: 22 de maio de 2018.

Estrutura de vórtices tipo dipolo na Bacia de Santos. Disponível em:


<https://www.linkedin.com/pulse/estrutura-de-v%C3%B3rtices-tipo-dipolo-na bacia-
santos-caio-fonteles> Acesso em: 22 de maio de 2018.

MADUREIRA, Lauro, Saint-Pastous; ROSSI-WONGTSCHOWSKI, Carmen Lúcia Del


Bianco. O Ambiente oceanográfico da plataforma continental e do talude na
região sudeste-sul do Brasil. 1ª. Ed. São Paulo: Edusp, 2006.

NETTO JÚNIOR, Joaquim Pereira Bento. Hidrografia e massas de água da


Plataforma Continental Sudeste brasileira em 26° 45’ S. 2008. 132 fls.
Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do Paraná. Pontal do Paraná, 2008.

SCHMIEGELOW, João M. Miragaia; O Planeta Azul - Uma Introdução Às


Ciências Marinhas. 1ª. Ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2004.

TEIXEIRA, Carlos Eduardo Peres. Ressurgência Costeira. 2018. 47 slides.

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