ENGENHARIA CIVIL
SÃO LUÍS
2015
LEANDRO OLIVEIRA NASCIMENTO
LUCIANO HENRIQUE COSTA FRANÇA
MANOEL RIBAMAR CARVALHO FILHO
SANDRO NAYRON MENDES DOS SANTOS
WLYSSES PAIVA DE ARAÚJO
WASHINGTON JOSÉ FERREIRA SOUSA
SÃO LUÍS
2015
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................... 05
2. ANÁLISE DE ESTRUTURAS: FUNDAMENTAÇÕES BÁSICAS .........
2.1 Definições básicas ..................................................................
2.1.1 Módulo de Elasticidade Longitudinal ...............................
2.1.2 Módulo de Elasticidade Transversal ..................................
2.1.3 Coeficiente de Poison ........................................................
3.SOLICITAÇÕES EM VIGAS DE CONCRETO ARMADO .....................
3.1 Torção em barras de seção retangular ...............................
2. RIGIDEZ À TORÇÃO 06
2.1 Exemplos de torção ..................................................................... 06
4. CAUSAS DAS PATOLOGIAS DOS TELHADOS ................................ 17
4.1 Causas no projeto .......................................................................... 18
4.1.1 Caimento inadequado ............................................................ 18
4.1.2 Dimensionamento inadequado da estrutura do telhado ......... 21
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 33
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RESUMO
4
ABSTRACT
5
1. INTRODUÇÃO
2. NEOPLÁSIAS
2.1
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3.1.1 Módulo de Elasticidade Longitudinal
𝜎 = 𝐸. 𝜀 (Equação 1)
Onde:
𝜎 = 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑎𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙;
𝜀 = 𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙;
𝐸 = 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑖𝑡𝑢𝑑𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙.
1
𝐸𝑐𝑖 = 5600𝑓𝑐𝑘 2 (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 2)
Onde:
7
𝐸𝑐𝑖 = 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜;
𝑓𝑐𝑘 = 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑐𝑎𝑟𝑎𝑐𝑡𝑒𝑟í𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜.
Sendo assim, esse é o modulo de elasticidade indicado para ser controlado em
obra, porém para o cálculo de deformações, análises elásticas e determinação de
esforços, deve ser utilizado o módulo de elasticidade secante, descrito pela Equação
3.
Assim como o material se deforma quando sofre tensões normais, ele tende a
se deformar quando está sob a ação de tensões tangenciais, ou tensões de
cisalhamento. Essas tensões tendem a impor uma distorção ao elemento. Ao gerar-
se um gráfico da tensão aplicada em função da distorção específica do material,
também será obtida uma reta até o limite de proporcionalidade, ou limite elástico, do
material (BEER, 1995). A relação entre esta distorção relativa – medida em radianos
– e a tensão tangencial que o provoca é atribuída ao módulo de elasticidade
transversal, descrito na equação 4.
𝜏
𝐺= (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 4)
𝛾
Onde:
𝐺 = 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙;
𝛾 = 𝑔𝑖𝑟𝑜 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑑𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑑𝑎 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙;
𝜏 = 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑎𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜.
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A figura 3 ilustra a tensão de cisalhamento,𝜏, na equação 4 tem-se de lei de
Hooke para tensões tangenciais. A deformação de cisalhamento não interfere nas
deduções das deformações devidas às tensões normais, ao menos até o limite de
proporcionalidade do material (BEER, 1995).
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Sabendo-se o coeficiente de Poisson e o módulo de elasticidade de um
elemento, pode-se determinar o seu módulo de elasticidade transversal através da
equação 5 (BEER, 1995).
𝐸𝑐
𝐺𝑐 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 5)
2(1 + 𝑣)
Onde:
𝐺 = 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙;
𝐸 = 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑖𝑡𝑢𝑑𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙;
𝑣 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑃𝑜𝑠𝑖𝑜𝑛 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙, 𝑎𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙.
A tensão de cisalhamento nas arestas da barra é nula, pois não existe giro
relativo nessa região, o ângulo entre as faces no ponto onde elas se encontram
permanece 90º, sendo assim, a tensão máxima de cisalhamento deve acontecer no
centro da face lateral da maior dimensão da peça (MASUERO, 1997). Para uma barra
de seção retangular constante e eixo longitudinal reto sob a ação de um momento de
torção T, atuando em regime elástico, pode-se determinar a tensão máxima de
cisalhamento e o ângulo de torção segundo aas equações 6 a 11;
𝑎
𝑛= (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 6)
𝑏
1,8
𝛼 =3+ (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 7)
𝑛
3𝑛
𝛽= (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 8)
𝑛 − 0,63
𝑎𝑏 3
𝐽𝑇 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 9)
𝛼
𝑀𝑡 𝑏
𝜏𝑚á𝑥 = (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 10)
𝐽𝑇
𝛽𝑀𝑡
𝜑= (𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 11)
𝛼𝐺𝐽𝑇
Onde:
11
𝜏𝑚á𝑥 = 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒𝑣𝑖𝑑𝑎 𝑎𝑜 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑟çã𝑜 𝑇;
𝜑 = 𝑔𝑖𝑟𝑜 𝑢𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙;
𝑎 = 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑎𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙;
𝑏 = 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝑎𝑟𝑒𝑠𝑡𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙;
𝐺 = 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑎𝑠𝑡𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑝𝑒ç𝑎;
𝑀𝑡 = 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑟çã𝑜 𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎 à 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎;
𝐽𝑇 = 𝑖𝑛é𝑟𝑐𝑖𝑎 à 𝑡𝑜𝑟çã𝑜 𝑑𝑎 𝑠𝑒çã𝑜.
Onde:
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𝑇𝑆𝑑 = 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑟çã𝑜 𝑑𝑒 𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜;
𝑇𝑅𝑑,2 = 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑎𝑔𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜;
𝑇𝑅𝑑,3 = 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑜𝑠 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑎𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜;
𝑇𝑅𝑑,4 = 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑖𝑡𝑢𝑑𝑖𝑛𝑎𝑖𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑎𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜.
𝑇
𝐶𝐺 = (1)
𝜃
(𝐶𝐺)𝑔 = 𝐺𝑐 . 𝛽𝑐 . 𝑥 3 . 𝑦 (2)
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𝐸𝑐
𝐺𝑐 = (3)
2(1 + 𝑣)
Logo após a fissuração, determinar a rigidez a torção não e uma tarefa tão
simples, pois além de se tratar de um problema não linear, outras variáveis devem ser
levadas em conta no cálculo, como: as taxas de armadura transversal e longitudinal
da seção, tensão de escoamento do aço, bitola da armadura transversal, entre outras.
Observando a curva torsor-rotação da viga, pode-se perceber a mudança de
comportamento quando há fissuração. A Figura 1 representa uma típica curva torsor-
rotação de uma viga de concreto armado.
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Figura 1 – Curva torsor-rotação
Na Figura 1, da origem até o ponto 1, a viga ainda não fissurou. Ela apresenta
um comportamento elástico linear e uma rigidez a torção constante, (GC)g.
Quando o momento aplicado atinge o momento torsor de fissuração, Tcr, a viga
fissura e ocorre, para um torsor constante, um acréscimo na rotação até o ponto 2. A
rotação aumenta de 𝜃𝑐𝑟𝑖 (imediatamente antes de fissurar) até 𝜃𝑐𝑟𝑝 (após fissurar).
Esse acréscimo de rotação pode ser amenizado com o aumento da taxa de armadura
transversal. A rigidez a torção no ponto 2 e conhecida como rigidez a torção
imediatamente após a fissuração, (GC)cr, e é claramente menor que a rigidez elástica,
como podemos comprovar na Figura 1.
Depois do ponto 2, quando o momento aplicado, T, supera o torsor de
fissuração, a armadura e efetivamente solicitada e a curva apresenta um caráter não
linear. Determinar a rigidez a torção nesse estado fissurado tem se mostrado um
desafio considerável e foi objeto de estudo de vários autores, como Hsu (1973),
Lampert (1973), Rahal (2006), e Tavio (2004).
Tavio (2005) propôs, para representar o comportamento nesse regime, uma
interpolação entre (GC)cr e a rigidez a torção ultima, (GC)u. A solução proposta se
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mostrou aceitável em problemas de torção pura, pois os valores obtidos nas análises
foram próximos de resultados experimentais. Com base nessa ideia, e possível
determinar a rigidez a torção efetiva mesmo que a viga esteja no estado fissurado, em
problemas de torção pura. O método proposto por Tavio foi utilizado em um estudo de
caso de um pedestal de concreto e será melhor discutido no item 3.4 do presente
trabalho.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Outrossim, a execução de estruturas devem ter controle de qualidade
adequado, acompanhamento de profissional qualificado, atendimento às normas
vigentes e mão-de-obra qualificada para a execução das mesmas. No projeto, deve-
se seguir as normas evitando, assim, as possibilidades erros em decorrência de
projetos mal elaborados, importância essa que deve ser levada em consideração nas
outras etapas construtivas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEER, F.P.; Johnston Junior., E. R. Resistência dos materiais. 3ed. São Paulo:
Makron Books, 1995;
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